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  • Onde Marvel Zumbis se Encaixa Entre os Momentos Mais Assustadores do MCU

    Onde Marvel Zumbis se Encaixa Entre os Momentos Mais Assustadores do MCU

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    O Universo Cinematográfico da Marvel, mais conhecido como MCU, é bastante conhecido por ser amigável para praticamente todas as idades. Apesar de conter cenas de violência e mortes, a imagem esperançosa dos super-heróis costuma se sobressair durante as histórias, o que faz com que momentos tristes, tensos ou até mesmo assustadores se tornem ainda mais marcantes em diversos filmes e séries — e a Marvel soube explorar bem as brechas para trazer temas ou cenas mais sombrios.

    Em 24 de setembro de 2025 estreou Marvel Zumbis, uma minissérie de quatro episódios que expande a história apresentada no 5º episódio de What If, que mostrou Hulk chegando na Terra e encontrando o planeta dominado por um apocalipse zumbi — a grande inspiração para a série e o episódio é a HQ Marvel Zombies, lançada em 2006, escrita por Robert Kirkman e adorada por muitos fãs.

    Com um tom angustiante de fim do mundo, Marvel Zumbis entrega uma série de momentos bizarros e assustadores. Entre terror psicológico e verdadeiras tragédias, descubra neste guia da JustWatch em qual posição a produção se encaixa em meio a outros filmes e cenas tensos do MCU.

    10. Doutor Estranho Zumbi

    Poucas cenas do MCU mergulham tão fundo no terror quanto o momento de  Doutor Estranho no Multiverso da Loucura em que o mago retorna dos mortos. Ao possuir o corpo em decomposição de outra versão sua por meio do Darkhold para enfrentar Wanda, Stephen Strange assume uma forma grotesca, que aparece aos poucos, um jeito clássico de apresentar esse tipo de criatura, para logo revelar seus olhos fundos e a pele cinzenta típica dos zumbis. Outros momentos do filme aparecerão ao longo do ranking, pois ele é o principal título da Marvel que utiliza elementos típicos do terror ao longo de seu roteiro.

    Inicialmente, Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose, O Telefone Preto), diretor do primeiro longa do herói, queria ter feito um verdadeiro filme de terror para a sequência, mas boatos dizem que a Marvel não permitiu tal feito, o que fez com que Sam Raimi, diretor dos filmes do Homem Aranha de Tobey Maguire, assumisse o projeto. Como ele também tem um pezinho no terror, deu um jeitinho de incluir cenas assustadoras como a do Strange Zumbi no projeto — se você curtiu Uma Noite Alucinante 2 e O Chamado, vai gostar do filme e encontrar muitas referências.

    9. Gorr assustando crianças de Asgard

    Se você gostou de Thor: Ragnarok e toda a sua energia extremamente colorida e vibrante que lembra o visual de uma HQ dos anos 1960, mas por algum motivo ainda não assistiu a sequência Thor: Amor e Trovão, não sabe o que está perdendo (apesar de não ter sido tão bem recebido quanto o anterior) — mas mesmo em meio a tantas cores, o filme surpreende com um momento perturbador. O Doutor Estranho Zumbi pode ser assustador, mas de certa forma também é interessante de se ver, o que não se repete quando vemos Gorr, o Carniceiro dos Deuses, surgindo das sombras.

    Como se já não fosse aterrorizante o suficiente ver o vilão matando um animal na frente de uma série de crianças asgardianas inocentes, pouco depois ainda vemos ele transportar Thor, Jane e Valquíria para o Reino das Sombras, onde toda a cor do filme praticamente desaparece e assistimos a uma luta intensa em preto e branco. Christian Bale entregou uma performance bastante sombria e teatral do vilão, lembrando que até mesmo nas aventuras mais engraçadas da Marvel há espaço para o medo, e fazendo as risadas sumirem por alguns instantes.

    8. Homem de Ferro Zumbi

    Mostrando como o mundo ficou após os eventos de Vingadores: Ultimato, Homem-Aranha: Longe de Casa tem o tom engraçadinho do Melhor Amigo da Vizinhança, mas também traz momentos intensos e marcados pelo medo que nos pegam desprevenidos. Um deles é um verdadeiro susto de filme de terror: quando Mysterio cria uma série de ilusões para abalar a confiança de Peter, surge entre elas o Homem de Ferro Zumbi, com parte do rosto já consumido pela decomposição e um olhar vazio dentro da armadura.

    A cena dura poucos segundos, mas é um lembrete cruel do luto que o Peter de Tom Holland ainda carrega — e embora não vejamos o rosto do ator neste momento, seus lamentos e respiração acelerada dão conta de mostrar ao público o desespero do momento. Sabendo o contexto do apego do personagem por Tony Stark, esse susto que mistura culpa e trauma nos atinge em cheio e aterroriza bem mais que Gorr, pois diferente das crianças asgardianas que tinham Thor e companhia para protegê-las, Peter já é grandinho e entende que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

    7. Wanda perseguindo Doutor Estranho, America Chavez e Christine

    Como já ressaltamos antes, o momento em que o Doutor Estranho aparece como zumbi em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é intenso, mas há algo de incrível e radical em ver esta versão mal acabada do herói sendo usada para tentar salvar o dia. Já a cena em que uma Wanda muito determinada persegue Strange, America Chavez e Christine Palmer (variante) é “somente” assustadora mesmo, mostrando até onde a Feiticeira Escarlate está disposta a ir para conseguir o que quer.

    Se arrastando por túneis em busca do trio, Wanda aparece machucada e mancando, o que não a impede de nada e ainda lembra a perseguição macabra de Jack Torrance no clássico do terror O Iluminado, dirigido por Stanley Kubrick, na qual o escritor corre atrás da esposa e do filho de maneira assustadora — mas enquanto ele tem apenas um machado, Wanda tem poder quase infinito em suas mãos. Para trazer um toque ainda maior de terror à cena, o diretor Sam Raimi adicionou um jumpscare esperado, mas ainda assim capaz de dar um susto.

    6. Ultron interrompendo festa dos Vingadores

    Em Vingadores: Era de Ultron, o que começa como um momento leve e divertido, uma festa entre heróis comemorando sua recente vitória contra a Hydra, termina em puro calafrio com criadores e criatura se enfrentando de forma repentina. Quando Bruce Banner (Mark Ruffalo) e Tony Stark (Robert Downey Jr.) criaram a inteligência artificial Ultron para proteger a Terra, não imaginavam que o robô enxergaria os humanos como a maior ameaça ao planeta e definiria que a solução desse problema seria o extermínio da humanidade.

    Ultron aparece de forma inesperada em meio às comemorações dos Vingadores, com seu corpo robótico danificado e um discurso frio sobre paz e destruição. Se a virada de chave no comportamento de Wanda em WandaVision e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura já é extrema, mostrando como é chocante ver alguém conhecido mudando tanto, aqui a cena gera pânico por mostrar como a ameaça havia sido criada pelo próprio grupo de heróis, o que é pior ainda, mostrando como os Vingadores estavam vulneráveis dentro de sua própria base.

    5. Marvel Zumbis

    Se você curtiu Olhos de Wakanda e X-Men ‘97, precisa assistir Marvel Zumbis, que eleva o nível de terror presente na ideia de ver os heróis mais poderosos da Terra transformados em mortos-vivos. Inspirada na HQ homônima de Robert Kirkman, a história é uma continuação direta do quinto episódio de What If e expande muito bem a ideia do apocalipse zumbi no MCU, trazendo como protagonistas, personagens de produções mais recentes como Ms. Marvel, Gavião Arqueiro, Coração de Ferro, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e Thunderbolts*, mas com um grande foco em Kamala Khan e Wanda.

    A série coleciona uma série de momentos assustadores, como o Capitão América zumbi sendo partido ao meio, Kamala tendo pesadelos que sempre terminam com uma versão aterrorizante da Feiticeira Escarlate, diversos heróis fazendo sacrifícios para salvar o mundo e duas mortes tão intensas que nos fazem até mesmo ver esqueletos de corpos derretidos diante de poderes gigantescos. Além disso, o roteiro traz elementos como culpa e sensação de impotência de forma parecida com Homem-Aranha: Longe de Casa, já que a responsabilidade de consertar o caos pesa nos ombros de Kamala, com o agravante de uma epidemia zumbi estar rolando ao fundo.

    Marvel Zumbis é bastante assustadora e entrega momentos grotescos e intensos, como uma boa animação para adultos com temáticas mais pesadas, mas aparece na metade do nosso ranking porque, saber que tudo é apenas uma reimaginação de uma história que já sabemos que termina bem, como foi visto a partir de Vingadores: Ultimato, tira parte do peso da narrativa e de cada sacrifício feito ao longo dela. Ainda assim, apesar do final dividir opiniões, a série definitivamente merece ser vista por fãs do gênero,com potencial para continuar em uma possível 2ª temporada.

    4. Homem de Ferro vendo o fim dos Vingadores

    Antes mesmo dos zumbis tomarem conta da Marvel, Tony Stark já enfrentava um de seus maiores pesadelos em um dos momentos mais sombrios do MCU — mesmo que tenha sido apenas fruto da imaginação dele, pois sabemos como a mente pode ser um ambiente fértil para o terror. Em Vingadores: Era de Ultron, quando o grupo de super-heróis está invadindo uma base da Hydra, Wanda usa seus poderes para controlar a mente do Homem de Ferro e fazê-lo ver seu maior medo: a morte dos Vingadores.

    Em meio a escombros de batalha, Stark vê Hulk, Viúva Negra, Thor e Gavião Arqueiro mortos. Em um ato de esperança, o personagem checa o pulso do Capitão América e Rogers agarra o pulso de Stark em um verdadeiro jumpscare, para logo em seguida dizer: “Você poderia ter nos salvado”, fazendo o olhar desesperado de Tony completar o cenário de terror psicológico. Essa cena não só antecipa o tom mais triste de Vingadores: Guerra Infinita, como também expõe a raiz de muitas decisões de Stark nos filmes seguintes, dando início a um medo de perder tudo e a uma obsessão por controle que o assombram até o fim.

    3. Wanda matando os Illuminatti

    E ela está de volta ao nosso ranking, dessa vez em sua posição mais alta: Wanda! Se em Vingadores: Era de Ultron a morte imaginária de um importante grupo de heróis já causou choque, imagine a morte real. Outro momento icônico, mas definitivamente assustador de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, é quando a Feiticeira Escarlate, completamente corrompida pelo Darkhold, extermina os Illuminati um por um.

    Nesta cena, heróis lendários, apresentados como figuras praticamente invencíveis, são eliminados em poucos minutos, de formas criativas, violentas e chocantes. Além de possíveis referências a No Limite da Realidade e Carrie, a Estranha, o massacre sobrenatural ainda carrega o olhar vazio, mas determinado de Wanda, misturado à sua dor de quem perdeu a própria família e sua sede de poder, elementos que fazem dela uma vilã assustadoramente humana. Este definitivamente é o filme da Marvel que mais flerta com o terror.

    2. Morte do Loki

    Logo nos primeiros minutos de Vingadores: Guerra Infinita somos lembrados de que Thanos não era apenas uma ameaça distante da qual o grupo de heróis daria conta depois de uma ou outra cena do Titã Louco batendo em alguém. A cena de abertura do longa mostra Thanos invadindo a nave dos asgardianos em fuga que aparecem em Thor: Ragnarok, e matando a maior parte deles, incluindo Loki, que tenta impedir o vilão, mas não obtém sucesso e é sufocado diante de um Thor completamente desesperado.

    A morte de Loki é mais um dos momentos em que Thanos causou no público o sentimento de impotência, deixando grande parte dos fãs aterrorizados para o que viria dali em diante. Graças ao multiverso, sabemos que o personagem retorna ao MCU na série Loki, mas foi neste momento que as piadas deram lugar a um universo desmoronando.

    1. Estalo do Thanos fazendo heróis desaparecer

    Cada momento desta lista tem o seu valor, mas é inegável que em Vingadores: Guerra Infinita Thanos não precisou utilizar elementos de filme de terror ou apelar para o terror psicológico para causar pânico dentro e fora das telas do cinema — admita, você se desesperou e esqueceu por alguns segundos que em um ano teríamos uma resolução que provavelmente traria uma final feliz para esse ato do MCU. Depois de anos da construção do Universo Cinematográfico, o Titã Louco finalmente reuniu todas as Joias do Infinito e, com um simples estalar de dedos, apagou metade da população do universo.

    O terror aqui está na angústia de vermos acontecer o que acreditávamos ser impossível: entes queridos ao redor do mundo e heróis se desfazendo em pó, de forma rápida e em meio a olhares confusos e pedidos de ajuda silenciosos, como o de Peter Parker, que suplica baixo “Sr. Stark, eu não quero ir. Eu não quero ir. Me desculpe.”, tornando tudo ainda mais devastador. A sequência foi um lembrete sombrio de que mesmo em um universo repleto de superpoderes, a morte ainda podia chegar de forma súbita e inevitável.

  • Angelina Jolie: Ranking dos 10 Melhores Filmes com a Icônica Atriz

    Angelina Jolie: Ranking dos 10 Melhores Filmes com a Icônica Atriz

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Após um leve hiato sem atuar, Angelina Jolie retornou às telas de maneira triunfal no ano passado, dando vida à maior cantora de ópera de todos os tempos, Maria Callas. Pouco tempo depois, a célebre atriz volta para protagonizar um longa sobre a indústria da moda, do ponto de vista feminino, chamado Couture — um filme que teve sua première mundial no Festival de Toronto, e terá sua pré-estreia no Brasil durante o Festival do Rio de 2025, em outubro.

    Conhecida pelos seus papéis intensos e exigentes em filmes dramáticos (como Garota, Interrompida), mas também pelas suas interpretações memoráveis em longas de ação (como Sr. & Sra. Smith), Angelina Jolie construiu uma extensa carreira, que a consolidou como uma das mais icônicas atrizes do cinema moderno. Nesta lista da JustWatch, separamos um ranking com os melhores filmes (e performances) de Angelina, para que você possa assisti-los online, em diversas plataformas de streaming.

    10. Sr. & Sra. Smith (2005)

    Poucos casais de personagens ficaram tão conhecidos quanto John Smith e Jane Smith, vividos pelo (durante muitos anos, também casal) Brad Pitt e Angelina Jolie. Sr. & Sra. Smith, apesar de não ser um primor de filme, é uma das obras que mais marcaram a carreira da atriz, não só pelo apelo comercial que tem – afinal, é um longa que mistura elementos de romance, ação e comédia, no estilo de Amor à Queima Roupa –, mas também pela química extraordinária dos dois atores, que exalam energia e sensualidade.

    É evidente que os filmes anteriores do universo de Lara Croft, já haviam preparado Angelina fisicamente para um papel como este (uma matadora de aluguel que é contratada para apagar o próprio marido e vice versa), mas o fato é que a atriz entregou uma performance ainda mais requintada, que exigiu dela, além de uma atuação muito física, uma ênfase dramática e emocional. Um filme que indico bastante aos que procuram divertidas histórias românticas, com inúmeras sequências de ação, mas também aos que já assistiram à série remake Sr. & Sra. Smith (2024), e nunca entraram em contato com o longa de 2005.

    9. Salt (2010)

    Vamos continuar agora, abordando as performances mais físicas de Angelina Jolie, dessa vez, através de um genuíno thriller de espionagem, onde a protagonista (uma agente da CIA) é acusada de ser uma espiã russa, e se torna uma fugitiva do governo americano. Uma performance multifacetada, que traz Angelina (literalmente) como uma camaleoa, já que sua personagem é obrigada a utilizar inúmeros disfarces ao longo da trama — complexificando ainda mais a sua atuação.

    Imagine as sequências de ação mais marcantes de Sr. & Sra. Smith, e também o mistério envolto no começo da história, e multiplique esses elementos vezes dez. É o que você encontrará em Salt, um filme indicado para quem gosta de suspenses com um ritmo insano, e uma história cheia de plot twists, assim como faz Vidas em Jogo, o magnífico thriller de David Fincher.

    8. Aqueles Que Me Desejam a Morte (2021)

    Muitas vezes um longa de ação acaba por limitar o poder de atuação de um determinado ator, mas aqui, novamente, não é o caso de Aqueles Que Me Desejam a Morte. Um filme de sobrevivência que é bastante potencializado por conta das marcantes performances, tanto do fascinante Finn Little, que interpreta um garoto perseguido pelos assassinos do seu pai, quanto da emblemática Angelina Jolie, que dá vida à uma bombeira que tenta protegê-lo.

    Mesmo sem a grandiosidade e orçamento de Salt e Sr. & Sra. Smith, é um filme com cenas de ação ainda mais realistas e angustiantes do que esses dois, e conta com uma Angelina Jolie já muito experiente, roubando completamente a cena por meio de uma de uma personagem resiliente e que encontra a sua redenção através da proteção deste menino. Um longa a não se perder, principalmente àqueles que já assistiram Sicario: Terra de Ninguém, que é escrito pelo mesmo diretor deste filme, Taylor Sheridan.

    7. O Procurado (2008)

    Preparados para mais um filme brutal e alucinante com Angelina? Baseado em uma série de quadrinhos, O Procurado é um filme de ação bem violento, super estilizado e cheio de efeitos especiais, bem parecido com The Old Guard, não só no seu estilo, como também nos temas, já que acompanha uma fraternidade milenar de poderosos assassinos treinados para manter a ordem no planeta.

    Do meu ponto de vista, é a melhor performance de Angelina Jolie em um filme de ação, já que combina as suas maiores qualidades em uma só obra. Interpretando uma assassina (chamada Fox) responsável por treinar um novo membro do grupo, a atriz preenche a tela com uma autoridade, uma força, e um charme extraordinários. Apesar de não contar com a mesma complexidade emocional da sua personagem em Aqueles Que Me Desejam a Morte, é uma atuação que deixa mais marcas na memória do espectador, justamente por conta do seu caráter implacável e completamente fascinante.

    6. Malévola (2014)

    É claro que não poderíamos deixar de fora o seu papel mais conhecido do público jovem. Hoje, acho que já posso afirmar que é praticamente impossível ouvir falar na poderosa fada vilã da Disney, sem atrelá-la ao rosto de Angelina Jolie — aspecto este que faz com que Malévola ocupe a sexta posição do ranking. Além de ser um sinal de que essa interpretação é uma das mais memoráveis da sua carreira. 

    Em O Procurado, a atriz já havia provado que se dá muito bem em papéis mais exóticos e extravagantes, mas nada comparado à sua sombria, icônica e deslumbrante, Malévola. Uma figura que tem sua história reimaginada neste filme, através de um arco que transforma a conhecida vilã, em uma espécie de anti-heroína. Transformação esta, que se tornou crível, apenas por conta do trabalho de Angelina, que constrói uma personagem machucada, com sentimentos aparentes, que passa a agir por meio de outros impulsos além da vingança. O que causa uma identificação enorme no espectador, não só pela excêntrica imagem da personagem, mas também pelo seu grau de humanidade.

    5. O Preço da Coragem (2007)

    Vamos agora para os cinco primeiros colocados da lista, todos filmes dramáticos onde Angelina Jolie se destaca com atuações emocionantes e bastante significativas. Começando com O Preço da Coragem, um filme biográfico (com um estilo documental parecido com A Hora Mais Escura), que conta a história de uma mulher que tenta incessantemente encontrar o seu marido, um jornalista norte-americano que é sequestrado no Paquistão.

    Um filme trágico e cruel, que traz uma Angelina bastante humana e delicada, interpretando uma mulher forte e resiliente, que passa por um trauma absurdo. Do meu ponto de vista, é de se elogiar e valorizar muito, todo o cuidado e sensibilidade que a atriz teve, em não levar a sua personagem para um lugar muito sentimentalista e exagerado — algo que certamente atrapalharia na recepção do filme.

    4. Gia, Fama e Destruição (1998)

    Assim como O Preço da Coragem, Gia, Fama e Destruição também é uma cinebiografia pessimista, mas ao invés do tom de suspense político, traz o drama da célebre modelo Gia Carangi, que após conquistar o mundo com a sua imagem, acabou por ter um fim trágico e bastante precoce. Uma obra que traz Angelina ainda mais ativa e magnética (do que no filme anterior), ocupando o quarto lugar do ranking.

    E se engana quem pensa que por ser o filme mais antigo dessa lista, traria uma Angelina menos segura e marcante. Pelo contrário, com uma atuação indomável, sublime e arrebatadora (captando perfeitamente a juventude, o espírito, a beleza e o adoecimento da sua personagem), a atriz provou, com apenas 22 anos de idade, que estava no patamar dos grandes artistas da sua época. Um papel que certamente impulsionou bastante a sua carreira.

    3. Maria Callas (2024)

    Preparados para mais uma biografia? Evidentemente já deu para perceber que Angelina leva jeito em interpretar pessoas reais. Em Maria Callas, a atriz dá vida à maior cantora de ópera de todos os tempos, em um filme que, ao contrário de Gia, Fama e Destruição, se centra apenas nos dias finais de Callas (que também teve um fim precoce), e nos seus conflitos internos que formaram a sua identidade ao longo do tempo. O filme é dirigido pelo especialista no gênero, Pablo Larraín, que também realizou Jackie e Spencer — filmes que compõem sua trilogia de célebres mulheres e que eu indico muito para quem quer conhecer mais a fundo o seu trabalho.

    Na pele de Callas, Jolie entrega uma atuação majestosa, conseguindo captar tanto a grandiosidade desta ícone da música, quanto sua fragilidade, exposta no filme através dos seus últimos dias de vida. Uma obra triste e bela, que situa a arte (no caso a ópera) como parte do corpo e da alma da personagem, valorizando seu talento divino, mas também nos mostrando a humanidade da soprano. Por tudo isso, merece a terceira colocação do ranking.

    2. A Troca (2008)

    Pablo Larraín é inquestionavelmente um grande diretor, e provou isso mais uma vez com Maria Callas, mas nada comparado com o lendário (e ainda vivo) Clint Eastwood, que dirigiu A Troca, uma obra que conta a extraordinária história real de uma mulher que tem seu filho trocado por outra criança, nos anos 20, após o mesmo desaparecer. 

    Com Angelina Jolie interpretando a protagonista, a atriz tem uma das suas performances mais marcantes, reconhecidas e desafiadoras da carreira. Uma atuação extremamente realista e comovente, que navega por inúmeros sentimentos e emoções de uma personagem que está disposta a tudo (inclusive, enfrentar as autoridades norte-americanas) para encontrar o seu filho perdido.

    Um filme emocionante e bastante crítico aos sistemas de controle da sociedade (que rendeu uma das duas nomeações ao Oscar à Angelina), e que recomendo aos amantes de dramas históricos com um forte tom de suspense, e que mergulha no lado psicológico dos personagens, como O Caso Richard Jewell, de Clint Eastwood.

    1. Garota, Interrompida (1999)

    Chegamos agora ao papel, que ao meu ver, é o grande definidor da carreira de Angelina Jolie — não à toa, rendendo a sua única estatueta do Oscar. Com um realismo fora do comum e uma intensidade assustadora, a atriz dá vida à sociopata Lisa, que vive no mesmo hospital psiquiátrico que a escritora Susanna Kaysen (interpretada por Winona Ryder). É, para mim, o seu papel mais profundo da carreira, já que interpreta uma personagem completamente ambígua, de maneira compassiva e enérgica.

    Garota, Interrompida, é baseado no livro de memórias da própria escritora personagem, e assim como A Troca, também é uma obra de época que evidencia a luta das mulheres contra a opressão — mas de uma maneira ainda mais direta, fazendo o espectador olhar para as questões que o filme levanta (como a doença mental) de uma outra maneira. Um daqueles filmes impossíveis de tirar da cabeça, na minha visão, muito por conta da notável atuação de Angelina.

  • ‘Tron’: Todos os Filmes em Ordem e Onde Assistir a Eles

    ‘Tron’: Todos os Filmes em Ordem e Onde Assistir a Eles

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Com o lançamento de Tron: Ares nos cinemas, este é o momento perfeito para revisitar uma das maiores franquias da ficção científica. Desde o lançamento de Tron - Uma Odisseia Eletrônica em 1982, a saga se tornou um marco na representação da relação entre humanidade e tecnologia, abordando temas como mundos digitais, inteligência artificial, identidade digital, entre outros, décadas antes deles se tornarem populares no dia a dia.

    Ao longo dos anos, o universo de Tron se expandiu por meio de novos filmes e animações — continuações que mantiveram o visual inovador e impressionante do filme original, honrando também sua trilha sonora, uso espetacular de CGI e design sempre muito bem produzido, além de terem aprofundado as reflexões que o longa de 1982 trazia.

    Neste guia da JustWatch, descubra tudo sobre a franquia Tron, como a ordem  correta para assistir as produções e em quais serviços de streaming assisti-las, antes do lançamento de Tron: Ares. Para assistir os filmes em ordem de lançamento basta seguir a lista abaixo: 

    1. Tron - Uma Odisseia Eletrônica (1982)
    2. Tron: O Legado (2010)
    3. Tron: Uprising (2012-2013) 
    4. Tron: Ares (2025) 

    Porém, para acompanhar a história de começo ao fim de forma contínua, recomendo que você assista na ordem cronológica, detalhada abaixo: 

    1. Tron - Uma Odisseia Eletrônica (1982)

    Lançado em 1982 e dirigido por Steven Lisberger, Tron - Uma Odisseia Eletrônica foi o ponto de partida de uma das franquias mais icônicas do cinema de ficção científica. O filme apresenta a história de Kevin Flynn (Jeff Bridges), um desenvolvedor de jogos que é acidentalmente transportado para dentro do mundo virtual que ele mesmo ajudou a criar. Inserido nesse universo tecnológico e perigoso, ele precisa lutar para sobreviver e voltar ao mundo real.

    Misturando computação gráfica com live action de forma bastante pioneira, o filme fez o público da época mergulhar em um universo digital muito antes da internet se tornar popular. Além disso, o clima de aventura da história e seus  efeitos visuais inovadores fizeram o longa se tornar lendário por cenas impressionantes como as das corridas de motos, sempre lembradas com entusiasmo por quem viveu o cinema dos anos 1980. Se você ainda não viu o primeiro Tron e gosta de longas como Blade Runner, o Caçador de Andróides, O Último Guerreiro das Estrelas e Speed Racer, certamente vai adorar esse clássico.

    Embora tenha sido subestimado na época de seu lançamento, aos poucos o filme ganhou o status de cult, especialmente entre fãs de tecnologia e games. Além disso, a trilha sonora do filme, marcada por uma grande influência da música eletrônica em um trabalho da brilhante compositora Wendy Carlos (Laranja Mecânica e O Iluminado), ainda contava com a presença da banda Journey, responsável por clássicos como Don’t Stop Believin’ e Open Arms.

    2. TRON: Uprising (2012-2013)

    Situada entre Tron – Uma Odisseia Eletrônica e Tron: O Legado, TRON: Uprising é uma série animada não tão conhecida, mas bastante importante, não só por sua qualidade genuína, mas também porque faz parte do cânone da franquia, ou seja, é considerada parte da história oficial de tudo o que envolve Tron. Ambientada no mesmo universo digital dos filmes, a produção acompanha Beck (Elijah Wood), um jovem programa que se rebela contra o regime autoritário de Clu (que era um programa do bem, mas trai Flynn) e se torna o novo protetor da Grade.

    Com uma estética visual impressionante, que mistura neon, sombras e um design minimalista, a série é um verdadeiro presente para fãs de ficção científica, apresentando uma narrativa bastante madura, que propõe diversas reflexões sobre resistência e identidade, trazendo mais emoção e aspectos políticos em relação ao filme que deu início à franquia. A animação entrega batalhas muito bem coreografadas e ainda conta com uma ótima trilha sonora pulsante, que faz jus ao filme original. Embora tenha durado apenas uma temporada, permanece essencial para entender a franquia e é uma grata surpresa para quem curtiu Psycho-Pass e Cyberpunk: Mercenários.

    3. Tron - O Legado (2010)

    Sequência direta do clássico de 1982, Tron - O Legado traz de volta Kevin Flynn (Jeff Bridges) e apresenta o filho do personagem, Sam (Garret Hedlund), que acaba sendo transportado para dentro do mesmo universo digital em que seu pai desapareceu. Os efeitos visuais do filme são incríveis e expandem o mundo original da franquia com mais cenários luminosos, as icônicas corridas de motos e um design futurista impecável, honrando e modernizando o legado do primeiro Tron.

    Com a dupla Daft Punk no comando de batidas eletrônicas viciantes, a trilha sonora continua sendo um ponto forte da franquia. Esteticamente o filme é brilhante, mas dessa vez a história não acompanha 100% o visual, muito por conta da ambientação da franquia ter sido inovadora nos anos 1980, mas não necessariamente uma novidade em 2010. Com diálogos muito explicativos e um vilão mais tradicional em relação ao primeiro filme, a narrativa acaba se tornando simples demais. Ainda assim, vale a pena conferir o filme vendo-o como uma grande aventura digital, especialmente se você gostou de produções como Jogador Nº1 e Matrix.

    Vale lembrar que em 2011, o curta Tron: Next Day foi lançado para a versão em Blu-ray do filme e mostrava alguns acontecimentos importantes entre o primeiro e o segundo filmes. Em 10 minutos, a produção revela detalhes do que aconteceu depois do desaparecimento de Flynn em 1989, da criação do movimento Flynn Lives pelo misterioso hacker ZackAttack e ainda menciona o filho do vilão humano de Tron, Ed Dillinger.

    4. Tron: Ares (2025)

    Marcada por grandes intervalos entre suas continuações, a franquia Tron recebe em 9 de outubro de 2025 seu terceiro e mais novo filme: Tron: Ares. Estrelado por Jared Letto, o longa mostra o ator como Ares, um programa de computador altamente qualificado que é transportado para o mundo real, uma inversão ousada da premissa original de Tron. Dirigido por Joachim Rønning (Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar), o longa promete expandir os temas clássicos de Tron, como identidade, controle e as relações entre humanidade e tecnologia.

    Visualmente, tudo indica que o filme seguirá a tradição da franquia de investir em efeitos visuais impressionantes, com muito neon e estética futurista. Quando o assunto é a narrativa, Tron: Ares parece mirar em algo mais filosófico, como o impacto da Inteligência Artificial e da vida digital no mundo real. Tudo indica que apostará em trazer bastante emoção e complexidade para seu protagonista, apesar das críticas iniciais não terem sido as melhores. Além disso, a trilha sonora provavelmente manterá o nível das produções anteriores, já que a banda de rock Nine Inch Nails está envolvida no projeto.

  • Os 10 Melhores Filmes com Liam Neeson

    Os 10 Melhores Filmes com Liam Neeson

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Liam Neeson faz parte de uma lista seleta de atores que acumulam mais de cem papéis ao longo da carreira. Entre clássicos, thrillers de ação, comédias, ficções científicas e até filmes de super-heróis, o ator demonstra sua versatilidade, sempre de maneira inconfundível. Sua última empreitada, por exemplo, no reboot de Corra que a Polícia Vem Aí! (que já está disponível para aluguel em streaming) é mais uma prova de que ele convence em qualquer papel — inclusive interpretando um policial trapalhão.

    Não importa se como protagonista ou coadjuvante, Liam Neeson sempre causa um grande impacto quando aparece na tela, sendo um dos poucos atores cujo nome está na ponta da língua da maioria dos espectadores. Em homenagem à sua carreira e ao seu novo trabalho, selecionamos alguns dos seus melhores filmes — ou aqueles que mais marcaram a sua extensa trajetória. Aproveite para conferir também onde assistir a eles em streaming.

    1. A Lista de Schindler (1993) 

    Podemos chamar o primeiro filme da lista de um consenso, não? Afinal, A Lista de Schindler é o trabalho da vida de Liam Neeson. O filme de Steven Spielberg é conhecido como um dos mais impactantes quando o assunto é Segunda Guerra, e isso muito por conta da performance do ator no papel de Oskar Schindler — um industrial alemão que contribui para a salvação de um grupo de judeus.

    Para falar a verdade, seu personagem passa por uma das maiores crises e conflitos internos já vistos no cinema, já que é apresentado como um empresário oportunista e termina o filme como uma espécie de salvador, conseguindo uma parcial redenção pelos seus atos. É, na minha visão, uma das performances mais sutis, transformadoras e emocionantes da história da sétima arte.

    2. Silêncio (2016) 

    O fato de Silêncio (uma das três obras com temática religiosa de Martin Scorsese, ao lado de A Última Tentação de Cristo e Kundun), muitas vezes, não ser mencionado como um dos melhores filmes do diretor é, até hoje, um grande mistério para mim. Talvez a falta de apelo comercial do filme — vale recordar que sua história se passa no Japão do século XVII, quando dois padres jesuítas portugueses viajam à procura do seu mentor, em um país onde o catolicismo passou a ser perseguido — seja responsável por isso.

    No entanto, não faremos a mesma injustiça na lista dos melhores filmes de Liam Neeson — que nessa obra-prima de Scorsese, interpreta o padre desaparecido. À semelhança de A Lista de Schindler, seu personagem também passa por uma crise, mas dessa vez, forçada pelos japoneses que exigem que o padre abdique da sua fé cristã. As consequências do violento ato de cessação da sua liberdade religiosa, são expostas através de cenas fortes e bastante carregadas, onde seu físico fragilizado traduz a sua morte interior. Simplesmente memorável.

    3. Batman Begins (2005) 

    Para continuar nessa onda de ‘mestres’, chegamos em Batman Begins, onde Neeson interpreta Henri Ducard, o mentor filosófico e de artes marciais de Bruce Wayne. É evidente que não queremos entregar spoilers do filme, mas é preciso dizer que uma das grandes virtudes do ator foi conseguir transportar para a tela toda a dualidade (para dizer o mínimo) de uma figura tão surpreendente. Um personagem que se distingue dos seus papéis em A Lista de Schindler e Silêncio, principalmente no que diz respeito à transformação antagônica pela qual passa. 

    Na verdade, se formos analisar a fundo, Henri Ducard é o grande responsável por tudo o que acontece de positivo e também negativo na vida de Bruce Wayne após a convivência entre os dois. Fato que demonstra, novamente, o poder de Liam Neeson em interpretar figuras complexas cujas ações impactam diretamente no desenvolvimento de todo o enredo. Apesar de não ser o melhor filme da trilogia de Christopher Nolan (este título fica com Batman - O Cavaleiro Das Trevas), Batman Begins não deixa de ser uma excelente escolha para quem está à procura de um filme de super-herói mais adulto e com fortes atuações.

    4. Busca Implacável (2008)

    Já falamos bastante sobre o poder dramático do ator, direcionado para obras que exploram os dilemas morais e as transformações pelas quais passam os seus personagens. Agora, chegou a vez de abordar outras qualidades de Neeson, que afloram em Busca Implacável (filme que faz parte da franquia para os amantes de ação brutal de um homem só, como John Wick e Resgate). Uma obra menos sofisticada, cinematograficamente falando, que as anteriores desta lista, mas que tem um papel importantíssimo na carreira do ator. 

    Afinal, não seria loucura afirmar que se hoje Liam Neeson é considerado um dos grandes mestres do cinema de ação, é muito por conta desse longa, que o colocou no mapa como um ator fisicamente imponente, ao dar vida a um agente aposentado da CIA que volta à ativa. No quesito filmes ‘todos contra um’, com certeza, ele faz parte do olimpo. Afinal, o protagonista faz o possível (e o impossível) para tentar salvar a sua filha, não é mesmo?

    5. Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma (1999)

    Se Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma não fosse um dos filmes menos apelativos da saga, com certeza estaria em uma posição melhor nessa lista. No entanto, é preciso pontuar que tal fato não tem necessariamente relação com o mestre jedi, Qui-Gon Jinn (interpretado por Liam Neeson), uma das grandes atrações da obra. 

    A representação da trágica história de um personagem sábio e leal, apesar de breve, em apenas um filme, obteve um impacto gigantesco no futuro da saga, muito por conta da atuação de Neeson, que fez com que o legado do seu personagem permanecesse para sempre em Star Wars. Um personagem que tem um papel de mestre, assim como em Batman Begins, mas com a grande diferença de que não passa por uma transformação negativa ao longo do filme.

    6. Os Miseráveis (1998)

    Quando falamos das adaptações cinematográficas do maior clássico de Victor Hugo, normalmente vamos parar em Os Miseráveis de Tom Hooper, de 2012. No entanto, Os Miseráveis, de 1998, com Liam Neeson no papel de Jean Valjean, é, na minha visão, uma obra que merece ser lembrada. Na verdade, para aqueles que não apreciam tanto musicais, é uma escolha até mais acertada. Isso porque faz uma abordagem muito mais dramática e realista da história, sem inventar muitas firulas. Ocupa a sexta posição, apenas porque não é um filme tão vibrante quanto os anteriores do ranking.

    Novamente, a qualidade do ator ao interpretar personagens que passam por transformações internas e externas é demonstrada de maneira magistral ao dar vida a um ex-presidiário que se torna prefeito. É realmente impressionante ver o quanto Neeson consegue abraçar a dualidade do protagonista, que além de ter duas identidades distintas, é um homem que passa por uma profunda e radical metamorfose (no sentido mais figurado do termo), e que assim como seu personagem em A Lista de Schindler, também busca sua redenção.

    7. Michael Collins, o Preço da Liberdade (1996)

    Para interpretar uma figura política com o peso do líder revolucionário Michael Collins, um dos grandes responsáveis pela independência da Irlanda, o escolhido não poderia ser outro, além do também irlandês, Liam Neeson — vale pontuar que o ator também tem cidadania britânica e norte-americana. Ao lado de A Lista de Schindler e Silêncio, são seus únicos papéis (da lista) baseados em pessoas reais. No entanto, por ser um filme esteticamente e narrativamente inferior que estes dois, Michael Collins, o Preço da Liberdade, aparece na sétima posição.

    Nesta cinebiografia dirigida por Neil Jordan, que traz a mesma temática da obra-prima de Ken Loach, Ventos da Liberdade, Neeson impressiona com o grau de profundidade que consegue alcançar representando um homem que fará de tudo (literalmente) pelos seus ideais. Seu olhar, seus gestos e sua presença transbordam na tela de diferentes formas, seja por meio da violência — quando o personagem é colocado em situações limite — ou através de manifestações mais gentis — quando o mesmo interage com pessoas que ele ama. Um filme com uma importância histórica gigantesca e que complexifica (com o contributo de Liam) a figura do revolucionário irlandês.

    8. Darkman: Vingança sem Rosto (1990)

    Está bem, já percebemos que Liam Neeson interpreta como ninguém personagens ambíguos, mas em Darkman: Vingança sem Rosto, essa virtude é levada ao extremo — de uma forma até meio exagerada. Afinal, como pode alguém passar de um cientista indefeso para um anti-herói vingativo e atormentado?

    É claro que o acidente causado pelo vilão do filme explica essa transformação, mas vamos nos centrar apenas na aptidão do ator em também dar vida a uma figura monstruosa, como é o caso do desfigurado Darkman. Talvez seja seu olhar, ou a sua maneira de andar pelas sombras, que faz com que, mesmo quando interpreta um homem ‘sem rosto’, Neeson continue provocando identificação. Uma espécie de magia que apenas os grandes atores detém.

    9. A Perseguição (2011)

    Voltamos para um Liam Neeson mais físico, como em Busca Implacável, mas dessa vez, com uma história bem diferente (e não tão grandiosa), que acompanha seu personagem lutando pela sua sobrevivência contra uma matilha de lobos. Sim, chega de vilões e criminosos altamente armados. Agora, o maior desafio do protagonista é conseguir sobreviver no Alasca profundo, ao mesmo tempo em que é perseguido por animais selvagens.

    Convenhamos, um filme que, pela premissa, pode não gerar tanto interesse. Mas é preciso dizer que sua abordagem homem versus natureza (que até lembra O Regresso), surpreende bastante. Uma obra verdadeiramente assustadora e agonizante, que nos coloca na mente de um protagonista que passa por diversas situações extremas (tanto fisicamente quanto psicologicamente). Apesar de não ser um filme espetacular, A Perseguição é mais um longa que demonstra a distinta habilidade física do ator.

    10. Corra que a Polícia Vem Aí! (2025)

    Algo nos diz que falta um gênero de filmes para compor o top 10 da versátil carreira de Liam Neeson. Acredite, o ator também sempre se deu muito bem em longas de comédia — principalmente no último reboot do clássico Corra que a Polícia Vem Aí!, um filme completamente diferente de todos que já abordamos nessa lista.

    Interpretando o filho do memorável Tenente Frank Drebin, Neeson entrega uma performance que há tempos não é vista em uma comédia com elementos mais pastelão — apesar de ter também ótimas sequências de ação e suspense. Para quem é fã dos filmes anteriores, com certeza ficará surpreso (positivamente) com o tom cômico impecável do ator, em uma obra que considero (por enquanto) uma das mais engraçadas do ano.

  • As 10 Comédias Mais Engraçadas Disponíveis na Netflix para Você Assistir Agora

    As 10 Comédias Mais Engraçadas Disponíveis na Netflix para Você Assistir Agora

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Há certos filmes que têm o poder de, durante a sua exibição, fazer com que deixemos de lado os problemas que nos rodeiam cotidianamente, para nos concentrarmos única e exclusivamente em uma coisa: rir. Como é o caso de Um Maluco no Golfe 2, lançado há pouco tempo pela Netflix, que conquistou rapidamente o público que adora filmes do gênero. 

    Seja através de uma obra adolescente, uma comédia pastelão ou romântica, um longa de animação, uma sática política, um road-movie, ou de uma produção nacional, o que todos os filmes dessa lista têm em comum é o fato de conseguirem, mesmo que durante um breve momento, fazer com que você se divirta e esqueça de todo o resto. Assim sendo, não perca tempo e utilize este guia da JustWatch para saber quais são as comédias mais engraçadas disponíveis agora no catálogo da Netflix! 

    1. Superbad - É Hoje (2007)

    Dirigido pelo especialista em comédias Greg Mottola, Superbad - É Hoje é um filme rodeado de cenas hilárias, com uma energia efervescente, onde os personagens (dois amigos que decidem se aventurar sexualmente, antes da despedida para faculdade) são construídos de uma maneira ‘sem filtro’, lembrando algumas figuras de American Pie — mas sem serem tão superficiais.

    Além de ser um longa paradigmático dentro do seu gênero, Superbad é responsável por uma das sequências mais emblemáticas (e certamente mais virais) da comédia contemporânea: quando Fogell (Christopher Mintz-Plasse) mostra para Seth (Jonah Hill) e Evan (Michael Cera) sua identidade falsa com o nome "McLovin", deixando-os furiosos, e logo em seguida, quando ele tenta comprar bebidas alcoólicas e acaba se envolvendo em um assalto aleatório. Para quem já viu, é algo quase impossível de se esquecer. E para quem ainda não viu, corra para Netflix, já que nenhuma palavra consegue descrever o poder cômico dessas cenas.

    2. Não Olhe para Cima (2021) 

    Que tal passarmos agora para uma comédia com um tom mais político? — mas nem por isso, menos engraçada que Superbad - É Hoje. Não Olhe para Cima, dirigido por Adam McKay e protagonizado pelos pesos pesados Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep (e muitos outros atores incríveis), é, para mim, uma das maiores pérolas (da comédia) no catálogo da Netflix.

    Na história, acompanhamos uma dupla de astrônomos que descobrem que um asteroide com potencial de destruir a Terra está a caminho. Porém, à medida que eles tentam divulgar para o resto do mundo essa descoberta, se deparam com um bando de negacionistas (incluindo a própria presidente dos Estados Unidos). Aproveitando o potencial da sátira e da subversão de personagens em posições de poder, Não Olhe para Cima é uma comédia sagaz que nos faz rir (para não chorar) da nossa própria desgraça como espécie. Um filme que recomendo muito aos que estão em busca de comédias com fortes críticas sociais, como o clássico Dr. Fantástico.

    3. Meninas Malvadas (2004) 

    Meninas Malvadas, apesar de ser ligeiramente menos engraçado, assim como Superbad, também ocupa um espaço considerável na cultura popular norte-americana (e consequentemente em boa parte do ocidente), quando o assunto é: comédia adolescente. 

    Protagonizado por Lindsay Lohan, o longa acompanha Cady Heron, uma menina que foi criada na África e, recém-chegada aos Estados Unidos, frequenta uma escola pela primeira vez. Durante sua adaptação, ela acaba entrando para um grupo de amigas ‘malvadas’ que são conhecidas por fazerem de tudo para manter o status de populares. A obra se tornou um fenômeno cultural, muito pela abordagem satírica que faz relativamente às dinâmicas e relações adolescentes, além, claro, da sua estética jovem — exposta tanto através da montagem do filme, quanto por meio do design de produção e figurinos. 

    4. Meu Nome é Dolemite (2019) 

    Baseado em uma história real, Meu Nome é Dolemite traz um dos grandes nomes da comédia do século XXI, Eddie Murphy, no papel de um dos maiores comediantes do século passado, Rudy Ray Moore, amplamente conhecido pelo seu personagem Dolemite (um cafetão que luta kung fu), e por ter sido um dos pioneiros do rap nos Estados Unidos — essa talvez você não soubesse. Sim, seu jeito único de contar histórias, sempre utilizando rimas super sofisticadas, pode ser considerado como uma das origens do gênero musical.

    O resultado não poderia ser outro, um filme que exala energia para contar a história do homem (e do personagem) que popularizou o gênero (agora cinematográfico) blaxploitation — produções de baixo orçamento, com pessoas negras como protagonistas, também conhecida pelo uso de um humor sexualmente explícito. Murphy tem uma das suas melhores performances da vida nesta cinebiografia (pouco convencional, na mesma vibe que Anti-Herói Americano), que se propõe a fazer uma homenagem à uma das figuras mais importantes da arte negra norte-americana. 

    5. Minha Mãe é uma Peça (2013)

    Por que não um filme brasileiro nessa lista e, ainda mais, ocupando a quinta posição? O fato de Minha Mãe é uma Peça ser a franquia brasileira com a maior bilheteria da história do país, já diz bastante coisa. Mas a verdade é que sua virtude não mora somente nos números e estatísticas, mas sim na sua história, divertida e emocionante, que traz o melhor de Paulo Gustavo, em uma performance que ficará para sempre marcada na história do cinema brasileiro.

    E para matar a saudade do ator, por que não (entre os três longas que existem) assistir ao filme que trouxe, pela primeira vez, na grande tela, Paulo no papel da nossa querida, bem-humorada e superprotetora Dona Hermínia? Uma obra com sequências hilárias sobre dinâmicas familiares, mas que também carrega um apelo sentimental muito grande, não à toa causando identificação com boa parte do público brasileiro.

    6. Anjos da Lei (2012)

    Olha ele de novo! Que Jonah Hill e a palavra ‘comédia’ nasceram um para o outro, nós já sabíamos. Mas, agora, que Jonah Hill e Channing Tatum formariam uma dupla de perder o fôlego (tanto pelo lado cômico, quanto pelo lado da ação), isso só descobriríamos em Anjos da Lei. Um filme que até tem uma energia semelhante a Superbad, e que se não fosse pelo seu final bem exagerado e fora do tom, poderia estar entre os primeiros dessa lista.

    Tirando isso, a premissa do longa já é suficiente para encontrar a comicidade da situação: uma dupla de policiais que é obrigada a trabalhar à paisana, se infiltrando em um grupo de estudantes do colegial para descobrir quem é o fornecedor de drogas — sim, eles realmente têm que passar a frequentar a escola de novo. O resultado não poderia ser diferente: momentos e sequências cômicas genuinamente inesperadas e completamente absurdas. E para quem gostou do primeiro e ficou com vontade de mais, a sequência Anjos da Lei 2 também não deixa a desejar. 

    7. A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (2021)

    E quem disse que também não dá para soltar umas boas gargalhadas em um filme de animação? A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é o exemplo perfeito de como um desenho animado (neste caso, feito através de CGI) pode igualmente fazer com que os adultos, e não só as crianças, tenham um momento prazeroso e de descontração em frente à tela.

    Com uma junção perfeita de humor e muita emoção, que para mim, lembra Tá Chovendo Hambúrguer, o filme conta a história de uma família que é pega de surpresa — já que estavam viajando para comemorar o fato da filha Mitchell ter passado na faculdade de cinema — quando os equipamentos eletrônicos ganham vida e ameaçam fazer uma revolução robótica. É, sem dúvida, um filme autêntico e bastante crítico em relação à sociedade atual (como o próprio Não Olhe para Cima, com uma pegada mais leve), mas ainda assim extremamente divertido e alto astral.

    8. Meu Eterno Talvez (2019) 

    Nem sempre uma ficção protagonizada por um bom comediante é sinônimo de qualidade e sucesso — são muitos os exemplos que testemunham isso. Porém, Meu Eterno Talvez é a prova de que essa fusão (bem sucedida) pode acontecer sim — como já vimos, inclusive, nessa lista, no ótimo Meu Nome é Dolemite, onde Eddie Murphy dá um show.

    Estrelando a atriz e comediante de stand-up, Ali Wong, o longa explora a vida de uma chef de cozinha de muito sucesso, que 15 anos depois reencontra um ex-ficante (e amigo de infância), logo após ter levado um fora do noivo. Uma história engenhosa, que até lembra Vidas Passadas, mas com um enredo, que conta com uma menor profundidade temática.

    Com uma química raramente vista em filmes do gênero, o longa dirigido por Nahnatchka Khan e protagonizado por Wong e Randall Park, é uma comédia romântica elegante, e que não precisa ser apelativa para arrancar boas risadas (e se bobear algumas lágrimas) do público.

    9. Um Maluco no Golfe (1996)

    Por que não continuarmos falando sobre grandes nomes da comédia? Adam Sandler protagonizou diversos filmes no maior estilo ‘pastelão’, ao decorrer da sua carreira. Mas se fosse para escolher uma, onde o seu timing cômico faz calar qualquer ‘hater’ da sua filmografia, Um Maluco no Golfe seria, a meu ver, uma escolha perfeita. Interpretando o improvável jogador de golfe (antigo atleta de hóquei), Happy Gilmore, Sandler entrega uma performance incomparável, com um humor físico bastante expressivo e (no mínimo) excêntrico.

    O carinho do público em relação ao filme continuou tão grande — mesmo décadas se passando — que não por acaso a Netflix produziu uma continuação do primeiro longa (Um Maluco no Golfe 2), quase trinta anos depois, onde acompanha a volta de Gilmore ao esporte que o tornou popular, anos depois de abandoná-lo. Dois filmes que mesmo sem trazer histórias tão elaboradas, quanto o próprio Meu Eterno Talvez, não decepcionam no quesito comicidade.

    10. Bad Trip (2021) 

    Muitas coisas fogem do tradicional neste último filme da lista, que é uma espécie de bônus para quem gosta de longas mais escrachados com desafios ou pegadinhas como Jackass: o fato de ser uma comédia road-movie, o uso de câmeras escondidas, o uso de pessoas reais, e as situações absurdas propostas pela dupla de personagens, Chris (Eric André) e Bud (Lil Rel Howery), durante a sua viagem da Flórida até Nova York, com um carro rosa roubado.

    Por esses e outros motivos, Bad Trip é um filme completamente bizarro e nonsense, que ousa no seu formato, na tentativa de reunir a espontaneidade do humor de pegadinhas, com a liberdade de criação propiciada por uma ficção. É, no mínimo, um filme curioso, surpreendente e hilariante, mesmo não contando com o viés narrativo tradicional dos outros nove longas dessa lista.

  • Ranking dos 10 Melhores Filmes do Drácula

    Ranking dos 10 Melhores Filmes do Drácula

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    O vampiro mais conhecido da história da literatura já foi representado no cinema de diversas formas. Algumas mais fiéis ao livro de Bram Stoker, outras menos, alterando, inclusive, o seu nome e sua fisionomia característica. Sem esquecer também dos filmes que utilizaram a figura de Drácula em histórias completamente originais.

    Aproveitando a estreia de Drácula: Uma História de Amor Eterno, novo longa de Luc Besson, e a chegada do Halloween, separamos um ranking com os melhores filmes do vampiro mais influente de todos os tempos. Com este guia da JustWatch, propomos uma viagem à história de Drácula no cinema, através das obras que melhor representaram este memorável personagem em filmes sombrios perfeitos para o mês de Outubro. Saiba também onde assisti-las em streaming!

    1. Drácula de Bram Stoker (1992)

    Se tem uma paixão que Francis Ford Coppola não esconde é o seu gosto por literatura. Tanto é que o diretor normalmente tem alguma influência literária por trás dos seus projetos. Megalópolis, por exemplo, se inspira em diversos livros, já seus clássicos O Poderoso Chefão e Apocalypse Now, são adaptações de grandes obras de Mario Puzo e Joseph Conrad, respectivamente. Chegamos então em Drácula de Bram Stoker, um filme que dosa perfeitamente o ponto de vista do diretor Coppola, com a versão original do escritor Stoker. 

    E essa qualidade, fundamentalmente, faz com que sua versão esteja no topo dessa lista. Afinal, o diretor consegue modernizar a história do vampiro, mas sem deixar de lado a essência presente no livro — vale recordar que Coppola é o único que monta seu filme com uma estrutura semelhante à obra original, com entradas de diários e cartas dos personagens. E, no fim das contas, que mal há em reimaginar um Drácula mais humano e romântico, vivido, ainda por cima, por Gary Oldman?

    2. Nosferatu (1922)

    Clássico é clássico, e isso não se discute. Nosferatu, de F.W. Murnau, é um daqueles filmes que não importa quanto tempo passa, continua influenciando gerações e mais gerações de cineastas interessados no gênero terror. E quem diria que uma adaptação não autorizada repercutiria tanto. Vale recordar que o nome de Conde Drácula (que passou a ser Conde Orlok) e sua fisionomia (que lembra mais a de um roedor) foram alteradas para conseguir escapar dos direitos autorais, se distanciando da representação mais direta do vampiro como a de Coppola. 

    Assistir ao filme expressionista de Murnau, faz com que, por um breve momento, passemos a acreditar realmente em vampiros — muito por conta do ambiente sombrio do filme e da atuação inquietante de Max Schreck. Nosferatu não é somente uma adaptação de Bram Stoker, é um marco cinematográfico e a maior referência visual da história do Drácula. Um filme obrigatório para quem se interessa pelas raízes do terror, tanto esteticamente, quanto narrativamente falando.

    3. Nosferatu (2024)

    Como prova do impacto do filme de Murnau, surge Nosferatu, de Robert Eggers, talvez a representação mais gótica da história do vampiro no cinema. Mas para quem já conhecia o estilo do diretor antes de assistir ao filme, com certeza já esperava que Eggers iria para este caminho — imagens bastante gráficas, uma atmosfera tenebrosa e personagens ainda mais perturbadores. 

    Aqui, a obsessão do vampiro pela esposa de Thomas, é exponenciada a um nível nunca antes visto — como esquecer da (bizarra) cena de sexo entre Ellen e Orlok? Enfim, é uma obra direcionada fundamentalmente aos amantes do terror gótico — como A Colina Escarlate de Guillermo del Toro, por exemplo. Levando em conta as representações mais modernas do vampiro (incluindo Renfield e Drácula: Uma História de Amor Eterno) é, de longe, a mais impressionante delas. Consegue equilibrar de maneira primorosa a influência que pegou do longa de Murnau e a essência do livro de Stoker.

    4. Drácula (1931)

    O primeiro filme sonoro (e em língua inglesa) do vampiro também merece o seu devido reconhecimento. Diferentemente da versão de Murnau, Drácula, de Tod Browning, apesar de ser baseado primordialmente em uma peça, faz uma abordagem mais fiel ao que seria a sua representação visual descrita no livro de Stoker, mas que não tem um apelo tão abrangente quanto adaptações mais modernas como Nosferatu. 

    Bela Lugosi no papel do Conde amedrontador, com sua atuação mais teatral e expressiva é, com certeza, o principal modelo cinematográfico de um Drácula com traços mais humanos. Para quem se interessa em saber como foi a primeira abordagem hollywoodiana do vampiro, não pode perder a oportunidade de assistir ao filme de Tod.

    5. Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979)

    Uma pesquisa que seria interessante fazer: qual obra influencia mais os cineastas contemporâneos que adaptam a história do vampiro, o livro de Bram Stoker, ou o filme de F.W. Murnau? Para Werner Herzog, com certeza, a referência cinematográfica serve mais como cerne do seu filme Nosferatu: O Vampiro da Noite.

    Não sei se podemos tratá-lo como um remake no sentido rigoroso do termo, já que o diretor alemão coloca diversos elementos narrativos e estéticos originais — um Drácula mais trágico, e uma representação mais realista, para citar alguns exemplos. Porém, o filme não deixa de ser uma homenagem à obra de 1922, uma vez que utiliza sua estrutura como base — com exceção ao nome do vampiro, que Herzog pôde usar na sua forma original. Em última instância, é um longa que consegue um impacto parecido com o anterior: deixar o espectador com frio na barriga.

    6. Drácula, o Príncipe das Trevas (1966)

    Dentre os muitos filmes que Christopher Lee protagonizou no papel do vampiro da Transilvânia, Drácula, o Príncipe das Trevas pode ser considerado aquele que causou o maior impacto. Provavelmente, muito por conta do caráter inovador da história, que traz Drácula ressuscitando e atacando um grupo de turistas que vão parar no seu castelo.

    Vale mencionar que o filme é uma continuação de O Vampiro da Noite, mas trazendo um Drácula ainda mais ameaçador e sanguinário. A performance física de Christopher Lee é um dos principais elementos responsáveis por gerar o terror no filme. Sua maneira silenciosa de andar pelo quadro, somada às suas pequenas expressões genuinamente perturbadoras, faz com que seu Drácula, em termos de construção de personagem, seja considerado um dos melhores.

    7. A Sombra do Vampiro (2000)

    Já deu para perceber que o encantamento por trás da figura de Drácula se estendeu à sua forma mais monstruosa como Nosferatu. E essa fascinação pela sua representação cinematográfica foi o principal motivo para a criação de A Sombra do Vampiro, talvez o filme mais criativo com o personagem. 

    Uma obra metalinguística, que reimagina como foi a filmagem de Murnau no século passado, levantando a hipótese de que o diretor alemão contratou um ator para fazer o papel, que na verdade seria um vampiro. Uma fantasia que explora justamente o mistério por trás da figura de Max Schreck, que gerou uma série de lendas após a sua atuação tão memorável como Nosferatu. Criativa, mas que pode não ter o apelo clássico que as adaptações anteriores tem. 

    8. Hotel Transilvânia (2012)

    O cinema de animação também merece o seu lugar na lista. Afinal, Hotel Transilvânia é uma das abordagens mais engraçadas do Conde Drácula. É claro que a história do filme, que traz o vampiro como proprietário de um hotel que refugia monstros, além de ser um pai superprotetor que se desespera quando sua filha se apaixona por um humano, já é bastante curiosa.

    Mas o fato de ser Adam Sandler a dar voz ao vampiro conhecido por ser um monstro amedrontador, subverte ainda mais o caráter da sua figura, e diverte justamente por quebrar com todas as expectativas por trás da sua representação. Para se ver em família, sem sombra de dúvidas, é o filme do Drácula mais recomendado de todos, principalmente para quem gostou de A Família Addams e ParaNorman. 

    9. Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe (2023)

    Seguindo nessa toada de comédias com Drácula, chegamos em Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe, filme que centra sua narrativa primordialmente no fiel servo do vampiro, que é responsável por coletar suas refeições (humanos), mas que aqui acaba tendo uma crise de identidade, tentando experimentar uma vida longe dos serviços do ‘boss’.

    É evidente que o desejo de Renfield não será tão fácil de ser realizado, afinal, o narcisista Drácula de Nicolas Cage, não está disposto a negociar. O filme utiliza muito bem a figura do vampiro, para subvertê-la em uma comédia de exagero, mas que acaba por não perder o seu elemento aterrorizante. Para falar em outras palavras, é como se fosse um Todo Mundo em Pânico do Drácula. E o pior (ou melhor), é que funciona muito bem, mas que pode não agradar fãs de adaptações mais fiéis como Drácula de Bram Stoker. 

    10. Drácula: Uma História de Amor Eterno (2025)

    Chegamos ao último filme, mas o mais recente deles: Drácula: Uma História de Amor Eterno, de Luc Besson. Com um ponto de vista bastante fiel ao texto original de Stoker, o diretor francês constrói uma adaptação onde o centro da história mora justamente na fascinação do vampiro pela mulher que lembra sua falecida esposa.

    No entanto, à semelhança de Coppola, Besson também potencializa o caráter romântico do personagem, mas dessa vez, transformando-o em um vampiro ainda mais obsessivo — que Caleb Landry Jones faz muito bem, por sinal. Para quem se interessa pela exploração profunda do amor e adoração de Drácula, bem como a origem dos seus sentimentos, é uma obra mais do que recomendada.

  • Os 10 Melhores Dramas do Ator Sul-coreano Park Bo-Gum

    Os 10 Melhores Dramas do Ator Sul-coreano Park Bo-Gum

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Cada vez mais atores sul-coreanos estão conquistando o público internacional com muito carisma e um deles certamente é o versátil Park Bo-Gum, de 32 anos. Conhecido por sua capacidade de transitar entre gêneros, indo dos romances leves ao suspense psicológico, passando por dramas históricos e até por ficção científica, ele se consolidou como um dos grandes nomes do entretenimento da Coreia do Sul na última década.

    Em 21 de setembro de 2025, Park Bo-Gum esteve em São Paulo para participar de um encontro de fãs de seu trabalho. Durante o evento, que foi muito elogiado por todas as pessoas presentes, o ator vestiu a camisa da seleção brasileira de futebol, arriscou dizer algumas palavras em português, cantou para o público e pareceu verdadeiramente empolgado ao longo de cada interação.

    Nesta lista da JustWatch, você descobre o motivo por trás de tantas pessoas adorarem Park Bo Gum conferindo quais são as 10 melhores produções da carreira do ator e em quais serviços de streaming assistir a elas.

    10. My Name is Gabriel (2024)

    A estreia de Park Bo-Gum no programa My Name is Gabriel foi uma surpresa, já que o ator e cantor é mais conhecido por seus papéis em dramas e filmes, não em reality shows, mas uma surpresa boa. Aqui, acompanhamos a jornada de diversas estrelas sul-coreanas que viajam para outro país com o objetivo de viver a rotina de outra pessoa por 72 horas, em um formato que une documentário e entretenimento.

    Do episódio um ao três, vemos Bo-Gum revelando seu carisma natural fora da ficção, mostrando seu lado mais humano, caloroso e até mesmo vulnerável enquanto vive a vida de Ruaidhri, o líder de um coral que vive em Dublin, na Irlanda. Em diversos momentos é possível ver como o ator se sente curioso sobre a vida deste “estranho”, ao mesmo tempo em que se emociona conforme se infiltra na rotina dele. Se você gosta de conhecer artistas para além das câmeras, My Name is Gabriel vai te conquistar.

    9. Eu Lembro de Você (2015)

    Também conhecido como Hello Monster, Eu Lembro de Você é um drama policial e foi uma das primeiras produções a mostrar Park Bo-Gum em um personagem mais sombrio e complexo. Aqui ele interpreta o misterioso jovem Jung Sun-ho/Lee Min, envolvido em uma trama de assassinatos e investigações familiares, destacando-se muito bem em meio a um elenco mais experiente, mostrando como já em 2015 o ator conseguia transmitir uma profundidade emocional que fugia do estereótipo de galã.

    Eu Lembro de Você é uma ótima escolha para quem curte thrillers sul-coreanos mais puxados para o suspense psicológico e muito drama, como o mais recente Diga-Me O Que Viu. Ainda que o personagem de Park Bo-Gum não seja o foco principal da série, a atuação dele tornou o personagem memorável, um indicativo inicial da versatilidade que marca a carreira do ator.

    8. Um Bom Garoto (2025)

    Se você gostou de filmes como Extreme Job ou séries do tipo Brooklyn 99, vai adorar Um Bom Garoto, drama que mostra como Park Bo-Gum em uma série que combina ação e investigação criminal, como em Eu Lembro de Você, mas com uma boa dose de comédia. Aqui, ele interpreta Yoon Dong-ju, um ex-boxeador olímpico que se torna policial em uma equipe composta por outros atletas, cada um lidando com seus próprios dilemas pessoais (que vão de dívidas à lesões), enquanto enfrentam criminosos.

    A série está recheada de momentos tensos, mas também conta com cenas leves e engraçadas, além de entregar lutas muito bem coreografadas, que formam o equilíbrio perfeito com o drama que também acompanha cada episódio. Embora a produção demore um pouco para entrar no ritmo, o que exige um pouco mais de dedicação do público, ela é perfeita para conferir a versatilidade de Bo-Gum em sua carreira.

    7. Wonderland (2024)

    Se a ação de Um Bom Garoto não é a sua praia, em Wonderland, Park Bo-Gum mergulha em um filme visualmente marcante, que mistura ficção científica, drama e romance. A produção conta a história de um serviço de Inteligência Artificial capaz de recriar entes queridos falecidos de forma virtual, permitindo que as pessoas lidem com suas perdas. Aqui, Bo-Gum vive o papel de Tae-joo, dividindo suas cenas com Bae Suzy, que interpreta Jeong-inm, formando um casal que enfrenta as complicações emocionais e éticas do uso da tecnologia para enfrentar o luto.

    O ator equilibra muito bem a delicadeza romântica que o papel exige com a estranheza que o tom futurista da trama carrega, entregando um personagem que emociona mesmo sendo apenas o produto de uma IA — mais uma prova de que Bo-Gum consegue surpreender em papéis mais arriscados. Se você chorou até secar com filmes como Ela e Como Eu Era Antes de Você, já deixe um lencinho ao lado do sofá. 

    6. Seo Bok (2021)

    Antes de Wonderland, Bo-Gum já havia mergulhado em uma história de ficção científica, mas Seo Bok tem uma pegada mais sombria do que o romance anterior. Nesta produção de 2021, que lembra os dilemas de Logan e A Bruxa: Parte 1. A Subversão, ele interpreta um papel desafiador: Seo Bok, o primeiro clone humano, criado em laboratório. A trama acompanha sua fuga ao lado do ex-agente Min Gi-heon (Gong Yoo), que resulta em uma dinâmica intensa entre ação, dilemas éticos e momentos inesperados de ternura.

    Bo-Gum transmite fragilidade e inocência ao mesmo tempo em sua atuação, afinal de contas, ele é uma criação artificial lidando com o mundo real pela primeira vez. Ao mesmo tempo, o personagem sugere uma força quase sobre-humana, o que resulta em uma atuação tanto física quanto emocional por parte do ator. O filme provoca diversas reflexões sobre a humanidade e é uma ótima escolha para quem curte imaginar as consequências de realidades em que a tecnologia vai longe demais, além de reforçar como Bo-Gum sempre está disposto a arriscar papéis fora de sua zona de conforto.

    5. Encontro (2018)

    Apesar da versatilidade incrível do ator, como vimos em Seo Bok e Um Bom Garoto, é inegável que ele brilha nos dramas românticos, como Encontro, também conhecido como Encounter ou Boyfriend, que foi um marco na carreira de Park Bo-Gum por unir seu carisma jovial com a experiência da estrela sul-coreana Song Hye-kyo. Aqui, temos a história de um romance improvável entre Cha Soo-hyun, a filha de um político que se sente presa às obrigações que a sociedade espera das mulheres, e Kim Jin-hyuk, um jovem comum, mas sonhador, que a inspira a redescobrir as belezas da vida.

    O filme ganha qualquer um com a química perfeita entre os protagonistas, com Bo-Gum iluminando cada cena com seu olhar sincero e um sorriso que ressalta a pureza de seu personagem, tornando impossível não torcer por ele. Se você curte romances, mas espera algo mais maduro de histórias de amor, Encontro é a escolha perfeita para assistir comendo pipoca e brigadeiro, além de ser uma produção que mostra como o ator sabe emocionar com autenticidade.

    4. Passarela de Sonhos (2020)

    Outra história moderna do ator é Passarela dos Sonhos, em que Bo-Gum assume o papel de Sa Hye-jun, um jovem modelo talentoso que sonha em chegar ao topo da profissão e em também se tornar um ator de sucesso. Ao lado do melhor amigo Won Hae-hyo (Byeon Woo-seok) e da maquiadora Ahn Jeong-ha (Park So-dam), o trio tenta se apoiar, já que cada um enfrenta um drama diferente na hora de realizar os próprios sonhos, como a falta de apoio da família ou assédio moral no trabalho.

    Em uma pegada parecida com a de Apostando Alto, a série combina drama, romance e bastidores do mundo da moda e do entretenimento para mostrar como cada jovem tenta correr atrás de seus desejos apesar das dificuldades. Passarela dos Sonhos aborda com delicadeza como nossos amigos podem se tornar nossa família em momentos de dificuldade, sendo ideal para quem gosta de histórias inspiradoras, cheias de momentos de superação. Além disso, a atuação de Bo-Gum é impressionante, transmitindo muita sensibilidade, o que torna a jornada de seu personagem ainda mais cativante para o público

    3. Amor ao Luar (2016)

    Provando que sua química com o público pode preceder os tempos modernos de Encontro e Passarela de Sonhos, temos Amor ao Luar, drama histórico que confirmou Park Bo-Gum como um dos grandes galãs da Coreia do Sul, sendo perfeito para quem curte comédias românticas de época, como Splash Splash Love. Aqui, o ator interpreta o príncipe herdeiro Lee Yeong que se vê envolvido em uma história de amor improvável com uma garota que se disfarça de homem, Ra-on (Kim Ji-young), e trabalha como escritor e conselheiro amoroso durante a Dinastia Joseon.

    No entanto, a história fica ainda mais complexa, pois aqui temos um triângulo amoroso, já que Ra-on também chama a atenção do filho de um importante membro da corte. Com a atuação encantadora de Bo-Gum, equilibrando humor, charme e vulnerabilidade, a série se torna leve e envolvente, mesmo em meio às sérias intrigas do palácio do reino, não sendo à toa o clássico moderno que consolidou a fama internacional do ator. Além disso, a produção ainda entrega figurinos impressionantes, evolução dos personagens e reviravoltas de tirar o fôlego.

    2. Reply 1988 (2015)

    Reply 1988 também volta no tempo, mas menos que Amor ao Luar, e é um marco na carreira de Park Bo-Gum, mostrando sua habilidade de se destacar mesmo entre um elenco cheio de jovens talentos. Nesta história marcada pela nostalgia, que gira em torno de cinco amigos e suas famílias vivendo em um bairro de Seul em 1988, ele interpreta Choi Taek, um prodígio do baduk (famoso jogo de tabuleiro coreano), que apesar da fama, é tímido e tem dificuldades para lidar com atividades consideradas comuns por outros jovens. 

    A série é perfeita para quem curte dramas mais saudosistas, que abordam a simplicidade da vida e relações de amizade, família e romance com muita leveza e uma emoção bastante genuína, como a produção um pouco mais recente Vá em Frente. Bo-Gum conquista o público facilmente com sua simplicidade e sinceridade, fazendo seu personagem brilhar desde as interações com outros colegas de bairro, até os momentos mais introspectivos, equilibrando humor e ternura o tempo todo. Na época de seu lançamento, a série se tornou o drama de maior audiência da história da TV paga sul-coreana, mais um indicativo do sucesso da história.

    1. Se a Vida te Der Tangerinas (2025)

    A atuação de Park Bo-Gum que ocupa o topo dessa lista também é regada por nostalgia, mas de forma ainda mais emocionante, madura e profunda do que em Reply 1988. Se a Vida te Der Tangerinas é um drama ambientado na Ilha de Jeju, que acompanha a vida de Ae-sun (IU) uma jovem rebelde com sonhos à frente de seu tempo para a época em que nasceu, mas ainda assim ela recebe todo o amor e apoio de Gwan-sik, papel de Bo-Gum, um homem tranquilo e leal.

    A trama acompanha o casal desde sua juventude nos anos 1950, até a fase adulta em Seul, décadas depois, sendo narrada pela filha deles e explorando suas jornadas individuais e conjuntas, abordando temas como amor, perda, maternidade, desigualdade de gênero e envelhecimento, além da evolução da cultura sul-coreana ao longo deste período — tudo com a sensibilidade e o aprofundamento necessários. O desempenho de Bo-Gum é impressionante, trazendo uma presença firme e protetora, mas também carinhosa, em contraste com a impulsividade de Ae-sun, o que nos faz entender o motivo da comoção causada pelo papel.

  • Outubro de Animes: Os 10 Lançamentos Mais Aguardados do Mês

    Outubro de Animes: Os 10 Lançamentos Mais Aguardados do Mês

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Como já é de costume para os otakus, outubro traz uma nova temporada de lançamentos de animes, que chega com títulos inéditos, continuações aguardadas e conclusões épicas para muitas animações. Entre aventuras vibrantes, dramas emocionantes, comédias surreais e até mesmo antologias, o mês promete agradar todo tipo de fã, do novato ao veterano.

    A diversidade das estreias vai da continuação de animes que reimaginam clássicos, como Ranma ½, até produções originais cheias de criatividade e cores vibrantes, como Disney Twisted-Wonderland e Sanda. Passando também por tons mais assustadores, como This Monster Wants to Eat Me, e temporadas finais que prometem muita emoção, como é o caso de My Hero Academia.

    Nesta lista da JustWatch, descubra quais são os 10 lançamentos de animes mais aguardados de outubro de 2025 e em quais serviços de streaming assistir a todos eles.

    Bônus: Chainsaw Man - O Filme - Arco da Reze (2025)

    Desde sua estreia, Chainsaw Man se estabeleceu como um dos animes mais impactantes da nova geração, misturando ação visceral, horror grotesco, humor e momentos sensíveis inesperados — que lembram Parasyte e Jujustu Kaisen. A 1ª temporada do anime já havia deixado claro que Denji, o improvável herói com motosserras no lugar dos braços e da cabeça, estava destinado a muito mais do que apenas lutas sangrentas contra demônios poderosíssimos.

    Agora, a aguardada continuação do anime, Chainsaw Man - O Filme - Arco da Reze, chega em 23 de outubro nos cinemas brasileiros, prometendo elevar ainda mais o nível da adaptação. O filme vai explorar um dos arcos mais queridos do mangá, apresentando Reze, uma personagem que trará tanto delicadeza quanto brutalidade para a trama, apresentando novos dilemas românticos e confrontos devastadores para Denji lidar. A produção já foi lançada no Japão e por lá os fãs ficaram empolgados com o que viram, revelando que o filme está repleto de humor e cenas de luta e ação de tirar o fôlego, além de ter uma animação de alta qualidade.

    10. To Your Eternity - 3ª Temporada (2021–) 

    Poucos animes conseguem emocionar e surpreender tanto quanto To Your Eternity, cuja história acompanha a jornada de um ser imortal lançado na Terra, que pode assumir a forma de qualquer objeto ou pessoa. Quando se torna um garoto, Fushi, ele embarca em uma sensível jornada de autodescoberta pelo planeta, aprendendo lições valiosas sobre humanidade, amor e perda a cada encontro com pessoas que marcam sua existência. Aos poucos, ele evolui de um observador curioso para alguém carregado de memórias e responsabilidades.

    A cada temporada, a trama se aprofunda em dilemas mais profundos, equilibrando momentos de ternura com uma brutalidade emocional incapaz de deixar alguém indiferente diante da história. Em 4 de outubro, veremos a terceira temporada na Era Moderna, um século após os acontecimentos que acompanhamos anteriormente, em um mundo repleto de prédios, carros e outras novidades para Fushi se acostumar — tudo isso enquanto ele lida com novos desafios assustadores, mesmo após a aparente derrota dos Nokkers.

    9. Disney Twisted-Wonderland (2025)

    Uma das estreias mais curiosas do mês, marcada para 29 de outubro, Disney Twisted Wonderland será o primeiro anime da Disney, inspirado no jogo mobile homônimo que se tornou um sucesso ao misturar elementos como visual novel e RPG de turno, e no mangá que nasceu a partir dele. O anime apresentará um universo cheio de referências aos vilões clássicos do estúdio, como a Rainha de Copas, de Alice no País das Maravilhas; Scar, de O Rei Leão; entre outros, com uma pegada Harry Potter, mas de um jeito mais sombrio.

    Mesmo antes da estreia, já dá para sentir o forte apelo visual da produção, que promete misturar fantasia, drama escolar e rivalidade entre alunos. Assim como em To Your Eternity, aqui teremos um protagonista perdido em um novo mundo, já que o trailer mostra como o jovem Yuu chega ao colégio Night Raven College revelando a todos que não tem a menor ideia do que está fazendo naquele local repleto de magia, sendo rapidamente confrontado por outros personagens. Os traços da animação são muito bonitos e modernos, o que só empolgou ainda mais os entusiastas de vilões da Disney.

    8. Star Wars Visions - 3ª Temporada (2021-) 

    Como uma espécie de Love, Death and Robots de Star Wars, Star Wars: Visions é uma antologia ousada, que entrega o universo de uma das sagas mais icônicas da cultura pop nas mãos de diferentes estúdios e estilos de animação. O resultado da 1ª temporada foi uma coletânea fascinante, que mostrou como a mitologia Sith, Jedi e a própria Força podiam ser interpretadas de diversas maneiras. A 2ª temporada ampliou ainda mais esse objetivo, misturando novas  referências à narrativa da galáxia muito, muito distante.

    A 3ª temporada de Star Wars: Visions estreia em 29 de outubro e trará uma novidade empolgante: apesar de continuar sendo uma antologia, ela terá sequências para os episódios O Duelo, O Nono Jedi e A Noiva Aldeã, da 1ª temporada. Os outros episódios continuarão sendo uma surpresa, ora entregando ação visceral, ora mergulhando na filosofia por trás da Força, o que mostra como, mesmo sem ser canônica, a série virou um espaço de liberdade artística que ainda assim mantém a essência Star Wars viva.

    7. This Monster Wants to Eat Me (2025)

    Se você procura por algo bem mais sombrio que produções Disney ou a história de Fushi em To Your Eternity, provavelmente vai gostar de This Monster Wants to Eat Me, um anime do tipo yuri que parece carregar uma pegada parecida com O Verão em que Hikaru Morreu, um forte candidato a anime do ano. Nesta animação japonesa que estreia em 2 de outubro, acompanhamos Hinako, que depois de perder sua família em um acidente, deseja tirar a própria vida, embora não acredite que conseguiria fazer isso sozinha.

    Quando Hinako conhece a sereia Shiori, as duas firmam um acordo bastante preocupante: a criatura protegerá Hinako dos espíritos yōkai, devorando-a antes deles quando chegar o momento certo. This Monster Wants to Eat Me parece assustador, violento e belo na medida perfeita, tendo como objetivo fortalecer a relação entre Hinako e Shiori a cada episódio, o que provavelmente terá como resultado um romance regado à terror que parece bastante interessante.

    6. Digimon Beatbreak (2025)

    Embora This Monster Wants to Eat Me surpreenda pela originalidade, Digimon Beatbreak, que chega em 5 de outubro, ganha vantagem pela força que a franquia carrega. Depois de tantas fases, Digimon continua se reinventando e chega prometendo unir a nostalgia dos fãs antigos com o frescor de um novo mundo inédito, no qual a Inteligência Artificial Sapotama começa a gerar Digimons. Isso faz com que o novo protagonista, Tomoro Tenma, encontre Gekkomon, e seja chamado para fazer parte do grupo de caçadores de recompensas Golden Dawn, que acredita que pode revolucionar seu esquema com a ajuda dessas criaturinhas.

    Embora isso ainda não seja uma certeza, o nome do anime e o trailer revelado até o momento, indicam que a animação envolverá muita música, criando um ritmo diferente do que já foi visto na saga até agora. Enquanto Digimon Tamers tinha um tom mais sombrio, e Digimon Adventure Tri investiu na emoção e na melancolia, Beatbreak parece investir em uma trilha mais experimental, brincando com a estética e a narrativa da franquia. O anime tem tudo para despertar grande empolgação em quem cresceu acompanhando digievoluções.

    5. Sanda (2025)

    Se você gostou de Beastars, mas prefere histórias mais engraçadas e bizarras, sem vergonha de serem exatamente assim, e quer conhecer mais do trabalho da criadora Paru Itagaki, prepare-se para entrar no clima do Natal antes mesmo do Halloween. Com lançamento previsto para 4 de outubro, Sanda apresenta um futuro distópico que mistura mistério, ação e uma reinterpretação um tanto curiosa do mito do Papai Noel, o que já indica parte do tom cômico que a história terá.

    Situado no Japão de 2080, em uma realidade na qual o país adotou regulamentos extremos para crianças depois de ver sua taxa de natalidade mais do que despencar, Kazushige Sanda descobre que é descendente do Papai Noel e tudo muda. A narrativa parece equilibrar um humor surreal, com muitas transformações de Sanda no Santa Claus e cenas de luta bizarras, ao mesmo tempo que traz dilemas de responsabilidade e fala sobre o folclore esquecido pela sociedade, levantando questionamentos sobre tradição, identidade e a verdadeira importância do Natal.

    4. Ranma ½ - 2ª Temporada (2024-)

    Se Sanda representa o bizarro e a inovação bem-humorados nesta lista, a 2ª temporada de Ranma ½ é um dos momentos mais aguardados do mês por ser um retorno triunfal aos clássicos, marcado para 5 de outubro — afinal de contas, a produção é uma verdadeira celebração da comédia romântica nos animes. A 1ª temporada desta nova versão do anime (a primeira aconteceu entre 1989 e 1992), já havia mostrado o quanto a obra de Rumiko Takahashi continua atemporal, misturando artes marciais, romance e situações absurdas, mas a segunda promete expandir ainda mais esse universo caótico.

    O charme da série está na forma como Ranma, um jovem rapaz que treina artes marciais, é amaldiçoado e após um acidente, se transforma em mulher quando molhado com água fria, o que faz com que ele lide com rivalidades, paixões e confusões que parecem nunca ter fim. Além do humor e dos triângulos amorosos que sempre arrancam gargalhadas, Ranma ½ também tem um lado nostálgico irresistível. Esta é a história perfeita para quem curtiu Inuyasha, do mesmo autor e que também tem uma dinâmica de trocas, ou o filme Your Name.

    3. Spy × Family - 3ª Temporada (2022-)

    Por mais que Ranma ½ seja um clássico, poucos animes conquistaram tanto carinho do público nos últimos anos em tão pouco tempo quanto Spy × Family, e não é à toa que a estreia da 3ª temporada do anime, em 4 de outubro, seja muito aguardada. A mistura de espionagem, comédia e drama familiar continua sendo o grande trunfo da animação, que acompanha o espião Loid Forger tentando equilibrar suas missões secretas com a vida doméstica ao lado da assassina Yor, e da telepata Anya, de quem ele finge ser marido e pai, respectivamente.

    As duas primeiras temporadas mostraram como a trama vai além das piadas, explorando a importância dos laços criados pelo trio, mesmo que inicialmente eles fossem baseados em uma farsa. Depois de muitos episódios mostrando o cotidiano desta família nada convencional, a expectativa é de que a narrativa avance, colocando a “família perfeita” diante de novos desafios, como Loid tentando progredir em Operação Strix, sua missão atual, quando o ônibus escolar de Anya e seus amigos é sequestrado por terroristas. Se você curtiu Buddy Daddies, vai adorar dar uma chance para Spy × Family, vale a pena maratonar os episódios, mesmo que você chegue com atraso para a temporada atual.

    2. One Punch Man - 3ª Temporada (2015-)

    Desde sua estreia, One Punch-Man se tornou um fenômeno por brincar com todos os clichês do gênero de super-heróis e batalhas shonen — o que muitos acreditam ter inspirado o concorrente Solo Leveling. Saitama, o protagonista careca capaz de derrotar qualquer inimigo com um único soco, conquistou fãs no mundo todo justamente por unir ação insana, humor afiado e uma boa dose de crítica ao próprio universo dos animes de luta. A 1ª temporada do anime trouxe uma animação impecável e batalhas memoráveis, que logo fizeram com que todo mundo acreditasse que este era um dos melhores animes de todos os tempos.

    No entanto, apesar da 2ª temporada ter expandido seu elenco, ela também trouxe uma piora na qualidade visual da animação, o que fez com que muita gente perdesse a fé na adaptação. A 3ª temporada de One Punch-Man, que estreará em 5 de outubro, adaptará o famoso arco da Associação dos Monstros, que promete lutas colossais, novos rivais e Saitama lidando com o vazio de sua força esmagadora. Apesar dos vários problemas que o desenvolvimento da 3ª temporada enfrentou nos bastidores, como a falta de transparência do estúdio e atrasos, o sucesso inicial da adaptação e o fato de que o mangá tem uma reputação muito boa, fazem com que as expectativas para a nova temporada sigam altas, o que explica a segunda posição da lista.

    1. My Hero Academia - Temporada Final (2016-2025) 

    Não tem jeito, chegar à temporada final de My Hero Academia é testemunhar o fim de uma das sagas mais marcantes da última década dos animes shonen, o que torna a produção a estreia mais aguardada de outubro, prevista para 4 de outubro. Desde que Deku recebeu o poder de All Might e entrou na U.A. para treinar como ser um herói, a animação construiu não só um universo vibrante de batalhas intensas, mas também uma reflexão profunda sobre sacrifício, amizade e o verdadeiro peso da responsabilidade.

    Ao longo das temporadas, conhecemos vilões inesquecíveis, rivalidades explosivas e momentos que marcaram os fãs para sempre, tudo levando ao grande confronto final entre All For One e Shigaraki. Agora, a expectativa está em como a obra vai amarrar todas as suas narrativas e encerrar o legado de cada personagem que cresceu junto com o público. My Hero Academia tem tudo para se despedir de seus fãs como uma jornada épica que aborda coragem, esperança e inspiração de forma intensa.

  • Ranking dos Melhores Filmes e Performances de Margot Robbie

    Ranking dos Melhores Filmes e Performances de Margot Robbie

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Margot Robbie está de volta às telonas após o sucesso de Barbie, dessa vez para protagonizar, ao lado de Colin Farrell, o romance fantástico intitulado A Grande Viagem da Sua Vida, que já está em cartaz nos cinemas brasileiros. Não podemos esquecer também, do seu filme que chega a seguir, O Morro dos Ventos Uivantes, que com estreia marcada para 2026, já teve o seu trailer recentemente divulgado.

    Aproveitando o grandioso retorno da atriz australiana, separamos um ranking com os seus melhores filmes e performances da carreira, para que você possa aproveitar ao máximo o talento e brilho de uma das figuras contemporâneas mais relevantes da sétima arte. Através deste guia, saiba também onde encontrar todas as produções elencadas em streaming.

    10. A Grande Viagem da Sua Vida (2025)

    Começando pelo seu último filme lançado, A Grande Viagem da Sua Vida é um drama romântico misturado com fantasia, do prestigiado diretor Kogonada, que traz Margot Robbie e Colin Farrell se conectando através de uma viagem no tempo que atravessa as memórias de infância dos seus personagens. Um filme colorido, vibrante e surreal, que, na minha visão, pode agradar os amantes de romances mais lúdicos como La La Land.

    Neste longa que vem dividindo opiniões, Margot se destaca com uma atuação carismática e sensível, representando uma personagem um pouco mais rasa (em comparação às suas interpretações mais intensas como em Eu, Tonya e Babilônia), mas que não deixa de ter uma química cativante com seu ‘parceiro de viagem’ Colin Farrell. Uma mulher assolada pela descrença no amor, que ao longo de uma travessia mágica, acaba por fazer descobertas que mudam a sua maneira de ver o mundo e à si própria.

    9. Amsterdam (2022)

    À semelhança de A Grande Viagem da Sua Vida, Amsterdam também não é um filme impecável, mas traz Margot Robbie com uma representação bastante excêntrica e ainda mais magnética, dando vida a uma enfermeira amante de arte, que se vê envolvida em uma complicada trama política.

    Um filme de época sobre uma conspiração por trás de um assassinato (que eu recomendaria sobretudo aos que procuram ficções misteriosas, mas com um tom mais divertido, como Dois Caras Legais), e que se não fosse pela distração das inúmeras participações aleatórias de atores prestigiados, poderia ser uma obra mais convincente. Uma pena, já que a personagem de Margot Robbie, uma das figuras mais interessantes do longa, apesar da sua impecável interpretação, acaba ficando algumas vezes em segundo plano.

    8. Aves de Rapina - Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2020)

    Poderíamos falar sobre a performance de Margot Robbie em Esquadrão Suicida — que, por sinal, é bastante notável — mas por que não falarmos sobre a sua impressionante Arlequina no filme que se centra exclusivamente na história da personagem?

    Se Amsterdam é um filme que faz com que a energia de Margot Robbie seja um pouco invisibilizada, Aves de Rapina - Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa faz exatamente o contrário, já que traz a atriz mais enérgica do que nunca, representando uma figura conhecida pela sua insanidade. Na minha visão, é um filme de ‘super-heróis’ que não tem o mesmo apelo que os longas mais conhecidos da DC (como Coringa, por exemplo), mas que não deixa de ser uma ótima escolha para quem procura um filme de ação brutal, subversivo e reluzente, ainda por cima, com temas contemporâneos bastante relevantes.

    7. Duas Rainhas (2018)

    Saltamos agora de uma anti-heroína da DC em Aves de Rapina para a Rainha da Inglaterra, Elizabeth I, em Duas Rainhas — dois papéis opostos, que demonstram a polivalência de Margot Robbie ao dar vida a personagens desiguais, mas sempre com um forte protagonismo feminino.Um longa sofisticado e mais bem dirigido que o anterior da lista, que certamente agradará os amantes de filmes históricos com complexas tramas de luta por poder, que se comprometem mais com a narrativa ficcional da obra do que propriamente com a fidelidade da história, como A Favorita, por exemplo. Além disso, é um filme, sobretudo, marcado por atuações fabulosas. Tanto por parte de Margot, que consegue expor de maneira pungente a vulnerabilidade e desconfiança da monarca inglesa. Quanto do lado de Saoirse Ronan, que impressiona ao dar vida à indomável e audaciosa prima da Rainha, Mary, que retorna à Escócia clamando pelo trono.

    6. O Escândalo (2019)

    Na teoria, o fato de Margot Robbie dividir o protagonismo de O Escândalo com Charlize Theron e Nicole Kidman, poderia fazer com que o seu brilho fosse um pouco ofuscado. O que não acontece na prática, uma vez que sua impressionante, sensível e tocante performance, faz com que a sua personagem (uma jornalista vítima do chefe da Fox News), tenha uma importância muito grande para o desenvolvimento da trama.

    Assim como Duas Rainhas, também é um filme baseado em uma história real (só que com um recorte contemporâneo), que denuncia os abusos de uma das figuras mais repugnantes da história da TV norte-americana, através de uma comovente e poderosa história, potencializada pelas brilhantes performances deste trio estelar. Uma obra que recomendo muito àqueles que estão em busca de histórias potentes, com um forte protagonismo feminino e um caráter de denúncia, como Erin Brockovich.

    5. O Lobo de Wall Street (2013)

    O Lobo de Wall Street foi o grande responsável pela ascensão de Margot Robbie em Hollywood. Afinal, protagonizar um filme de Martin Scorsese, ao lado de Leonardo DiCaprio, com apenas 22 anos de idade, não é pouca coisa. Um papel como a esposa de um ganancioso acionista de Wall Street que lembra a sua personagem em O Escândalo, justamente por ser uma mulher que também evidencia a toxicidade de um ambiente dominado por homens com sede de poder, mas que se destaca ainda mais, uma vez que conta com a direção magistral de uma lenda viva do cinema.

    Com uma performance marcante, persuasiva e sedutora, que vai além de uma mera representação caricata de uma esposa de um homem sem escrúpulos, Margot nos entrega uma personagem multifacetada e muito ambiciosa (já que usufrui da riqueza adquirida ao longo do filme), mas que também usa seu amplo poder de convencimento para manter um certo controle sobre o seu marido. 

    4. Era Uma Vez em... Hollywood (2019)

    Concordemos, não é qualquer pessoa que consegue representar em tela uma das atrizes mais ilustres da história do cinema, Sharon Tate — conhecida também pelo seu fim trágico nas mãos dos membros da Família Manson, história reinterpretada em Era Uma Vez em... Hollywood, de uma forma completamente original e ficcional. Na minha visão, o filme mais sensível e autêntico de Quentin Tarantino — que apesar do uso da violência, apresenta uma história repleta de nuances e sentimentalismo.

    Ocupa a quarta colocação do ranking, uma vez que, a meu ver, é, ao lado de Eu, Tonya, a interpretação mais ‘fiel’ de Margot Robbie (levando em conta, claro, personagens que são baseadas em pessoas reais). Isto porque a atriz consegue capturar maravilhosamente os trejeitos, humor e espírito de Sharon Tate, fazendo com que o público se identifique com a personagem — sensação extremamente importante por conta do surpreendente desfecho do filme.

    3. Barbie (2023)

    Se existisse essa possibilidade, talvez poderia declarar um empate técnico entre as três primeiras produções dessa lista. Mas como trata-se de um ranking, infelizmente Barbie acaba ficando com a terceira posição, somente pelo fato de que considero uma interpretação ligeiramente menos desafiadora, comparado com Babilônia e Eu, Tonya.

    Tirando esse detalhe, nada mais se pode apontar sobre a sublime performance da atriz, que consegue dar vida a uma boneca, transferindo-a emoções, sentimentos e desejos, através de um arco narrativo que empodera gradualmente a sua personagem. Um filme que, a meu ver, só alcançou este status tão respeitável (vale lembrar que foi indicado a oito Oscars) por conta do exímio trabalho de Margot, tanto na frente da câmera, quanto por trás dela, já que também é produtora do longa.

    2. Babilônia (2022)

    Em Aves de Rapina - Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, vimos Margot Robbie transmitindo uma energia ímpar, mas nada comparado com sua performance rebelde, espontânea e impetuosa, de uma atriz em busca do seu lugar em Hollywood, no virtuoso Babilônia — um filme selvagem e megalomaníaco, que retrata de maneira insana os bastidores cinematográficos de uma época (anos 20) que foi marcada pela sua extravagância. Para quem gosta de obras que fazem o retrato de um período do cinema, como Era Uma Vez em... Hollywood, não ficará decepcionado.

    Mais uma personagem livre e subversiva da sua filmografia, que além de expor competências dramáticas de Margot (já elucidadas ao longo dessa lista), também explora as virtudes mais físicas da atriz, através de um papel que exige movimentos corporais muito sofisticados, e sequências de dança bastante intensas, impecavelmente performadas pela australiana.

    1.  Eu, Tonya (2017)

    Já deu para perceber que Margot Robbie sempre escolhe papéis complexos e desafiadores, melhor exemplificado pela sua personagem completamente desequilibrada e ambígua, em Eu, Tonya — obra que merece a primeira colocação do ranking. Um filme com uma energia caótica (bem parecido com Touro Indomável) baseado na polêmica história da icônica patinadora Tonya Harding, conhecida pelo escândalo que envolveu o atentado contra uma patinadora concorrente.

    Uma performance grandiosa, que trabalha dramaticamente a fragilidade emocional de uma personagem com uma ‘armadura violenta’ — uma mulher que se auto sabota, que se envolve em relacionamentos abusivos, e acaba, muitas vezes, devolvendo para o mundo, seu sofrimento através da violência. Um papel extremamente exigente, onde Margot entregou tudo de si, lhe rendendo a sua primeira indicação ao Oscar. Uma atuação que certamente elevou o seu status em Hollywood de maneira exponencial, fazendo com que ela se tornasse uma das principais atrizes contemporâneas da indústria cinematográfica.

  • ‘Gen V’ e Outras 9 Séries Brutais de Super-Heróis para Adultos

    ‘Gen V’ e Outras 9 Séries Brutais de Super-Heróis para Adultos

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Produções de super-heróis que trazem personagens carismáticos, grandes batalhas e discursos inspiradores conquistaram um grande espaço na cultura pop ao longo dos últimos anos, o que é ótimo, mas se você prefere ver essa temática por um ponto de vista menos família, está com sorte. Atualmente, não faltam séries que mergulham no lado mais sombrio do gênero, trazendo heróis falhos, violência explícita e discussões sobre temas pesados, como poder, corrupção e desigualdade social.

    Uma delas é Gen V, derivado de The Boys que estreou em 2023 e mostrou que, assim como sua “obra-mãe”, não tem medo de chocar e abraçar a brutalidade, mesmo com seu toque adolescente. Ácida e banhada em sangue, a 2ª temporada de Gen V estreou em 17 de setembro de 2025 e vale lembrar que sua trama será importante para a 5ª e última temporada de The Boys.

    Prepare-se para muita violência e descubra nesta lista da JustWatch tudo sobre Gen V e outras nove séries brutais de super-heróis para adultos e em quais serviços de streaming assistir a todas essas produções.

    10. Luke Cage (2016-2018)

    Perfeita para quem curtiu Falcão e o Soldado Invernal, Luke Cage é uma série extremamente subestimada, que mergulha na história de um homem que ganha super-força e uma pele indestrutível após a sabotagem de um experimento. Diferente de produções que se apoiam na grandiosidade dos superpoderes, esta série traz um tom mais intimista, quase como um drama urbano que mistura diferentes elementos da cultura negra, como jazz, blues e hip-hop, com discussões sobre raça e política que engrandecem a história.

    Mas não se engane, apesar do tom mais contido, a série também sabe ser brutal, seja em confrontos físicos ou na forma direta como expõe violência, corrupção e desigualdades no icônico bairro Harlem. Mike Colter entrega um Luke Cage carismático e humano, que carrega nos ombros o peso de ter que enfrentar seu passado e de ser um símbolo entre os seus. Além disso, a produção conta com outras atuações memoráveis, como a de Mahershala Ali como Cottonmouth.

    9. Jessica Jones (2015-2019)

    Uma das produções mais sombrias do universo da Marvel, Jessica Jones, assim como Luke Cage, também foge do glamour típico dos heróis, mergulhando ainda mais fundo em dores internas. A série mostra como ela precisa lidar com traumas pessoais, abuso e manipulação mental, tudo mostrado de um jeito cru e brutal. Capaz de impressionar qualquer um, a atriz Krysten Ritter dá vida à uma protagonista cínica, falha e incrivelmente humana, que bebe para lidar com a dor, mas nunca perde sua força.

    Enquanto mostra como Jones tenta reconstruir sua carreira como detetive particular em sua própria agência de investigação, o que lembra o tom misterioso de Veronica Mars, a série não poupa o público de cenas duras, tanto de violência física quanto emocional, principalmente na relação tensa da personagem com o vilão Kilgrave, interpretado de forma genial por David Tennant. Em Jessica Jones, a brutalidade vai além de apenas socos ou perseguições, aparecendo também como abuso psicológico, retratado de maneira intensa e impactante.

    8. Watchmen (2019)

    Se Jessica Jones traz brutalidade em um nível pessoal falando sobre abuso psicológico, Watchmen amplia o tema de forma coletiva. A série não ficou famosa apenas pela violência física explícita, mas também pela coragem de seu roteiro em enfrentar feridas históricas profundas, geralmente esquecidas propositalmente por pessoas preconceituosas. A produção se passa em Tulsa, Oklahoma, anos após os eventos da HQ original, onde uma seita inspirada no diário de Rorschach persegue minorias raciais — o grupo é alvo da detetive Angela Abar (Regina King), que precisa se proteger para investigá-los.

    Misturando ação intensa com cenas de violência visceral, diálogos provocativos e uma trama repleta de reviravoltas, a série ressalta desde o primeiro episódio, uma recriação do Massacre de Tulsa, que não é apenas mais uma adaptação de quadrinhos, mas uma reflexão dolorosa e importante sobre racismo, poder e vigilância. Ao mesmo tempo em que honra a obra de Alan Moore, Watchmen se reinventa como um thriller político brutal e atual — um prato cheio para quem curtiu a premissa de Lovecraft Country.

    7. Demolidor (2015-2018)

    Demolidor foi uma das primeiras séries a mostrar que histórias de super-heróis na TV podiam ser tão brutais e impactantes quanto qualquer produção para o cinema, abrindo o caminho para outras produções da lista. A jornada de Matt Murdock (Charlie Cox), que na infância sofreu um acidente que o deixou cego e o fez desenvolver sentidos extraordinários, mostra como ele se divide entre um advogado idealista e um vigilante mascarado, em meio a um grande peso emocional e físico, já que cada luta deixa marcas visíveis no protagonista. E claro, com uma perspectiva fundamentada e intimista como em Jessica Jones e Luke Cage, só que ainda mais pesada.

    Aqui, a brutalidade está em cada detalhe: desde os combates corpo a corpo com coreografias de luta de tirar o fôlego até o dilema moral que consome o protagonista. Equilibrando ação, drama e outras atuações incríveis além da de Cox, como Vincent D’Onofrio como o Rei do Crime, Demolidor se tornou um marco da Marvel na TV e recentemente recebeu o revival/sequência Demolidor: Renascido, que mantém a intensidade e a ótima qualidade da adaptação de 2015.

    6. O Justiceiro (2017-2019)

    Se Demolidor abriu o caminho para heróis mais sombrios, O Justiceiro foi ainda mais fundo nesse abismo, abraçando a brutalidade como linguagem principal. A série mergulha de cabeça nesse tom profundo, sem hesitar em nenhum momento, com Jon Bernthal entregando uma de suas atuações mais marcantes como Frank Castle, um veterano de guerra marcado pela perda trágica de sua família, que encontra na violência uma forma distorcida de vingança e sobrevivência para lidar com o luto. Com um tom bem parecido com Demolidor, essa consegue ser ainda mais intensa por trazer um protagonista que não tem tantas restrições morais quanto Matt Murdock. 

    A série é brutal não apenas pela quantidade de sangue, tiros e torturas que aparecem ao longo dos episódios, mas também por mostrar os traumas e o vazio que ter participado de uma guerra podem deixar em alguém. Aqui você não encontrará heróis reluzentes ou discursos inspiradores, somente um homem em conflito constante, que faz justiça com as próprias mãos e destrói tudo em seu caminho. Se você gostou de Dexter, certamente deve dar uma chance para O Justiceiro, embora não dê para ter certeza de qual seria o resultado de um encontro entre esses dois.

    5. Preacher (2016-2019)

    Se além da violência de O Justiceiro, você também procura uma série que abrace o bizarro com muito sarcasmo, precisa assistir Preacher — uma produção que quem já viu, certamente se pergunta como algo tão insano e violento foi ao ar. Baseada em uma história em quadrinhos publicada pelo famoso selo Vertigo da DC, esta história mistura religião, humor ácido e pancadaria em doses cavalares ao revelar a trama de Jesse Custer (Dominic Cooper), um pastor atormentado que ganha um poder divino, tornando-se alvo de uma perseguição.

    Ao lado da ex-namorada Tulip (Ruth Negga) e do vampiro irlandês Cassidy, Custer parte em uma jornada para, literalmente, encontrar Deus. O resultado é uma viagem sangrenta e surreal, cheia de tiroteios, explosões e cenas de violência que muitas vezes beiram o grotesco — mas sempre muito bem amarradas por uma narrativa cheia de sarcasmo e críticas afiadas. Além disso, Preacher é a série perfeita para quem foi vidrado por Lúcifer entre 2016 e 2021. 

    4. Invencível (2021-)

    Assim como Preacher, Invencível não tem medo de chocar, mas faz isso de forma animada, o que só intensifica sua brutalidade, de forma bem parecida com The Boys. Perfeita para quem curtiu One Punch Man, uma ótima sátira sobre heróis, ou a sombria Spawn - O Soldado do Inferno, a série começa quase como uma paródia colorida do mundo dos super-heróis, acompanhando Mark Grayson (Steven Yeun), um adolescente comum que descobre ter herdado os superpoderes de seu pai, Omni-Man (J. K. Simmons), o maior super-herói da Terra.No entanto, quando o garoto treina pela primeira vez ao lado do pai, um banho de sangue revela que esta não é uma história para qualquer público, pois ao longo dos episódios, cabeças explodem, corpos são destroçados e o conceito do que é heróico ganha nuances profundamente perturbadoras. Além da violência brutal, Invencível se torna marcante também por abordar temas como família, legado e escolhas morais, mostrando que o choque entre pai e filho não é só físico, mas emocional, e que ser herói não é apenas sobre salvar vidas, mas, sim, sobre decidir que tipo de pessoa queremos ser.

    3. Pacificador (2022-)

    Uma das séries mais surpreendentes do universo da DC, Pacificador mistura duas coisas incompatíveis à primeira vista: violência grotesca e emoção, o que lembra bastante Invencível, mas aqui ganha um toque de redenção. A produção acompanha Christopher Smith (John Cena), reprisando seu papel em O Esquadrão Suicida, um herói que quer alcançar a paz, mesmo que tenha que matar muitos pelo caminho, e que vive tentando conciliar seu código distorcido de justiça com uma necessidade quase desesperada de ser aceito.

    Criada por James Gunn, diretor de produções como Superman e Guardiões da Galáxia, a série não economiza no sangue, mortes exageradas e piadas absurdas, sempre entregando cenas brutais. E mesmo em meio a toda essa carnificina, ainda existe espaço para um olhar sobre traumas, paternidade tóxica e recomeços, tudo embalado por uma atuação magnífica de Cena. Ser tão absurda quanto reflexiva é o que torna Pacificador tão viciante, ideal para quem gostou de Arlequina, também da DC, ou de Barry, que não é sobre super-heróis, mas também entrega uma história diferente sobre redenção.

    2. Gen V (2023-)

    Do mesmo universo de The Boys, Gen V é brutal, divertida e irônica ao misturar a violência da série de Capitão Pátria e companhia com um tom adolescente que funciona muito bem. Na prestigiada universidade de Godolkin, diversos jovens são treinados para se tornar uma nova geração de heróis, e então a rotina de combates e aprimoramento de poderes se mistura com festas, encontros e um eterno clima propício para uma competitividade nada saudável entre alunos, o que contribui em grande parte para a brutalidade da série — lembrando Titãs e X-Men Evolution.

    A violência gráfica, as disputas de poder e um mistério que envolve a administração da universidade rapidamente criam um clima sufocante, mas também fascinante de ser acompanhado. Além disso, Gen V ainda se mostra extremamente atual, abordando do “jeitinho The Boys”, ou seja, cruel e sangrento, temas como fama, redes sociais e amadurecimento adolescente. Profunda, a série não deixa a desejar em relação à sua “obra-mãe” e vai muito além de dramas juvenis, embora também entregue isso muito bem, além de contar com sequências de luta de tirar o fôlego e muitas aparições especiais. Apenas em sua segunda temporada, o derivado tem muito potencial para crescer no gênero.

    1. The Boys (2019-)

    Se existe uma série que não só redefiniu as histórias adultas sobre super-heróis, mas também mudou o olhar de muita gente sobre essa temática, esta série é The Boys. Extremamente violenta, sarcástica e politicamente afiada, a produção mostra um mundo em que os heróis não passam de celebridades corporativas, vaidosas e, na maior parte das vezes, cruéis, controladas pela gigantesca Vought, a empresa responsável pelo marketing e controle pessoal dessas pessoas superpoderosas que deveriam usar suas habilidades em prol da justiça.

    É nesse contexto que surge o grupo “The Boys”, que busca desmascarar de forma impiedosa os falsos ídolos da sociedade. O que dá o tom sombrio e violento dessa história é o contraste entre a imagem pública perfeita e os bastidores podres de cada super-herói, enquanto o espectador é bombardeado de sangue, brutalidade e cenas perturbadoras regadas com um humor ácido irresistível. The Boys é pancadaria, mas também sabe ser uma crítica feroz ao poder, à fama e à corrupção ao mesmo tempo, sendo um ótima opção para quem curtiu Doom Patrol ou a bizarramente ótima Happy!.

  • Quem Vai Ganhar o Oscar 2026 – Previsões Depois dos Festivais de Telluride, Veneza e Toronto

    Quem Vai Ganhar o Oscar 2026 – Previsões Depois dos Festivais de Telluride, Veneza e Toronto

    Mariane Morisawa

    Mariane Morisawa

    Editor JustWatch

    Com os festivais de outono no Hemisfério Norte, começou oficialmente a campanha pelo Oscar 2026. Depois de Telluride, Veneza e Toronto, já dá para ter uma ideia do panorama que se desenha para a cerimônia de premiação, em 15 de março do próximo ano.

    Vários filmes entraram com força na disputa. É o caso de Hamnet: A Vida Antes de Hamlet, de Chloé Zhao, vencedora dos Oscars de filme e direção com Nomadland (2020). A cineasta dilacerou os corações dos espectadores em Telluride e Toronto, de onde saiu com o prêmio do público.

    Frankenstein, de Guillermo del Toro, Bugonia, de Yorgos Lanthimos, e Coração de Lutador: The Smashing Machine, de Benny Safdie, vencedor do Leão de Prata de direção em Veneza, também estão na competição, assim como No Other Choice, do sul-coreano Park Chan-wook.

    Outros filmes vêm fortes desde o Festival de Cannes, em maio, que tem sido importante na disputa pelo Oscar nos últimos tempos – Anora, que ganhou cinco estatuetas neste ano, incluindo filme, direção e atriz, veio de lá. Desta edição, Valor Sentimental, de Joachim Trier, It Was Just an Accident, de Jafar Panahi, e o brasileiro O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, continuam firmes e fortes na briga. Há também os que pularam os festivais, como Pecadores, de Ryan Coogler, e Uma Batalha Após a Outra, de Paul Thomas Anderson.

    Ainda faltam muitos meses para o Oscar 2026, e alguns filmes que não foram vistos por ninguém podem roubar vagas, como Marty Supreme, de Josh Safdie, Isso Ainda Está de Pé?, de Bradley Cooper, Wicked: Parte 2, de Jon M. Chu, e Avatar: Fogo e Cinzas, de James Cameron. Mas a nossa lista tem os filmes que devem figurar entre os indicados, para você ficar de olho desde já.

    Hamnet: A Vida Antes de Hamlet (2025)

    Com Nomadland, a chinesa radicada nos Estados Unidos Chloé Zhao tornou-se a segunda mulher a ganhar o Oscar de direção – até hoje, foram apenas três, com Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror, 2008) e Jane Campion (Ataque dos Cães, 2021) sendo as outras duas. Tudo indica que ela pode conseguir sua segunda estatueta e quarto Oscar para uma diretora com Hamnet.

    Nomadland falava de uma mulher, interpretada por Frances McDormand (vencedora do Oscar de melhor atriz pelo papel), em luto. Hamnet, também. Pelas reações emocionadas da crítica e do público que viram o filme em Telluride e Toronto, de forma muito mais contundente e devastadora. Baseado no livro de Maggie O’Farrell, o longa mostra como o relacionamento entre William Shakespeare (Paul Mescal) e sua mulher Agnes (Jessie Buckley) sofreu com a perda de um filho e levou o dramaturgo a escrever uma de suas maiores peças, Hamlet.

    Jessie Buckley, que concorreu ao Oscar de atriz coadjuvante por A Filha Perdida (2021), transformou-se na favorita à estatueta de atriz por sua performance crua. Até por isso, Hamnet é para quem não tem medo de chorar feio no cinema, como Ainda Estou Aqui (2024), de Walter Salles, Vidas Passadas (2023), de Celine Song, e Aftersun (2022), de Charlotte Wells.

    E, como as chances de um filme ao Oscar têm muito a ver com o momento que os Estados Unidos e o mundo estão passando, ele deve ganhar força se a Academia estiver disposta a afogar suas dores na emoção.  

    Frankenstein (2025)

    Um novo filme de Guillermo del Toro sempre é cotado para o Oscar – O Labirinto do Fauno (2006) levou três estatuetas, A Forma da Água (2017) ganhou filme, direção, trilha e design de produção, e Pinocchio por Guillermo del Toro (2022), melhor animação. Imagine então quando se trata de uma adaptação que ele vem sonhando em fazer desde criança: Frankenstein, baseado no livro de Mary Shelley.

    O cineasta mexicano adora retratar os monstros como seres incompreendidos, provocando identificação. Aqui, o Monstro (Jacob Elordi) criado pelo Dr. Victor Frankenstein (Oscar Isaac), um misto de cientista e artista pensando ser Deus, é uma dessas criaturas. Mas o verdadeiro vilão é o pai de Victor, Leopold (Charles Dance). A paternidade parece ser um dos temas neste ano, com filmes como Uma Batalha Após a Outra, O Agente Secreto, Valor Sentimental e Hamnet lidando com o tema de maneiras diferentes.

    Embora muitos considerem que o filme não tem muita vida, quase todo o mundo concorda que Del Toro criou um universo visual rico, como fez no passado em produções como A Colina Escarlate (2015) e O Beco do Pesadelo (2021). Se você aprecia viajar nos detalhes dos figurinos e cenários, tudo feito à mão, Frankenstein é uma boa pedida.

    O filme coloca esse visual luxuoso a serviço de sua pegada gótica sombria, sem medo de exibir violência, como Drácula de Bram Stoker (1992), de Francis Ford Coppola, e Nosferatu (2024), de Robert Eggers. Mas Del Toro é bem mais pudico do que seus pares, que não temem explorar os temas sensuais e sexuais das obras. Nesse aspecto, o diretor está mais próximo de Tim Burton, especialmente de obras como Edward Mãos de Tesoura (1990) e A Noiva Cadáver (2005).

    Frankenstein saiu sem prêmios do Festival de Veneza, mas conseguiu um segundo lugar na escolha do público em Toronto, o que deu uma forcinha nas suas pretensões para os prêmios da Academia.

    Casa de Dinamite (2025)

    Casa de Dinamite, estrelado por Idris Elba e Rebecca Ferguson, é outro filme que saiu de Veneza sem prêmios. Mas ninguém é besta de deixar Kathryn Bigelow, uma das únicas mulheres a ganhar o Oscar de direção, de fora da corrida.

    A diretora sabe como poucos segurar seus filmes em níveis altos de tensão, como demonstrou não só em Guerra ao Terror como também em Caçadores de Emoção (1991) e A Hora Mais Escura (2012). Com seus personagens obcecados, suas obras são uma boa escolha para quem gosta de filmes como Zodíaco (2007), de David Fincher, e Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014), de Damien Chazelle, outros dois diretores que adoram uma pessoa focada ao extremo.

    Como fez em filmes anteriores, em Casa de Dinamite, ela usa o thriller para tratar de um tema sério: a ameaça nuclear. Seus filmes se inserem na tradição norte-americana de thrillers políticos, com filmes como Três Dias do Condor (1975), de Sydney Pollack, Todos os Homens do Presidente (1976), de Alan J. Pakula, Munique (2005), de Steven Spielberg, e Argo (2012), de Ben Affleck. Se você gosta desses, aposte em Casa de Dinamite. O filme também tem elementos para agradar aos membros da Academia que querem passar um recado com sua escolha. Mas a verdade é que não faltam thrillers na lista de possíveis indicados, com Uma Batalha Após a Outra, O Agente Secreto e No Other Choice se encaixando no gênero.

    Bugonia (2025)

    Yorgos Lanthimos tem experiência em sair do Festival de Veneza consagrado para a temporada de premiações. A Favorita (2018) ganhou o Grande Prêmio do Júri e a Coppa Volpi de atriz e foi indicado a dez Oscars, vencendo o de atriz (Olivia Colman). Pobres Criaturas (2023) levou o Leão de Ouro e depois concorreu a 11 Oscars, ganhando quatro, incluindo melhor atriz (Emma Stone).

    Bugonia, a quinta parceria do diretor grego com a atriz norte-americana, não teve o mesmo sucesso no festival desta vez. Mas a interpretação de Emma Stone foi unanimidade tanto na Itália quanto em Telluride, e o filme também recebeu elogios por sua radicalidade.

    Desta vez, a atriz interpreta a CEO de uma empresa que é sequestrada por dois obcecados por teorias da conspiração (vividos por Jesse Plemons e Aidan Delbis), cismados que ela é uma alienígena disposta a destruir a Terra. Dá para perceber que a trama é maluca do jeito que Lanthimos gosta. Ele faz um cinema bem particular, mas, se você gosta de um humor meio sombrio e uma visão de mundo perversa, por exemplo, de filmes como Os Idiotas (1998), de Lars Von Trier, e Happy End (2017), de Michael Haneke, Bugonia é a aposta perfeita.

    Coração de Lutador (2025)

    Havia um bocado de expectativa em relação a Coração de Lutador, o primeiro filme solo de Benny Safdie – o ator e diretor costuma trabalhar em parceria com o irmão Josh. Os dois fizeram juntos Bom Comportamento (2017), com Robert Pattinson, e Joias Brutas (2019), com Adam Sandler, filmes independentes frenéticos, com ótimas atuações. Curiosamente, Josh também dirigiu um longa solo neste ano, Marty Supreme, com Timothée Chalamet, que ninguém viu ainda.

    A ida de Benny para Veneza deu certo. Ele saiu do festival com o Leão de Prata de direção. E ainda firmou Dwayne Johnson, que interpreta o lutador de MMA Mark Kerr, como um candidato sério ao Oscar de melhor ator.

    Kerr é um personagem atormentado, que doma a violência para usá-la no octógono e lida com as ameaças da celebridade e a dificuldade de conciliar tudo isso com seu relacionamento com Dawn (Emily Blunt). Por isso, ele deve agradar a quem é fã de filmes do gênero, como O Lutador (2008), de Darren Aronofsky, e o clássico Touro Indomável (1980), de Martin Scorsese. E quem acha que filme de Oscar é, preferencialmente, uma cinebiografia, como Oppenheimer (2023), de Christopher Nolan, Carruagens de Fogo (1981), de Hugh Hudson, e Um Completo Desconhecido (2024), de James Mangold.

    No Other Choice (2025)

    Poucos cineastas têm um estilo tão criativo quanto o sul-coreano Park Chan-wook. Quem assistiu a Oldboy (2003) e Decisão de Partir (2022) sabe do talento visual do diretor, famoso por criar cenas que deixam o espectador pensando como ele fez aquilo. No Other Choice não é diferente.

    No Other Choice tem uma pegada Parasita (2019), do seu compatriota Bong Joon-ho, a primeira produção estrangeira a ganhar o Oscar de melhor filme, além de outros três: direção, roteiro original e longa internacional. No seu thriller satírico, Park também faz uma crítica ao capitalismo que não dá condições mínimas de sobrevivência, com um pai de família (Lee Byung-hun, de Round 6) que resolve eliminar a concorrência para conseguir se recolocar no mercado de trabalho. A premissa pode ser um pouco absurda, mas provoca identificação. É daqueles para quem adora uma história particular, de um indivíduo ou família, refletindo problemas maiores da sociedade e do país, como a masculinidade frágil.

    O filme teve muitas críticas positivas no Festival de Veneza, mas saiu sem prêmios. Em Toronto, ganhou o prêmio do público para produções internacionais.

     

    O Agente Secreto (2025)

    O Agente Secreto, dirigido pelo brasileiro Kleber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura, saiu do Festival de Cannes com dois prêmios – direção e ator – e cheio de críticas positivas. É o candidato do Brasil a concorrer por uma vaga ao Oscar de filme internacional e tem aparecido nas listas de previsões em outras categorias também, especialmente ator.

    Como disse Fernanda Torres ao longo da campanha vitoriosa de Ainda Estou Aqui, é quase impossível um ator brasileiro falando em português estar entre os concorrentes, mas Wagner, como ela, merece muito uma indicação. Ele dota seu Marcelo, um homem que se refugia em sua cidade-natal, o Recife, de muitas nuances.

    É um thriller com cenas de ação, com splashes de filme de terror, que primeiro mergulha o espectador em uma atmosfera de paranoia durante o Brasil da ditadura, embora ela jamais seja citada. É um filme sobre resistência em tempos difíceis com ajuda da comunidade e da reaproximação de um pai com o filho. Marcelo escolhe manter posição, quando seria mais fácil ceder. Embora se passe nos anos 1970, reflete o mal-estar de um mundo de democracias ameaçadas, como Uma Batalha Após a Outra, de Paul Thomas Anderson, e It Was Just an Accident, do iraniano Jafar Panahi.

    É um universo rico, cheio de citações brasileiras em geral e pernambucanas em particular, povoado de outros personagens com momentos para brilhar e uma reconstituição de época saborosa. Por isso, funciona bem para quem gosta de embarcar em uma experiência, sem se importar tanto com trama, meio na linha de filmes como Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), de Ridley Scott, ou Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch.

    Valor Sentimental (2025)

    Sabe aquele drama familiar bem-feito, bem-escrito, bem atuado, que faz rir e chorar? Valor Sentimental, que ganhou o Grande Prêmio do Júri em Cannes, uma espécie de segundo lugar, é desses. O longa dirigido pelo norueguês Joachim Trier (A Pior Pessoa do Mundo, de 2021) vem, desde então, aparecendo em diversas listas de possíveis indicados e é um dos principais concorrentes do brasileiro O Agente Secreto na categoria filme internacional.

    Como o longa de Kleber Mendonça Filho e Uma Batalha Após a Outra e Hamnet, fala de paternidade, ou de pais tentando se reconectar com os filhos, frequentemente por meio da arte. Stellan Skarsgaard é um cineasta que tenta se reaproximar das filhas, agora adultas, depois de abandoná-las. Valor Sentimental tem atuações memoráveis de Skarsgaard, Renate Reinsve, Inga Ibsdotter Lilleaas e Elle Fanning, que interpreta uma atriz norte-americana que ganha o papel no novo filme de Gustav. O longa vem sendo comparado a filmes de Ingmar Bergman, autor de obras densas sobre família como Sonata de Outono (1978). Mas a verdade é que Trier dosa o drama com muitos momentos de leveza, meio como Assunto de Família (2018), longa de Hirokazu Koreeda vencedor da Palma de Ouro, e A Lula e a Baleia (2005), de Noah Baumbach. Se você gosta desses, aposte em Valor Sentimental. 

    It Was Just an Accident (2025)

    A Palma de Ouro no Festival de Cannes para Jafar Panahi foi a coroação de anos de bons serviços prestados ao cinema. Sobretudo, premiou um cineasta que não só demonstra como resistir ao autoritarismo em seus filmes, como também em sua vida. It Was Just an Accident é seu primeiro filme desde que terminou sua proibição de fazer cinema, uma sentença que foi combinada com passagens pela penitenciária e prisão domiciliar durante anos.

    Panahi, que ganhou a Câmera de Ouro em Cannes com sua estreia, O Balão Branco (1995), faz um cinema que mostra como a opressão se manifesta no dia-a-dia de pessoas comuns, sejam as crianças que não são ouvidas, as mulheres impedidas de entrar nos estádios de futebol (Fora do Jogo, de 2006) ou ele mesmo, filmando escondido confinado em uma casa (Cortinas Fechadas, de 2013) ou disfarçado de taxista (Táxi Teerã, de 2015, Urso de Ouro em Berlim).

    Em It Was Just an Accident, não é diferente: Vahid (Vahid Mobasseri) tem certeza de estar diante de seu torturador quando um pai de família para em sua oficina para consertar o carro, depois de atropelar um animal. O que se segue é uma contemplação, muitas vezes divertida, sobre a verdade e a moralidade. Como O Agente Secreto, é um filme cheio de vida sobre como manter sua humanidade em tempos de tirania. Ele coloca uma questão aos personagens que serve para o próprio diretor e para as pessoas na plateia: o que você faria nesse lugar? Se você gosta de filmes sobre resistência, de Casablanca (1942) a Star Wars: Guerra nas Estrelas (1977), dê uma chance a It Was Just an Accident.

    Uma Batalha Após a Outra (2025)

    Fazia tempo que Paul Thomas Anderson, diretor de Sangue Negro (2007), Trama Fantasma (2017) e Licorice Pizza (2021), não dirigia um filme no presente. Mas ele volta aos dias de hoje com um torpedo, Uma Batalha Após a Outra, que não passou em nenhum festival e logo na estreia já foi catapultado a favorito na temporada de Oscar.

    Como O Agente Secreto, o filme trata de resistência, paranoia e paternidade. Leonardo DiCaprio é Bob, que vive fora do sistema com sua filha Willa (a revelação Chase Infiniti). Quando ela desaparece, o antigo grupo de revolucionários ao qual Bob pertencia se reúne para procurá-la.

    O diretor é um mestre em captar as falhas de seu país e desconstruir sua imagem com humor, originalidade, explosividade e uma certa energia caótica. Seus filmes todos merecem ser vistos, e há uma grande chance de você apreciá-los se também gosta de Robert Altman (como O Jogador, de 1992) e Quentin Tarantino (Era uma Vez em... Hollywood, de 2019).

     Pecadores (2025)

    Como Uma Batalha Após a Outra, Pecadores não passou em nenhum festival, seja de outono ou não. Mas, desde sua estreia em abril, o filme de Ryan Coogler permanece na lista de prováveis indicados ao Oscar – um feito para um filme de terror.

    Mas é compreensível. Coogler sempre tratou de coisas sérias, até mesmo em blockbusters como Pantera Negra (2018). Aqui, os gêmeos Smoke e Stack (interpretados por Michael B. Jordan) voltam à cidade natal e montam um bar para a comunidade negra no sul dos Estados Unidos. É um refúgio em tempos de leis segregacionistas, mas nem lá estão a salvo.

    Pecadores valeria só pela maior cena do ano até aqui, em que passado e presente, ancestralidade e resistência se unem em um salão de baile. Mas o filme oferece reflexão e recuperação da história com roupagem de diversão, além de ótimas atuações de Delroy Lindo, Wunmi Mosaku, Hailee Steinfeld e Jack O’Connell. É o filme ideal para quem gosta de assistir a produções sobre racismo com roupagem de gênero, como Corra! (2017) e Infiltrado na Klan (2018), além de ser um filme de terror bem interessante. 

  • As 10 Melhores Séries Adolescentes Para Quem Gostou de ‘O Verão Que Mudou Minha Vida’

    As 10 Melhores Séries Adolescentes Para Quem Gostou de ‘O Verão Que Mudou Minha Vida’

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Tem coisa melhor do que assistir a uma boa série de romance adolescente, repleta de drama, dilemas divertidos e triângulos amorosos? A terceira temporada de O Verão Que Mudou Minha Vida teve sua estreia em junho e encerrou em setembro, deixando muita gente vidrada com o romance de verão entre Belly (Lola Tung), Conrad (Christopher Briney) e Jeremiah (Gavin Casalegno). 

    A estreia da terceira temporada alcançou mais de 25 milhões de espectadores globais e mobilizou muita gente nas redes sociais do primeiro ao último episódio, tornando a produção o assunto do momento. E quando todo mundo acreditou que os romances e dramas deste trio seriam completamente resolvidos, a autora dos livros que inspiraram a série, Jenny Han, revelou que um filme será lançado para encerrar a história — o longa ainda não tem previsão de estreia e sinopse.

    Se esse é o seu tipo preferido de conteúdo, descubra neste guia da JustWatch outras 10 séries adolescentes de romance parecidas com O Verão Que Mudou Minha Vida e onde assistir a elas.

    Outer Banks (2020–)

    Outer Banks tem o mesmo clima quente e ensolarado de O Verão Que Mudou Minha Vida, sendo a escolha perfeita para quem busca uma série adolescente que tem o charme do verão, mas também um toque de drama e mistério — o que também a torna ótima para quem curtiu No Meu Bairro e Sangue e Água. Ao longo de quatro temporadas, com a quinta e última já confirmada para 2026, a série apresenta uma história envolvente, que começa simples, mas logo se transforma em uma aventura intensa sobre lealdade, intensidade e os limites do que se está disposto a arriscar.

    Em uma cidade litorânea na Carolina do Norte, marcada por uma forte divisão social entre os privilegiados Kooks e os trabalhadores Pogues, a vida do surfista John B. (Chase Stokes), líder de uma gangue Pogue, muda depois que o pai dele desaparece durante um acidente de navio que pode estar ligado à um tesouro de US$4 milhões. Ao lado de outros jovens, eles tentarão desvendar o paradeiro do pai do garoto, lidando com mistérios, amores, amizades e conflitos pelo caminho em uma história intrigante, que é praticamente impossível parar de assistir. 

    Gilmore Girls (2000-2007)

    Um grande clássico entre as séries adolescentes dos anos 2000, Gilmore Girls conta a história da mãe solteira Lorelai Gilmore (Lauren Graham) e sua filha adolescente Rory (Alexis Bledel). Bem menos intensa e dramática que Outer Banks, a produção é um dos maiores exemplos de “série conforto” dos anos 2000, explorando a relação entre mãe e filha de forma bastante interessante, principalmente por mostrar ambas amadurecendo juntas, algo diferente para a época, que costumava abordar esse tipo de relacionamento de forma mais conturbada. 

    Além disso, quem ama o triângulo amoroso entre Belly, Conrad e Jeremiah, também encontrará essa dinâmica em dose dupla em Gilmore Girls. Enquanto Lorelai  lida com a indecisão entre Luke e Christopher, Rory fica dividida entre Dean Forester (Jared Padalecki), Jess Mariano (Milo Ventimiglia) e Logan Huntzberger (Matt Czuchry), tendo alguns dos relacionamentos mais queridos e detestados da TV. Apesar de mais antiga, é uma ótima série para quem curtiu Ginny e Georgia ou Jane The Virgin por também trazer reviravoltas dramáticas em uma trama bem divertida.

    Com Carinho, Kitty (2023–)

    Pra quem curte o clima de viagem e novidade de O Verão Que Mudou Minha Vida, Com Carinho, Kitty é um spin-off da trilogia de filmes Para Todos Os Garotos Que Já Amei — inclusive, todas são produções são baseadas em livros da escritora Jenny Han. Como um conto de fadas moderno, a série é uma verdadeira jornada sobre amadurecimento e autoconhecimento, combinando leveza e representatividade com as típicas aventuras adolescentes que envolvem se apaixonar, fazer amizades e lidar com o crescimento. A série se distancia da trilogia original para refletir a personalidade da protagonista: dramática e divertida. 

    A série mostra Kitty, a irmã caçula de Lara Jean, partindo para um intercâmbio na Coreia do Sul, onde pretende se reconectar com a história de sua mãe e finalmente conhecer seu namorado Dae (Choi Min-yeong), com quem vive um relacionamento à distância. Chegando lá, muitas expectativas não serão atendidas, mas ela descobrirá uma porção de coisas novas sobre si mesma e seu coração – é nessa jornada de autoconhecimento que a série realmente brilha. Quem curtiu os filmes Crush e Você Nem Imagina, vai adorar navegar pela história de Kitty.

    O Diário de Carrie (2013-2014)

    Sex and the City se tornou a série queridinha de muita gente ao mostrar os dilemas românticos e profissionais de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) de forma inovadora em uma das cidades mais agitadas do mundo. Na prequela O Diário de Carrie, conhecemos o lado adolescente da personagem com uma boa dose de anos 1980 e drama teen, mas que continua com esse ar fresco que a série original criou. O derivado é perfeito para quem nasceu no interior e sempre acreditou que tinha sonhos grandes demais para cidades pequenas, tendo uma energia bastante parecida com a de Com Carinho, Kitty, já que ambas as protagonistas saem de suas zonas de conforto por um objetivo maior.

    Aqui, interpretada por AnnaSophia Robb, Carrie lida com os dilemas do ensino médio e os primeiros amores da vida, sempre vestida de forma única, é claro. A segunda temporada explora como ela vai parar em Manhattan e vive um relacionamento com uma antiga paixão, Sebastian Kydd (Austin Butler), quando começa a descobrir as regras do amor e do sexo, em uma dinâmica que muitas vezes lembra Gossip Girl, mas sem dramas tão intensos.

    Minha Vida com a Família Walter (2023–)

    Sucesso instantâneo em seu lançamento e adaptação do livro homônimo de Ali Novak, Minha Vida com a Família Walter traz certos clichês adolescentes de forma mais suave, sempre encaixando temáticas mais profundas em meio à eles, como luto, amadurecimento, desenvolvimento emocional e romances complexos. Tudo isso sem perder a graça de ser uma série voltada para o público mais jovem, e ainda trazendo um tom mais acolhedor em relação à vida antiga da protagonista — além de ter uma energia de cidade interior que lembra muito Gilmore Girls, mas também outras séries clássicas dos anos 2000, como Heartland.

    A produção conta a história de Jackie Howard (Nikki Rodriguez), uma jovem que perde a família em um trágico acidente e deixa sua vida em Nova York para morar em uma cidadezinha rural no Colorado. Neste novo lar, ela precisa se adaptar a muitas mudanças, incluindo quando chama a atenção dos irmãos Cole Walter (Noah LaLonde), um bad boy incompreendido, e Alex Walter (Ashby Gentry), um nerd tímido, que deixarão o coração dela dividido, bem parecido com Belly e seu relacionamento complexo com os irmãos Fisher. Com diversos personagens interessantes e um romance bem complicado, a série adolescente é perfeita para quem adora triângulos amorosos complexos.

    Eu Nunca (2020-2023)

    Uma das séries mais divertidas e criativas de 2020, Eu Nunca apresenta a vida de Devi (Maitreyi Ramakrishnan), uma adolescente americana, filha de indianos, que cansada de ser praticamente invisível na escola, tentará de tudo para se tornar popular. O equilíbrio perfeito entre momentos cômicos e vulneráveis da protagonista é o que torna a série tão única, amarrando leveza e lições importantes da adolescência em uma produção cheia de personalidade, assim como a protagonista — como uma versão menos irônica, mas tão divertida quanto Awkward.

    É nessa tentativa de subir na pirâmide social da escola (que na cabeça de Devi é um pacote que vem junto com o romance clichê adolescente) que ela chama a atenção de Paxton (Darren Barnet), seu maior crush da escola. Mas se antes ela não tinha ninguém, ao longo da história descobrirá ter sentimentos conflitantes por seu arqui-inimigo Ben Gross (Jaren Lewison) — aqui está mais um triângulo amoroso para quem ama a confusão entre Belly, Conrad e Jeremiah. Mesmo tendo várias similaridades Com Carinho, Kitty, mas com um ar mais explícito parecido com Sex Education, a série consegue criar sua própria personalidade, mas ainda tendo o elemento de romance adolescente que é tão querido em O Verão que Mudou Minha Vida. 

    Heartstopper (2022–)

    Baseada nas histórias em quadrinhos de Alice Oseman que conquistaram a internet, a série Heartstopper é muito conhecida por proporcionar aquela sensação de quentinho no coração enquanto os personagens lidam com dilemas e amores adolescentes, assim como Com Carinho, Kitty, além de trazer a representação LGBTQIAP+ de forma sensível e autêntica — oferecendo à essa comunidade uma produção com a qual muitos sempre sonharam, além de ser uma ótima opção para quem amava Isak e Even de Skam ou a trama de Young Royals.

    A série mostra a história de Charlie (Joe Locke), um aluno bastante tímido, que já sofreu bullying na escola por ter se assumido gay, e que de forma inesperada, Charlie se aproxima do super popular jogador de rugby da escola, Nick (Kit Connor), por quem rapidamente se apaixona. Focando nas dúvidas e dilemas da idade, essa série certamente mostra muitos dos desafios de forma comovente, apaixonante e, às vezes, intensa. Se distanciando um pouco do triângulo amoroso em Eu Nunca, Heartstopper consegue captar muito bem ânsias adolescentes por meio de seus diversos personagens, além de lidar com tópicos mais maduros e adultos como saúde mental assim como O Verão que Mudou Minha Vida.

    Sex Education (2019-2023)

    Na mesma pegada descontraída de Chewing Gum, mas com uma premissa mais jovem, a série Sex Education acompanha a vida sexual de vários adolescentes, explorando temas como insegurança, libido, sexo seguro, orientação sexual, entre outros temas. Com um roteiro divertido, a história de cada personagem toca um ou vários desses assuntos de forma bastante educativa, fazendo jus ao nome da série, que retrata a adolescência de um jeito honesto e diverso — de forma bastante parecida com Eu Nunca, mas trazendo mais pontos de vista masculinos.

    A história principal acompanha Otis Milburn (Asa Butterfield), um adolescente cuja mãe é terapeuta sexual, mas que possui um certo bloqueio com o assunto, apesar de ser um especialista em sexo na escola, onde dá conselhos temáticos para outros alunos mediante pagamento. Enquanto tentam resolver os dilemas de seus colegas de classe, cada um enfrenta os próprios desafios em meio a hormônios e emoções à flor da pele, focando em assuntos tabu de forma inovadora. Tem uma vibe bem diferente de O Verão que Mudou Minha Vida, mas tem o charme adolescente perfeito para quem quer uma série teen que desenvolve os personagens por meio dos romances. 

    Turbulências de Verão (2022-2023)

    Assim como O Verão Que Mudou Minha Vida, Turbulências de Verão traz diversos dilemas adolescentes com praias incríveis como plano de fundo, mas diferentemente de Outer Banks, essa história até tem um toque de rebeldia, mas depois a maré fica mais calma. A história acontece na Austrália, para onde os pais da rebelde e irreverente Summer Torres (Sky Katz) a enviam como punição por ter sido expulsa da escola que frequentava no Brooklyn, em Nova York.

    Inicialmente relutante com a ideia, aos poucos Summer começa a se acostumar e até gostar da cidadezinha litorânea de Shorehaven, onde se apaixona não só pelo surf, mas também pelo irresistível Ari Gibson (Kai Lewins), embora o coração dela fique dividido entre ele e Baxter Radic (Josh Macqueen). Apesar da 2ª temporada não ser tão encantadora quanto a primeira, o frescor do verão, as lições sobre amadurecimento e os desafios adolescentes ainda estão aqui — e certamente causarão nostalgia em quem cresceu assistindo Galera do Surf.

    Com Amor, Victor (2020-2022)

    Spin-off de Com Amor, Simon, ambos baseados nas obras de Becky Albertalli, Com Amor, Victor é uma série que se passa no mesmo universo do filme, mas com foco em um novo aluno da escola Creekwood. Com um protagonista completamente carismático, que nos faz torcer por ele do primeiro episódio até o último, a série também conta com um elenco diverso e aborda diferentes temas de forma bastante sensível, como um verdadeiro guia para a adolescência — que por muitas vezes lembra um ótimo filme nacional, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho.

    A história acompanha o garoto Victor Salazar (Michael Cimino), recém-chegado de Atlanta, quer recomeçar do zero no ensino médio. No entanto, quando ele chama a atenção da popular Mia (Rachel Hilson), que parece ter uma quedinha por ele, Victor fica em pânico, já que ele vem sentindo algo inédito por Benji (George Sear). Tratando de descobertas pessoais sobre a sexualidade dos protagonistas, a série acaba lembrando mais Heartstopper e Com Carinho, Kitty, mas com todo o drama teen de O Verão que Mudou Minha Vida. 

  • ‘The Paper’ e Outras 9 Séries de Comédia Muito Engraçadas Estilo Mocumentário

    ‘The Paper’ e Outras 9 Séries de Comédia Muito Engraçadas Estilo Mocumentário

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Saudades de The Office? Fique tranquilo, que com a estreia de The Paper, série derivada da produção que trouxe personagens icônicos como Michael Scott e Dwight Schrute, você provavelmente conseguirá matar essa saudade que já dura uns bons anos.

    Aterrissando no Brasil no dia 18 de setembro na HBO Max (sempre com dois episódios lançados a cada semana), a nova produção dos mesmos criadores de The Office, chega com o potencial de ser uma nova febre, quando se trata de séries de comédia estilo mocumentário (uma espécie de documentário falso, normalmente com personagens quebrando a quarta parede, ou seja, falando para a câmera, mas com elementos narrativos ficcionais).

    Por isso mesmo, fizemos esta lista, para que você possa conhecer com mais detalhes e profundidade, além de The Paper, outras 9 séries de comédia muito engraçadas, com o mesmo formato de mocumentário, disponíveis em diversas plataformas de streaming. Vale pontuar que as produções estão elencadas de maneira decrescente por ordem de qualidade e também comicidade.

    10. The Paper (2025–)

    Ainda é cedo para dizermos se The Paper estará à altura de The Office, principalmente em relação à identificação e empatia do espectador para com os personagens, e também no que diz respeito ao altíssimo nível de humor. No entanto, pelo que já podemos observar com os episódios iniciais, há uma sensação muito boa em relação ao ambiente (uma redação de um pequeno jornal local em crise) e aos personagens (a maioria deles, novas caras com uma energia promissora, com exceção do veterano Oscar Martinez, responsável pela dose de nostalgia da série). 

    Outro fator que conta a favor de The Paper (que vem recebendo críticas mistas), é que The Office (a versão norte-americana) apenas se tornou essa referência cultural, à medida que as temporadas foram passando, e os personagens ganharam uma profundidade cada vez maior — sim, no começo, a produção estava longe de ser uma unanimidade. Com um formato documental muito parecido (inclusive, em termos narrativos, conta com a mesma equipe que ‘filmou’ a já falida Dunder Mifflin), uma musiquinha inicial no mesmo tom, e personagens que prometem muitas situações constrangedoras, eu diria que The Paper tem tudo para ser uma série hilária e empolgante que substitua este espaço deixado após o término de The Office.

    9. Na Mira do Júri (2023–)

    Pulando agora para uma produção muito mais absurda e real do que o próprio The Paper. Disponível no Amazon Prime Video, Na Mira do Júri é um divertido, curioso e imprevisível mocumentário, misturado com reality show, que acompanha um julgamento norte-americano, onde todos os envolvidos no caso são atores, com exceção de um membro do júri, que é uma pessoa real.

    Isto é, para você que gosta do elemento realista de produções que também fazem uma espécie de ‘pegadinha absurda’ com câmeras escondidas, como o próprio filme Bad Trip, essa série é um prato cheio, já que genuinamente capta — aqui, é preciso pontuar que de maneira muito mais elaborada e sofisticada, mesmo contando com momentos bizarros — a reação verdadeira de uma pessoa que não faz a mínima ideia do caráter falso da situação em que está posta. 

    8. O Mundo Por Philomena Cunk (2022)

    Agora vamos para uma minissérie, que apesar de também ser um mocumentário, se difere bastante de The Paper e também de Na Mira do Júri, no seu estilo e tom, por misturar comédia com a estética documental de produções do tipo History Channel. Ou seja, esqueça o caráter sério das séries que abordam a evolução humana e os grandes feitos da humanidade. 

    Em O Mundo Por Philomena Cunk, acompanhamos a atriz Diane Morgan (interpretando uma personagem que por vezes parece até mais real do que a própria atriz) viajando pelo mundo, e conversando com diversos especialistas e acadêmicos sobre variados assuntos históricos, mas de uma maneira muito mais informal, descontraída e piadista, com perguntas e apontamentos que ressoam como frases engraçadas típicas de uma conversa de bar.

    Normalmente, sempre colocamos em lados opostos produções que visam passar conhecimento ou divertimento para o público. No entanto, essa série se difere justamente por conseguir fazer as pessoas rirem, ao mesmo tempo em que elas aprendem sobre a história da humanidade — e isso é de se valorizar. Para quem deseja explorar ainda mais a personagem, saiba que também existe o especial A Vida por Philomena Cunk, além da série Cunk na Grã-Bretanha.

    7. Abbott Elementary (2021–)

    Abbott Elementary, uma série que já vai para a sua 5ª temporada em 2025, traz uma dinâmica de grupo parecida com The Paper e The Office, mas ao invés de empregados de uma empresa, os protagonistas são professores (assim como em A.P. Bio) de uma escola pública com pouco investimento — sendo um deles interpretado por um dos atores mais conhecidos do público brasileiro, Tyler James Williams, o mesmo de Todo Mundo Odeia o Chris.

    Convenhamos, se tem um espaço contemporâneo produtivo para se fazer comédia, já que é conhecido por proporcionar situações extremamente inusitadas, sem contar o fato de ser uma instituição que passa por uma situação de crise ao redor do globo, este lugar se chama escola. Com certeza, por meio dessa série (que consegue ser mais engraçada e leve do que O Mundo Por Philomena Cunk) você passará a simpatizar com o trabalho de um professor (ou até mesmo se assustar com a profissão, por conta do seu desafio), ao mesmo tempo que se diverte horrores (e se emociona) com uma história que dialoga muito com a realidade.

    6. Arrested Development (2003–2019)

    Se espaços profissionais como um escritório ou uma escola, já nos proporcionam um nível de intimidade gigantesco, imagina então uma sitcom que explora a relação de uma família que tenta manter a sanidade, após o pai ter sido preso por fraude. 

    Essa é Arrested Development, uma série de cinco temporadas (onde a Netflix produziu as últimas duas), que pode até ter menos elementos de mocumentário comparada às produções anteriores dessa lista, inclusive, usando o artifício de um narrador, mas que conta com uma maior maturidade narrativa, piadas ainda mais eficientes e um elenco de tirar o chapéu, como por exemplo, Jason Bateman e Michael Cera, que entregam performances hilárias e brilhantes. Simplesmente imperdível para os amantes de séries com um humor inteligente e crítico (principalmente em relação às elites), como Succession.

    5. Parks and Recreation (2009–2015)

    Entraremos agora no campo dos mocumentários mais clássicos, que fizeram história na TV norte-americana, começando por Parks and Recreation (também intitulado Confusões de Leslie no Brasil), que ocupa um lugar especial nessa lista, mesmo trazendo certas piadas que, na minha visão, não envelheceram tão bem — o que justifica a sua quinta posição. 

    Com um estilo mais realista de documentário (mesmo que falso) e um tom mais animado e irreverente que Arrested Development, a série, que conta com sete temporadas, traz um recorte tão peculiar quanto o de The Office (vale lembrar que tem os mesmos criadores), já que segue uma funcionária, e personagens adjacentes a ela, que trabalha no Departamento de Parques de uma cidade fictícia. É, sobretudo, uma produção que eu recomendo muito aos que procuram uma comédia ‘esquisita’, mas ao tempo bastante otimista, como Ted Lasso, por exemplo, e com uma protagonista esforçada como em Abbott Elementary. 

    4. Modern Family (2009–2020)

    Arrested Development demonstra, através de uma família disfuncional, a quantidade de situações disparatadas possíveis de se explorar em uma sitcom. Já Modern Family, vai ainda mais longe, e escolhe como recorte, o enredo interconectado de três famílias distintas, que contam suas histórias de maneira direta para a câmera, como se fossemos, literalmente, seus confidentes — mesmo sem a narrativa evidenciar que existe uma equipe documental no espaço, como faz The Office.

    Com mais de uma década em cartaz, a série é considerada um marco do mocumentário, justamente por evitar julgamentos e estereótipos de diferentes dinâmicas familiares, expondo uma maior diversidade de personagens (inclusive, quando comparamos com Parks and Recreation), mas com narrativas interligadas. Além disso, conta também com um apelo cômico muito forte e demarcado, que evidentemente faz com que a produção ganhe mais alguns pontinhos nessa lista.

    3. Segura a Onda (2000–2024)

    Para você que gosta de Seinfeld e procura uma produção tão engraçada quanto e, ainda por cima, escrita e protagonizada por um dos criadores da série (o humorista Larry David), tente dar um chance a Segura a Onda, um mocumentário que, à semelhança de Seinfeld, traz o personagem principal como uma versão fictícia dele mesmo, mas em um formato ainda mais realista (com muitos momentos de câmera na mão), característico de uma produção que tenta simular um documentário. 

    Por esse motivo, a sensação que o espectador tem, é de que a série nos coloca em situações reais do neurótico e desadaptado social (personagem) Larry David. E se tratando de mocumentários, essa é uma virtude que deve ser bastante valorizada. Seu humor, sobretudo, é gerado à partir dessas situações casuais que o egoísta e sincero protagonista provoca, nos causando bastante identificação, pelo caráter autêntico dos seus eventos — afinal, quem não tem algum familiar assim? Certamente, uma comédia muito mais ‘constrangedora’ do que Modern Family, que pode agradar, mesmo que de maneira diferente (já que o personagem de Larry David é muito mais inteligente) os fãs de Michael Scott.

    2. O Que Fazemos nas Sombras (2019–2024)

    Entre as cinco séries mais bem colocadas dessa lista, O Que Fazemos nas Sombras (que é baseada no filme homônimo de Taika Waititi) é a mais recente delas, fazendo parte do catálogo do Disney+. Ou seja, alguns podem dizer que não temos o distanciamento necessário para rotulá-la como um clássico, mas outros, como eu, podem afirmar que a série tem todos os elementos que fazem com que ela possa ser considerada uma das comédias em formato de mocumentário mais interessantes, criativas e engraçadas da televisão.

    Afinal, como não se divertir ao acompanhar de forma documental a rotina de um grupo de vampiros que tenta tocar a suas vidas na modernidade, enquanto lidam com as excêntricas necessidades da sua espécie? Uma comédia sobrenatural sagaz que rompe drasticamente com as expectativas temáticas características de um mocumentário, entregando um humor bizarro e extremamente viciante, através de uma história de vampiros (que assim como Larry David em Segura a Onda) também encontram desafios e dificuldades na sua vida social. Sim, mesmo sem o status de clássico puro, merece a segunda posição, até por ser a única na lista que mistura esse estilo em uma série de fantasia. 

    1. The Office (2005–2013)

    O primeiro da lista tem lugar exclusivo. Afinal, além de The Office contar com os mesmos criadores que The Paper, e ter sido a série que inspirou a nova produção (inclusive, contando com o retorno do personagem Oscar Martinez), é muito difícil comparar o nível de qualidade do seu exímio roteiro (levando em conta todas as produções mencionadas acima). Isso principalmente pela empatia e emoção transmitidas através dos seus personagens, sem esquecer do elemento cômico inconfundível e inimitável, que faz dela, ao meu ver, a melhor série (de sempre) no estilo mocumentário.

    Através de câmeras ‘ativas’ que acompanham o dia a dia de uma empresa de papel, presenciamos de maneira tão realista (e divertida) o cotidiano dos empregados da Dunder Mifflin, a ponto de sentirmos que fazemos parte desta grande ‘família’, gerenciada pelo rei da ‘vergonha alheia’, Michael Scott. Uma série que se tornou um ícone cultural, imperdível para qualquer amante de boas comédias.

  • 'Jack Reacher': Ordem Certa para assistir aos Filmes e à Série do Implacável Investigador em Streaming

    'Jack Reacher': Ordem Certa para assistir aos Filmes e à Série do Implacável Investigador em Streaming

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Tom Cruise ficou conhecido por dar vida a Jack Reacher no cinema, e Alan Ritchson, que convenhamos, tem um porte físico mais parecido com o personagem descrito nos livros de Lee Child, assumiu o papel na série da Amazon Prime Video. 

    O ex-policial militar do exército norte-americano, altamente especializado, que investiga crimes de maneira independente, conquistou a admiração do público por conta do seu caráter misterioso, mas extremamente humano e justo — baseado, muitas vezes, no seu próprio código moral, como é claro. 

    Para se aprofundar na história do implacável investigador, aproveite este guia da JustWatch que mostra a ordem de lançamento dos filmes e série do investigador solitário, Jack Reacher, e onde assisti-los online.

    Qual a ordem para assistir Jack Reacher? 

    1. Jack Reacher - O Último Tiro (2012)

    Em 2012, a primeira adaptação dos livros que contam as proezas do ex-policial, chegou aos cinemas com o nome de Jack Reacher - O Último Tiro. A polêmica escolha (do ponto de vista dos fãs dos livros) de Tom Cruise para representar o robusto investigador, rapidamente perdeu a sua importância com a potente interpretação do ator, que conseguiu transmitir as principais virtudes do personagem, nomeadamente a sua competência investigativa, a sua esperteza, a sua implacabilidade e o seu próprio sentido de justiça. Tudo isso sem precisar ser parecido fisicamente com o protagonista descrito nos livros.

    Na trama, Reacher, já aposentado e vivendo uma vida às margens dos holofotes, é chamado por um vetererano de guerra que foi acusado de assassinar cinco pessoas. Na tentativa de provar a sua inocência, o ex-combatente, sem nenhum pudor, volta à ação para tentar desvendar a rede de criminosos por trás dos assassinatos e da falsa acusação. Vale recordar que quem ficou responsável por interpretar o vilão do filme, foi o lendário cineasta e ator alemão, Werner Herzog, que trouxe um ar obscuro ao antagonista. Jack Reacher - O Último Tiro, que foi baseado no livro homônimo, é uma obra perfeita para quem procura um thriller ‘sem rodeios’, com ótimas cenas de ação — mas sem exageros colossais — e uma história investigativa intrigante.

    2. Jack Reacher: Sem Retorno (2016)

    Adaptado também de um livro homônimo, Jack Reacher: Sem Retorno trouxe novamente Tom Cruise na pele do investigador solitário. Com um tom mais nostálgico (do ponto de vista do personagem), o filme se passa na antiga base militar de Reacher, e acompanha o ex-policial na tentativa de investigar quem está por trás da prisão da major Susan Turner, uma amiga acusada de espionagem contra o próprio exército.

    Equilibrando o lado humano e o lado mais frio de Reacher, a sequência novamente mostrou as habilidades físicas e intelectuais do personagem que Cruise sabe fazer muito bem, mas com uma mudança sutil de tom. Ao contrário do primeiro filme, que tinha uma pegada mais de suspense e investigação, o segundo longa explora ainda mais as sequências de ação, mas dá espaço também para uma exploração sentimental e afetuosa do protagonista, ao apresentar a personagem de uma garota que pode ser a sua filha, além da sua amiga que foi presa. Duas mulheres pelas quais Reacher tem muita afeição e que deixam a trama ainda mais envolvente.

    3. Reacher (2022-)

    Com a 3ª temporada no ar e uma 4ª já confirmada, Reacher é considerada uma das séries originais mais populares da Amazon Prime Video. Na tentativa de ser o mais fiel possível aos livros de Lee Child, que relata as inúmeras perigosas aventuras do ex-major, um ator mais parecido com a descrição do personagem (alto, pesado, corpulento e musculoso) foi contratado: Alan Ritchson. Além disso, a produção também buscou captar a essência e o ambiente mais brutal e misterioso, encontrado nas obras literárias de forma cativante.

    Sem relação com os filmes anteriormente lançados, a 1ª temporada, que adaptou a obra ‘Dinheiro Sujo’ — vale lembrar que os livros apresentam histórias independentes, sem necessariamente uma ordem a se seguir — explorou as origens da sua escolha de vida nômade e solitária, além de apresentar uma trama onde Reacher tenta descobrir quem está por trás de uma série de assassinatos na cidade de Margrave, incluindo a do seu irmão mais velho.

    Já a 2ª temporada, adaptada do livro ‘Azar e Contratempo’, mostra como a ex-unidade militar do protagonista é alvo de uma rede de conspirações. Para quem aprecia o lado mais investigador de Reacher, certamente não se decepcionará pelo caminho intrigante tomado pelos roteiristas — que inclusive colocaram o personagem em uma posição em que ele é obrigado a deixar de ser um homem tão solitário, o que traz uma camada a mais ao personagem. 

    E, por fim, a 3ª temporada, baseada no livro ‘Acerto de Contas’, que foi ao ar em 2025, traz de volta o personagem em uma missão quase suicida, onde seu objetivo e sua vingança se misturam ao longo dos episódios. Provavelmente, o fato da temporada anterior não ter sido tão apelativa ao público mais fiel, fez com que a série recuperasse o caráter de ‘lobo solitário’ de Reacher, colocando-o novamente em situações limites, e praticamente sozinho para agir, adicionando um entretenimento mais óbvio e fiel aos livros. 

    Onde assistir aos filmes e à série de ‘Jack Reacher’ em streaming?

    Descubra abaixo onde encontrar os filmes e a série de Jack Reacher, disponíveis online, em streaming!

  • ‘Pantera Negra’: Saiba Como Assistir a Todos os Filmes do Herói em Ordem

    ‘Pantera Negra’: Saiba Como Assistir a Todos os Filmes do Herói em Ordem

    Ana Scheidemantel

    Ana Scheidemantel

    Editor JustWatch

    Wakanda Forever! Pantera Negra é, até hoje, reconhecido como um dos destaques do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), por trazer uma trama complexa repleta de críticas sociais. Porém, esse não foi o único filme do herói, que apareceu em diversos outros filmes no universo. 

    T’Chala é um personagem amado, que foi interpretado no MCU por Chadwick Boseman que faleceu em 2020. Contudo, o seu legado como o herói permanece presente dentro e fora do universo da Marvel.

    Recentemente, o herói recebeu uma série animada que serve como prelúdio chamada Eyes of Wakanda (Olhos de Wakanda), que traz mais contexto aos filmes. Caso você queira assistir a todos os filmes em que o herói aparece, a JustWatch preparou um guia com a ordem correta para você assistir todo o legado do Pantera Negra. 

    1. Capitão América: Guerra Civil (2016) 

    A primeira aparição do herói no MCU foi durante Capitão América: Guerra Civil, quando o herói interpretado por Chadwick Boseman é introduzido como um personagem secundário. No filme,  os Vingadores lidam com as consequências políticas do confronto contra Ultron. Como os representantes de seu país, Wakanda, T'Challa e seu pai, T’Chaka, lidam com as negociações do acordo. Porém, quando T’Chaka é assassinado, T’Challa usa suas habilidades como Pantera Negra para se vingar.

    Apesar de não ser o foco do filme, T’Challa e seu alter ego, Pantera Negra, roubam a cena toda vez que aparecem, com cenas de ação impressionantes e sequências emocionantes. Mostrando um pouco das habilidades do herói e do caráter do personagem, Guerra Civil trouxe um introdução poderosa e restrita de Chadwick Boseman que traz uma perfomance inesquecível como T’Challa.

    2. Pantera Negra (2018) 

    O primeiro filme do herói foi bem recebido pela crítica e pelo público por trazer uma história com personagens e tópicos complexos. Em Pantera Negra, T'Challa retorna para Wakanda após a morte de seu pai, tendo que liderar o reino em direção a uma nova era. Enquanto enfrenta o passado de Wakanda, as diferentes tribos e a responsabilidade como guerreiro, T’Challa tenta encontrar quem roubou vibranium de Wakanda. 

    Com Chadwick Boseman retornando ao papel principal e Michael B. Jordan em um de seus melhores papéis como o vilão, Pantera Negra trouxe um elenco estelar para acompanhar o seu enredo envolvente. Até por isso, o filme foi capaz de trazer personagens incríveis, com princípios e motivações próprias, especialmente por meio do vilão que traz questionamentos sobre justiça e identidade. Consequentemente, é um dos exemplos mais cativantes, profundos e relevantes do universo cinematográfico da Marvel até hoje. 

    3. Vingadores: Guerra Infinita (2018)

    Como um herói já estabelecido, T’Challa se junta ao grupo de heróis contra um antagonista que ameaça todo o universo. Em Vingadores: Guerra Infinita, Thanos e seu exército chegam à Terra para conseguir o resto das Joias do Infinito, para eliminar metade das criaturas vivas do universo. Em meio a uma pancada de heróis, o Pantera Negra teve um papel fundamental no filme, mostrando mais uma vez sua importância. 

    Particularmente, a guerra entre o exército de Thanos e os Vingadores acontece em Wakanda, com T’Challa reunindo as tribos e todos os seus mecanismos de defesa para ajudar na batalha. O filme mostrou como o Pantera Negra, Wakanda e Vibranium têm um papel fundamental no MCU, trazendo uma continuação explosiva à história de T’Challa. Além disso, a personalidade majestosa do herói serviu como ponto indispensável para o enredo que serviu para solidificar a importância do líder digno que Chadwick Boseman construiu de forma comovente. 

    4. Vingares: Ultimato (2019)

    Tem spoilers de Guerra Infinita nesta entrada! Vingadores: Ultimato foca nas repercussões de Guerra Infinita, servindo como uma segunda parte da trama do filme anterior. No filme, os Vingadores lidam com a sua derrota, quando embarcam em uma jornada pelo tempo para trazer todos que foram eliminados com o icônico estalo de Thanos. 

    Apesar de T’Challa aparecer bem pouco no filme como um dos heróis que sumiram no fim de Guerra Infinita, o personagem tem uma aparição crucial no fim do filme. Como o primeiro herói a sair do portal rumo a batalha final, T’Challa carrega toda a esperança do universo com sua chegada. Momento que também proporcionou uma experiência cheia de adrenalina nos cinemas por todo mundo, estabelecendo Ultimato como uma experiência singular na história do cinema, além divertida e surpreendente. 

    5. Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022)

    Após a morte do ator Chadwick Boseman, o segundo filme do herói tenta mostrar o seu legado como o herói no MCU. Em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, o reino sofre com a perda de T’Challa enquanto tentam proteger Wakanda e suas minas de Vibranium. Shuri precisa se tornar a líder que seu reino precisa, tendo que decidir entre vingança e misericórdia.  

    Assim como o primeiro filme, Wakanda Para Sempre lida com uma trama complexa que lida com aspectos sociais, perda e patrimônio cultural. Mais uma vez, o vilão do filme é um destaque, trazendo mais uma vez uma perspectiva que desafia moralidades em preto e branco. Mesmo se perdendo em alguns momentos da trama e com cenas de ação menos impressionantes, o filme emociona tanto com momentos profundos (e às vezes melodramáticos) quanto por seu questionamento de temas complexos

    6. Bônus: Série - Eyes of Wakanda (2025)

    Essa série animada tenta celebrar o legado do Pantera Negra e mostrar a habilidade dos guerreiros de Wakanda. Eyes of Wakanda é uma jornada por diferentes períodos do reino, focando nos guerreiros em diferentes jornadas. Apesar de ser uma prequela, a série serve junta todo o universo de Wakanda, podendo ser assistido após todos os outros projetos do herói. 

    A série não só tem um estilo artístico único, vibrante e cheio de vida que lembra as HQs, como também mergulha fundo no afrofuturismo que é tão único ao herói. Uma celebração do herói e deste mundo divertido e autêntico, a série semi-antológica é divertida, fazendo um ótimo trabalho aprofundando o universo cinematográfico da Marvel de forma diferente. Apesar de ser bem curta, a série realmente complementa os filmes do Pantera Negra e sua versão alternativa em What If…? com visuais deslumbrantes e histórias criativas. 

    Onde assistir a todos os filmes com o Pantera Negra? 

    Confira abaixo onde assistir a cada um dos filmes em que o Pantera Negra aparece em streaming.

  • De 'The Mandalorian' a 'A Bruxa': Onde Você Já Viu o Elenco de 'Quarteto Fantástico: Primeiros Passos'?

    De 'The Mandalorian' a 'A Bruxa': Onde Você Já Viu o Elenco de 'Quarteto Fantástico: Primeiros Passos'?

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Quarteto Fantástico: Primeiros Passos finalmente chegou. Este era um dos filmes mais esperados da Marvel, não tem como negar, principalmente porque o longa é a introdução no MCU desses personagens que já foram adaptados tantas vezes – e quase todas falharam. 

    Agora, o aguardado reboot dos chega com um elenco estelar, que inclui: Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn, Ebon Moss-Bachrach e mais. Mas você sabe onde esses atores brilharam antes? Desde blockbusters até produções indie, o time de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos traz nomes familiares do cinema e da TV. Antes de vestirem os trajes do Quarteto, eles já conquistaram o público em outros papéis marcantes. 

    Vamos relembrar onde você já viu esses talentos em ação! 

    Pedro Pascal (Senhor Fantástico/Reed Richards)

    Antes de vestir o traje do Senhor Fantástico do aguardado Quarteto Fantástico, Pedro Pascal já havia conquistado o público com dois papéis icônicos. Como Din Djarin em The Mandalorian, ele deu vida ao caçador de recompensas enigmático, carregando a série com presença magnética mesmo sob o capacete. Já em The Last of Us, sua atuação como Joel trouxe profundidade emocional ao sobrevivente durão, em uma atuação que mistura vulnerabilidade e força bruta. Esses são somente dois trabalhos que consolidaram Pascal como um dos atores mais versáteis de Hollywood e também um dos que mais trabalha! 

    Vanessa Kirby (Mulher Elástico/ Sue Storm)

    Antes de estrelar como Sue Storm no novo Quarteto Fantástico, Vanessa Kirby já demonstrava sua versatilidade em papéis memoráveis. Como Princesa Margaret na série The Crown, entregou uma atuação intensa que lhe rendeu um Emmy, capturando a rebeldia e vulnerabilidade da família real. Já em Missão Impossível: Efeito Fallout, transformou Alanna Mitsopolis/White Widow em uma das figuras mais intrigantes da franquia - charmosa, perigosa e imprevisível. Do drama histórico à ação de alto orçamento, Kirby prova ser uma das atrizes mais completas de sua geração.

    Joseph Quinn (Tocha-Humana/ Johnny Storm)

    Antes de incendiar as telas como Johnny Storm/Tocha-Humana no aguardado Quarteto Fantástico, Joseph Quinn já havia conquistado o público com atuações marcantes. Seu papel como Eddie Munson na 4ª temporada de Stranger Things o transformou em fenômeno cultural - o líder do Hellfire Club que cativou fãs com seu carisma rebelde e cena épica de guitarra no Mundo Invertido. Já na minissérie Les Misérables, deu vida ao revolucionário Enjolras com intensidade dramática, provando seu talento em adaptações literárias. Do horror aos clássicos, Quinn demonstra versatilidade que promete continuar brilhando no Universo Marvel.

    Ebon Moss-Bachrach (Coisa/Ben Grimm) 

    Antes de encarnar Ben Grimm no novo Quarteto Fantástico, Ebon Moss-Bachrach já construía uma carreira plural. Em O Urso, seu Richie Jerimovich rouba cenas como o primo disfuncional do protagonista, oscilando entre comicidade ácida e vulnerabilidade com maestria - atuação que lhe rendeu um Emmy em 2024. Já em Andor, deu vida ao hacker Linus Mosk com uma presença contida que adicionou camadas ao universo Star Wars. Seja em dramas intensos ou comédias nervosas, Moss-Bachrach prova ser um ator de transformações - preparado para dar alma à pedra do Quarteto.

    Julia Garner (Surfista Prateada/Shalla Bal)

    Antes de embarcar como Shalla-Bal, a Surfista Prateada, no Quarteto Fantástico, Julia Garner já colecionava atuações eletrizantes. Seu papel como Ruth Langmore em Ozark consagrou-a com dois Emmys, interpretando uma jovem traficante cuja mistura de ferocidade e vulnerabilidade redefine anti-heroínas. Já em Inventando Anna, transformou a falsa herdeira Anna Delvey num estudo fascinante de manipulação e ambição, rendendo-lhe um Globo de Ouro. Do crime organizado aos salões de elite, Garner domina personagens complexas - preparando o terreno para trazer profundidade cósmica ao papel no Universo Marvel.

    Ralph Ineson (Galactus)

    Antes de emprestar sua voz imponente ao devorador de mundos Galactus no Quarteto Fantástico, Ralph Ineson já marcava presença em produções memoráveis. Como William no perturbador A Bruxa, trouxe uma intensidade puritana aterradora ao patriarca de uma família assombrada no século XVII. Já no universo Harry Potter, interpreta Amycus Carrow, o cruel professor de Artes das Trevas que personificava a tirania de Voldemort em Harry Potter e as Relíquias da Morte. Seja em papéis de vilões ou figuras sombrias, Ineson domina personagens de presença magnética - preparação perfeita para a entidade cósmica mais temida do Marvel.

    Natasha Lyonne (Rachel Rozman)

    Natasha Lyonne, além de seu papel como Rachel Rozman do novo longa do Quarteto Fantástico, destacou-se em outros trabalhos marcantes. Em Orange Is the New Black, ela interpretou Nicky Nichols, uma presa inteligente e sarcástica que conquistou o público com seu humor ácido e vulnerabilidade. Já em Poker Face, Lyonne vive Charlie Cale, uma mulher com a habilidade de detectar mentiras, embarcando em uma jornada repleta de mistérios. Ambos os papéis demonstram sua versatilidade, combinando carisma, profundidade emocional e um timing cômico impecável, consolidando-a como uma das atrizes mais originais da atualidade. 

    Paul Walter Hauser (Harvey Elder/ Homem Toupeira)

    Paul Walter Hauser, além de interpretar Harvey Elder (Homem-Toupeira) fez personagens memoráveis. Em Eu, Tonya, ele deu vida a Shawn Eckhardt, o excêntrico e desastrado guarda-costas de Tonya Harding, entregando uma atuação hilária e patética que roubou cenas. Já em Richard Jewell, Hauser interpretou o herói injustiçado do atentado de Atlanta, mostrando dramaticidade e profundidade, em uma atuação aclamada pela crítica. Esses trabalhos revelam sua versatilidade, transitando entre comédia ácida e drama intenso com maestria.

    Onde assistir aos filmes e séries do elenco de ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos?’

    Abaixo, veja onde assistir online, em streaming, aos filmes e séries com o elenco de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos.

  • Os 10 Melhores Filmes de Al Pacino: de 'O Poderoso Chefão' a 'O Irlandês' 

    Os 10 Melhores Filmes de Al Pacino: de 'O Poderoso Chefão' a 'O Irlandês' 

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Al Pacino, um dos maiores ícones do cinema, construiu uma carreira repleta de atuações inesquecíveis, marcadas por intensidade e profundidade emocional.

    Desde seus papéis clássicos, como Michael Corleone em O Poderoso Chefão, até seu trabalho mais recente em O Ritual (2025), no qual interpreta um padre exorcista em uma batalha sobrenatural contra o mal, Al Pacino continua a demonstrar seu talento extraordinário e versatilidade. 

    Nesta lista, reunimos os dez melhores trabalhos de sua trajetória, celebrando a genialidade de um ator que, mesmo após décadas no topo, ainda surpreende e fascina o público.

    O Poderoso Chefão (1972)

    Em O Poderoso Chefão, Al Pacino entrega uma das interpretações mais marcantes da história do cinema como Michael Corleone, transformando-se de um jovem desinteressado pelo crime no herdeiro implacável do império da família. Sua atuação sútil e cheia de nuances captura a ascensão de um homem que abandona a inocência para abraçar o poder com frieza calculista. 

    Cada olhar, cada silêncio de Pacino revela a complexidade de Michael, tornando sua jornada tragicamente cativante. Francis Ford Coppola dirige com maestria, mas é Pacino quem dá alma ao filme, consolidando-o como uma obra-prima e a si como um dos maiores atores de todos os tempos.

    Scarface (1983)

    Em Scarface, Al Pacino tem um desempenho explosivo como Tony Montana, o imigrante cubano que ascende no submundo do crime com ambição desmedida e violência brutal. Sua atuação é visceral, carregada de energia caótica e um sotaque marcante que define o personagem. 

    Tony é arrogante, vulnerável e tragicamente autodestrutivo, e Pacino captura essa dualidade com intensidade inesquecível. A famosa cena do "Say hello to my little friend!" sintetiza sua entrega extrema. Dirigido por Brian De Palma, o filme tornou-se um clássico cult, e Pacino elevou Tony Montana a um dos personagens mais icônicos do cinema.

    Serpico (1973)

    Em Serpico, Al Pacino interpreta Frank Serpico, o policial real que desafiou a corrupção sistêmica do NYPD, entregando uma atuação carregada de idealismo, angústia e autenticidade. O ator captura a transformação de Serpico, desde o agente entusiasmado até o homem isolado e desiludido, marcado pela solidão de quem luta contra um sistema podre. 

    Sua atuação é crua e emocionalmente densa, sem cair no melodrama, mostrando a vulnerabilidade e a coragem do personagem. Sidney Lumet dirige com um realismo urgente, mas é Pacino que consolida Serpico como um farol do cinema político, se tornando um marco em sua carreira.

    Um Dia de Cão (1975)

    Em Um Dia de Cão, Al Pacino entrega uma das interpretações mais eletrizantes de sua carreira como Sonny Wortzik, o assaltante desesperado que sequestra um banco no calor do verão nova-iorquino. Dirigido por Sidney Lumet, o filme captura a tensão em tempo real, e Pacino brilha ao misturar vulnerabilidade, nervosismo e uma humanidade inesperada em seu personagem. 

    Seus monólogos explosivos – como o icônico "Attica!" – e sua química com John Cazale elevam o drama a um retrato caótico e comovente da América marginalizada. Uma obra-prima do cinema dos anos 1970, com Pacino no auge de sua intensidade dramática.

    O Poderoso Chefão Parte II (1974)

    Em O Poderoso Chefão Parte II, Al Pacino aprofunda magistralmente a complexidade de Michael Corleone, transformando-o em um dos personagens mais sombrios e fascinantes do cinema. Enquanto no primeiro filme vemos sua queda na criminalidade, aqui testemunhamos sua ascensão como um líder isolado pelo poder, cada vez mais frio e paranoico. Pacino domina a tela com uma presença silenciosa e assustadora — seus olhares gelados, pausas calculadas e explosões contidas revelam um homem corroído pela ambição e pela traição. 

    A cena do fechamento da porta para Kay é um dos momentos mais devastadores de sua carreira. Francis Ford Coppola amplia a saga com maestria, mas Pacino dá o peso trágico ao legado de Michael, consolidando a sequência como uma rara obra-prima superior ao original. Um estudo brilhante sobre poder, solidão e a perda da alma.

    Perfume de Mulher (1992) 

    Em Perfume de Mulher, Al Pacino oferece uma atuação incrível como o coronel Frank Slade, um homem cego, amargo e irresistivelmente carismático, que redescobre a vontade de viver por meio de um jovem estudante (Chris O'Donnell). Pacino domina cada cena com uma presença magnética, alternando entre sarcasmo ferino, vulnerabilidade comovente e uma dignidade arrebatadora. O ápice é sua explosão emocional no discurso final, defendendo a honra do aluno — um momento que lhe rendeu, finalmente, o Oscar de melhor ator. 

    Martin Brest dirige com sensibilidade, mas é Pacino quem transforma o filme em uma experiência inesquecível, equilibrando humor, drama e uma lição sobre redenção. Sua interpretação do tango cego é pura poesia em movimento. Um papel que consagrou sua capacidade de unir grandiosidade e humanidade.

    Heat (1995)

    Em Heat, Al Pacino e Robert De Niro protagonizam um dos maiores duelos de atuação do cinema, com Pacino no papel do tenente Vincent Hanna, um detetive obcecado por seu trabalho e à beira do esgotamento. Sua atuação é pura eletricidade — gestos expansivos, falas cortantes e uma energia nervosa que contrasta perfeitamente com a calma calculista de De Niro. A cena do café, onde ambas as lendas compartilham finalmente a tela, é um estudo de atuação minimalista, enquanto o confronto final explode em tensão visceral. 

    Com estilo noir moderno do diretor Michael Mann, Pacino — oscilando entre genialidade e autodestruição — torna Hanna um de seus personagens mais fascinantes. Um thriller perfeito, elevado por um gigante no auge de sua arte.

    Justiça para Todos (1979) 

    Em Justiça para Todos Al Pacino entrega uma das atuações mais explosivas e emocionalmente carregadas de sua carreira como Arthur Kirkland, um advogado idealista confrontado com um sistema judicial corrupto. Seu monólogo icônico — "Você não consegue lidar com a verdade!" — tornou-se um marco do cinema, sintetizando sua entrega visceral e apaixonada. 

    Pacino navega entre a indignação furiosa e a vulnerabilidade de um homem que ainda acredita na justiça, mesmo quando ela falha. Norman Jewison dirige com um olhar crítico sobre a América pós-Watergate, mas é a intensidade magnética de Pacino que transforma o filme em um manifesto contra a hipocrisia. Uma atuação que mistura ética, raiva e humanidade de forma inesquecível.

    O Advogado do Diabo (1997)

    Em O Advogado do Diabo, Al Pacino rouba a cena como John Milton, uma versão carismática e satanicamente sedutora do próprio Diabo. Com uma presença magnética que mistura charme, ironia afiada e uma malícia calculista, Pacino transforma cada cena em um espetáculo de manipulação psicológica. Seu discurso final — "A vaidade é definitivamente meu pecado favorito" — é um show de atuação, mesclando eloquência teatral com uma ameaça sutil. Seu parceiro de tela, Keanu Reeves, fica até mesmo “pequeno” perto dele. 

    Apesar de Taylor Hackford dirigir com um visual opulento, Pacino é quem eleva o filme, equilibrando grandiosidade e nuances, provando que até o Príncipe das Trevas pode ser irresistivelmente fascinante. Uma aula de como dominar a tela com puro carisma maligno.

    O Irlandês (2019)

    Em O Irlandês, Al Pacino entrega um desempenho vigoroso e eletrizante como Jimmy Hoffa, o lendário líder sindical desaparecido, marcando seu encontro triunfal com Martin Scorsese após décadas de tentativas. Mesmo com a tecnologia de rejuvenescimento digital, é a presença magnética de Pacino que domina o filme — seu temperamento explosivo, seu carisma político e sua vulnerabilidade patética criam um Hoffa inesquecível. A cena em que ele repreende Robert De Niro por "chegar atrasado" é puro fogo, enquanto seu desespero final diante da traição ganha tons shakespearianos.

    Scorsese tece um épico sobre lealdade e mortalidade, mas é Pacino, aos 79 anos, quem rouba o filme, provando que sua intensidade continua implacável.

    Onde assistir aos dez melhores filmes de Al Pacino?

    Abaixo, saiba onde assistir online, em streaming, aos dez melhores filmes estrelados por Al Pacino.

  • Outros 10 Animes Para Assistir Se Você Gosta de ‘Kaiju No. 8’

    Outros 10 Animes Para Assistir Se Você Gosta de ‘Kaiju No. 8’

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Kaiju No. 8 está dando o que falar com a estreia da sua 2ª temporada na Crunchyroll, sem esquecer também do filme Kaiju N° 8: Missão de Reconhecimento, que bombou nos cinemas brasileiros em 2025. O anime, que traz a história do garoto Kafka e sua luta contra os kaijus, não para de ampliar o seu público — que vai desde os amantes do gênero de monstros até aqueles mais vidrados em séries de ação.

    Para você que gosta da série, ou se interessa pela premissa da mesma, preparamos uma lista com outros 10 animes, alguns mais antigos, outros mais recentes, que contém um ou mais elementos semelhantes a Kaiju No. 8 — seja através dos monstros que ameaçam a humanidade, uma vibe pós-apocalíptica, ou até mesmo um protagonista com um arco narrativo parecido. Todas as produções estão disponíveis em streaming pela Crunchyroll ou pela Netflix.

    Attack on Titan (2013–2023)

    Uma opinião que acredito que muitos compartilham, é que a série obrigatória para qualquer fã de Kaiju No. 8, é Attack on Titan — provavelmente o maior marco quando se trata de animes (que podem ser considerados) kaiju. Por isso, merece estar como primeira indicação da lista.

    Isso porque sua história também traz um protagonista (Eren) bem multifacetado, capaz de se transformar em um titã, e que faz parte da defesa contra os monstros — assim como Kafka. Além disso, também se situa em um ambiente pós-apocalíptico único, já que as criaturas gigantes destruíram quase toda a espécie humana.

    Talvez a diferença primordial entre as séries, seja o fato de que Eren tem um lado um pouco mais dark que Kafka, o que acaba por refletir também no tom geral do anime — que é muito mais sombrio e pesado, mas sem passar do ponto, meio que na mesma pegada e tom que Death Note, por exemplo. 

    Berserk (1997–1998)

    Indo agora para uma vibe ainda mais profunda que Attack on Titan (vale lembrar que Berserk é um anime seinen), chegamos a mais uma grande produção que pode causar boas impressões para quem adora a série de Kafka. Berserk é mais um marco do gênero — para dizer o mínimo, já que todo apreciador de anime sabe o real peso dessa série e do mangá que ela adapta — que apresenta a história do espadachim Guts, que se junta a um grupo de mercenários liderado por Griffith. Um prato cheio para quem gosta de uma relação conflituosa entre protagonistas.

    O ambiente da série é ainda mais visionário Kaiju No. 8, onde existem diversos tipos de seres fantásticos, com destaque para os Apóstolos, monstros demoníacos (com origem humana), que dependendo do seu formato, podem se assemelhar às criaturas que assolam o mundo habitado por Kafka. A boa notícia é que, apesar de ser um pouco mais antigo, o anime está disponível na Netflix, e vale muito a pena ser visto não só por quem gosta de Kaiju No. 8, mas também por qualquer um que se interessa por animes com temas mais maduros e cenas mais gráficas e explícitas.

    Solo Leveling (2024–)

    Dando um salto agora para um anime mais recente, mas que rapidamente provou o seu valor, Solo Leveling estreou em 2024 e não para de conquistar fãs — ao meu ver não seria loucura afirmar que muitas vezes são os mesmos de Kaiju No. 8. Afinal, ambas as séries são focadas em muita ação e têm protagonistas com habilidades especiais que lutam contra monstros que arrasam o mundo. 

    No entanto, ao contrário de Kafka, que vira um dos kaijus, Sung Jin-Woo ganha seus poderes especiais através de um misterioso programa, logo depois de ter passado por um evento de quase morte, que faz com que ele deixe de ser o caçador mais fraco, para se tornar um dos mais fortes. É uma mistura perfeita de um anime com personagens bem desenvolvidos somado a um ritmo de ação bastante intenso. Na minha visão, Solo Leveling é uma ótima opção de um anime (que ainda está em andamento) para maratonar, já que traz uma história e um protagonista interessantes, é complexo, mas fácil (e rápido) de assistir. Uma experiência muito parecida com Shangri-La Frontier, por exemplo.

    Neon Genesis Evangelion (1995–1996)

    E se ao invés de humanos com habilidades especiais, as máquinas também contribuíssem na missão de tentar derrotar a ameaça dos monstros gigantes? É o que acontece em Neon Genesis Evangelion, onde os jovens passam a ‘pilotar’ ciborgues colossais na tentativa de impedir que criaturas com poderes distintos consigam extinguir a vida humana na Terra. Concordemos, uma batalha mais à altura…

    Por ser um anime mais antigo, como Berserk, é uma das maiores referências no subgênero mecha e também kaiju, influenciando, inclusive, produções mais recentes (pelo que penso, se você gosta de um desses dois subgêneros, a chance de NGE te conquistar é grande). Talvez seja algo característico dos anos 90, mas a série também busca alcançar uma profundidade maior com sua história e com os dramas psicológicos dos seus personagens, que vivem em um mundo pós-apocalíptico. Ou seja, se você está à procura de um anime que explora mais a fundo alguns temas filosóficos e existenciais levantados em Kaiju No. 8, já sabe onde encontrá-lo.

    Dan Da Dan (2024–)

    Agora abrirei um pouco mais o escopo temático, mas sem deixar de lado o caráter de ação e luta por sobrevivência característico de Kaiju No. 8. Dan Da Dan é um anime surrealista que explora um mundo fantástico habitado por seres sobrenaturais, entre eles fantasmas e alienígenas. 

    É um anime recomendado principalmente àqueles que gostam da parte mais cômica e de ação de Kaiju No. 8, uma vez que explora a aventura da dupla de protagonistas Momo e Okarun (que também desenvolvem poderes especiais) tentando desvendar os mistérios por trás de seres e manifestações paranormais, ao mesmo tempo que defendem os humanos contra essas mesmas ameaças. Além disso, apesar de ser classificado como um anime shonen, o protagonismo feminino que existe na série faz com que um público mais diverso seja atingido, à semelhança de séries como Turma do Barulho (Urusei Yatsura).

    Em termos criativos, é uma produção que certamente foge do lugar comum — e isso pode ser um mérito, ou não, dependendo do seu gosto. Tem muita coisa estranhamente divertida neste mundo para quem tem vontade de explorar, sendo mais diferente das entradas anteriores. 

    Tokyo Ghoul (2014)

    Você já notou outro fator em comum entre algumas produções já citadas? Sim, muitos protagonistas também se assemelham no quesito personagem ‘fraco’ e ‘mundano’, mas que de um dia para o outro passa a deter um forte poder e interferir no mundo ao redor dele (como em Solo Leveling e Attack on Titan). Eu diria que é uma característica frequente de uma história no modelo jornada do herói, amplamente replicada na indústria do entretenimento.

    E Tokyo Ghoul é mais um anime que explora esse modelo (de uma maneira muito eficiente), já que seu protagonista (Ken Kaneki), antes de passar por uma transformação sobrenatural, é apresentado como um personagem bem trivial. Para quem curte uma discussão mais direcionada para a questão de identidade, tão presente no dilema de Kafka, é uma série que eu recomendo bastante (só pontuando que o seu tom é um pouco mais sombrio). Afinal, Kaneki se torna meio humano e meio ghoul (que são seres que se alimentam de carne humana), fazendo deste anime muito mais complexo do que aparenta ser. 

    Darling in the FranXX (2018)

    Vamos falar agora, um pouco mais, sobre as forças de defesa da humanidade contra as ameaças dos monstros (ou qualquer outro tipo de ser poderoso ou sobrenatural), semelhantes entre alguns animes. Darling in the FranXX é mais uma série que tem esse aspecto potencializado, uma vez que foca sua narrativa primordialmente no grupo de jovens que pilotam máquinas que ajudam na defesa contra criaturas monstruosas, semelhante ao que encontramos em Neon Genesis Evangelion.

    Se você gosta desse tipo de dinâmica de grupo, que pode ser encontrado na Força de Defesa de Kaiju No. 8, saiba que essa série explora ainda mais as relações entre os personagens e os seus respectivos conflitos. Inclusive, de uma maneira mais romântica, tanto através dos protagonistas Hiro e Zero Two, quanto por meio de figuras mais coadjuvantes que também pilotam as máquinas. Relações essas que complementam a trama divertida, na mesma pegada de animes como Eureka Seven e Guilty Crown.

    Círculo de Fogo: The Black (2021–2022)

    Mas afinal, onde estão os animes para o amante estritamente do gênero kaiju? Calma leitores, Círculo de Fogo: The Black pode ser exatamente o que você está à procura. Isso, claro, se você gosta de histórias mais alinhadas aos elementos narrativos e estéticos kaiju — sendo evidentemente a maior referência de sempre, Godzilla.

    Como parte da franquia Pacific Rim, o anime tenta recuperar elementos mais tradicionais do gênero, bem como uma criatura gigantesca que emerge do oceano, causando destruição em massa, mas com um toque um pouco mais moderno, já que são os robôs (pilotados por humanos) os responsáveis por tentar derrotar os monstros. Àqueles que estão à procura de um anime kaiju de aventura com inúmeras sequências de ação e um visual bem colorido (característicos de uma produção da Netflix), não ficarão decepcionados.

    SSSS.Gridman (2018)

    Continuando com uma pegada mais moderna como Círculo de Fogo: The Black, mas dessa vez com uma história que se passa em um mundo que podemos intitular como ‘digital’ (afinal, os seres monstruosos são gerados por um vilão através de um espaço virtual), chegamos em SSSS.Gridman. Um anime repleto de elementos únicos, recomendado para quem — além de gostar da representação de monstros gigantes — também é apaixonado por tecnologia e ficção científica, elementos característicos de séries emblemáticas como 86 Eighty-Six e Cyberpunk: Edgerunners. 

    Além disso, é um anime repleto de sequências de ação grandiosas e extremamente bem construídas — novamente por meio de confrontos entre kaiju e mechas. Para quem já assistiu à série tokusatsu Denkou Choujin Gridman, saiba que a produção serviu como base para o anime de 2018. E para quem gostou e quer ver mais do mesmo universo, SSSS. Dynazenon é uma série que serve como sequência.

    Godzilla Ponto Singular (2021)

    E para fechar com chave de ouro, com um anime que apresenta o kaiju mais clássico de todos os tempos, e ainda por cima disponível para assistir na Netflix, Godzilla Ponto Singular era o que estava faltando nessa lista. Se você é fã do personagem, prepare-se para vê-lo de diversas formas, aquática, terrestre, anfíbia e por aí vai. Sim, uma superdose de Godzilla! 

    É importante mencionar que, para mim, a série não tem a mesma qualidade visual e narrativa, principalmente em relação aos primeiros animes mencionados nesta lista (que são séries praticamente sem defeitos). Mas, você que adora produções kaiju, ou até mesmo os filmes em live-action do monstro mais famoso do Japão, não pode perder a oportunidade de vê-lo representado em um anime que não deixa de ser convincente e criativo, justamente por apresentar um panorama amplo e uma narrativa que propicia um novo ponto de vista em relação à história do monstro.

  • ‘O Verão em que Hikaru Morreu’ e Outros 7 Candidatos a Anime do Ano Até Agora

    ‘O Verão em que Hikaru Morreu’ e Outros 7 Candidatos a Anime do Ano Até Agora

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    A nova temporada de animes trouxe uma série de sequências e títulos inéditos que vêm surpreendendo muitos fãs desse tipo de animação. Um dos grandes destaques dessa leva é O Verão em que Hikaru Morreu, que traz uma história profunda e impactante sobre amizade e luto, mas várias outras produções também são fortes concorrentes ao próximo prêmio de Anime do Ano.

    Nesta lista da JustWatch, descubra onde assistir a O Verão em que Hikaru Morreu e outros sete animes incríveis da temporada atual.

    O Verão em que Hikaru Morreu (2025)

    O famoso mangá que conquistou a internet finalmente ganhou uma adaptação para anime e segue fascinando novos fãs. O Verão em que Hikaru Morreu é um prato cheio para quem gostou do clássico Tokyo Ghoul, mas está em busca de uma história com mais drama emocional.

    O anime acompanha a vida dos amigos Yoshiki e Hikaru, que moram em uma cidade rural japonesa, até o dia em que Hikaru sai sozinho para uma caminhada e volta diferente, transformando o clima pacato do interior em algo repleto de tensão, silêncios incômodos e revelações sombrias. Abordando temas como amadurecimento, luto e amizade, O Verão em que Hikaru Morreu é uma história única para quem adora terror e mistério, e mesmo com poucos episódios já é um forte pretendente a Anime do Ano.

    O Pecado Original de Takopi (2025)

    À primeira vista, O Pecado Original de Takopi engana com seu visual fofo, mas rapidamente se mostra uma história profunda e pesada sobre a vida e a morte. A estreia do anime, uma adaptação do curto mangá de mesmo nome, não chamou muita atenção, mas conquistou diversos fãs quando revelou a narrativa intensa sobre o lado sombrio da infância que está por trás dele. 

    A história mostra a chegada do alienígena Takopi, do planeta Happy, à Terra, onde sua missão é espalhar felicidade. Quando encontra Shizuka, uma menina envolta em bullying e tristeza, Takopi se surpreende com a dureza da realidade em que os humanos se encontram, machucando uns aos outros. Em uma tentativa de salvar a garota, o pequeno alien em formato de polvo tenta voltar no tempo, mas a viagem causa um acidente que traz sérias consequências.

    Solo Leveling - 2ª Temporada (2024-)

    Grande vencedor do prêmio de Anime do Ano do Crunchyroll Anime Awards 2025, Solo Leveling apresenta a história de Sung Jinwoo, um caçador fraco em meio aos grandes nomes de seu mundo, que ganha acesso ao misterioso Sistema, um programa que permite que o garoto finalmente evolua em sua função, indo até mesmo além disso: descobrindo os mistérios por trás dos poderes dos caçadores e dos portais que acessam.

    Apesar dos elogios sobre cenas de ação e visuais incríveis, Solo Leveling também foi alvo de críticas mesmo diante de seus prêmios, pois parte do público acredita que a produção deixa a desejar em profundidade de narrativa. Apesar de muitas vezes mostrar Sung Jinwoo como invencível, o que também não agradou tanto, a 2ª temporada do anime traz uma história melhor desenvolvida e continua muito popular, o que certamente será levado em conta por muitos na hora de definir o Anime do Ano.

    Diários de Uma Apotecária - 2ª Temporada (2023-)

    Com as observações afiadas de sua protagonista, críticas sutis à estrutura de poder e gênero e tramas inteligentes, Diários de Uma Apotecária ganhou o coração de muitos fãs de anime ao contar a história da genial jovem farmacêutica Maomao, que é sequestrada e vendida como serva para o harém de um imperador, onde investigará ações suspeitas e se envolverá nos dramas do palácio que agora é seu lar.

    A segunda temporada do anime melhorou o que já era considerado incrível, como a narrativa, trazendo novidades para o romance entre Maomao e Jinshi; e o visual, mostrando os detalhes da corte chinesa de forma refinada. Embora parte do público afirme que a história é muito difícil de acompanhar, vale a pena mergulhar nas complexidades de Diários de Uma Apotecária e conhecer tudo sobre esse forte concorrente a Anime do Ano.

    To Be Hero X (2025)

    A animação chinesa To Be Hero X vem chamando cada vez mais a atenção por apresentar um visual incrível, que mistura 3D e 2D em momentos-chave, além de abordar temas atuais como fama e poder de forma bastante original, ainda que pudesse se aprofundar mais na narrativa.

    Esta é uma história sobre super-heróis, apresentada como uma antologia e diferente de tudo o que você já viu, pois aqui os poderes deles estão diretamente relacionados com o nível de confiança que a sociedade tem em cada herói — ou seja, heróis com muitos “seguidores” são extremamente poderosos, mas se eles caírem no esquecimento, suas habilidades diminuem. Apesar da primeira temporada ainda estar em andamento, a popularidade do título indica que ele será um forte candidato a Anime do Ano.

    Lord of Mysteries (2025)

    Fãs de fantasia, chegou o momento de vocês. Lord of Mysteries é outra animação chinesa que conquistou muitos fãs de anime nesta temporada, especialmente por conta de sua temática fantástica sombria, que rendeu muitas comparações com o famoso jogo Bloodborne — cuja comunidade carente de uma sequência e vem encontrando conforto neste donghua (animação chinesa). Embora o ritmo da obra seja acelerado, o que tem dividido os fãs da história original, o título certamente é popular e merece uma chance.

    A história de Lord of Mysteries acontece em um mundo que lembra a era vitoriana da Inglaterra, onde o jovem Zhou Mingrui se vê no corpo de Klein Moretti, cujo passado esconde um segredo sombrio. Enquanto desenvolve poderes para tentar retornar para casa, o protagonista tentará descobrir mais sobre a história de Moretti neste mundo repleto de sociedades secretas e clima Lovecraftiano. 

    Gachiakuta (2025)

    Muita gente deve se perguntar o que Gachiakuta tem de diferente de outros shonens e suas típicas fórmulas de evolução de protagonistas e a resposta é: originalidade, ambientação única e críticas sobre injustiça social e preconceito, que trazem uma grande camada de profundidade ao anime. Tudo isso o torna um destaque da temporada que, apesar de ainda não ter terminado, já é uma forte aposta para Anime do Ano.

    Em Gachiakuta, o protagonista Rudo é um jovem que vive na periferia de uma cidade em que o lixo produzido pelos “nobres” é visto com encantamento por ele, que ocupa seu tempo explorando montanhas de lixo em busca de itens valiosos que chamem sua atenção. Quando Rudo é punido por um crime que não cometeu e descartado como lixo, um novo mundo se abre diante de seus olhos e seus poderes começam a se manifestar. 

    Dan Da Dan - 2ª Temporada (2024-)

    Uma verdadeira mistura do que muita gente gosta de ver em animes: ação, elementos sobrenaturais, comédia e romance, Dan Da Dan chamou a atenção dos fãs de animações japonesas com a história bizarra que começou com uma aposta entre dois amigos: Momo Ayase, uma jovem que acredita em fantasmas, mas não em alienígenas, e Ken Takakura, um garoto que acredita em alienígenas, mas não em fantasmas.

    A 2ª temporada de Dan Da Dan estreou em 3 de julho e começa exatamente onde a anterior parou, mostrando Momo, Okarun e Jiji diante do confronto contra o Olho Maligno, mas também adaptará o arco Casa Amaldiçoada. Essa nova fase do anime também trouxe novidades para o estilo da animação, que ganhou cores mais ousadas e uma identidade visual ainda mais marcante. Os fãs seguem animados com o que o anime vem entregando, uma loucura sobrenatural que prende qualquer um a cada episódio, aumentando as chances da obra levar o título de Anime do Ano.

    Onde assistir ‘O Verão em que Hikaru Morreu’ e outros candidatos a Anime do Ano?

    Veja abaixo em quais serviços de streaming assistir O Verão em que Hikaru Morreu e outros animes populares desta temporada.

  • Como Assistir aos Filmes e Séries do Novo Universo da DC em Ordem Cronológica

    Como Assistir aos Filmes e Séries do Novo Universo da DC em Ordem Cronológica

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Já foi dada a largada para o novo Universo Cinematográfico da DC (também conhecido como DCU), que conta com os CEOs James Gunn e Peter Safran encabeçando o projeto! 

    Ao contrário do MCU, que acaba por complicar a vida de quem quer se atentar à ordem cronológica da Marvel, o novo DCU, pelo menos por enquanto, não aparenta ser um jogo de quebra-cabeças da DC. Isso, claro, se levarmos em conta o que James Gunn declarou sobre a linha do tempo do novo universo: que basta seguir os filmes e séries que forem sendo lançados. 

    Apesar de saber que o filme O Esquadrão Suicida e a 1ª temporada da série Pacificador trazem acontecimentos que podem ser considerados canônicos, ainda não podemos considerá-los oficialmente como obras inteiras que compõem o atual DCU. Sendo assim, utilize este guia da JustWatch para conhecer a ordem cronológica da primeira fase do novo Universo da DC, intitulado ‘Capítulo Um: Deuses e Monstros', tendo em vista as produções já lançadas e aquelas que vão estrear muito brevemente — com data confirmada.

    O novo Universo da DC em ordem cronológica

    Comando das Criaturas - 1ª temporada (2024)

    Comando das Criaturas foi a produção responsável por dar a largada à nova fase da DC. A 1ª temporada da série de animação estreou em dezembro de 2024, com o status de primeira obra completamente canônica do novo universo. A história gira em torno de um grupo de operações especiais e clandestinas, nomeado Comando das Criaturas, que é formado por Amanda Waller (assim como fez com o Esquadrão Suicida), onde participam seres monstruosos e super-humanos, como por exemplo Rick Flag Sr., A Noiva do Frankenstein, Doutor Fósforo, Robô Recruta, entre outros. 

    Sua primeira temporada estabelece as principais premissas dessa nova fase da DC, bem como os temas e personagens que serão explorados — inclusive em versões em live-action. Este é um detalhe interessante, já que algumas figuras que aparecem na série de animação podem ressurgir mais para frente, interpretadas pelo mesmo ator, em produções em live-action. Um exemplo disso foi Rick Flag Sr. (Frank Grillo), que participou também do novo filme do Superman.

    Superman (2025)

    Se, no campo das séries, Comando das Criaturas detém o título de obra genuinamente canônica, no cinema, Superman é quem tem a bola da vez. O filme acompanha o Homem de Aço (marcando a estreia de David Corenswet na pele do protagonista), recém chegado em Metrópolis, tentando equilibrar a sua vida humana e de herói, tanto como jornalista do Planeta Diário, quanto como Super-Homem — que tenta proteger a cidade em que vive das ameaças externas. 

    O filme de James Gunn traz velhos conhecidos do universo da DC no cinema (mas com novos atores), como é o caso de Lois Lane (Rachel Brosnahan) e Lex Luthor (Nicholas Hoult). Assim como também apresenta novos personagens que aparecerão novamente em produções posteriores, como Guy Gardner (Nathan Fillion) — que vai reprisar o papel em Lanternas — e a Supergirl (Milly Alcock) — que terá o seu filme solo homônimo.

    Pacificador - 2ª temporada (2025)

    Mesmo não sendo considerada por inteiro uma obra canônica — basta lembrarmos da antiga Liga da Justiça que dá as cartas na série — a 1ª temporada de Pacificador tem os seus acontecimentos gerados antes do início da nova fase da DC. Ou seja, pensando em uma nova linha do tempo, com Comando das Criaturas marcando o seu ‘début’, temos que levar em conta Pacificador, somente à partir da sua 2ª temporada, onde sua história dá seguimento aos acontecimentos de Superman.

    Com estreia marcada para agosto de 2025, a 2ª temporada trará de volta John Cena na pele de Christopher Smith (mais conhecido como Pacificador) com os seus métodos para lá de controversos. A nova temporada marca uma espécie de ‘renascimento’ para o protagonista, e promete apresentar uma jornada do anti-herói na tentativa de ser levado um pouco mais à sério — como já declarou James Gunn.

    Lanternas (2026)

    Com estreia prevista para o início de 2026, e pouca divulgação em relação ao seu enredo, a série em live-action, Lanternas, trará os dois lanternas verdes mais famosos da DC, o já veterano Hal Jordan (interpretado por Kyle Chandler) e o ainda aprendiz John Stewart (Aaron Pierre), tentando desvendar um misterioso e sombrio assassinato que ocorre em um território norte-americano. Como já dito anteriormente, a produção trará também Nathan Fillion na pele do lanterna Guy Gardner — que já apareceu no filme do Superman formando a recém-apelidada ‘Gangue da Justiça’, equipe essa que conta também com a participação da Mulher-Gavião e do Sr. Incrível.

    Supergirl (2026)

    Apresentada no filme Superman, onde fez uma ‘pontinha’ ao pegar seu cachorro, Krypto, Milly Alcock (conhecida por protagonizar a série A Casa do Dragão) dará novamente vida à prima do Homem de Aço em Supergirl, longa que tem a sua estreia marcada para o dia 26 de junho de 2026.

    A produção promete trazer um ambiente mais sombrio e complexo para contar a história das origens de Kara Zor-El (também conhecida como Supergirl). Ao contrário do Super-Homem, que foi criado com tudo o que há de bom e de melhor na Terra, com pais humanos adotivos extremamente amorosos, sua prima passou por traumas marcantes, presenciando diversas mortes, ao viver 14 anos em um pedaço de Krypton que se separou do planeta. 

    Onde assistir aos filmes e séries do novo Universo da DC em streaming?

    Abaixo, confira onde encontrar online, em streaming, os filmes e séries do novo Universo da DC!

  • Exorcismos e Possessões: Os 10 Melhores Filmes de Terror Sobrenatural Inspirados em Histórias Reais

    Exorcismos e Possessões: Os 10 Melhores Filmes de Terror Sobrenatural Inspirados em Histórias Reais

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Os filmes de terror sobrenatural sempre foram conhecidos por serem extremamente assustadores, mas imagina se você soubesse que muitos deles — inclusive alguns clássicos — são inspirados em relatos reais? 

    Em 2025, Al Pacino protagonizou um filme chamado O Ritual, baseado em uma história real sobre o exorcismo de uma jovem norte-americana. E Invocação do Mal 4 — franquia amplamente conhecida por ser baseada em eventos reais — também chegou aos cinemas brasileiros neste mesmo ano. Aproveitando esse momento, separamos uma lista com diversos outros longas baseados em acontecimentos tidos como verídicos, para que você possa explorar este lado mais ‘fiel’ do gênero.

    Neste guia da JustWatch, conheça alguns dos melhores filmes de terror com possessões, exorcismos e espíritos malignos, que foram inspirados em — acredite — histórias reais, perfeitas para se assustar neste Halloween. Todas as produções estão disponíveis em diferentes plataformas de streaming, como HBO Max, Amazon Prime Video e ClaroTV+. 

    1. O Exorcista (1973)

    Começando logo de cara por um dos maiores clássicos do gênero. Se hoje em dia ainda nos sentimos impactados ao assistir O Exorcista, imagina quando ele foi lançado há mais de 50 anos — digo isso já que não faltam relatos de pessoas da época que passaram mal durante a sua exibição. Isso porque, pela primeira vez, o cinema conseguiu transmitir, de maneira chocante, gráfica e extremamente realista, o perturbador processo de exorcismo de uma jovem possuída.

    Agora, o que muitos não sabem, é que o seu enredo foi inspirado em um caso real que aconteceu em Maryland, nos Estados Unidos. Sim, O Exorcista baseou-se no livro homônimo de William Peter Blatty (que também escreveu o roteiro do filme), que por sua vez se inspirou na história real do exorcismo de Roland Doe. Um garoto que supostamente foi possuído por um espírito maligno durante os anos 40, apresentando sintomas semelhantes aos descritos no filme.

    Já no longa, acompanhamos uma garotinha chamada Regan, que é possuída por um demônio, obrigando sua família a procurar a ajuda de dois padres. Para quem já assistiu ao filme, é impossível esquecer de algumas sequências emblemáticas (e horripilantes), como a cena de Regan descendo as escadas de costas ou até mesmo quando ela vai parar no teto do quarto. Eu ainda diria que O Exorcista, ao lado de O Bebê de Rosemary e O Iluminado, está entre os três principais filmes de terror sobrenatural da história do cinema. E isso não é pouco.

    2. Poltergeist: O Fenômeno (1982)

    Vamos para mais um clássico? Quem diria que Poltergeist: O Fenômeno, também estaria nesta lista… Pois sim, o filme que marcou os anos 80 com a história da família que vive em uma casa suburbana assombrada por fenômenos paranormais (uma crítica clara ao ‘American way of life’), também foi inspirada em relatos verdadeiros. Mas como? Explicamos. O caso real diz respeito à história da família Hermann, que alegava que sua casa era atormentada por atividades paranormais que faziam com que diversos objetos se movessem sozinhos — muito parecido com o que acontece no filme. 

    Mas é claro que, em última instância, o longa acaba por pegar essa premissa e expandir em uma história onde os espíritos agem de forma mais severa (para dizer o mínimo) — e não somente através de um fenômeno poltergeist. Ao contrário de O Exorcista, que é indicado a um público mais maduro por conta do seu caráter explícito, Poltergeist é um filme que recomendo muito àqueles que querem uma experiência de terror sobrenatural em família, muito semelhante a longas como O Sexto Sentido e Os Outros, que também não contam com elementos tão extremos.

    3. O Exorcismo de Emily Rose (2005)

    Saindo agora dos clássicos, para chegar aos filmes que merecem estar na lista somente pela qualidade. O recorte de O Exorcismo de Emily Rose é, na minha visão, um dos mais inovadores do gênero, uma vez que acompanha a história de um evento paranormal através do ponto de vista de uma advogada cética (e não de um personagem com fé), que é contratada para defender um padre acusado de homicídio após uma sessão de exorcismo. Concordemos, uma premissa corajosa e bem criativa.

    O enredo do longa é levemente baseado em uma história semelhante, de uma garota alemã chamada Anneliese Michel, que mesmo diagnosticada com epilepsia, acreditava-se que estava possuída por algum tipo de demônio. Depois de muitas sessões de exorcismo por parte da igreja, a garota acabou falecendo — o que gerou toda uma polêmica com o padre, que posteriormente deu origem ao filme.

    Caso você não tenha se identificado tanto com o tom mais visceral e perturbador de O Exorcista, e está à procura de um filme com o mesmo tema, só que mais ‘light’, com um foco maior no suspense psicológico, bem como no dilema de crença da protagonista, que fomenta o lado misterioso da história, tente dar uma chance a O Exorcismo de Emily Rose.

    4. Invocação do Mal (2013)

    Dando um salto agora para um exemplo mais moderno, Invocação do Mal provavelmente é a franquia mais popular quando se trata de filmes de terror sobrenatural baseados em relatos reais. Saiba que Ed e Lorraine Warren não são apenas os protagonistas da franquia, mas também são pessoas que existiram, sendo amplamente conhecidos por serem dois dos maiores investigadores de fenômenos paranormais do mundo. 

    E um desses casos aparece no primeiro filme, quando o casal examina as atividades sobrenaturais que acontecem na casa da família Perron, que recém se mudou para uma propriedade com um longo histórico de trágicas mortes e eventos perturbadores — aparentemente ligados a uma mulher que viveu no local e foi acusada de práticas ocultistas. O caso ficou bastante conhecido nos Estados Unidos, não à toa foi escolhido para inaugurar a franquia. 

    Invocação do Mal é um filme bastante sofisticado que, ao meu ver, revigorou (ao lado de Hereditário) o gênero do terror sobrenatural, justamente por recuperar a essência dos grandes clássicos que, sobretudo, têm suas virtudes potencializadas através de grandes atuações, um ótimo roteiro, uma ambientação realista e tensa, sem precisar apelar para inúmeros efeitos visuais e manias, como ‘jump cuts’. Tanto que o filme ganhou mais três sequências e diversos spin-offs. Porém, se situa atrás de O Exorcismo de Emily Rose, já que não traz uma história tão complexa, profunda e criativa quanto este longa de 2005.

    5. O Exorcista do Papa (2023)

    Preparado para saber um pouco mais sobre os segredos do Vaticano? No filme O Exorcista do Papa, você pode adentrar esse mundo secreto ao acompanhar a história do principal exorcista de Roma, o Padre Gabriele Amorth, que narrou os seus inúmeros exorcismos ao longo de diversos livros que escreveu. Obras essas que serviram como base para o longa de Julius Avery, que conta com uma empática, espontânea e envolvente atuação de Russell Crowe no papel principal — fator determinante para a sua quinta colocação no ranking.

    No filme, mais especificamente, presenciamos o demonólogo tentando lidar com o caso de um menino possuído, ao mesmo tempo que tenta desvendar uma conspiração que o Vaticano escondeu durante séculos. Por isso mesmo, é um longa (assim como O Exorcismo de Emily Rose) muito indicado àqueles que, além de presenciar uma história sobrenatural, estão interessados em um ambiente de mistério e investigação. Dentre os filmes de terror sobre o Vaticano, certamente está entre os principais, ao lado de O Ritual, de 2011 — longa que, por sinal, também faz parte dessa lista. 

    6. Possessão (2012)

    Possessão é um filme bastante inspirado no estilo mais realista e gráfico de O Exorcista, e que também utiliza a religião (mesmo que outra) como elemento narrativo, ao contar a história de uma caixa sobrenatural que contém um espírito maligno do folclore judaico, que tenta se apossar de uma criança.

    O enredo, por sua vez, é baseado em um caso que se tornou bastante viral na internet, onde um homem colocou em leilão no eBay, uma caixa que ele dizia ter pertencido a um sobrevivente do Holocausto, e que um espírito maligno poderia estar guardado dentro dela. Apesar do relato inventado, o objeto passou pelas mãos de diversos outros proprietários, que também narraram que presenciaram perturbações estranhas — o que aumentou ainda mais o mistério e folclore por trás do item.

    Apesar de trazer uma história curiosa e perturbadora, contada de uma forma elegante e bastante realista, o filme não traz nenhum tipo de inovação estética ou narrativa para o gênero. Porém, não deixa de ser uma ótima experiência para quem está à procura de filmes de terror de possessões sobre outras religiões que não seja a católica, como The Vigil e O Lamento, por exemplo.

    7. Livrai-nos do Mal (2014)

    Um policial normalmente já tem sua vida um tanto quanto complicada ao ter que combater e investigar crimes e violações da lei. Mas imagina se, além disso, ele tivesse que lutar também contra entidades paranormais. Essa é a história de Ralph Sarchie, que teve seus relatos do livro Beware the Night, escrito por ele, explorados em Livrai-nos do Mal, um filme de terror sombrio e com bastante ação, mas que peca ligeiramente ao utilizar muitos elementos clichês do gênero.

    Evidentemente o diretor Scott Derrickson pega como base o livro de Ralph, para expandi-lo em uma narrativa que traz elementos reais, misturados com ficção. No enredo, à medida que o policial investiga uma série de crimes com ‘origens paranormais’, ele se alia a um excêntrico padre especialista em exorcismos para lutar contra os espíritos que assombram Nova York. Um filme que recomendo muito àqueles que estão à procura de uma obra que mistura a atmosfera amedrontadora do terror, com o ambiente misterioso dos suspenses policiais — similar ao que o Last Shift fez. 

    8. O Ritual (2011)

    Fora as semelhanças dos títulos, há também a similaridade temática e de inspiração real: o filme O Ritual, de 2025, estrelado por Al Pacino, foi baseado no exorcismo verídico de Emma Schmidt, assim como o longa O Ritual, de 2011, também foi inspirado em fatos reais, desta vez do Padre Gary Thomas, que relatou suas experiências no ramo em um livro escrito pelo jornalista Matt Baglio. 

    Porém, ao meu ver, o filme de 2011 faz uma abordagem mais moderna para o gênero terror sobrenatural, já que não adota apenas imagens explícitas de exorcismos e possessões, dando espaço também para uma discussão entre fé e ciência – na mesma linha de O Exorcismo de Emily Rose, mas de maneira mais superficial. Tudo isso é retratado na trama através da relação entre duas figuras religiosas, um seminarista mais cético e um padre especialista em exorcismos. Um longa muito apropriado aos que estão à procura de um terror mais dramático e filosófico. Se não fosse também pelos rumos exagerados que seu enredo toma, certamente estaria em uma melhor posição na lista.

    9. Annabelle (2014)

    Quem se lembra da primeira aparição da boneca Annabelle durante o filme Invocação do Mal? Apesar de ser apresentada brevemente, sua imagem chamou tanta atenção, que posteriormente uma franquia à parte (que já conta com três filmes) foi criada somente para contar a sua assustadora história. 

    Hoje em dia, a boneca que inspirou o primeiro longa, Annabelle, do modelo Raggedy Ann, está guardada à sete chaves no museu do casal Warren. Mas no passado, a mesma chegou a assombrar pessoas que passaram por eventos perturbadores, o que fez com que chegassem à conclusão de que a boneca estava habitada pelo espírito de uma menina morta.

    Uma pena que diferente de Invocação do Mal, o filme acaba caindo em um maneirismo formal mais estereotipado, apelando, algumas vezes, ao susto fácil no lugar de uma tensão mais bem trabalhada. Mesmo assim, acaba por ser um bom entretenimento para quem está à procura de um terror com bonecos possuídos, como Brinquedo Assassino e Gritos Mortais.

    10. A Maldição da Casa Winchester (2018)

    Por último, antes de mais nada, se você tiver a oportunidade, pesquise pelo nome “Winchester Mystery House”, e veja as sinistras fotos da enorme mansão construída por Sarah Winchester, na Califórnia. Portas que abrem para paredes, escadas que não levam a lugar algum, e dormitórios extremamente assustadores (para dizer o mínimo), são apenas alguns exemplos da bizarra arquitetura da casa — que realmente existe.

    A Maldição da Casa Winchester é um filme de terror sobrenatural com um estilo gótico que lembra A Mulher de Preto, que aborda o mistério por trás da construção da mansão, que segundo a própria matriarca, foi feita para afastar os espíritos das pessoas mortas pelas armas fabricadas pela sua família — que detinha uma empresa no ramo. 

    De forma ainda mais potencializada que Annabelle, o filme também cai no lugar-comum de retratar as entidades sobrenaturais de maneira mais clichê, utilizando uma série de artifícios fáceis em busca de assustar o público. No entanto, ao meu ver, não deixa de ser um prato cheio para os amantes de um terror sobrenatural com um ambiente enigmático, sombrio e gótico, característico de filmes como A Colina Escarlate e O Orfanato.

  • Quem Está na Nave do Quarteto Fantástico na Cena Pós-Créditos de Thunderbolts*? 7 Filmes Que Podem Ter a Resposta

    Quem Está na Nave do Quarteto Fantástico na Cena Pós-Créditos de Thunderbolts*? 7 Filmes Que Podem Ter a Resposta

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Quando Thunderbolts* estreou em maio e sua cena pós-créditos mostrou uma nave do Quarteto Fantástico, a grande maioria dos fãs do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) acreditou que com o lançamento de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, o mundo descobriria o que a família da Marvel estaria indo fazer na Terra 616. No entanto, o novo 4F não trouxe a resposta que o público esperava.

    Neste guia com spoilers da JustWatch, saiba quais filmes ajudam a responder a questão do momento: quem está na nave do Quarteto Fantástico na cena pós-créditos de Thunderbolts*?

    Como é a cena pós-créditos de Thunderbolts*?

    No fim de Thunderbolts*, os Novos Vingadores estão reunidos no topo da antiga Torre dos Vingadores discutindo sobre o futuro do grupo, quando Yelena Belova (Florence Pugh) diz: “Ninguém nos diz nada sobre essa grande crise espacial!”, até o momento em que a conversa é interrompida quando sensores espaciais detectam uma nave estranha entrando na Terra. Quando Yelena e companhia conseguem visualizar o veículo, o público vê que se trata de uma nave com o logo do Quarteto Fantástico.

    Foi por conta dessa cena que grande parte dos fãs do MCU acreditou que no final de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, veria Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm indo em direção à Terra-616 (planeta em que a maior parte das histórias do MCU aconteceram), de forma acidental, buscando por ajuda para esconder Franklin Richards, o filho de Reed e Sue, ou fugindo da Terra-838 após a ameaça de Galactus. No entanto, nada disso se concretizou.

    Para “piorar” a situação, Kevin Feige, diretor da Marvel Studios, deu uma entrevista que deixou muita gente confusa. "Bom, o nome da nave é Excelsior e também tem uma nave do Quarteto Fantástico entrando no MCU. Mas eu não tenho certeza de que são a mesma nave", disse Feige.

    Por conta disso, parte dos fãs acreditam que na verdade, quem está na nave é o Doutor Destino — e que ele não está sozinho. Assim, a questão do momento é: quem está dentro da nave do Quarteto Fantástico que aparece na cena pós-créditos de Thunderbolts*? A resposta definitiva só virá com o lançamento dos novos filmes da Fase 6 do MCU, mas alguns longas já fornecem pistas sobre a cena e as histórias que serão contadas nas próximas produções.

    7 Filmes Que Dão Pistas Sobre o Futuro do MCU

    Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (2025)

    Quarteto Fantástico: Primeiros Passos mostra o grupo já bem consolidado na Terra-838. No entanto, quando a Surfista Prateada surge para avisá-los de que Galactus consumirá o planeta quando concluir sua busca por Franklin Richards, tudo muda e o Quarteto precisa lidar não somente com os fatos de proteger seu filho e a Terra, mas também com a pressão popular de uma sociedade que parecia amá-los, mas rapidamente muda de lado.

    Duas cenas deste filme são importantes para responder quem está na nave em Thunderbolts*. A primeira é que a cadeira da Latvéria, o país de Victor von Doom, o Doutor Destino, está vazia na Fundação Futuro, a entidade criada por Sue Storm para garantir a paz entre diversas nações do mundo. Isso significa que o vilão pode já ter sido um problema para o Quarteto no passado, embora não tenhamos visto nenhuma cena ou menção de combate entre eles. A segunda é a primeira cena pós-créditos, que mostra Sue lendo uma história infantil para um Franklin Richards já por volta dos quatro anos de idade, quando o Doutor Destino surge de forma misteriosa brincando com o garoto.Além disso, o diretor do filme, Matt Shakman, revelou em entrevista recente que Reed Richards será o líder dos Vingadores em Vingadores: Doutor Destino e Vingadores: Guerras Secretas.

    Thunderbolts* (2025)

    Thunderbolts* mostra Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Guardião Vermelho (David Harbour) e Sentinela (Lewis Pullman) envolvidos em uma missão comandada pela misteriosa diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine. Bem recebido pelo público, o filme mostra o grupo sendo denominado como Novos Vingadores, algo que incomoda Sam Wilson, o novo Capitão América, pois ele também está tentando formar um novo grupo de super-heróis.

    Além da cena pós-créditos importante e do fato de que o grupo também aparecerá em Vingadores: Doutor Destino, outra pista que o filme oferece em relação ao futuro da atual história do MCU é que a Terra-616 está sem um grupo unido, coeso e popularmente bem aceito pela sociedade, o que abre espaço para que vilões como Destino enxerguem esse fato como uma fraqueza.

    Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021)

    Em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Peter Parker (Tom Holland) lida com as consequências do vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal) ter revelado sua identidade e por isso pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) que ele apague a memória das pessoas. O feitiço do mago dá errado e acaba trazendo caos ao multiverso. 

    Essa quebra de realidade causada pela abertura da fenda e pela invasão dos vilões de outros universos poderia ter levado à uma Incursão. Este é um evento dos quadrinhos que é o resultado de uma contração na linha do tempo do Multiverso, que por sua vez é causada quando dois universos ficam próximos demais um do outro, ou seja, quando alguém de um universo passa muito tempo ou altera demais as linhas do tempo de outro universo. Esse conceito mostra como é perigoso que seres de um universo invadam outro e pode ser ainda mais explorado com a chegada da nave do Quarteto Fantástico na realidade principal.

    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022)

    Doutor Estranho no Multiverso da Loucura mostra o Mago Supremo Stephen Strange em uma jornada insana por diferentes universos para proteger America Chavez, uma jovem que tem o poder de viajar entre os multiversos, e que vem sendo perseguida pela Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), em uma tentativa de retomar o que ela já havia realizado em Wandavision.

    No filme, Reed Richards da Terra-838 (aqui interpretado por John Krasinski), revela que em uma tentativa de conter Thanos, o Doutor Estranho de seu mundo usou o Livro dos Condenados de forma imprudente, o que causou uma Incursão e rendeu ao mago uma punição mortal. Depois que o longa finalmente encontra sua resolução, a primeira cena pós-créditos mostra a maga Clea (Charlize Theron), abordando Stranger na rua e acusando-o de causar uma Incursão, que certamente terá consequências para o futuro do MCU e deve ser abordada em filmes futuros, podendo ter uma conexão direta com a chegada da nave.

    As Marvels (2023)

    Lançado em 2023, As Marvels mostra Carol Danvers, a Capitã Marvel (Brie Larson), lidando com um problema que a princípio parece cômico, mas é muito mais grave do que muitos imaginam: após passar por um buraco de minhoca anômalo, Danvers, Ms. Marvel/Kamala Khan (Iman Vellani) e Monica Rambeau (Teyonah Parris) tentam derrotar a líder dos Kree, Dar-Benn, que causou uma enorme ruptura entre universos, o que desestabiliza o multiverso de forma perigosa.

    Depois que Rambeau consegue fechar a ruptura por dentro, fazendo um sacrifício, a cena pós-créditos do filme mostra que a capitã acorda no que parece ser um consultório médico. Ela logo dá de cara com Maria Rambeau (Lashana Lynch), o que à primeira vista parece estranho, já que a personagem havia morrido. Quando o mutante Fera (Kelsey Grammer) aparece, fica claro que aquela é outra Terra, a Terra-10005, onde Maria Rambeau é a Capitã Marvel, mais conhecida como Binária.

    Depois que vários integrantes dos X-Men foram confirmados em Vingadores: Doomsday, muitos fãs acreditam que a presença de Monica no planeta também pode causar uma Incursão, o que levaria os mutantes e a capitã a tentarem ir até a Terra-616.

    Loki (2021)

    Na série Loki, o famoso ora vilão, ora mocinho, se encontra diante de uma confusão. Os spin-off segue os passos do Loki (Tom Hiddleston) que conseguiu roubar o Tesseract dos Vingadores durante a missão de recuperar as Joias do Infinito, quando ele é capturado pela Autoridade de Variância Temporal (AVT), um grupo interdimensional responsável por governar indiretamente, fiscalizar e organizar todas as realidades do multiverso.

    As duas temporadas da série mostram a importância de cada linha do tempo do multiverso e como a AVT funciona, além de apresentarem Loki como o novo Guardião do Multiverso, o que é essencial para o que pode acontecer em Vingadores: Doutor Destino — filme no qual a aparição dele está confirmada — e em Vingadores: Guerras Secretas. Pode ser que ele acabe sendo o responsável pela colisão de realidades que vemos em Thunderbolts*.

    Vingadores: Doomsday (2026)

    A HQ Guerras Secretas mostra que o multiverso da Marvel entra em colapso por conta de diversas Incursões, o que faz com que o Doutor Destino use o poder de seres chamados Beyonders para salvar os restos de diversas realidades com o objetivo de criar um planeta de retalhos que ele batiza de Mundo Bélico, o que faz com que ele se torne o Deus-Imperador Destino.

    Como o MCU tem liberdade para adaptar as HQs da maneira que achar melhor no cinema, muitos fãs acreditam que nesta versão da história veremos Incursões ameaçarem o destino de diversos planetas Terra, o que fará com que o Doutor Destino queira usar o poder de Franklin Richards para criar o Mundo Bélico — ele sabe o tamanho do potencial das habilidades do filho de Reed e Sue por conta da perseguição de Galactus à criança.

    Parte do público acredita então, que as cenas pós-créditos de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos e Thunderbolts* são, na verdade, o início de Vingadores: Doomsday, e que o filme mostrará o Doutor Destino de Robert Downey Jr. sequestrando Franklin e usando uma nave do Quarteto Fantástico para ir até a Terra-616. 

    Os pais e tios de Franklin certamente devem ir ao resgate do menino, o que fará com que Reed estude mais sobre o multiverso e desenvolva uma solução para impedir que as Incursões realmente destruam diversas Terras. O longa deve terminar em um momento crucial, assim como Vingadores: Guerra Infinita, para que uma conclusão épica aconteça em Vingadores: Guerras Secretas.

    Vingadores: Doomsday tem previsão de lançamento para 18 de dezembro de 2026.

    Saiba onde assistir aos filmes que podem revelar o futuro do MCU

    Descubra filmes do MCU que podem revelar mais sobre a conexão entre Quarteto Fantástico e Thunderbolts*.

  • Este Personagem Revelado em Superman Tem Potencial Para Ser o Deadpool do novo DCU

    Este Personagem Revelado em Superman Tem Potencial Para Ser o Deadpool do novo DCU

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    O novo Superman levou aos cinemas novas versões de super-heróis e vilões que o público ama, e quem recebeu bastante destaque e novos intérpretes foram os integrantes da Gangue da Justiça, que conta com: o Senhor Incrível, (Edi Gathegi), a Mulher Gavião (Isabela Merced), e o Lanterna Verde Guy Gardner, interpretado por Nathan Fillion, que chamou a atenção dos fãs por seu comportamento diferenciado, que lembra um personagem muito querido da Marvel.

    Neste guia com spoilers da JustWatch, descubra tudo sobre quem é Guy Gardner, o potencial dele para ser algo próximo do Deadpool na DC e outros Lanternas Verdes.

    Quem é o Lanterna Verde Guy Gardner?

    Guy Darrin Gardner apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em março de 1968, em Lanterna Verde Vol. 2 #59, sempre desbocado e arrogante, atirando piadas de humor ácido por todos os lados, tirando sarro de vilões e heróis, funcionando como uma espécie de paródia de homens machistas — o que fez dele um personagem do tipo “ame ou odeie”. 

    Em diferentes histórias, Gardner passou por uma juventude difícil, comportando-se como delinquente, mas sua relação com seu irmão mais velho permitiu que ele se redimisse e o personagem chegou a trabalhar como policial, assistente social e professor de crianças com deficiência. Apesar de outros Lanternas Verdes terem ficado mais famosos que Gardner no mundo dos quadrinhos, vale lembrar que depois de sofrer um acidente, o Lanterna Abin Sur pediu para que o anel encontrasse um homem honesto e corajoso para receber seus poderes, e Gardner foi considerado pela joia, que acabou escolhendo Jordan, tornando Guy assistente e substituto dele.

    No novo Superman, o Guy Gardner de Nathan Fillion não é necessariamente machista, escolha do diretor James Gunn que combina com o tom do longa, mas ele ainda é apresentado como irreverente, embora essa característica ande lado a lado com outras, que suavizam o personagem sem fazer com que ele perca a graça: ele age como um “meninão” marrento, sempre descontraído, fazendo questão de explicar que a Gangue da Justiça não se envolve em problemas políticos, além de ser o primeiro a questionar o Super-Homem sobre a mensagem kryptoniana dos pais dele.

    Quando a Gangue entende a importância de ajudar o povo de Jarhanpur, Gardner, cujo poder como Lanterna Verde permite que ele crie matéria de acordo com sua imaginação, já chega derrubando tanques de guerra e outros veículos com mãos gigantescas mostrando o dedo do meio, acrescentando mais toques cômicos ao personagem, com ele não se levando tão a sério, o que lembra bastante o comportamento também irreverente e descontraído do Deadpool da Marvel, que nunca perde a piada e sempre encontra oportunidades para fazer algo absurdo e fora de hora.

    Caso a Gangue da Justiça seja melhor desenvolvida em futuros filmes, ou até mesmo que Guy Gardner ganhe algum destaque na série Lanternas, seja por meio de uma participação recorrente ou especial, os fãs podem esperar que ele seja o cara “engraçadinho” do novo DCU — e aí quem sabe James Gunn até mesmo o coloque para quebrar a quarta parede e conversar com o público? 

    Outros Lanternas Verdes da DC

    A Tropa dos Lanternas Verdes é uma espécie de força policial interplanetária, formada por diferentes Lanternas, que usam um anel poderoso para criar matéria, o que permite que eles enfrentem diferentes inimigos tendo a chance de se adaptar aos confrontos. Divididos entre 3.600 setores espaciais, eles protegem diferentes locais do universo, como o planeta Terra, que pertence ao setor 2.814. Os três Lanternas mais famosos da DC são Hal Jordan, John Stewart e Kyle Rayner:

    • Hal Jordan: é o Lanterna Verde mais conhecido do mundo dos quadrinhos, um piloto de caça e membro fundador da Liga da Justiça ao lado de Superman, Batman e Mulher Maravilha. Sempre lembrado por sua bravura e centenas de atos heroicos intergalácticos, ele foi o primeiro ser humano recrutado para a Tropa.
    • John Stewart: um atirador dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e arquiteto, também é bastante famoso, especialmente por sua versão ter aparecido em tantas animações da DC, como Justiça Jovem, Liga da Justiça Sem Limites e Jovens Titãs em Ação. 
    • Kyle Rayner: quinto Lanterna Verde da Terra, Rayner é considerado muito poderoso e um guarda de honra da Tropa. Em sua identidade secreta, ele é um artista que frequentemente usa seus poderes como herói como forma de expressão, sempre demonstrando muita criatividade em batalhas.

    Como mencionado anteriormente, o novo DCU do diretor James Gunn e do produtor executivo Peter Safran, presidentes da DC Studios, contará com uma nova produção sobre os Lanternas Verdes. Com previsão de lançamento para 2026, a série live-action Lanternas mostrará o veterano Hal Jordan (Kyle Chandler) e um jovem John Stewart (Aaron Pierre) tentando desvendar um assassinato misterioso. O vilão Sinestro (Ulrich Thomsen) também está confirmado na produção — nos quadrinhos ele utiliza um anel amarelo, cor que é o ponto fraco dos Lanternas Verdes em diferentes histórias já publicadas.

    Onde assistir diferentes produções com o Lanterna Verde?

    Veja abaixo em quais serviços de streaming assistir filmes e animações com o super-herói Lanterna Verde.

  • 'Amores Materialistas' e os 15 Melhores Filmes com Triângulo Amoroso

    'Amores Materialistas' e os 15 Melhores Filmes com Triângulo Amoroso

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Quem não adora um triângulo amoroso não sabe o que está perdendo quando o assunto é cinema. Não importa se a história anda lado a lado com o drama, o romance ou a comédia, filmes com essa temática sempre são interessantes, dividindo a opinião do público ou até mesmo criando torcidas unilaterais ao retratar escolhas difíceis, paixões arrebatadoras e dilemas que dizem muito sobre o que é o amor.

    Com o lançamento de Amores Materialistas, novo filme da prestigiada diretora Celine Song que já alcançou US$ 92 milhões em bilheteria, ressurgiram os debates que acompanham produções sobre triângulos amorosos. Você é do tipo que prefere as histórias trágicas como Titanic, carregadas de humor como O Casamento do Meu Melhor Amigo, ou repletas de drama adolescente como Crepúsculo?

    Nesta lista da JustWatch, descubra tudo sobre Amores Materialistas e outros 15 filmes incríveis com triângulos amorosos, além de saber em quais serviços de streaming assistir à eles.

    Amores Materialistas (2025)

    Trazendo um toque de modernidade para esta lista, o recente e curioso Amores Materialistas traz Dakota Johnson no papel de Lucy, uma casamenteira de sucesso, mas incapaz de decidir se o melhor para seu futuro é ficar com o ricaço Harry Castillo (Pedro Pascal) ou com o garçom aspirante a ator John (Chris Evans).

    Há quem diga que Amores Materialistas se vendeu como um filme de triângulo amoroso, mas não entregou isso, o que não é verdade. Apesar dos pesares, a dúvida de Lucy tem fundamento, e mesmo que isso precisasse ficar mais claro, o filme também vai além do dilema da personagem, abordando assuntos como privilégio, consciência de classe e o direito de amar, o que já o torna interessante, especialmente se você gostou de produções como O Diabo Veste Prada.

    Vidas Passadas (2023)

    Amores Materialistas não será o primeiro filme de Celine Song a retratar um triângulo amoroso. Perfeito para quem se apaixonou pela Trilogia do Antes (Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-sol e Antes da Meia-noite), o sublime Vidas Passadas, indicado aos prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original do Oscar, apresenta Nora (Greta Lee), que vive um casamento feliz, mas é transportada para o passado quando reencontra um amor de infância.

    O filme brilha ao ir além da clássica pergunta “Quem ela escolherá?”, trazendo muitas reflexões sobre passado, presente e futuro que envolvem destino, identidade e a difícil tarefa de lidarmos com nossas versões reais e todas as que também poderiam existir. Vidas Passadas se distingue de outros filmes do tipo por seu silêncio, delicadeza e por evitar respostas fáceis, o que o torna único.

    Diário de Uma Paixão (2004)

    Um clássico dos anos 2000, Diário de Uma Paixão também traz um grande “E se?”, mas de forma mais dramática e arrebatadora que Vidas Passadas, além de ser uma adaptação do livro homônimo de Nicholas Sparks. A história se passa nos anos 1940 e apresenta o drama que envolve o casal Allie Hamilton e Noah Calhoun, interpretados com muita química por Rachel McAdams e Ryan Gosling, cujo triângulo é completado por Lon Hammond, que perde a batalha, mas não é desrespeitado pela história.

    Ideal para quem gosta de paixões avassaladoras e intensas, mas menos trágicas que A Culpa é das Estrelas, Diário de Uma Paixão também traz reflexões interessantes, mas aqui são as emoções que falam mais alto. Este é um filme que não tem a intenção de apresentar nuances sobre as escolhas, como Vidas Passadas, mas sim mostrar como, muitas vezes, o amor é puramente catártico — o que funciona muito bem e nos arranca muitas lágrimas.

    Rivais (2023)

    Como uma espécie de Jules e Jim do esporte, o sexy e divertido Rivais, filme do premiado diretor Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome), apresenta uma história curiosa. Aqui, Zendaya entrega uma atuação magnética como Tashi, uma ex-prodígio do tênis, que se tornou treinadora do próprio marido, Art (Mike Faist), e cuja presença manipula tanto ele quanto Patrick (Josh O’Connor), ex-melhor amigo de Art e ex-namorado de Tashi.

    É a partir dessa premissa que se inicia uma narrativa frenética, repleta de subtextos sobre ambição, que faz o triângulo amoroso ganhar um ritmo frenético ao entrar em quadra e qualquer um se apaixonar por tênis. Aqui, reflexões mais filosóficas dão lugar a uma história moderna e sensual, com diálogos afiados e tensão constante, e que fala menos sobre romance, e mais sobre como amor e a ambição são duas faces da mesma moeda.

    O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997)

    Se você gostou de O Melhor Amigo da Noiva, O Casamento do Meu Melhor Amigo é um clássico obrigatório, que traz um toque diferente e interessante na forma como a história se desenrola. Nessa história icônica, Julianne (Julia Roberts) tenta sabotar o casamento de seu melhor amigo, Michael (Dermot Mulroney), ao se descobrir apaixonada por ele.

    O charme do filme é a forma como ele subverte as expectativas do público, fazendo todo mundo torcer por uma protagonista que, na verdade, age de maneiras questionáveis, enquanto Cameron Diaz brilha como a noiva inocente. Aqui, a graça é justamente aceitar a derrota e refletir com muito humor sobre como nem sempre a resposta do triângulo amoroso envolve um final feliz.

    O Diário de Bridget Jones (2001)

    Inspirado em Orgulho e Preconceito, O Diário de Bridget Jones é um dos filmes mais queridinhos dos anos 2000, que equilibra muito bem humor e romance ao retratar as inseguranças de uma mulher comum, de forma bastante parecida com O Casamento do Meu Melhor Amigo, mas com uma fórmula mais clássica dos filmes de triângulo amoroso. O filme mostra a história de Bridget (Renée Zellweger), uma mulher de 32 anos que está insatisfeita com sua carreira, quando se vê dividida entre seu chefe mulherengo, Daniel (Hugh Grant), e o sério advogado Mark Darcy (Colin Firth).

    Bridget é uma personagem divertida, vulnerável e desastrada, tão real que gera aquele tipo de identificação “gente como a gente”. De forma leve, a história se desenrola e mostra que um filme de triângulo amoroso não se faz somente com um bom romance, mas também com muito bom humor e autenticidade.

    Casablanca (1942)

    Um dos filmes mais românticos de todos os tempos, Casablanca eleva o triângulo amoroso a um patamar épico e é uma ótima escolha para quem quer se aventurar por romances durante a 2ª Guerra Mundial, como o famoso, mas mais moderno Aliados. Aqui, acompanhamos uma história de amor entre o ex-combatente americano Rick Blaine (Humphrey Bogart) e sua antiga paixão, Ilsa (Ingrid Bergman), casada com Victor Lazlo (Paul Henreid).

    Mais sério, intenso e cheio de reflexões sobre honra e lealdade, o filme não abre espaço para flertar com a sensualidade ou humor, como O Diário de Bridget Jones, devido ao peso do que acontecia no mundo durante a época retratada. Isso porque a escolha dos personagens lida com um dilema que envolve seus desejos ou encontrar uma maneira de escapar dos horrores de seu contexto, retratando temas mais sérios.

    O Fantasma da Ópera (2004)

    Com a grandiosidade dramática de Casablanca, mas um toque de teatralidade  extremamente charmoso, O Fantasma da Ópera é um filme baseado no clássico livro homônimo que também foi adaptado para musical, e que levou ao cinema as inúmeras camadas desta história sobre escolhas difíceis. Na trama, acompanhamos a talentosa cantora Christine Daaé (Emmy Rossum), cuja beleza e sucesso chamam a atenção do Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson), o que causa a ira de seu misterioso tutor: o Fantasma da Ópera (Gerard Butler).

    Com uma estética grandiosa e figurinos encantadores, que oferecem um vislumbre dos anos 1900, a história acompanha um tenso e sensual triângulo amoroso, obrigatório para quem ama um drama, onde o amor e o desejo se confundem de forma perigosa e representam muito mais do que os olhos enxergam à primeira vista: a escolha entre uma vida dentro das normas sociais ou a liberdade proporcionada pela arte. O filme é perfeito para quem se apaixonou por O Corcunda de Notre Dame e Moulin Rouge.

    Ela Quer Tudo (1986)

    Em Ela Quer Tudo, filme do premiado diretor Spike Lee, temos não apenas um triângulo amoroso, mas sim um quadrângulo — e dos bons! — já que a artista independente Nola Darling (Tracy Camilla Johns) tem três namorados: o mocinho Jamie Overstreet (Tommy Redmond Hicks), o rico e narcisista Greer Childs (John Canada Terrell) e o tagarela Mars Blackmon, interpretado pelo próprio Lee.

    Este é um filme à frente de seu tempo em comparação com muitas histórias sobre romance, que fala sobre a liberdade sexual feminina e a interseccionalidade que envolve o tema quando novas camadas, como raça, são acrescentadas à ele. Quebrando expectativas ao colocar a autonomia de uma mulher no centro da narrativa, o longa é divertido, provocativo e político, sendo menos “sobre quem ela vai escolher” e mais sobre por qual motivo uma escolha deve ou não ser feita. Vale lembrar que a história foi atualizada na série de mesmo nome, Ela Quer Tudo.

    Titanic (1997)

    Clássico do diretor James Cameron, Titanic traz uma história fictícia única em meio a uma tragédia real: o naufrágio do navio de mesmo nome que aconteceu em 1912. A narrativa começa animada, mas não se engane, você sabe que isso terminará em lágrimas. Aqui, somos apresentados a Jack Dawson (Leonardo DiCaprio), que durante a viagem se apaixona pela jovem Rose Bukater (Kate Winslet), prometida para o afortunado Caledon Hockley (Billi Zane).

    Perfeito para quem gosta de amores trágicos como Desejo e Reparação, Titanic é um dos maiores romances da história do cinema, emoção pura, capaz de conquistar qualquer um com sua história trágica e o apelo universal de amor impossível que o filme carrega. Vale lembrar inclusive que Jack e Rose parecem tão feitos um para o outro, que geralmente as pessoas esquecem que esta é uma história de triângulo amoroso, mas tudo bem, pois Caledon realmente merece ser ignorado.

    Adoráveis Mulheres (2019)

    Assim como Titanic, Adoráveis Mulheres traz um contexto histórico, pois é baseado no livro escrito por Louisa May Alcott no fim dos anos 1960, mas o filme da diretora Greta Gerwig mostra uma história em que sua protagonista tem mais poder de decisão que Rose, ainda que a vida das mulheres de sua época continuasse desafiadora. Aqui, conhecemos a história das irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh), enquanto elas amadurecem, saindo da adolescência para descobrir o que é a vida adulta.

    Para além das diversas reflexões que a produção traz sobre escrita e o papel das mulheres na sociedade da época que o filme retrata, mas que certamente ainda refletem no mundo atual, há ainda o triângulo amoroso formado por Jo, Amy e Laurie (Timothée Chalamet), que é importante para a história, mas não seu tema principal. Cheio de diálogos marcantes, o triângulo divide muitos fãs da história e é polêmico por si só, afinal de contas, o mocinho está interessado por duas irmãs. Família, família, amores à parte? Não neste filme. Algo que pode interessar os fãs de O Verão que Mudou Minha Vida. 

    Além dos Limites (2000)

    Assim como Rivais, Além dos Limites também é um filme sobre esporte e triângulos amorosos, mas aqui o romance e o drama imperam no lugar do dinamismo e da sensualidade — o que não é nem um pouco ruim, apenas diferente. Nesta história acompanhamos o relacionamento entre Quincy e Monica, dois atletas que se conheceram por meio do basquete e que apostam o futuro de seu relacionamento em uma partida um contra o outro.

    Mais emocional e romântico, Além dos Limites é uma joia desconhecida em meio aos filmes de triângulo amoroso, que acerta em cheio ao mostrar como relacionamentos evoluem ao longo do tempo e como um amor não é feito somente de paixão, mas também de sacrifícios e entregas — mesmo quando há competitividade envolvida no caso. O filme também é ideal para quem curtiu A Guerra dos Sexos, retratando muito bem as dificuldades que as mulheres enfrentam no esporte, tudo com um toque a mais de romance.

    Você Nem Imagina (2020)

    Como uma espécie de Cyrano de Bergerac moderno, o filme Você Nem Imagina traz uma camada de representatividade LGBTQIAP+ para este clássico francês, ao contar a história de Ellie Chiu (Leah Lewis), uma tímida adolescente lésbica aceita ajudar Paul (Daniel Diemer) a conquistar a popular Aster (Alexxis Lemire), sem que ele perceba que ela também é apaixonada pela garota.

    Assim como Ela Quer Tudo, o filme traz uma série de discussões importantes sobre seu tema central, embora não seja tão impactante quanto o filme de 1986. Além disso, as reflexões sobre amor desse triângulo amoroso inusitado sabem se sustentar sem cair em tantos clichês, que podem ser tão bem-vindos quanto cansativos em filmes parecidos. De forma delicada, mas também descontraída, Você Nem Imagina fala principalmente sobre autodescoberta e aceitação, e lembrando histórias como Com Amor, Simon.

    Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)

    Baseado no romance escrito pelo famoso autor brasileiro Jorge Amado, Dona Flor e Seus Maridos é uma história hilária, que combina Carnaval, drama e fantasia ao apresentar Dona Flor (Sônia Braga), viúva que se apaixona pelo gentil farmacêutico Teodoro Madureira, mas vive um triângulo amoroso, já que seu falecido esposo Vadinho (José Wilker) retorna para ela como um fantasma.

    Misturando realismo mágico, humor e erotismo de forma única, Dona Flor e Seus Dois Maridos é uma história ousada e inesquecível do cinema brasileiro, que inclusive chegou a alcançar sucesso internacional, recebendo uma indicação ao Globo de Ouro por Melhor Filme Estrangeiro. Entre a saudade, o desejo e a moralidade, Sônia Braga entrega uma Dona Flor icônica, cheia de conflitos internos, mas que na hora do vamos ver, sabe o que quer.

    Vale lembrar que a história também foi adaptada em 1998, como a minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos, e recentemente ganhou uma nova versão em filme, resultando em Dona Flor e Seus Dois Maridos, com Juliana Paes como a protagonista.

    Closer - Perto Demais (2004)

    E aqui está mais um quadrângulo amoroso para esta lista. Perfeito para quem curtiu o clássico Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, o filme Closer - Perto Demais, do diretor Mike Nichols, acontece em meio a uma teia repleta de infidelidades, diálogos afiados e personagens em constante contradição: o aspirante a escritor Dan (Jude Law), a striper Alice (Natalie Portman), a fotógrafa bem sucedida Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owen).

    Abordando as dores e as complexidades dos relacionamentos amorosos, este é um daqueles filmes que mexem com quem dá uma chance à ele, mas de um jeito mais cru e menos idealizado que a maior parte das comédias românticas que apareceram por aqui. O longa explora o amor como falho, confuso e, muitas vezes, doloroso, entregando um drama profundo, que corresponde ao mundo real — lembrando um pouco Encontros e Desencontros, embora mais cruel.

    Crepúsculo (2008)

    Se cada geração tem seu próprio clássico, podemos tranquilamente estabelecer que Crepúsculo é o Casablanca dos anos 2000, com a adição de muitas criaturas fantásticas. Há quem diga que ser #TimeEdward ou #TimeJacob nem chega a ser uma verdadeira questão na saga baseada nos livros da autora Stephenie Meyer, mas a verdade é que este dilema dividiu os fãs da obra por anos e muita gente por aí adoraria escolher entre um vampiro e um lobisomem como par romântico (pelo menos neste mundo ficcional).

    Em Crepúsculo, a jovem Bella Swan (Kristen Stewart) se envolve em uma história cheia de segredos e fantasia ao lado de Edward Cullen (Robert Pattinson) e Jacob (Taylor Lautner). Os quatro filmes da saga podem ser considerados menos sofisticados por muitos, mas são uma obra-prima adolescente que marcou uma geração inteira, e a prova de que o coração do público importa tanto quanto o da crítica especializada.

  • ‘O Verão que Mudou Minha Vida’: Todos os Filmes e Séries de Jenny Han em Ordem

    ‘O Verão que Mudou Minha Vida’: Todos os Filmes e Séries de Jenny Han em Ordem

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    O mês de setembro de 2025 marca o fim da terceira e última temporada de O Verão que Mudou Minha Vida, mas a história de Belly não encerrou, com um filme já confirmado pela Amazon Prime Video, mas ainda sem data de estreia. A série adolescente é baseada na trilogia de livros da autora norte-americana, e de origem coreana, Jenny Han, que também trabalha na produção da adaptação.

    O sucesso da série da Amazon, que explora a história de um triângulo amoroso entre uma garota e dois irmãos, prova mais uma vez que Jenny Han é uma das escritoras (e produtoras) que mais entende das nuances dessa fase da vida rodeada de descobertas, amores intensos, traumas e amadurecimento. Porém, a série não foi a primeira produção baseada na obra da autora, que já teve filmes e séries bastante populares, inclusive Com Carinho, Kitty, que já tem mais uma temporada confirmada e em desenvolvimento. 

    Neste guia da JustWatch, conheça todas as produções baseadas nos best-sellers da escritora, bem como a ordem de lançamento de cada uma. Todos os filmes e séries estão disponíveis na Netflix, com exceção de O Verão que Mudou Minha Vida, que você pode encontrar no Amazon Prime Video.

    Para Todos os Garotos que Já Amei (2018) 

    As primeiras adaptações dos livros de Jenny Han aconteceram através de três produções da Netflix, das quais a autora também participou como produtora executiva. O que, convenhamos, fez com que os filmes tivessem uma pegada muito fiel à trilogia literária. O resultado foi uma comédia romântica adolescente que revigorou o gênero, ao contar uma história com profundidade emocional, e com personagens muito identificáveis com o público jovem.

    Com o título brasileiro Para Todos os Garotos que Já Amei, o primeiro filme lançado, que adapta o livro homônimo, inaugurou a trilogia cinematográfica que narra as desventuras de Lara Jean. Uma garota do ensino médio que tem seu mundo virado de ponta cabeça ao escrever cinco cartas secretas que misteriosamente vão parar nas mãos dos garotos (que ela já gostou) mencionados nas correspondências.

    Se você está à procura de um filme teen com um tom e temáticas parecidas com A Mentira ou 10 Coisas que Eu Odeio em Você, certamente não ficará decepcionado. Além disso, arrisco dizer que seu critério em relação a filmes do gênero também irá se elevar. Afinal, Para Todos os Garotos que Já Amei traz os elementos mais clássicos da comédia romântica, mas com personagens muito mais modernos e diversos, revigorando um gênero que muitas vezes é rodeado de estereótipos. 

    Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você (2020) 

    A continuação da trilogia seguiu-se com o filme Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você, que se aprofunda ainda mais no desenvolvimento da protagonista, bem como no seu relacionamento com Peter e a aparição de um antigo crush, pincelando sua passagem para uma fase que requer uma maior busca por autoconhecimento.

    Desse ponto de vista, é um filme que aborda temas mais maduros, comparado com Para Todos os Garotos que Já Amei. Não só por conta do primeiro contato de Lara Jean com uma relação amorosa mais séria (e o que isso implica), como também, através do seu desafio de balancear um namoro com os seus desejos pessoais, e o seu processo de autodescoberta, numa fase tão importante da vida.

    Caso queira explorar outras comédias contemporâneas semelhantes, tente dar uma chance a Você Nem Imagina e Com Amor, Simon, filmes que também complexificam as questões adolescentes atuais de maneira muito genuína.

    Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre (2021) 

    Como encerramento da trilogia da Netflix, Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre fecha com chave de ouro a história de Lara, dessa vez explorando o fim do seu ciclo no ensino médio, e sua passagem definitiva para a vida adulta e até por isso traz algo novo aos filmes. 

    E é claro que essa fase da vida da personagem não poderia chegar sem exigir dela escolhas que vão impactar o seu futuro. Como por exemplo, cursar ou não a mesma universidade do seu ainda namorado, Peter. É um filme que prova definitivamente que a trilogia está longe de ser apenas uma comédia romântica boba. Pelo contrário, é um conjunto de obras que aborda temas sérios, essenciais e muito relevantes, mas de uma maneira leve, e com uma protagonista forte e que se torna cada vez mais segura de si e de suas escolhas. 

    O Verão que Mudou Minha Vida (2022-2025) 

    A outra trilogia de livros da escritora Jenny Han, foi adaptada para uma série homônima do Amazon Prime Video, com três temporadas (cada uma baseada em um dos livros). Chamada O Verão que Mudou Minha Vida, a produção também conta com a autora como showrunner e produtora executiva. Ou seja, uma série que eu diria que pode ser chamada de ‘sua’. 

    A obra narra a história de um triângulo amoroso formado por Belly, que completa 16 anos durante a 1ª temporada, e os irmãos Conrad e Jeremiah — amigos de infância da protagonista, que passam os verões com ela todos os anos. Ao longo dos episódios da 1ª temporada, nos aprofundamos na relação entre os três, e nos sentimentos que Belly tem por cada um dos irmãos. A segunda temporada continua o triângulo, mas dessa vez explorando também as consequências de um acontecimento trágico na vida dos três. Já a última, dá um salto temporal considerável, retratando-os agora como veteranos da faculdade, com questões ainda mais adultas.

    Comparada com a trilogia adaptada pela Netflix (Para Todos os Garotos que Já Amei), essa produção da Amazon tem um caráter ainda mais complexo, profundo e maduro, uma vez que inclui temas como doença, perda, luto, identidade, além de trazer dramas familiares ainda mais intensos. Em outras palavras, eu recomendaria a um público de adolescentes mais velhos, que está mais ambientado à séries como One Tree Hill, Outer Banks ou até mesmo The O.C.

    Com Carinho, Kitty (2023–) 

    Em paralelo, Jenny Han também desenvolveu uma série spin-off da trilogia de Para Todos os Garotos que Já Amei, dessa vez com a personagem coadjuvante Kitty (irmã mais nova de Lara Jean), assumindo o protagonismo da trama, anos depois dos acontecimentos da trilogia.

    Com duas temporadas no ar e uma terceira já confirmada pela Netflix, Com Carinho, Kittyacompanha a protagonista (conhecida pelos seus dotes como ‘cupido’) em uma viagem à Coreia do Sul, onde ela lida com inúmeras situações que impactam no seu amadurecimento. 

    A 1ª  temporada foca bastante no seu conturbado relacionamento com o garoto Dae, ao mesmo tempo que ela tenta descobrir mais detalhes sobre a história da sua falecida mãe. Já a 2ª, se aprofunda ainda mais no entendimento da sua bisexualidade, através da sua relação com meninas, e dos seus sentimentos nutridos por Yuri.

    Na minha avaliação, é uma excelente série àqueles que procuram produções adolescentes com personagens jovens, que passam por descobertas da sua própria sexualidade, como Heartstopper, Everything Sucks ou até mesmo Sex Education (este indicado para uma audiência um pouquinho mais velha), mas também aos que gostam de K-dramas, já que a série tem uma vibe parecida, usando o caos e drama para divertir o público. 

  • A Cena Pós-créditos de ‘Superman’ Pode Significar Mais do Que Você Imagina

    A Cena Pós-créditos de ‘Superman’ Pode Significar Mais do Que Você Imagina

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Superman inaugura uma nova fase do Universo Cinematográfico da DC (DCU)  — apesar dela já ter começado oficialmente com a primeira temporada de Comando das Criaturas. Isto porque, além de trazer novos personagens que habitarão o universo, o filme de James Gunn, primordialmente, molda o tom e o viés narrativo que serão explorados nas futuras produções da DC.

    Como extensão dessa nova abordagem, aparece a tão aguardada cena pós-créditos do filme — que no caso de Superman, são duas. Para você que já assistiu ao longa, ou para aqueles que não se importam com spoilers, discutiremos aqui um pouco mais sobre essas duas cenas e se elas podem, ou não, significar algo além de apenas um momento divertido pós-filme.

    Quais são as cenas pós-créditos de ‘Superman’?

    Superman e Krypto contemplando a Terra

    Diversos novos personagens foram apresentados ao DCU durante o novo Superman, como por exemplo a Mulher-Gavião, o Senhor Incrível, um dos Lanternas Verdes, e a Supergirl — que, inclusive, terá o seu filme solo em 2026. No entanto, o escolhido para ‘contracenar’ com o Homem de Aço naquela que ficará marcada como a primeira cena pós-créditos de um filme da nova DCU, foi o cachorrinho superpoderoso Krypto.

    Logo após ter salvado Metrópolis das ameaças de Lex Luthor, Superman e o seu corajoso cãozinho Krypto — que na verdade foi criado pela Supergirl — descansam tranquilos, abraçadinhos, sobre a superfície da lua. À distância, eles observam a Terra e o vasto universo que a circunda. Uma cena fofa e emocionante, que serve como um momento de reconexão entre os personagens, e de contemplação do planeta que esses dois seres extraterrestres ajudaram a salvar. No fundo, uma imagem que faz alusão ao quadrinho All Star Superman Volume 6, de Grant Morrison e Frank Quitely, que tem um desenho muito semelhante à cena.

    Superman e Senhor Incrível conversam sobre a ‘rachadura’ de Metrópolis

    Em uma segunda cena pós-créditos, um pouco mais elaborada narrativamente falando, Superman e o Senhor Incrível observam uma rachadura em um dos arranha-céus de Metrópolis. Aqui vale lembrar que, mais cedo na história, o herói que está ao lado de Clark contribuiu para que a fenda que se abriu no meio da cidade, criando um buraco negro, se fechasse, evitando assim um estrago muito maior.

    Superman então observa que o reparo da rachadura não ficou completamente perfeito, e faz esse comentário/brincadeira para o Senhor Incrível, que aparentemente não leva numa boa. Após ficar irritado e tomar o seu rumo, o Homem de Aço fica visivelmente chateado com a situação e tenta se desculpar com o colega. No fim, o protagonista se auto repreende e faz um comentário do tipo: “Eu posso ser tão idiota às vezes…”

    O que as cenas pós-créditos podem significar?

    Essencialmente, ambas as cenas pós-créditos de Superman têm uma função de divertir e entreter o público, com momentos engraçados e que te façam ficar durante toda a projeção, consequentemente vendo os nomes de todas as pessoas que trabalharam no filme.

    No entanto, se fossemos analisar o que ela nos apresenta em termos narrativos, principalmente a segunda cena, conseguimos chegar em alguns lugares, que provavelmente serão explorados no futuro, com as produções seguintes do DCU.

    Parceria entre Superman e Senhor Incrível

    O momento do pequeno entrevero entre o Superman e o Senhor Incrível durante a última cena pós-créditos, pode configurar uma nova parceria entre os dois heróis em filmes posteriores. Afinal, esse tipo de relação ‘conflituosa’, mas também extremamente engraçada, normalmente tem o seu poder de cativar o público. 

    Além disso, ficou evidente, durante todo o filme, o quão importante o Senhor Incrível pode ser para o Superman. Não à toa, o protagonista se desculpa após ter feito uma brincadeira um tanto quanto indelicada, demonstrando que reconhece o valor da sua ajuda. Ou seja, um Homem de Aço, também, cada vez mais humano.

    E por último, toda essa importância que o Senhor Incrível tem no filme, também pode sinalizar alguma produção futura onde o herói assuma o protagonismo de uma história solo — ideia que James Gunn ainda não descartou, como afirma o Wall Street Journal. 

    Fenda em Metrópolis pode repercutir no futuro

    O fato de James Gunn ter escolhido concluir o filme com uma cena pós-créditos que ainda comenta a fenda gerada por Lex Luthor em Metrópolis, pode sinalizar que algum evento interdimensional semelhante aconteça novamente nas produções futuras da DC. Ou, até mesmo, que os efeitos gerados pela própria fenda do filme repercutam em outras histórias que aparecerão em Comando das Criaturas, Lanternas e Supergirl.

    E, indo ainda mais longe, que o chamado ‘universo de bolso’ de Luthor, possa alterar de alguma forma a realidade de alguns personagens. O que pode propiciar, quem sabe, um ponto de conexão entre o antigo Universo Estendido da DC (DCEU) e o novo DCU. Ou seja, a tendência é que a própria empresa invista ainda mais em histórias que contêm possibilidades de realidades alternativas — como já apontou o trailer na nova temporada de Pacificador. 

    Além disso, o fato de ser o Superman a fazer o comentário de que o reparo da fissura não está perfeito, também contribui para a teoria de que o seu clone do mau, o Ultraman, que foi atirado por ele para dentro do buraco negro, possa voltar mais tarde, como o personagem Bizarro — um antagonista dos quadrinhos conhecido por ser a versão imperfeita do Superman.

    Onde assistir Superman e outros filmes e séries do novo Universo da DC?

    Abaixo, saiba onde encontrar online, em streaming, os filmes e séries do novo Universo da DC, que já foram ou serão lançados brevemente!

  • Os 10 Grupos de Super-Heróis Mais Poderosos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU)

    Os 10 Grupos de Super-Heróis Mais Poderosos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU)

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    A estreia de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (que finalmente chegou ao catálogo do Disney+) marcou a entrada em uma nova fase do Universo Cinematográfico Marvel. E o fato de ser um grupo de super-heróis a inaugurar esse novo ciclo, concordemos, é algo bastante simbólico do que aponta o futuro do MCU.

    Ao longo dos últimos 17 anos, desde o seu pontapé inicial com Homem de Ferro, presenciamos a formação de diversas equipes de heróis, que se juntaram em prol de um bem comum. Neste ranking da JustWatch, te ajudamos a relembrar os grupos mais poderosos de super-heróis que despontaram, tanto em filmes, quanto em séries do MCU. Saiba também onde assistir a cada produção em que essas equipes aparecem.

    1. Vingadores - Os Vingadores (2012)

    A primeira equipe de super-heróis que apareceu no MCU é, certamente, a mesma que carrega até hoje o maior legado da marca — e, consequentemente, o status de grupo mais forte. É claro que estamos falando dos Vingadores, conjunto primordialmente formado pelo Homem de Ferro, Hulk, Capitão América, Thor, Viúva Negra e Gavião Arqueiro, que se uniram durante o filme Os Vingadores na tentativa de derrotar Loki. 

    Depois da primeira aparição, ao decorrer dos anos, os heróis se reencontraram (vale lembrar que no meio desses encontros, até chegaram a se separar por algumas desavenças), assim como receberam novos elementos, em mais quatro filmes: Vingadores: Era de Ultron, Capitão América: Guerra Civil, Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. Infelizmente, o fim do grupo original aconteceu após a épica batalha contra Thanos.

    Mas quais são os fatores que fazem com que eles sejam considerados os mais poderosos? Simples, além dos Vingadores terem participado dos filmes que considero os mais importantes e impactantes do MCU (principalmente o primeiro e o último), que de certa forma reinventaram o gênero de super-heróis (através de histórias interconectadas), o grupo mostrou também, ao longo de todos esses filmes, que é uma equipe que combina um vasto leque de habilidades e poderes, de maneira distinta e extremamente funcional.

    2. Quarteto Fantástico - Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (2025)

    Responsável por dar início à sexta fase do Universo Cinematográfico Marvel, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos marca também o ‘début’ do grupo de astronautas com poderes no MCU, através de um filme que entrega tudo aquilo que os fãs de Os Vingadores já estavam acostumados, mas já não presenciavam há anos no cinema: ótimas sequências de ação, personagens fortes e interessantes, uma história complexa e super-heróis extremamente poderosos. 

    Não é novidade que o quarteto formado pelo Senhor Fantástico, Tocha Humana, Mulher Invisível e o Coisa, é amplamente conhecido como um dos grupos mais fortes e inteligentes da Marvel, além de deter a posição de ser o primeiro conjunto de heróis da Marvel Comics nos quadrinhos. Francamente, com eles no pedaço, a régua é tão alta, que não por acaso, a sua primeira ameaça no MCU é um dos vilões mais poderosos de todos os tempos, o devorador de mundos, Galactus.

    Mais um detalhe que não pode ser esquecido, é o fato de Franklin Richards (filho da Mulher Invisível e do Sr. Fantástico) ter aparecido pela primeira vez no MCU. Afinal, o herói que é conhecido como um dos mais fortes da Marvel nos quadrinhos — justamente por ter poderes psíquicos muito raros — pode ser um fator determinante para, quem sabe, no futuro, este se tornar o grupo mais poderoso, até mesmo na frente dos Vingadores. Mas, para já, fica com a segunda colocação — o que já está ótimo para uma ‘velha equipe iniciante’.

    3. Guardiões da Galáxia (2014)

    Não é porque os Guardiões da Galáxia têm a fama de ser o grupo mais engraçado do MCU (e realmente é), que eles não dispõem da mesma força que os outros conjuntos de heróis. Pelo contrário, a excentricidade de cada elemento soma-se às suas habilidades incomparáveis, fazendo com que Star-Lord, Gamora, Rocket Raccoon, Groot, Drax, Mantis e outros que entram pelo meio do caminho, formem um dos grupos mais fortes (e divertidos!) da Marvel. 

    Ao longo de seis filmes (sendo quatro deles solo: Guardiões da Galáxia, Guardiões da Galáxia Vol. 2, Guardiões da Galáxia: Especial de Festas e Guardiões da Galáxia Vol. 3) a equipe deu as caras sempre com o duplo objetivo de entreter, ao mesmo tempo que ajuda em missões intergalácticas. A força deste grupo, que justifica o terceiro lugar no pódio, é primordialmente exemplificada na batalha final do último filme, onde demonstram uma união e força impressionantes ao derrotar o poderosíssimo vilão Alto Evolucionário, antes de seguirem caminhos diferentes. Assim como o Quarteto Fantástico, os Guardiões da Galáxia se fortalecem por meio de laços fortes, algo que enfraquece os Vingadores. 

    4. Eternos (2021)

    É difícil encontrar um grupo com poderes tão distintos quanto os dos Eternos — seres imortais e superpoderosos que foram criados pelos deuses cósmicos Celestiais, para protegerem a humanidade contra os Desviantes, que por sua vez também tiveram como criadores os Celestiais. Sinceramente, se colocarmos frente a frente os Eternos contra os Guardiões da Galáxia, o primeiro grupo, na teoria, levaria vantagem. Mas tratando-se do MCU, as coisas não funcionam assim, uma vez que os Guardiões já provaram a sua força e união em diversas ocasiões extremas — o que ainda não aconteceu com os Eternos.

    Apesar de só ter aparecido em um filme do Universo Cinematográfico Marvel, o conjunto de heróis formado por Ikaris, Thena, Sersi, Ajak, Gilgamesh, Kingo, Makkari, Phastos, Duende e Druig impressionou, principalmente por conta da notável virtude de cada um: super força, vôo, regeneração, manipulação de energia cósmica, transmutação, telepatia, super velocidade, e por aí vai… Embora o filme Eternos não tenha sido um sucesso comercial, já que, ao meu ver, não consegue entregar a mesma energia e vigor dos principais longas da Marvel, a obra pelo menos apresentou ao público um grupo muito conceituado nos quadrinhos, e que também impõe o seu devido respeito no MCU. Por toda essa importância e tradição que o grupo carrega, também merece um lugar decente na lista.

    5. Thunderbolts (ou Os Novos Vingadores) - Thunderbolts* (2025

    É claro que não poderia faltar o mais novo grupo de anti-heróis do MCU, os Thunderbolts. Vale recordar que a Marvel colocou um título alternativo para o filme Thunderbolts*, que também pode ser intitulado agora como Os Novos Vingadores, uma obra que recupera a qualidade do MCU de elaborar histórias mais robustas e imprevisíveis como o próprio Os Vingadores, ao invés de focar somente no espetáculo das sequências de ação.

    Mas falando propriamente sobre o grupo, e não somente sobre as virtudes do longa, o conjunto de anti-heróis é, sem dúvida, um dos mais interessantes do MCU. Não propriamente por conta da força de cada um, mas sim pela improbabilidade da sua formação, e principalmente pela sua forte união e aliança em prol de lutar por um bem maior. União essa que faz com que o grupo composto por Yelena Belova (Viúva Negra), Soldado Invernal, Agente Americano, Fantasma, Guardião Vermelho e Treinadora se tornasse muito mais poderoso do que na teoria — não à toa ganhando o status agora de Os Novos Vingadores. Em termos de poder de cada indivíduo, os Thunderbolts com certeza não chegam a altura de um grupo como os Eternos, mas a conexão aqui é tão real que certamente deixa esse time bem mais perto, lembrando bastante a dinâmica dos Guardiões da Galáxia. 

    6. Os Defensores (2017)

    Apesar da série Os Defensores ser originalmente também uma produção da Netflix (com um tom que obviamente lembra bastante os das produções solos dos seus personagens, como Demolidor), a obra passou a ser integrada dentro da cronologia do MCU. E ainda bem, porque o grupo de ‘heróis de rua’ composto por Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro, cativa tanto o público, justamente por ser uma equipe, assim como os Thunderbolts, que não dispõe de poderes colossais, mas que sabe trabalhar muito bem em conjunto. 

    Com o uso de suas diversas habilidades mais ‘terrenas’, e claro, da intensa determinação de cada um, Os Defensores atuam, ao longo da série, em Nova York, com missões bem mais ligadas ao cotidiano criminoso da cidade — o que nos passa, também, uma identificação ‘humana’ muito grande. Desta forma, mesmo não contando com poderes extraordinários, como os dos Eternos, por exemplo, o grupo, dentro do seu segmento (heróis mais terrenos), tem certamente um grande destaque por conta da sua importância em salvaguardar a população comum no dia a dia, fato este que faz com que ele seja lembrado através da sexta colocação dessa lista.

    7. Revingadores - Thor: Ragnarok (2017)

    Mas por que os Revingadores estão atrás dos Defensores neste ranking? Simples, pois é um grupo provisório, formado em uma situação de extrema emergência, e não uma equipe definitiva que trabalha frequentemente de forma conjunta. Afinal, não é todo dia que se reúne o deus do Trovão Thor, o vilão Loki, a asgardiana Valquíria e o incrível Hulk em uma mesma equipe. 

    Apelidado informalmente de Revingadores pelo próprio Thor, esses superpoderosos se associam no filme Thor: Ragnarok, para conseguirem escapar de Sakaar e tentar derrotar a ameaça da deusa asgardiana da morte, Hela. Convenhamos, uma batalha entre três irmãos (Thor, Loki e Hela) que entrou para a história do MCU, como uma das mais marcantes, já que foi aquela que gerou a destruição de Asgard com a liberação do Ragnarok. Ou seja, mesmo não sendo um grupo ‘convencional’, merece reconhecimento pelo seu feito.

    8. Resistência - Deadpool & Wolverine (2024)

    Outro grupo extremamente improvável, mas que acaba sendo muito útil durante o desenvolvimento da trama de Deadpool & Wolverine, é a equipe de Resistência formada por alguns super-heróis que anteriormente já apareceram em filmes da Fox, e que foram trazidos para o universo do MCU. Mais um conjunto temporário, porém, certamente mais fraco que os Revingadores.

    Mas se engana quem pensa que o time composto por Blade, Elektra, Gambit, X-23, além, claro, dos dois protagonistas que dão título ao filme, é responsável apenas por arrancar risadas do público. Não, apesar de não ter a mesma força que Os Guardiões da Galáxia, eles entregam divertimento, mas também eficiência. Assim, a Resistência contra Cassandra, surpreende bastante, principalmente na parte final do filme, quando se juntam para tentar derrotar a irmã de Xavier, para assim escapar do ‘vácuo’ em que estavam presos, tentando posteriormente salvar o universo de Deadpool.

    9. Guardiões do Multiverso - What If… (2021)

    Se for para levar em conta todas as produções, não poderíamos deixar também de incluir um grupo de super-heróis de uma animação da Marvel. A série What If… é conhecida por explorar as inúmeras possibilidades alternativas do destino de alguns heróis icônicos do MCU. 

    Para quem é um admirador do elemento do multiverso, tão presente nos filmes em live-action, principalmente em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, essa animação é mais do que recomendada, já que explora mais a fundo este conceito. Na sua história, por exemplo, um grupo de Guardiões do Multiverso, composto por versões alternativas de diversos heróis (há, por exemplo, um Doutor Estranho mais sombrio ou até mesmo um Thor mais folião), é formado para lutar contra diversas ameaças, inclusive a de Ultron. Evidentemente, ocupa a nona posição já que é um grupo considerado ‘alternativo’ dentro do MCU.

    10. Illuminati - Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022)

    Sem entrar em maiores detalhes do rápido fim trágico que o grupo Illuminati teve durante o filme Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (o que explica a última posição do ranking), é preciso dizer que a equipe de heróis formada por Raio Negro, Professor Xavier, Senhor Fantástico, Mordo, Capitã Marvel, Capitã Carter e o próprio Doutor Estranho, tinha tudo para ser uma das mais fortes do Universo Cinematográfico Marvel — se não fosse, claro, pela presença da ‘estraga prazeres’, Wanda Maximoff. 

    Sim, uma das equipes mais populares dos quadrinhos, os Illuminati, poderiam ter durado mais tempo — o que efetivamente não aconteceu. No entanto, a rápida aparição dos poderosos heróis satisfez (mesmo que brevemente) o desejo dos fãs de vê-los representados também nas telonas. Esperemos que com O Quarteto Fantástico não aconteça o mesmo e que eles possam perdurar por muito tempo dentro do MCU!

  • Nathan Fillion: Do Capitão Mal ao Lanterna Verde, Saiba Onde Ver os Melhores Papéis do Ator 

    Nathan Fillion: Do Capitão Mal ao Lanterna Verde, Saiba Onde Ver os Melhores Papéis do Ator 

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Ao longo de sua carreira, Nathan Fillion se tornou um nome querido tanto no universo geek quanto no mainstream, graças a papéis memoráveis em filmes e séries. Desde o cult Firefly (2002) e sua continuação cinematográfica Serenity (2005), onde interpretou o carismático capitão Malcolm Reynolds, até o detetive brincalhão Richard Castle em Castle (2009-2016), Fillion provou seu talento para equilibrar humor, ação e drama.

    No universo DC, ele deu voz ao Hal Jordan em várias animações, mas foi como Guy Gardner/Lanterna Verde na série Peacemaker (2022) que finalmente apareceu em live-action – interpretando o Lanterna mais arrogante (e hilário) da Tropa dos Lanternas Verdes. Sua participação, embora curta, roubou a cena e deixou fãs ansiosos por mais. Agora, ele revive o personagem em Superman (2025).

    Abaixo, você encontra uma seleção das melhores produções de Fillion que podem ser encontradas online, em streaming. Aproveite!

    Top 10 Melhores filmes e séries com Nathan Fillion

    Superman (2025)

    Que o novo Superman é um sucesso, todos já sabem, mas o que poucos imaginavam é como Nathan Fillion como Guy Gardner agradaria tanto o público. No longa, ele um Lanterna Verde que ajuda Clark Kent quando o herói precisa. Com seu jeito arrogante, mas, ao mesmo tempo, divertido e sincero, é um dos personagens que mais tira o riso de quem assiste. 

    Fillion não tem muito tempo de tela, se o compararmos com o próprio Superman ou outros personagens, mas as suas cenas mostram o quanto ele ainda pode entregar de atuação e cortes de cabelos questionáveis. 

    The Rookie (2018-) 

    Inspirado na história real de William Norcross, The Rookie acompanha John Nolan (Fillion), o policial mais velho da academia. Diferente de seus papéis habituais cheios de arrogância, Fillion aqui interpreta um idealista de coração puro, que busca fazer o bem apesar dos desafios. A série vai além dos "casos da semana", focando no desenvolvimento dos personagens. 

    Com seu carisma e profundidade, Fillion mantém Nolan cativante mesmo em meio às complexidades do trabalho policial. Seu sucesso levou até a um spin-off, The Rookie: Feds, que ele também produz.

    Santa Clarita Diet (2017-2018) 

    Cancelada prematuramente pela Netflix, Santa Clarita Diet era uma comédia zumbi única, estrelada por Drew Barrymore. Fillion brilhou como Gary West, rival imobiliário da protagonista, roubando cenas com seu humor afiado nas duas primeiras temporadas. 

    Curiosamente, quando seu personagem retorna como zumbi na 3ª temporada, foi substituído por Alan Tudyk (seu colega de Firefly). Mesmo com pouco tempo de tela, Fillion deixou sua marca na série, provando mais uma vez seu talento para personagens hilários e memoráveis. Uma pena não vermos mais desse antagonista deliciosamente irritante!

    Garçonete (2007) 

    Conhecido por comédias, Fillion surpreendeu no drama Garçonete como Dr. Pomatter, ginecologista que se envolve com Jenna (Kerri Russell), uma jovem em um casamento abusivo. Seu personagem trouxe leveza e esperança ao filme, equilibrando charme e vulnerabilidade. A química com Russell transformou o romance proibido em um dos poucos refúgios positivos da protagonista. 

    Fillion provou seu alcance dramático, mostrando que vai além do humor - sem perder seu carisma natural. Um contraponto luminoso em uma narrativa delicada sobre resiliência.

    Buffy: A Caça-Vampiros (1997)

    A carreira de Fillion decolou nos anos 1990, mas seu papel como Caleb em Buffy: A Caça-Vampiros (em somente 5 episódios) iniciou sua parceria com Joss Whedon. Caleb, um ex-padre misógino e assassino, era o braço-direito do "Primeiro Mal". 

    Apesar de breve, a atuação de Fillion como vilão foi marcante – rara em sua carreira de protagonistas carismáticos. Sua intensidade sombria provou seu talento para antagonistas, contrastando com papéis como Mal Reynolds (de Firefly). Uma demonstração poderosa de sua versatilidade.

    Firefly e Serenity (2002 e 2005) 

    Apesar de sua carreira extensa, nenhum papel se encaixou tão perfeitamente em Nathan Fillion quanto Malcolm "Mal" Reynolds, o carismático e cínico capitão da nave Serenity. Em Firefly, Mal lidera sua tripulação de marginais em um futuro pós-guerra, equilibrando trabalhos ilegais com um código moral único. 

    A série, cancelada após uma temporada, ganhou status de cult graças à química do elenco e ao tom único - mistura de faroeste espacial, humor ácido e drama. Em Serenity, Fillion deu um fechamento épico ao arco do personagem, consolidando Mal como um dos anti-heróis mais amados da ficção científica.

    Castle (2009-201) 

    Castle transformou Fillion em um nome conhecido mundialmente, graças ao seu papel como o carismático escritor de mistérios Richard Castle. A série misturava casos policiais semanais com um romance lento e cativante entre Castle e a detetive Kate Beckett (Stana Katic). 

    Com seu charme irresistível e timing cômico perfeito, Fillion trouxe o personagem à vida - um autor mimado que, lentamente, amadurece ao se envolver nos casos reais que inspiram seus livros. O sucesso foi tanto que rendeu múltiplas indicações ao People's Choice Awards, consolidando Fillion como um dos atores mais queridos da TV.

    Seres Rastejantes (2006) 

    Seres Rastejantes foi o que uniu Fillion e James Gunn em uma homenagem aos filmes B de invasão alienígena. Fillion interpretou o xerife Bill Pardy, o herói despreparado que enfrenta vermes parasitários transformando uma cidade em monstros. Mesmo com orçamento modesto, sua atuação equilibrou humor e heroísmo, tornando-o o coração do filme. 

    Apesar do fracasso inicial, Seres Rastejantes ganhou status de cult, com críticos elogiando a química de Fillion com Elizabeth Banks e o tom que mistura terror e comédia. Hoje, é considerado um clássico moderno do gênero – e o início da bem-sucedida colaboração entre Fillion e Gunn.

    Desventuras em Série (2017-2019)

    Na série da Netflix Desventuras em Série, Fillion interpreta Jacques Snicket, o irmão corajoso e impulsivo do narrador Lemony. Enquanto os órfãos Baudelaire enfrentam perigos e desvendam mistérios sobre seus pais, Jacques emerge como figura-chave nessa trama gótica. 

    Fillion brilha ao equilibrar o tom sombrio da história com seu humor característico - sua atuação audaciosa adiciona alívio cômico sem subestimar a gravidade dos eventos. Perfeito para o universo absurdo e melancólico da série, ele prova que até nas tragédias mais desesperadoras, seu carisma singular resplandece. 

    Onde assistir às séries e aos filmes com Nathan Fillion?

    Abaixo, saiba onde assistir online, em streaming, aos filmes e às séries com Nathan Fillion.

  • Ranking de Todos os Filmes e Séries do ‘Quarteto Fantástico’

    Ranking de Todos os Filmes e Séries do ‘Quarteto Fantástico’

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    O Quarteto Fantástico sempre foi uma das equipes de super-heróis mais conhecidas e respeitadas dos quadrinhos da Marvel, e também vem conquistando cada vez mais o seu devido espaço na indústria cinematográfica — principalmente após a poderosíssima estreia recente de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, que trouxe o grupo de heróis para o Universo Cinematográfico de Marvel (MCU).

    Ao longo dos anos, desde a sua criação em 1961, pelo escritor Stan Lee e o ilustrador Jack Kirby, a equipe de astronautas superpoderosos — que detém o status de primeiro grupo da Marvel — foi representada através de diversas séries animadas e filmes em live-action. Neste guia da JustWatch, te ajudamos a passear pela história do quarteto, através de um ranking dos melhores filmes e séries do grupo, classificados por ordem de qualidade. 

    1. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos - Filme (2025) 

    O lugar principal do pódio vai para o longa em live-action que apresenta pela primeira vez o famoso grupo dentro do Universo Cinematográfico Marvel. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, dirigido por Matt Shakman, é (talvez inquestionavelmente) o filme visualmente mais impressionante do quarteto, que conta com o melhor elenco de atores, com um tom cômico afiadíssimo, uma história emocionante e ótimas sequências de ação. 

    Em resumo, é uma produção que entrega tudo aquilo que um amante de filmes de super-heróis está à procura, não deixando nada a desejar em comparação a outros longas adorados, da própria Marvel, que exploram o início da formação de um grupo, como Os Vingadores e Thunderbolts*.

    2. Os Quatro Fantásticos - Série (1967–1968) 

    Um ponto de vista não consensual, mas a primeira série de televisão que adaptou os quadrinhos da equipe formada por Sr. Fantástico, Tocha Humana, Mulher Invisível e o Coisa, merece o seu devido reconhecimento neste ranking. Afinal, foi a primeira vez que o público viu um desenho animado do grupo mais famoso da Marvel na televisão — e isso, na minha opinião, não é pouca coisa.

    À título de curiosidade, a série é uma das poucas histórias da Marvel que foi adaptada pelo antigo estúdio Hanna-Barbera, que foi absorvido pela Warner Bros. Animation. Além disso, chegou a ser exibida em diversos canais de TV no Brasil, como a Rede Globo, Bandeirantes e Boomerang, com o título Os Quatro Fantásticos que, pelo que tudo indica, foi gerado devido a um erro de tradução. Para quem gosta de desenhos 2D mais antigos, mesmo que seja da concorrência, como Superamigos, é algo a não se perder.

    3. Quarteto Fantástico - Filme (2005) 

    Em 1994, foi realizado um filme do Quarteto Fantástico (confesso que com uma estética meio B), mas que acabou nunca sendo lançado oficialmente. Ou seja, por incrível que pareça, o filme da Fox de 2005, que explora a trama por trás das origens dos seus superpoderes durante uma missão espacial, é considerado o primeiro longa live-action do quarteto de heróis.

    É evidente que não há comparação entre Quarteto Fantástico: Primeiros Passos e este filme, mas para quem está em busca do lado mais divertido e engraçado do grupo, Quarteto Fantástico de 2005 pode ser uma boa escolha. Apesar de ter recebido críticas não tão agradáveis, o filme (do meu ponto de vista) tem uma pegada cômica interessante, apresenta efeitos visuais inovadores, e conta com boas atuações de excelentes atores, como Chris Evans e Jessica Alba. Não à toa, o longa foi um sucesso comercial e é lembrado até hoje com carinho pelos fãs do grupo. Por isso, merece a terceira colocação. 

    4. Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado - Filme (2007) 

    Como continuação direta, chegou aos cinemas dois anos depois, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, que está praticamente lado a lado com o filme anterior (Quarteto Fantástico) neste ranking, já que basicamente traz os mesmos elementos, sem consertar os defeitos de seu predecessor. Em uma época onde é raro encontrar filmes de super-heróis com uma hora e meia de duração, pode ser uma boa opção àqueles que querem um divertimento mais rápido e curtiram a vibe do primeiro filme. 

    Essa continuação apresenta mais cenas de ação do que o longa anterior (deixando a narrativa um pouco mais de lado) e efeitos visuais ainda mais sofisticados, mas também não deixa de lado a sua face mais divertida e escrachada – principalmente quando explora a conturbada e engraçadíssima relação entre o Tocha Humana e o Coisa. Heróis que, durante uma das melhores cenas, inclusive, acabam trocando de superpoderes. Tanto esse, quanto o filme anterior, estão disponíveis no Disney+, mesmo tendo sido inicialmente produzidos pela 10th Century Fox.

    5. Quarteto Fantástico: Os Maiores Heróis da Terra (2006–2010) - Série 

    Para quem não curte animações mais antigas como Os Quatro Fantásticos, e prefere uma pegada mais moderna de desenho animado (parecido com Os Vingadores: Os Super-Heróis mais Poderosos da Terra), tanto através dos gráficos mais realistas, quanto de uma narrativa que vai além dos quadrinhos, Quarteto Fantástico: Os Maiores Heróis da Terra pode ser o que você está à procura. Depois da coincidência dos dois títulos, fica a dúvida de qual dos dois grupos é o maior — só assistindo às duas séries para tirar suas conclusões.

    A produção se inspira no enredo tradicional das HQs da Marvel, para expandir e reimaginar o universo habitado pelos personagens do grupo, bem como as suas batalhas com seus clássicos vilões, através de histórias completamente originais. É uma boa atualização do Quarteto Fantástico, principalmente para quem busca um desenho que retrate a equipe de maneira mais contemporânea e inventiva, visualmente e narrativamente falando. No entanto, por se afastar muito da estética mais clássica do desenho, faz com que a série não ocupe uma colocação ainda melhor nessa lista.

    6. Quarteto Fantástico (1994–1996) - Série

    Ao contrário de Quarteto Fantástico: Os Maiores Heróis da Terra, a série animada Quarteto Fantástico (produzida pela própria Marvel e hoje disponível no Disney+), que contou com duas temporadas durante os anos 90, é um desenho que adapta, de maneira mais fiel, as histórias e o visual dos quadrinhos de Stan Lee. Apesar, claro, de ter alguns episódios com uma maior liberdade artística — que é algo sempre valorizável. 

    Se você é um daqueles que piram quando um super-herói aparece meio que de uma forma aleatória nos filmes do MCU, talvez este seja o desenho certo para você. Isso porque há inúmeros episódios onde diversos personagens da Marvel, como Hulk, Thor, Pantera Negra e até mesmo o Demolidor, surgem em breves aparições. Porém, este mesmo fator — que pode ser uma mais-valia para alguns — ao meu ver, acaba, por vezes, desviando demais o foco dos protagonistas da série. 

    7. Quarteto Fantástico (1978) - Série

    A série animada Quarteto Fantástico de 1978 tem alguns eventos bastante curiosos, que fazem com que ela (para mim) não se situe na prateleira de cima das produções do famoso grupo. O principal deles — acredite — é o fato do personagem do Tocha Humana ter sido substituído pelo robô Herbie, por conta de questões de direitos autorais, já que na altura a Universal detinha os direitos do personagem na televisão. 

    Não seria loucura afirmar também que o hiato entre essa série e a produção audiovisual seguinte do Quarteto Fantástico, que só foi acontecer em 1994, deve-se muito ao fato dela não ter sido um verdadeiro sucesso. Porém, não deixa de ser recomendada àqueles que ficam intrigados para saber como a dinâmica do grupo funciona com um robô no lugar de Johnny Storm, que definitivamente traz algo novo. Pode ser uma boa opção para quem gostou da aparição do robô em Primeiros Passos. 

    8. Quarteto Fantástico (2015) - Filme

    Por fim, lembremos da tentativa mais falhada de adaptar a história do primeiro grupo da Marvel ao cinema live-action, que teve um impacto exatamente oposto ao gerado por Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. Dirigido por Josh Trank, o Quarteto Fantástico de 2015, produzido pela Fox, tentou subverter o tom dos quadrinhos originais, propondo uma história mais sombria e mais carregada sobre a equipe de heróis. Convenhamos, uma ideia que no fim provou não ter sido tão boa, basta lembrarmos que o filme não trouxe bons resultados comerciais.

    Apesar da coragem ao tentar renovar alguns dos personagens mais conhecidos da Marvel, e de contar com um elenco recheado de bons atores, com Michael B. Jordan e Miles Teller aí no meio, o longa traz uma história confusa, em que os protagonistas se transportam para uma dimensão alternativa, onde acabam ganhando seus superpoderes. Está na mesma prateleira de filmes de super-heróis como Madame Teia e Mulher-Gato. Ou seja, dá para assistir pela curiosidade.

    Outras produções em que o Quarteto Fantástico aparece

    Além das séries e filmes solos que trouxeram o Quarteto Fantástico completo, e como protagonistas, existem também algumas produções das quais um ou mais dos integrantes do grupo participam. Saiba abaixo quais são elas!

    • Deadpool & Wolverine (2024) - Personagem que participa: Tocha Humana
    • Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022) - Personagem que participa: Sr. Fantástico
    • Hulk e Os Agentes de S.M.A.S.H. (2013–2015) - Personagens que participam: Sr. Fantástico, Tocha Humana, Mulher Invisível e o Coisa
    • Os Vingadores: Os Super-Heróis Mais Poderosos da Terra (2010–2012) - Personagens que participam: Sr. Fantástico, Tocha Humana, Mulher Invisível e o Coisa
    • Esquadrão de Heróis (2009-2011) - Personagens que participam: Sr. Fantástico, Tocha Humana, Mulher Invisível e o Coisa
    • Homem-Aranha (1994–1998) - Personagens que participam: Sr. Fantástico, Tocha Humana, Mulher Invisível e o Coisa
    • A Coisa (1979) - Personagem que participa: O Coisa 
  • Krypto, o Supercão: Conheça Todas as Aparições do Cão do Superman no Cinema e TV

    Krypto, o Supercão: Conheça Todas as Aparições do Cão do Superman no Cinema e TV

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Com o aguardado filme Superman, de James Gunn, muitos estão descobrindo a fofura  de Krypto, o cachorrinho branco. O “cãopanheiro” do herói, no entanto, não foi criado para o longa, mas existe desde 1955, quando foi criado pelo escritor Otto Binder e pelo artista Curt Swan. Ele apareceu pela primeira vez na revista Adventure Comics #210, onde era o cão de estimação de Superboy. 

    Agora, pode ser que ele ganhe mais uma aparição, pois James Gunn insinuou que um derivado do querido cachorro pode ser lançado. Quanto ao futuro, o que sabemos é que ele deve aparecer em Supergirl, de 2026.

    Se você, assim como todo o mundo, está apaixonado por Krypto e está louco para ver cada vez mais do cachorrinho-herói, a gente te conta onde encontrá-lo para além do filme. 

    The Adventures of Superboy (1966)

    The Adventures of Superboy marcou a estreia animada de Krypto em curtas exibidos dentro de outros programas. As histórias mostravam o jovem Clark Kent em Smallville, com Krypto participando ativamente de aventuras como "O Espião do Espaço" e "Krypto, o Cão Detetive". Inspirados nos quadrinhos da época, os episódios têm um tom exagerado e divertido, típico da era Super Friends. 

    Atualmente, a série é rara devido a disputas de direitos autorais. Ainda assim, vale pela representação nostálgica e engraçada do Supercão em suas primeiras aventuras animadas.

    Krypto, O Supercão (2005)

    A animação Krypto, O Supercão trouxe para as telas o fiel companheiro canino do Superman em emocionantes aventuras. Com todos os poderes do Homem de Aço, o carismático cão branco defendia o planeta ao lado de uma turma de animais superpoderosos, incluindo o fiel Ace (cão do Batman) e o divertido Streaky (gato da Supergirl). 

    Combinando ação vibrante, comédia leve e valiosas mensagens sobre trabalho em equipe, a série cativou tanto o público infantil quanto os fãs de quadrinhos. Sua mistura única de elementos do universo DC com um enfoque familiar garantiu seu lugar como um clássico da animação dos anos 2000.

    Smallville  (2001)

    Na 4ª temporada de Smallville, os fãs foram presenteados com uma emocionante aparição de Krypto, o icônico cão do Superman. Chamado de "Tornado" no episódio "Run" (S4E5), o cachorro branco exibia habilidades extraordinárias, salvando Clark Kent de perigos. 

    Embora não fosse explicitamente chamado de Krypto na série, suas características e conexão com Clark deixaram claro a referência ao fiel companheiro dos quadrinhos. Essa aparição especial antecedeu o lançamento da animação Krypto the Superdog (2005), criando um elo entre o live-action e o desenho animado. Uma homenagem sutil que encantou os fãs do Cão de Aço. 

    Teen Titans Go! (2013) 

    Em Teen Titans Go!, Krypto, o Supercão, aparece em aparições divertidas, incluindo no filme Teen Titans Go! O Filme. Seu destaque é no episódio "Água de Vaso" (8ª temporada), onde os Titãs precisam cuidar dele para o Superman. Por negligência, Krypto vira um vilão brevemente, mas no final, a equipe resolve a confusão. 

    A série traz uma versão bagunceira e engraçada do herói canino, mantendo o tom irreverente típico da animação. Uma piada perfeita para fãs que conhecem sua versão clássica em Superman. 

    Titans (2018)

    A série Titans trouxe Krypto para o universo live-action gloriosamente, marcando sua primeira aparição em ação real como o fiel companheiro de Superboy (Conner Kent). Diferente da versão animada, este Krypto mantém os poderes kryptonianos tradicionais: voo, superforça e visão de calor. 

    Sua presença adicionou leveza e humor à trama sombria da série, tornando-se um dos elementos mais carismáticos da produção. A fidelidade aos quadrinhos foi notável, desde seu design clássico até a relação afetuosa com Superboy. Uma representação perfeita que agradou tanto fãs antigos quanto novos espectadores.

    DC Super Hero Girls (2019) 

    Em DC Super Hero Girls, Krypto é um coadjuvante divertido, acompanhando Supergirl em versões descontraídas do universo DC. Criada por Lauren Faust (de My Little Pony), a série foca em heroínas adolescentes, como Supergirl e Batgirl, em um colégio em Metrópolis. Krypto aparece como seu cachorro brincalhão, refletindo sua personalidade clássica. 

    O destaque é no episódio "#FerasNoShow", onde ele compete contra o Cão-Bat (Ace) em um concurso canino, enquanto as donas rivais levam a rivalidade a sério. Uma versão adorável e cheia de energia do Supercão, perfeita para fãs de humor e ação. 

    DC League of Super-Pets (2022)

    A animação DC Liga dos Superpets trouxe Krypto como protagonista, explorando sua relação única com Superman e sua jornada para aceitar novos aliados. Desta vez, o Supercão enfrenta uma crise de identidade quando seu dono prioriza Lois Lane, levando-o a formar uma equipe improvável com outros animais com poderes. 

    Com Dwayne Johnson dublando o personagem, Krypto ganhou carisma e profundidade, alternando entre ciúmes, heroísmo e humor. O filme expandiu o mito do personagem, mostrando-o como um líder capaz – e provando que até heróis de quatro patas têm lições para aprender sobre amizade e trabalho em equipe.

    Superman & Lois (2021)

    No episódio final de Superman & Lois ("It Went By So Fast"), Krypto aparece inesperadamente: não como um cão kryptoniano, mas como um golden retriever terrestre que Clark adota após a morte de Lois. 

    Em dois saltos temporais — um ano depois dos eventos principais e 32 anos no futuro —, vemos esse Krypto sem poderes se tornar o fiel companheiro de um Clark envelhecido, testemunhando até seu último momento. Os criadores usaram o cachorro para equilibrar a dor da perda com a doçura da lealdade canina, fechando a série com um misto de melancolia e calor emocional.

    Scooby-Doo e Krypto, o Supercão (2023) 

    No filme Scooby-Doo e Krypto, o Supercão, a Turma do Mistério se une ao Supercão em uma missão para encontrar a Liga da Justiça, desaparecida. Com vilões como Lex Luthor e Solomon Grundy, a aventura tem clima nostálgico da Era de Prata dos quadrinhos. 

    Krypto e Scooby criam uma parceria fofa, cheia de momentos engraçados e ação. A trama leve, envolvendo Lois Lane e Jimmy Olsen, homenageia tanto Super Friends quanto o estilo clássico de Scooby-Doo!. Perfeito para fãs que querem ver os dois cachorros mais icônicos da animação em uma história cheia de diversão.

    Onde assistir a outros filmes e séries com o Krytpo após ‘Superman’? 

    Abaixo, saiba onde assistir a todas as aparições de Krypto nas séries e  nos cinemas.

  • As 10 Melhores Comédias de Esporte Para Quem é Fã de Um Maluco no Golfe

    As 10 Melhores Comédias de Esporte Para Quem é Fã de Um Maluco no Golfe

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Um Maluco no Golfe é até hoje conhecido como um dos grandes marcos da comédia esportiva. Mas se engana quem pensa que o subgênero não produziu obras tão boas (e tão engraçadas) quanto essa, que traz Adam Sandler no papel de um desvairado jogador.

    Para você que é um amante de esporte, e pretende ter um bom momento assistindo a outros filmes que abordam o jogo, mas de uma maneira leve, cômica e descontraída, descubra essa seleção com as melhores comédias do gênero. Não se esqueça também de conferir onde assistir a cada produção online, nas mais diversas plataformas de streaming.

    Um Maluco no Golfe 2 (2025)

    Produzido pela Netflix, Um Maluco no Golfe 2 marca a volta do icônico personagem, Happy Gilmore, dessa vez com o desafio de voltar a praticar o esporte que o popularizou, após anos e mais anos sem jogá-lo. Sua intenção, pelo menos, é genuína: ganhar um torneio e conseguir um dinheiro para pagar o curso de balé da filha.

    Mas será que os anos fizeram bem a Gilmore? Ou ele continua o mesmo sujeito ‘sem filtro’? Um homem que fez o golfe — um esporte sério e elegante — se tornar um jogo alegre e inusitado. Certamente, Adam Sandler deve ter se divertido horrores ao reinterpretar um dos personagens mais engraçados da sua carreira. O que promete gerar muita risada e sentimento nostálgico no público.

    Ricky Bobby - A Toda Velocidade (2006) 

    Ricky Bobby nasceu (literalmente) dentro de um carro. Seu destino, então, não poderia ser diferente: se tornar piloto de corrida, mais especificamente da NASCAR. No entanto, essa curiosa figura (interpretada pelo desmedido Will Ferrell), só não contava que a aparição de um ex-piloto da Fórmula 1 colocasse todo o seu talento à prova. Agora, com sua fama de melhor piloto caindo por água abaixo, Ricky terá que encontrar um jeito de recuperar sua autoconfiança. 

    Ricky Bobby - A Toda Velocidade é uma comédia satírica sobre filmes que exploram o heroísmo e o triunfo de grandes esportistas e que, apesar dos exageros, consegue entreter, entregando sequências com um tom cômico perfeito, mas sem deixar suas afiadas críticas de lado.

    Sorte no Amor (1988) 

    Pegando agora o beisebol como tema, jogo também muito popular nos Estados Unidos, Sorte no Amor é uma das comédias de esporte que mais marcou os anos 80. Com uma mistura perfeita de um humor afiadíssimo e um romance para lá de quente, o filme conta a história de um triângulo amoroso entre dois jogadores de beisebol — um vetereno e outro mais jovem — e uma mulher entusiasta do esporte. 

    É um longa que foge do estereótipo de querer mostrar o glamour por trás dos profissionais do beisebol, preferindo explorar as relações mais realistas entre um grupo de personagens que vivem do jogo. Escolha esta que acaba rendendo sequências divertidíssimas, e ao mesmo tempo, identificáveis. 

    Uma Equipe Muito Especial (1992) 

    Uma Equipe Muito Especial não é apenas uma comédia esportiva. Mas sim um filme que se utiliza do gênero para abordar temas extremamente importantes. Com sua história se passando nos Estados Unidos dos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha a criação de uma liga feminina de beisebol, à partir do momento em que muitos homens profissionais passam a ser convocados para a guerra. 

    A narrativa centra-se em duas irmãs que se tornam jogadoras e lutam contra o sexismo no esporte. É um filme que conta com sequências cômicas durante grande parte da sua duração, mas que não deixa de lado, mesmo que pontuando de forma sutil, algumas pautas fundamentais, em um ambiente tão dominado por homens.

    Com a Bola Toda (2004) 

    Quem diria que a queimada seria responsável por um dos filmes de esporte mais engraçados do século. Sim, em Com a Bola Toda, o jogo que para muitos não passa de uma brincadeira de educação física, é o ponto central de uma história bizarra, mas bastante cômica.

    Vince Vaughn interpreta o dono de uma pequena academia falida, que ao lado dos seus companheiros (pouco atletas), entra em uma competição de queimada na tentativa de conseguir o dinheiro para manter o seu negócio. Mas, para isso, ele terá que derrotar o excêntrico dono de uma academia gigantesca (Ben Stiller) — que também é conhecido pelos seus dotes no esporte.

    Golpe Baixo (2005) 

    Adam Sandler, comédia e esporte — uma receita perfeita que mais uma vez é explorada em Golpe Baixo, remake do clássico homônimo de Robert Aldrich, que também conta com o hilário Chris Rock no elenco.

    Interpretando um jogador de futebol americano que é pego dirigindo alcoolizado, e que vai preso em uma das penitenciárias mais sinistras da América, Sandler entrega mais uma vez uma performance bastante cômica, mas que também aproveita da sua habilidade dramática. O filme é uma divertida e emocionante história de redenção, de um homem perdido que reencontra seu caminho ao lado de detentos, praticando o esporte que tanto ama.

    Space Jam - O Jogo do Século (1996) 

    A ideia de juntar Michael Jordan com os personagens de Looney Tunes — apesar de inusitada — gerou um dos filmes de basquete mais divertidos (e mais ‘família’) de sempre: Space Jam - O Jogo do Século. E, para falar a verdade, o melhor jogador da história do esporte também leva jeito como ator.

    Na curiosa e bem-humorada trama, seres alienígenas tentam pegar os Looney Tunes e transformá-los em uma atração de um parque de diversões do seu planeta. Como não poderia ser diferente, Pernalonga tenta dar uma volta à ideia, propondo uma partida de basquete para decidir o seu futuro e dos seus amigos. É aí que Jordan entra em jogo, passando a ser a maior esperança de liberdade dos Looney Tunes. O resultado de tudo isso é uma obra bastante autêntica, com efeitos especiais notáveis para a época, e uma história para lá de atraente.

    Clube dos Pilantras (1980) 

    O golfe mais uma vez é palco de um hilariante filme dos anos 80. Clube dos Pilantras pode ser considerado um dos grandes marcos da comédia no maior estilo pastelão, justamente por se concentrar em uma história sem muita profundidade, mas que explora o humor no seu limite, em cada situação exposta ao longo da sua duração. 

    Trazendo um elenco recheado de grandes nomes do gênero (que inclui Chevy Chase e Bill Murray), o longa acompanha, de forma episódica, vários personagens bastante peculiares (para dizer o mínimo), que participam ou trabalham em um clube exclusivo de golfe, famoso pela sua excentricidade.

    O Casamento de Romeu e Julieta (2005)

    Não poderia faltar um filme brasileiro nessa lista. Afinal, o Brasil é o país do futebol, mas também tem o potencial de ser um país do cinema, e consequentemente de boas e divertidas comédias, como O Casamento de Romeu e Julieta.

    Com uma mistura para lá de curiosa entre o clássico de Shakespeare e o clássico mais conhecido do futebol paulista, o filme de Bruno Barreto é uma das maiores pérolas da comédia brasileira. Na trama, Romeu, torcedor do Corinthians, precisa se passar por um palmeirense para conseguir conquistar Julieta, filha de um torcedor do Verdão roxo, que parece não gostar muito da ideia de ter um genro Gavião... 

    Quem Fizer Ganha (2023) 

    Nada mais justo do que terminar com mais um longa sobre futebol, e ainda por cima dirigido pelo oscarizado Taika Waititi, que também realizou Jojo Rabbit. E olha que Quem Fizer Ganha também tem uma pequena relação com o Brasil, afinal, a seleção de Samoa Americana sonhava em se classificar para a Copa do Mundo de 2014, jogada no território brasileiro.

    Inspirado em fatos reais, o filme acompanha a aventura de um treinador revoltado, que tem o desafio de comandar um time que é conhecido como a pior seleção do mundo. Ao chegar no país, ele vê que o desafio de se classificar para uma Copa, passa a ser, na verdade, o desafio de conseguir marcar, pelo menos, algum gol em um adversário — tendo em vista a falta de qualidade dos seus jogadores. Uma obra que mostra que o esporte pode ser muito mais do que apenas uma competição, mas também um jogo de inclusão e luta contra os preconceitos.

    Onde assistir às melhores comédias de esporte em streaming?

    Abaixo, saiba onde encontrar online, em streaming, as melhores comédias de esporte para quem é fã de Um Maluco no Golfe!

  • Os 10 Melhores Filmes e Séries com Pedro Pascal

    Os 10 Melhores Filmes e Séries com Pedro Pascal

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Pedro Pascal atualmente carrega o status de ser um dos atores mais queridinhos e adorados — tanto do público, quanto da própria indústria hollywoodiana. Nascido no Chile e naturalizado norte-americano, o ator completou 50 anos de idade finalmente alcançando o reconhecimento internacional que tanto buscou ao longo da carreira.

    Não por acaso, somente em 2025, Pedro protagonizou três filmes que certamente fazem parte da lista dos mais aguardados do ano: Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, Amores Materialistas e Eddington. Aproveitando o seu sucesso e popularidade recentes, preparamos um ranking com os melhores filmes e séries estrelados pelo ator, para que você possa ter um panorama da sua extensa e rica filmografia. 

    1. The Last of Us (2023–)

    Apesar de se passar em um cenário distópico em uma América pós-apocalíptica, dominada por um vírus devastador, The Last of Us tem o mérito de não cair no lugar-comum de explorar somente a luta dos personagens pela sobrevivência — característica que compartilha com The Walking Dead. 

    Muito mais que isso, a produção se propõe a se aprofundar nas relações humanas (principalmente entre os protagonistas), nas emoções, nos sentimentos, e nos traumas, de figuras que vivem em uma situação limite, rodeadas de desesperança. É aqui que entra a importância do ator. A entrega, imersão e carga emocional que Pedro Pascal emprega ao viver Joel, além da sua química incomparável com a atriz Bella Ramsey, são, na minha perspectiva, fatores que fazem com que a série seja uma das produções de maior sucesso da HBO, inquestionavelmente sendo o principal representante do trabalho de Pedro.

    2. Gladiador 2 (2025)

    Se tem uma coisa que Ridley Scott indiscutivelmente fez bem em Gladiador 2, foi a escolha do elenco. A continuação do seu icônico filme conta com alguns nomes como Paul Mescal, Denzel Washington e Connie Nielsen (que aparece também no primeiro Gladiador). Mas, quem acaba roubando novamente a cena é o nosso galã, Pedro Pascal, que aqui interpreta o general romano Marcus Acacius.

    Seu personagem serve como uma espécie de bússola moral do Império Romano, por ser um guerreiro digno e que defende os princípios da antiga Roma. Pedro tem uma interpretação segura e marcante, que consegue transportar todo o peso de um dos personagens mais fortes e honrados do longa. Se você é um daqueles puristas que não aceitam o fato de Gladiador ter uma sequência, saiba que só o personagem de Pascal já faz valer a pena assistir ao segundo filme. Portanto, merece estar na segunda posição do ranking.

    3. Game of Thrones (2011–2019)

    Independentemente de ter interpretado um personagem apenas durante a quarta temporada de Game of Thrones, Pedro Pascal pode se gabar de ter uma das principais séries da história da televisão no seu currículo. E, para aumentar ainda mais os seus méritos, vale pontuar que o seu personagem (Oberyn Martell, ou Víbora Vermelha) foi responsável, para mim, por uma das cenas mais marcantes de toda a série: sua luta contra Gregor Clegane, também conhecido como "A Montanha". 

    Sinceramente, para quem já assistiu a todas as temporadas, é impossível tirar da cabeça a imagem final desta cena memorável (não entrarei em detalhes para evitar spoilers). E, para quem ainda não viu, saiba que este é um dos personagens mais complexos, encantadores e brutais que o ator chileno já desempenhou. Na verdade, se formos comparar os três personagens de Pascal, em The Last of Us, Gladiador 2 e Game of Thrones, chegaremos à conclusão que são figuras extremamente distintas na sua essência — uma prova concreta da fantástica versatilidade do ator. Além disso, foi aqui que Pascal provou ser capaz de roubar a cena, mesmo em meio a um elenco estelar. 

    4. The Mandalorian (2019)

    Para quem vê (ou escuta) Pedro Pascal interpretando o personagem principal de The Mandalorian, uma série da franquia de Star Wars com uma vibe parecida com Firefly, mal pode imaginar que o ator, na maioria das vezes, não está por trás da capa do guerreiro solitário que tem a missão de proteger Grogu (também conhecido como Baby Yoda). 

    Mesmo assim, seja de corpo inteiro, ou apenas com a sua voz (que por sinal, é inconfundível), Din Djarin (também chamado de O Mandaloriano), é um daqueles personagens que encaixa com perfeição no estilo de atuação cativante de Pedro — por isso merece a quarta posição do ranking. 

    Um protagonista que, assim como seu personagem em Gladiador 2, demonstra liderança, lealdade e honra, na mesma pegada e estilo de figuras icônicas vividas por Clint Eastwood em inúmeros faroestes — que inclusive serviram como inspiração para Pascal.

    5. Narcos (2015–2017)

    Arrisco dizer que Narcos, mesmo não sendo o seu melhor trabalho, foi a série que serviu como ponto de virada para a trajetória profissional de Pedro Pascal. Apesar de ter aparecido em Game of Thrones antes (mas com um papel coadjuvante), a produção que tem o brasileiro José Padilha como diretor e produtor catapultou a carreira do ator em Hollywood. Isso porque foi o primeiro trabalho mainstream (a série é produzida pela Netflix) de Pascal como protagonista. O que, obviamente, fez com que ele ganhasse uma grande notoriedade, abrindo portas para personagens posteriores ainda maiores.

    No papel de um agente da DEA que investiga o Cartel de Medellín (liderado pela icônica figura de Pablo Escobar, representado por Wagner Moura), Pascal mostrou o grau de intensidade que consegue alcançar atuando, bem como a capacidade de humanizar um personagem que é regido pelo objetivo insaciável de prender o principal narcotraficante da América Latina, mas que às vezes parece inconsistente ao lado de outros grandes nomes. Uma série imperdível aos amantes de histórias sobre traficantes, como Breaking Bad e Ozark.

    6. Amores Materialistas (2025)

    Pedro Pascal também sabe mostrar muito bem todo o seu encanto em comédias românticas. Dirigido por Celine Song (a mesma de Vidas Passadas), Amores Materialistas é um filme profundo e, por vezes, até mais dramático do que cômico, sobre um triângulo amoroso, no qual Pedro Pascal interpreta Harry, um homem rico, charmoso e confiante, que aparece na vida da protagonista de uma maneira avassaladora. Ou seja, se você achou seu personagem em Game of Thrones sedutor, não perca a oportunidade de vê-lo nesse filme.

    Contracenando ao lado de Dakota Johnson e Chris Evans, o ator chileno entrega uma performance que, em um primeiro momento, parece monodimensional (já que Harry aparenta ser um homem sem falhas), mas à medida que o filme se desenvolve, se complexifica por meio do talento e habilidade de Pedro em frente às câmeras. O seu personagem às vezes fica um pouco de lado na narrativa, mas Pedro certamente domina as cenas em que aparece. Um longa que super recomendo àqueles que apreciam comédias românticas mais desconstruídas e existenciais, como Palm Springs, por exemplo.

    7. Robô Selvagem (2024)

    Vou ser sincero, Robô Selvagem é uma dessas animações que, às vezes, não dá para segurar a emoção (ou até o choro) — e esse é um dos motivos do filme também ocupar um lugar especial nessa lista. Afinal, o longa traz um enredo realmente comovente, sobre um robô que vai parar em uma ilha, onde tem que aprender a viver de maneira selvagem em uma floresta hostil. E, ainda por cima, com Pedro Pascal dando voz a uma das criaturas mais adoráveis do enredo: a raposa Fink.

    Uma obra visualmente encantadora, com uma história melancólica, mas extremamente inspiradora, especialmente com a voz de Pedro trazendo uma qualidade única ao filme em um personagem que tem um desenvolvimento surpreendente. Para quem assina a Amazon Prime Video, e gosta de animações mais sensíveis, como Kubo e as Cordas Mágicas ou até mesmo WALL-E (que tem uma temática mais semelhante), certamente não ficará frustrado. 

    8. Estranha Forma de Vida (2023) 

    Mesmo sendo um curta-metragem, do meu ponto de vista, é impossível falar sobre a filmografia de Pedro Pascal, sem mencionar sua apaixonada interpretação na produção realizada pelo seu xará, o icônico diretor espanhol, Pedro Almodóvar. Sim, o ator está tão encantador quanto em Amores Materialistas, mas de maneira até mais ‘perigosa’. O recorte do filme, por si só, já é bastante original e complexo: um faroeste com dois homens, ex-amantes, que se reencontram no deserto após vinte e cinco anos, onde um deles esconde um grande segredo.

    Estranha Forma de Vida é uma obra com atuações marcantes, tanto de Pedro Pascal, quanto de Ethan Hawke que, por sinal, demonstram ter uma química ímpar. Se você está de saco cheio dos ‘westerns’ à lá John Ford, aqui está um filme perfeito para você. Uma obra que quebra alguns paradigmas da masculinidade, em relação aos elementos mais característicos do gênero, principalmente por expor um romance homoafetivo sem julgamentos. Eu diria que caso o filme fosse um longa-metragem, poderia ocupar uma melhor posição neste ranking.

    9. O Peso do Talento (2022)

    Como já vimos ao longo dessa lista, Pedro Pascal não é primordialmente conhecido por papéis antagônicos (com exceção de uma parte de Gladiador 2, onde pensamos que seu personagem pode até ser um inimigo), mas sua versatilidade é sempre bem explorada quando o ator assume esse tipo de papel. Na comédia de ação, O Peso do Talento, por exemplo, Pedro dá vida a um criminoso e bilionário que é fã de Nick Cage (uma versão decadente e ficcionalizada do próprio Nicolas Cage), mas que passa a ser investigado por ele.

    É um filme divertido em que o personagem de Pedro carrega grande parte do humor do longa, com boas sequências de ação, com um roteiro metalinguístico bastante original, e que emana vitalidade — muito por conta, claro, da dupla Pascal e Cage, que interpretam dois protagonistas problemáticos e extremamente enérgicos. Um filme que lembra muito a atmosfera e o tema de O Dublê, onde Ryan Gosling interpreta um dublê em decadência que se vê envolvido em uma rede de conspirações. Porém, se situa no fim da lista já que não é uma obra tão original e sofisticada quanto às anteriores, focando mais em divertir o público. 

    10. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (2025)

    Além dos 50 anos completados, 2025 também marca o ano de estreia de Pedro Pascal como protagonista do Universo Cinematográfico Marvel, no filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. Na pele do Senhor Fantástico, o ator entrega uma versão completamente autêntica do personagem, trazendo toda a seriedade e inteligência características do herói, somado a um tom um pouco mais divertido — típico de um protagonista do MCU, como Tony Stark. 

    Uma coisa é certa, para você que não gostou dos longas anteriores do quarteto, pode comemorar, já que este novo filme tem tudo que um fã de super-heróis gosta (boas sequências de ação, é engraçado, tem personagens atraentes e extremamente bem trabalhados, e interpretações à altura). Ao meu ver, mais do que prova que essa nova fase da Marvel ainda promete muito. Por isso, apesar de muito recente e sem o distanciamento necessário para saber se irá perdurar como um dos principais trabalhos de Pedro, também merece estar presente na lista. O ator é definitivamente um dos destaques do filme, trazendo um Reed Richards digno das HQs, mas que ainda tem muito para provar. 

  • Participação Especial de Bradley Cooper em Superman Pode Não Ser Quem Você Pensa — E Isso Muda Tudo

    Participação Especial de Bradley Cooper em Superman Pode Não Ser Quem Você Pensa — E Isso Muda Tudo

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Com a estreia do novo Superman, interpretado por David Corenswet, as teorias dos fãs sobre os próximos filmes do novo Universo Cinematográfico da DC (DCU) estão à todo vapor nas redes sociais. Uma delas envolve a participação especial do ator Bradley Cooper, que interpreta Jor-El, o pai do Super-Homem, e que surpreendeu muitos espectadores. Parte do público acredita que o Jor-El de Cooper não seja realmente quem ele diz ser, mas sim um vilão famoso das histórias em quadrinhos do Superman.

    Neste guia com spoilers da JustWatch, descubra tudo sobre a teoria de que o verdadeiro papel de Bradley Cooper não é Jor-El, mas sim o General Zod.

    Quem é o Jor-El de Bradley Cooper?

    Nos quadrinhos, Jor-El é um cientista, casado com Lara Lor-Van e pai de Kal-El, o Superman. Geralmente, as histórias sobre o kryptoniano contam que ele previu a destruição de seu planeta, mas não foi capaz de convencer seus colegas de que o fim de Krypton se aproximava. Desta forma, ele e a esposa enviam Kal-El para a Terra, com o objetivo de salvar o pequeno bebê, para que ele tivesse uma chance de sobreviver, ainda que longe de seu planeta natal e de sua família.

    No novo filme Superman, é mostrado que na Fortaleza da Solidão, Kal-El preserva uma mensagem de seus pais aparecendo como hologramas e falando kryptoniano. No recado, Jor-El e Lara (Angela Sarafyan) afirmam que amam o filho e que encontraram na Terra um planeta seguro para que ele crescesse, mas então a voz deles começa a parecer cortada e o restante da mensagem se perde.

    Por anos, a primeira parte do comunicado foi uma grande fonte de inspiração e força para o Super-Homem, mas quando Lex Luthor tem acesso ao discurso completo e o traduz, uma das maiores surpresas do filme toma conta da narrativa: Jor-El e Lara completam o recado afirmando que além de segura, a Terra está repleta de pessoas simples e facilmente manipuláveis, “fracas de mente, corpo e espírito”, portanto, Kal-El deveria dominá-las e procriar com diferentes mulheres para que o poder e o legado de Krypton continuassem vivos, mesmo que em um novo planeta.

    Em choque, o Superman reflete sobre quem as pessoas são ou deveriam ser, apesar de suas origens, e eventualmente chega à conclusão de que independentemente do que seus pais biológicos disseram, a forma como ele mesmo pensa e a educação que recebeu de seus pais adotivos, Jonathan Kent (Pruitt Taylor Vince) e Martha Kent (Neva Howell), mostram que tudo o que ele sempre quis e continuará querendo fazer é proteger a humanidade. Este Superman não é um herói por conta do destino, mas sim por escolha.

    E se o Jor-El de 'Superman' for um vilão disfarçado?

    Apesar da mensagem final do filme ser inspiradora e resolver a questão familiar, muitos fãs acreditam que os pais de Kal-El jamais adotariam um discurso colonizador como o que é mostrado, o que deixou muita gente com uma pulga atrás da orelha. Mas se o Jor-El que Superman vê no holograma não é o pai dele, então quem seria?  

    Segundo diferentes teorias, a resposta é: o General Zod disfarçado como Jor-El, com o objetivo de recriar Krypton na Terra, mas com ele no comando. O General Dru-Zod é um vilão famoso das histórias em quadrinhos do Superman. Apesar de já ter tido sua história de origem reformulada diversas vezes, sua primeira aparição em HQs, na edição #283 de Adventure Comics, mostrava que ele era um sobrevivente de Krypton, assim como Superman, que havia sido condenado a prisão na Zona Fantasma (criada por Jor-El) por ter tentado criar réplicas de si mesmo com o objetivo de dominar o planeta.

    Alguns fãs acreditam ainda que, no futuro, Superman descobrirá que Zod é quem realmente está por trás da mensagem, mas que existe um recado verdadeiro, no qual Jor-El e Lara alertam Kal-El sobre o próprio Zod e até mesmo sobre Brainiac, outro grande vilão do Superman, um androide extraterrestre que, em algumas HQs, foi um dos responsáveis pela destruição de Krypton. Segundo os espectadores, Kara Zor-El, a Supergirl, não poderia ter alertado seu primo sobre a mensagem falsa porque não possui tantas lembranças da vida em Krypton, já que era muito nova quando o planeta foi destruído. 

    Parte do público também argumenta que o diretor do filme, James Gunn, jamais traria Bradley Cooper para o elenco de Superman apenas para uma participação especial — especialmente ao relembrar que Cooper teve uma parceria de anos com Gunn, interpretando Rocket Raccoon nos Guardiões da Galáxia da Marvel. Enquanto as respostas para essas dúvidas não chegam, que tal assistir todas as produções do novo DCU?

    Onde assistir todas as produções do novo DCU?

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  • Todos os Personagens da Marvel que Já Derrotaram o Galactus

    Todos os Personagens da Marvel que Já Derrotaram o Galactus

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Quarteto Fantástico: Primeiros Passos estreia nos cinemas em 24 de julho com Pedro Pascal no papel de Reed Richards, Vanessa Kirby como Sue Storm, Joseph Quinn como Johnny Storm e Ebon Moss-Bachrach dando vida ao Coisa. 

    O mundo inteiro está animado para acompanhar o filme, e curioso para ver como o vilão Galactus, interpretado por Ralph Ineson, impactará a super família do MCU. Neste guia da JustWatch, você confere quais personagens da Marvel já derrotaram Galactus nas histórias em quadrinhos e onde assistir a filmes, séries e animações com estes heróis.

    Quarteto Fantástico

    Esta não é uma garantia de que tudo será fácil em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, mas vale lembrar que o grupo já derrotou Galactus algumas vezes nos quadrinhos. A primeira delas aconteceu na edição #50 de Quarteto Fantástico, quando o Tocha Humana consegue pegar o Nulificador Total, uma das armas mais poderosas da Marvel: ao ser disparado, o Nulificador tem o poder de destruir um Sistema Solar ou até mesmo uma Galáxia inteira. Ao ser ameaçado por Reed Richards com o objeto, Galactus desiste rapidinho da bagunça que estava planejando, prometendo deixar a Terra em paz.

    O filho de Reed e Sue Richards, Franklin, também pode se gabar de ter derrotado Galactus, e não só uma, mas duas vezes. Em Quarteto Fantástico #604, a versão adulta de Franklin usa a energia que ele tirou de si mesmo criança, para ressuscitar Galactus e usá-lo para acabar com os Celestiais Loucos. Já em Fantastic Four: Life Story #5, Reed convence Galactus a se tornar seu Arauto, e quando os dois enfim ficam conectados, Franklin usa sua faixa psiônica para acabar com Galactus por dentro, destruindo o cérebro do vilão.

    E Quarteto Fantástico #243, com a ajuda dos Vingadores e de outros super-heróis, o Quarteto também derrota Galactus, com o golpe final no vilão sendo algo totalmente “história em quadrinhos”: Reed arremessa O Coisa em um Galactus já bastante fragilizado, o que se torna fatal para o Devorador de Mundos. Até mesmo o Surfista Prateado, que foi criado pelo próprio Galactus, já o derrotou, como mostrado na edição #25 de Guardiões da Galáxia, quando decide mantê-lo com fome pela eternidade.

    Para descobrir mais sobre todos esses personagens e entender quais de seus poderes seriam úteis na hora de derrotar Galactus, você pode conferir filmes como Quarteto Fantástico (2005), Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, Quarteto Fantástico (2015) e até mesmo Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, que mostra uma variante de Reed Richards, e Deadpool & Wolverine, que traz Chris Evans reprisando seu papel como Tocha Humana.

    Thor

    No volume 6 de Thor: Blood Of The Fathers, HQ publicada entre 2020 e 2023, escrita por Donny Cates, Thor é praticamente obrigado a se unir a Galactus, para que juntos eles lutem contra uma ameaça ainda maior que o Devorador de Mundos: Inverno Negro, uma entidade cósmica capaz de devorar universos inteiros. Galactus torna Thor um de seus Arautos, presenteando o personagem com Poder Cósmico, mas leva um golpe: Thor decide matar Galactus antes de acabar com Inverno Negro ao lado dele.

    Com Poder Cósmico, grande parte da Força de Odin e um Mjolnir com poderes amplificados, o asgardiano derrota Galactus, de certa forma, com o poder do próprio vilão. Embora esta história específica ainda não tenha sido adaptada para o formato de filme ou série, Thor já teve outros grandes momentos no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), onde é interpretado por Chris Hemsworth, aparecendo em diversos filmes, como: Thor; Thor: O Mundo Sombrio; Thor: Ragnarok, Thor: Amor e Trovão, entre outros.

    Thanos

    Em Thanos #6, história em quadrinho publicada em 2003 por Jim Starling, Thanos e o povo Rigelliano se unem para fazer com que Galactus fique longe de seus planetas, mas muitos fãs acreditam que Thanos queria mais derrotar Galactus, do que, de fato, proteger os Rigellianos. Independentemente da intenção do vilão obcecado pelas Joias do Infinito, o que ele faz é usar sua própria tecnologia para teletransportar Galactus entre dois planetas, o que não o mata, mas fere e enfraquece gravemente, fazendo com que Galactus “se renda”, o que parece um tanto humilhante para um Devorador de Mundos.

    Thanos já causou muito no MCU, sendo o principal vilão das primeiras fases deste projeto tão ambicioso da Marvel. O personagem apareceu pela primeira vez em uma cena pós-creditos de Os Vingadores, e posteriormente retornou em Guardiões da Galáxia, Vingadores: Era de Ultron (em outra cena pós-creditos), e finalmente ganhando mais tempo de tela em Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. 

    Kitty Pride - Lince Negra

    Kitty Pride, também conhecida como Lince Negra, é mais uma personagem que já derrotou Galactus, evento que acontece em Cataclysm: The Ultimates' Last Stand #5. Em Cataclismo, o Galactus da Terra-616 vai parar no Universo Ultimate depois de atravessar um buraco no tempo e espaço criado por Ultron. 

    Com Galactus causando no novo universo, Reed Richards (sim, aqui está o Senhor Fantástico novamente) decide enviar o vilão para a Zona Negativa, o que o mataria de fome.

    Para fazer isso, ele conta com a ajuda de Kitty, que graças ao seu poder de intangibilidade, não precisa se preocupar em ser machucada por Galactus. Assim, ela dá um soco muito bem dado no Devorador de Mundos, fazendo com que ele chegue até a Zona Negativa, repleta de antimatéria. Para conhecer mais da personagem, você pode conferir a animação X-Men Evolution e os filmes live-action X-Men: O Confronto Final e X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido.

    Garota Esquilo

    Em A Imbatível Garota-Esquilo #4, os fãs de quadrinhos viram acontecer algo muito parecido com aquele episódio de As Meninas Superpoderosas em que Lindinha derrota o vilão pedindo gentilmente para que ele pare de destruir Townsville. Neste quadrinho, Galactus está prestes a realizar uma nova tentativa de consumir a Terra por completo, quando a Garota Esquilo surge e o agrada de forma inesperada, especialmente por já ter derrotado um de seus maiores inimigos, Thanos.

    Ela então oferece para ele um planeta sem habitantes, mas repleto de nozes, para que ele se alimente e deixe a Terra em paz. A Garota Esquilo ainda não foi explorada em filmes live-action, mas já apareceu em diversas animações, como em Marvel Rising: Secret Warriors, onde é uma das personagens principais; e também em Quarteto Fantástico: Os Maiores Heróis da Terra, onde é cotada para substituir o Coisa, e em vários episódios das temporadas 3 e 4 de Ultimate Spider-Man.

    S.H.I.E.L.D.

    No universo da Marvel, vários grandes nomes do mundo real, como Leonardo Da Vinci e Isaac Newton, já foram parte da S.H.I.E.L.D., a organização de Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão que atua na manutenção da paz e espionagem. Entre esses nomes, também estavam o pintor, escultor e arquiteto Michelangelo e o astrônomo, físico e engenheiro Galileu Galilei, que juntos derrotaram Galactus por meio de um dispositivo que aproveitava o poder da Irmandade.

    Embora a série Agents of S.H.I.E.L.D. aconteça no futuro em relação à época de Galilei e Michelangelo, é bastante interessante descobrir mais detalhes sobre a instituição, que já apareceu em vários filmes do MCU, apresentando ao público personagens aos quais muitos fãs se apegaram, como Phil Coulson, interpretado por Clark Gregg.

    Vale lembrar que uma série de outros personagens também já derrotaram Galactus, como Hiro-Kala (filho de Hulk e Caiera), a entidade cósmica Abraxas, o supervilão Tyrant, entre outros, mas estes personagens não aparecem ou não têm papéis relevantes em filmes ou séries da Marvel, somente nos quadrinhos.

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  • Os 10 Melhores Filmes com Adam Sandler para Assistir em Streaming

    Os 10 Melhores Filmes com Adam Sandler para Assistir em Streaming

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Com uma carreira extensa e eclética, Adam Sandler conquistou o respeito da indústria e a admiração do grande público ao fazer filmes para todos os gostos. O ator iniciou a sua trajetória como comediante stand-up, passou pelo Saturday Night Live, até brilhar nas telas do cinema. Conhecido pelas suas comédias, Sandler também se destacou em inúmeros dramas de diretores conceituados, além de ter feito alguns filmes de animação. 

    Aproveitando o ‘revival’ do icônico personagem Happy Gilmore em Um Maluco no Golfe 2, nada mais justo do que uma viagem na sua filmografia, passando pelos seus melhores filmes da carreira. Utilize este guia da JustWatch para saber quais são suas produções de maior destaque e também onde assisti-las em streaming no Brasil.

    Embriagado de Amor (2002) 

    Após um início de carreira atuando praticamente em filmes de comédia pastelão, Adam Sandler protagonizou o que pode ser considerado um dos maiores romances do século. Dirigido por Paul Thomas Anderson, Embriagado de Amor é um filme que mostra toda a versatilidade do ator, já que exige dele uma performance multifacetada para a representação de um protagonista, digamos que um tanto quanto perturbado. 

    No longa, Sandler interpreta um pequeno empresário com problemas de temperamento (crises de raiva), que se apaixona por uma mulher que pode mudar o jeito como ele encara a vida. No entanto, ao sofrer um golpe de mafiosos, seu humor será testado ao limite no mesmo momento em que se aproxima da sua ‘alma gêmea’. A vulnerabilidade, o tom cômico e a emoção que o ator coloca no personagem é algo que beira o extraordinário.

    Joias Brutas (2019)

    Ao vencer o Critics Choice Awards de Melhor Ator com Joias Brutas, esperava-se uma primeira indicação ao Oscar para Adam Sandler, o que acabou não acontecendo. Mas isto não diminui o fato de que sua performance como Howard Ratner, um comerciante de joias que tenta quitar suas dívidas com uma aposta arriscada, é uma das mais marcantes dos últimos anos. 

    No filme dos irmãos Safdie, que conta com a participação do astro da NBA, Kevin Garnett, e o cantor, The Weeknd, a câmera literalmente gruda em Sandler durante duas horas, acompanhando o ritmo alucinante e insano de um personagem que vagueia pelo submundo de Nova York em busca de conseguir dinheiro com a venda de uma pedra preciosa. O filme mostra que a habilidade de Sandler vai muito além de seu timing cômico incrível, se estendendo a dramas impactantes. 

    Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe (2017) 

    E a lista de grandes diretores com os quais Adam Sandler trabalhou só aumenta. Em Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe, filme dirigido pelo premiadíssimo Noah Baumbach, o ator dá vida a um dos irmãos da disfuncional família Meyerowitz, comandada pelo egoísta patriarca e escultor, Harold (Dustin Hoffman). 

    Novamente com maestria, Sandler consegue transmitir comicidade e profundidade emocional em um filme que se propõe a abraçar essa dualidade na sua essência. Como filho mais velho, seu personagem assume o centro de gravidade para tentar reconciliar sua família. É um filme que explora os meandros das dinâmicas familiares de maneira sensível a aguçada, através de parentes traumatizados por uma complicada educação parental.

    Arremessando Alto (2022)

    Uma das grandes paixões da vida de Sandler - torcedor do New York Knicks - é o basquete. Em Arremessando Alto, filme produzido por Lebron James, o ator realizou um sonho ao interpretar, ao lado de jogadores profissionais, um olheiro da NBA que aposta todas as suas fichas em um jogador amador espanhol - interpretado pelo verdadeiro atleta Juancho Hernangómez - que ele encontrou jogando na rua. 

    Todo o amor de Adam Sandler pelo esporte conseguiu ser transportado para um personagem apaixonado pelo jogo e que serve como uma espécie de mentor e gênio incompreendido. É uma performance que, sem dúvida, transparece muita verdade e autenticidade.  

    Reine Sobre Mim (2007)

    Mesmo conhecido primordialmente pelas dezenas de comédias, temos que admitir que Adam Sandler dá tudo de si quando interpreta um personagem dramático. Talvez o exemplo mais profundo e humano dessa sua faceta seja no filme Reine Sobre Mim, onde o ator faz Charlie Fineman, um sujeito que perdeu toda a sua família no atentado de 11 de setembro, e que agora tenta novamente encontrar o sentido da vida com o auxílio de um amigo dos tempos da faculdade. 

    O filme é uma exploração crua e bastante sentimental do trauma de um homem que perdeu tudo e precisa tirar forças de onde não existe para se reinventar. É um bonito manifesto sobre o poder da amizade em momentos completamente adversos.

    Hotel Transilvânia (2012) 

    Além das comédias e dramas, Adam Sandler também é famoso por ser a voz de Drácula na animação Hotel Transilvânia. O longa conta a história do icônico vampiro, que aqui é proprietário de um gigantesco hotel que serve como local seguro para os monstros. 

    Sandler interpreta um Drácula um tanto quanto peculiar, já que ele é vulnerável, amoroso e superprotetor, principalmente com a sua filha Mavis. No entanto, sua empatia é posta em cheque quando um garoto humano vai, sem querer, parar no hotel, e sua filha acaba se apaixonando por ele. O filme, muito por conta da calorosa e bem-humorada interpretação do ator, é uma divertida obra que desmistifica personagens amedrontadores para as crianças.

    Click (2006) 

    Há algo de especial em Sandler, que faz com que, mesmo em comédias mais escrachadas, boa parte do público consiga se emocionar com as suas atuações. Um grande exemplo desse seu poder de empatia aparece em Click, o típico filme de sessão da tarde que marcou a vida de muita gente. 

    O longa traz uma interessante reflexão sobre o espaço que o trabalho consome na vida das pessoas na modernidade. Adam interpreta um arquiteto workaholic que, sem conseguir se dedicar muito à família, apela para o uso de um misterioso controle remoto que tem poder sobre o tempo. No entanto, sua ‘brincadeira’ de excluir períodos menos prazerosos e saltitar pelo tempo, pode não acabar muito bem à medida que ele percebe que está perdendo o presente e muitos momentos importantes da sua vida.

    Tratamento de Choque (2003)

    Como não levar à sério um ator que já trabalhou ao lado de um dos maiores nomes do cinema? Em Tratamento de Choque, Adam Sandler contracena com ninguém mais, ninguém menos, que Jack Nicholson. 

    Um ano depois de representar um homem com crises de raiva em Embriagado de Amor, o ator deu vida a Dave Buznik, um sujeito que é injustamente condenado por uma atitude violenta e, como punição, recebe a obrigação de frequentar um tratamento de raiva com um terapeuta com métodos para lá de polêmicos. É um comédia que facilmente poderia ficar desequilibrada pelo calibre de Nicholson, mas que Sandler balanceia com uma poderosa interpretação de um homem que passa de um ser passivo a alguém que consegue impor limites.

    Como se Fosse a Primeira Vez (2004)

    Adam Sandler e Drew Barrymore mostraram como se faz uma leve, agradável e emocionante comédia romântica em Como se Fosse a Primeira Vez. A química dos dois, que já atuaram juntos em outros filmes de romance (Afinado no Amor e Juntos e Misturados), mais do que transparece neste longa que conta a história de um mulherengo que se apaixona por uma mulher cuja memória sofre um problema de esquecimento a curto prazo. 

    Variando entre momentos de comédia mais escrachada e o drama que vivem os dois personagens, que tentam se conectar apesar do problema de memória da garota, o filme é uma ótima escolha para quem procura o lado mais cômico do ator, mas de uma forma mais balanceada.

    Um Maluco no Golfe (1996) 

    Um Maluco no Golfe pode ser um ótimo exemplo para retratar o lado genuinamente livre e piadista do ator, tão característico do seu início de trajetória no cinema. Happy Gilmore, um temperamental e excêntrico jogador de hóquei que descobre seu talento no golfe, foi um dos personagens que impulsionaram a carreira de Adam Sandler e o popularizou como um dos grandes mestres de um estilo de comédia mais irreverente e descontraído.

    Vale lembrar que o ator vai reprisar o seu icônico papel no filme da Netflix, Um Maluco no Golfe 2, que tem sua estreia marcada para o dia 25 de julho de 2025. Na continuação, após anos afastado do esporte que o consagrou, Gilmore terá que voltar a jogar golfe para conseguir dinheiro para a sua filha - interpretada pela própria filha de Sandler - que sonha em estudar balé.

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  • ‘Mortal Kombat’: Todos os Filmes e Séries em Ordem e Onde Assistir a Eles

    ‘Mortal Kombat’: Todos os Filmes e Séries em Ordem e Onde Assistir a Eles

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    A franquia Mortal Kombat contém alguns dos jogos de luta mais clássicos da história dos games, com o primeiro deles tendo sido lançado em 1992. O sucesso dos jogos e de seus personagens mais populares, como Sub-Zero, Scorpion, Kitana, entre outros, fez com que o cinema quisesse se aventurar a adaptar essas histórias para as telas, o que deu origem a diversos filmes e séries animados e live-action. 

    A tentativa mais recente de adaptar o fighting game para as telonas começou em 2021 com o filme live-action Mortal Kombat, longa dirigido por Simon McQuoid. Entre erros e acertos, o sucesso do filme foi suficiente para que uma sequência fosse confirmada, Mortal Kombat 2, e em 23 de outubro de 2025 acompanharemos a continuação dessa história, mas agora com o icônico personagem Johnny Cage (Karl Urban) no papel de protagonista — notícia que deixou muitos fãs animados.

    Enquanto o filme não é lançado, confira neste guia da JustWatch a ordem certa para conferir todas as produções de Mortal Kombat e em quais serviços de streaming assisti-las online. Os filmes live-action e as séries e filmes animados são as melhores adaptações da franquia, principalmente por terem mais opções modernas, que oferecem ótimos efeitos visuais, e por explorarem melhor cada personagem e trama, o que não significa que as séries live-action sejam ruins. Para assistir todas as produções em ordem de lançamento, basta seguir a lista a sgeuir: 

    • Mortal Kombat: A Jornada Começa (1995) - Live-action
    • Mortal Kombat (1995) - Live-action 
    • Mortal Kombat: Os Defensores da Terra (1996) - Animação
    • Mortal Kombat: A Aniquilação (1997) - Live-action 
    • Mortal Kombat: A Conquista (1998-1999) - Série live-action
    • Mortal Kombat Legacy (2011-2013) - Série live-action
    • Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion (2020) - Animação
    • Mortal Kombat (2021) - Live-Action
    • Mortal Kombat Legends: Batalha dos Reinos (2021) - Animação
    • Mortal Kombat Legends: Cegueira Glacial (2022) - Animação
    • Mortal Kombat Legends: Cage Match - Bom de Briga (2023) - Animação
    • Mortal Kombat 2 (2026) - Live-Action

    Contudo, já que cada tipo de conteúdo oferece algo bem diferente, acredito que você terá uma experiência melhor assistindo por partes na seguinte ordem:

    Filmes live-action de ‘Mortal Kombat’ em ordem cronológica

    1. Mortal Kombat (1995)

    Apesar de ter estreado há 30 anos no cinema, Mortal Kombat, a primeira adaptação do jogo, continua sendo uma peça essencial para entender a história da franquia. Dirigido por Paul W. S. Anderson, o filme adapta de forma icônica o torneio entre guerreiros da Terra e do Outworld, trazendo personagens marcantes como Mestre Raiden, Liu Kang, Johnny Cage, Sonya Blade, Kitana e Scorpion.

    Apesar dos reviews mistos na época do lançamento, o filme entrega uma ótima adaptação e se leva à sério na medida certa, sem tentar se explicar demais, o que mantém a magia do jogo viva na narrativa. Além disso, as sequências e coreografias de luta, figurinos dos personagens e os visuais do filme são ótimos e sempre lembrados pelos fãs. Apesar de não ser tão violento quanto os jogos, o que pode decepcionar alguns espectadores, o longa se tornou praticamente “cult” e é ideal para entrar no mundo do MK, especialmente se você gostou de produções como O Grande Dragão Branco, mas quer um toque de fantasia.

    2. Mortal Kombat: A Jornada Começa (1995)

    Lançada pouco tempo após o primeiro filme dos jogos, a animação Mortal Kombat: A Jornada Começa é um complemento para o longa, mas é difícil entender a razão de ter sido feita. Acompanhando Liu Kang, Johnny Cage e Sonya Blade, a produção detalha a história de origem dos personagens e mostra os desafios que eles precisaram superar para sobreviver ao torneio. 

    A qualidade da animação deixa a desejar em diversos momentos e há até mesmo quem questione a necessidade de seu lançamento, mas não tem jeito, o apelo nostálgico do desenho é fortíssimo e ele mora no coração de muitos fãs — se você gosta dos jogos, vale a pena assistir para dar check na lista de adaptações, caso contrário, as animações mais recentes têm mais a oferecer. Embora não seja um filme live-action, ela está nesta seção da lista por conter informações adicionais ao primeiro longa, mesmo sem ter a mesma qualidade.

    3. Mortal Kombat: A Aniquilação (1997)

    Assim como A Jornada Começa, Mortal Kombat: A Aniquilação é mais uma sequência que cai no limbo das continuações difíceis de defender da história do cinema. Porém, acerta ao menos em trazer novos personagens para a história, mostrando como Shao Kahn, Imperador do Outworld, ignora as regras do Mortal Kombat e inicia uma invasão ilegal da Terra, caos que Rayden, Kang, Blade, Cage e Kitana tentam resolver ao longo de 1h30m.

    Somente Robin Shou (Liu Kang) e Talisa Soto (Kitana) retornaram para a sequência, mas isso abriu um bom espaço para a aparição de Nightwolf, Mileena, Smoke, Baraka, entre outros, o que é ótimo para quem quer ver outros personagens icônicos ao invés dos de sempre. Os problemas da sequência são seus efeitos datados, cenas de luta simples que mancham os confrontos do filme original, além de um roteiro bagunçado. Infelizmente, o diretor John R. Leonetti não conseguiu manter a continuação no mesmo nível do trabalho de Paul W. S. Anderson no primeiro filme de Mortal Kombat. 

    4. Mortal Kombat (2021)

    Quase 25 anos depois do último filme live-action da franquia, Mortal Kombat ganhou um retorno nos cinemas, e desta vez bem mais violento. Lançado em 2021, o longa traz uma história inédita, com o lutador de MMA Cole Young (Lewis Tan), que não faz parte dos jogos, no centro da narrativa. O filme mostra como Shang Tsung, Imperador da Exoterra, envia Sub-Zero (Joe Taslim) para matar Cole por um motivo misterioso. 

    Trazer Cole Young como protagonista não foi a melhor das decisões da produção do filme, pois apesar de Taslim ser um bom ator, é o personagem em si que não consegue conquistar a audiência de forma satisfatória. Ainda assim, com Fatalities sangrentos, Mortal Kombat é bastante divertido, embora diferentemente do filme original, se leve muito a sério, querendo oferecer explicações desnecessárias.

    Afinal de contas, quem tem interesse no filme sabe que a história é bastante fantasiosa e não necessariamente precisa de detalhes que a amarre completamente ao mundo real. Ainda assim, é uma ótima atualização da franquia e vai agradar quem curtiu Cobra Kai, spin-off de outra ótima sugestão, o clássico Karatê Kid - A Hora da Verdade.

    5. Mortal Kombat 2 (2026)

    Com previsão de estreia para 15 de maio de 2026 e Simon McQuoid novamente na direção, Mortal Kombat 2 levará o famoso torneio Mortal Kombat de volta às telas de cinema, mostrando uma nova batalha entre a Terra e o Outworld de Shao Khan.

    Embora o enredo do filme venha sendo mantido em segredo, foi revelado que os rostos já conhecidos do longa anterior agora terão a companhia de um dos personagens mais queridos da franquia: o ator Johnny Cage, que será interpretado por Karl Urban — o elenco também contará com Adeline Rudolph como Kitana e Tati Gabrielle como Jade. Segundo Mehcad Brooks, que reprisará seu papel como Jax Briggs, o filme conta com mais de 27 cenas de luta, o que vem empolgando os fãs.

    Filmes e séries animados de ‘Mortal Kombat’ em ordem cronológica

    1. Mortal Kombat: Os Defensores da Terra (1996)

    Voltada para o público infantojuvenil, Mortal Kombat: Os Defensores da Terra foi a primeira série animada dos jogos e é bastante carismática. Ao longo de 13 episódios, a animação oferece mais qualidade visual em relação ao filme animado de 1995 (A Jornada Começa), e mostra Rayden, o defensor da Terra, liderando Liu Kang, Stryker, Sonya Blade, Jax, Kitana, Sub-Zero e Nightwolf, que devem lutar contra os invasores de outras dimensões, enviados até a Terra pelo vilão Shao Kahn.

    Apesar do tom mais leve, bem menos violento em relação aos jogos, a série tem um grande valor nostálgico por ter apresentado pela primeira vez, antes mesmo dos jogos, o personagem Quan Chi, que é um feiticeiro que usa magia das trevas para manipular os Defensores da Terra. Apesar de inconsistente, com alguns episódios muito bons e outros bastante medianos, a animação merece uma chance por mostrar essa versão mais “amigável” do game, e lembra outras produções da época, como Street Fighter: The Animated Series e He-Man e os Mestres do Universo.

    2. Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion (2020)

    Esqueça o estereótipo de que animações são produções estritamente infantis, pois Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion é violenta, intensa e uma obra extremamente estilosa, como se fosse Mortal Kombat Legacy das séries animadas. Aqui somos apresentados a história de Ryu Hanzo Hasashi e seu filho Satoshi, que são emboscados no caminho para casa por ninjas do clã rival Lin Kuei. As consequências desse evento são o início de uma perigosa jornada de vingança, que lembra muito a minissérie Afro Samurai.

    A produção não economiza na hora de mostrar sangue, cenas de combate viscerais e lutas impactantes, o que agradará todos os fãs da franquia que sempre quiseram ver Fatalities em sua forma mais gráfica. Provando que animações podem ser tão, ou até mais impactantes que live-actions. Paralelamente o filme ainda mostra Rayden e o monge Shaolin Liu Kang preparando a dupla Johnny Cage e Sonya Blade para participar do Mortal Kombat.

    3. Mortal Kombat Legends: Batalha dos Reinos (2021)

    Segundo filme animado da leva Legends, Mortal Kombat Legends: Batalha dos Reinos é uma ótima sequência de A Vingança de Scorpion e mostra Shao Kahn declarando guerra ao Reino da Terra como forma de retaliar a derrota de Shang Tsung, e utilizando a Princesa Kitana, Kintaro, a General Reiko e Jade como líderes de sua primeira onda de invasão.

    Enquanto o primeiro longa tinha um foco mais intimista na jornada de Scorpion, aqui, batalhas épicas e uma trama impecável expandem o universo de forma ambiciosa, mostrando como Johnny Cage, Sonya Blade, Kung Lao e Jax Briggs precisam impedir a ocupação. Paralelamente, a trama de Scorpion contra Sub-Zero continua a todo vapor, dando ainda mais profundidade à rivalidade mais famosa da franquia e equilibrando a fome de ação dos fãs com esse mergulho na lore da MK. Se você gostou de Tekken: Bloodline, certamente curtirá essa continuação.

    4. Mortal Kombat Legends: Cegueira Glacial (2022)

    Apostando em um cenário pós-apocalíptico e em uma abordagem surpreendentemente madura, Mortal Kombat Legends: Cegueira Glacial mostra os acontecimentos de décadas depois da derrota de Shao Kahn no Mortal Kombat do filme anterior, quando o Reino da Terra foi atacado por mortos-vivos, tornando-se um grande deserto de cidades isoladas — algo que o líder do clã Black Dragon viu como uma ótima brecha para se declarar rei destes territórios.

    O filme traz uma série de novos personagens, como outros integrantes do clã Black Dragon, além do misterioso guerreiro Kenshi e de um Kuai Liang já idoso, tudo isso sem perder o ritmo e o peso emocional da história, o que é um feito e tanto. Cheia de ação, a animação ousa ao trazer um cenário pós-apocalíptico pouco explorado na franquia, o que resulta em uma ótima sequência, tão bem feita quanto as anteriores. Aqui, as pontas soltas são oportunidades para futuras produções e não furos de roteiro — além de ter uma energia parecida com a do anime Hokuto no Ken – O Punho da Estrela do Norte.

    5. Mortal Kombat Legends: Cage Match - Bom de Briga (2023)

    Totalmente diferente das animações Legends anteriores, Mortal Kombat Legends: Cage Match - Bom de Briga mergulha na estética oitentista com muito humor, exagero e ação impressionante, lembrando produções como Eles Vivem e Os Aventureiros do Bairro Proibido. Ambientada na Hollywood dos anos 1980, a história mostra Johnny Cage participando das filmagens de seu próximo filme, quando um mistério perigoso envolve o set..

    Apesar de não ter conquistado o público tanto quanto outras produções Legends, principalmente por ser tão diferente das animações anteriores, Bom de Briga merece ser conferida, pois mesmo com alguns clichês, entrega uma história divertida sobre o personagem e os anos 1980, com muita pancadaria, estilo, artes marciais e referências a filmes B. É um filme imperdível para os fãs de Johnny Cage e uma ótima escolha para se preparar para o lançamento de Mortal Kombat 2, que terá o personagem como protagonista.

    Séries live-action de ‘Mortal Kombat’ em ordem cronológica

    1. Mortal Kombat: A Conquista (1998-1999)

    Mesmo com orçamento limitado e efeitos especiais datados, a série live-action Mortal Kombat: A Conquista é bastante divertida e conquistou um público fiel ao apostar em ação constante e na expansão do universo da franquia, o que traz em grande parte, a mesma sensação do filme original de 1995. Apesar de antiga, tem uma energia parecida com a da recente série Wu Assassins. 

    A história acompanha três guerreiros: o monge Kung Lao, a ladra Taja e o guarda exilado Siro, que liderados por Lord Rayden, Deus do Raio e do Trovão e protetor da Terra, enfrentado ataques ordenados pelo Imperador do Outworld. A série tem um tom mais aventureiro do que místico, traz outros personagens icônicos da franquia, como Kitana, Mileena, Scorpion e Sub-Zero, e é uma ótima escolha para os fãs que querem conhecer melhor a mitologia que envolve MK.

    2. Mortal Kombat Legacy (2011-2013)

    Dirigida por Kevin Tancharoen, a série Mortal Kombat Legacy é uma das adaptações mais elogiadas do universo Mortal Kombat, e com razão, pois traz uma abordagem mais dark que é a cara dos jogos, mas havia sido pouco explorada até então, destacando a produção em relação a anterior. A série nasceu graças a um curta produzido pelo diretor, que esperava usá-lo como uma apresentação para garantir patrocínio para um projeto oficial sobre Mortal Kombat, o que deu certo, pois em janeiro de 2011 a Warner Bros anunciou oficialmente a produção de uma websérie.

    A série tem duas temporadas, totalizando 19 episódios. Enquanto a primeira delas funciona quase como uma prequela do jogo original, apresentando a origem de diversos personagens e o que os motivou a participar do futuro Mortal Kombat, a segunda foca no andamento do clássico torneio. Se você curte produções com uma pegada mais sombria, como Warrior, MK Legacy prenderá sua atenção desde o primeiro minuto ao oferecer não só isso, mas ação intensa e muito respeito com o material original.

  • ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’ Estreia com Cenas Pós-Créditos que Preparam o Futuro do MCU

    ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’ Estreia com Cenas Pós-Créditos que Preparam o Futuro do MCU

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Após anos de expectativa, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos finalmente chega aos cinemas, marcando a estreia da família mais icônica do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Se você está ansioso para a sessão e quer saber se vale a pena esperar pelos créditos, nós revelamos o que acontece nas cenas pós-créditos do filme.

    Cuidado com os spoilers abaixo!

    Quantas cenas pós-créditos tem ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’?

    Antes de mergulhar em cada uma das cenas, basta saber que o filme tem duas cenas pós-créditos. A primeira prepara o futuro do MCU, enquanto a segunda é uma homenagem nostálgica aos fãs. Entenda o significado de cada uma das cenas de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos e sua importância ao universo cinematográfico da Marvel. 

    1ª Cena Pós-Créditos: O Doutor Destino chega ao MCU

    A primeira cena, que aparece logo após os créditos iniciais, é imperdível – e confirma os rumores: Robert Downey Jr. faz sua estreia como Doutor Destino, preparando o terreno para Vingadores: Doomsday.

    A cena começa com Sue Storm (Vanessa Kirby) lendo um livro para Franklin Richards, seu filho de quatro anos. Ela solicita ao robô H.E.R.B.I.E. que traga o livro favorito do menino, mas o androide erra e traz A Origem das Espécies. Enquanto Sue vai buscar o livro correto, Franklin fica sozinho por alguns segundos, até que as luzes do ambiente ficam verdes – a assinatura do Doutor Destino.

    A câmera revela Victor von Doom agachado, com Franklin segurando sua máscara. Ele está de costas, então não vemos o rosto de Downey Jr., mas fica claro que o vilão tem um interesse especial no garoto – assim como Galactus no filme. Isso pode indicar uma conexão com a cena pós-créditos em Thunderbolts* que mostrou a nave do grupo chegando ao universo dos heróis, mas ainda não se sabe quem está dentro dela ou a razão de estar ali. 

    A cena termina com a mensagem: "O Quarteto Fantástico voltará em Vingadores: Doomsday."

    2ª Cena Pós-Créditos: Uma Homenagem Nostálgica

    Já no final absoluto dos créditos, os fãs são presenteados com uma sequência animada em estilo retrô, inspirada na série clássica de 1967. Acompanhada da música-tema original, a animação mostra o Quarteto lutando contra vilões clássicos, numa divertida referência às raízes da equipe nos quadrinhos.

    O novo Quarteto Fantástico é formado por: Pedro Pascal (The Last of Us) como Reed Richards / Sr. Fantástico; Vanessa Kirby (Missão: Impossível) como Sue Storm / Mulher-Invisível; Joseph Quinn (Stranger Things) como Johnny Storm / Tocha Humana e  Ebon Moss-Bachrach (O Urso) como Ben Grimm / O Coisa. 

    O filme ainda traz Ralph Ineson (A Bruxa) como Galactus; Julia Garner (Ozark) como Shalla-Bal, uma versão feminina do Surfista Prateado. Participações especiais de Natasha Lyonne e  Paul Walter Hauser. 

    Dirigido por Matt Shakman (WandaVision) e se passa em uma Nova York retrofuturista de outro universo, evitando repetir a origem já conhecida do grupo.

    Esta é a quarta versão live-action do Quarteto no cinema, mas a primeira dentro do MCU – e tudo indica que será a definitiva. Com Doutor Destino sendo preparado como o próximo grande vilão do universo Marvel, o filme não é somente uma introdução, mas um pilar para o futuro dos Vingadores.

    Referências nas cenas pós-créditos do novo Quarteto Fantástico e mais filmes do grupo

    Descubra como e onde assistir em streaming aos filmes do Quarteto Fantástico além das produções que tem conexão com as cenas pós-créditos em Primeiros Passos.

  • O Mutante Mais Poderoso Pode Estar Prestes a Estrear no MCU (E Não é Quem Você Espera)

    O Mutante Mais Poderoso Pode Estar Prestes a Estrear no MCU (E Não é Quem Você Espera)

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Quarteto Fantástico: Primeiros Passos finalmente está chegando aos cinemas, e o mundo está ansioso para saber mais sobre a primeira família do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). 

    O filme conta com Pedro Pascal no papel de Reed Richards/Sr. Fantástico, Vanessa Kirby como Sue Storm/Mulher Invisível, Joseph Quinn como Johnny Storm/Tocha Humana e Ebon Moss-Bachrach dando vida a Ben Barnes/Coisa, além da presença — ainda não tão detalhada — daquele que é considerado por muitos como o Mutante mais poderoso de toda a Marvel.

    Neste guia com spoilers da JustWatch, você descobre tudo sobre Franklin Richards, o filho de Reed e Sue.

    Para quem não ainda não assistiu: cuidado, spoilers de Thunderbolts* abaixo!

    O que esperar de ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’?

    O novo reboot do Quarteto Fantástico conecta o grupo ao MCU, mas inicialmente acontece em uma versão retro-futurista dos anos 1960. Durante uma viagem não autorizada ao espaço, Reed; sua esposa, Sue, o irmão dela, Johnny; e Ben foram atingidos por uma tempestade de raios cósmicos que alteraram seus corpos, fazendo com que no retorno à Terra, eles descobrissem que haviam ganhado super poderes: Reed consegue esticar seu corpo como se fosse feito de elástico, Sue é capaz de se tornar invisível e de criar campos de força, enquanto Ben agora possui um corpo rochoso e extremamente forte, e Johnny pode voar e controlar o fogo. Como uma história já explorada em Quarteto Fantástico e o reboot de 2015, Primeiros Passos não foca na história de origem e, sim, nesta família poderosa já formada e adorada pelo mundo. 

    A história do longa se passa quatro anos depois dos heróis ganharem seus poderes, mostrando que o Quarteto Fantástico está sempre unido para proteger a humanidade de eventuais perigos. No entanto, a paz do grupo parece prestes a acabar quando Shalla Bal (Julia Garner), assume o papel de Surfista Prateada e anuncia que a Terra está com os dias contados, pois Galactus (Ralph Ineson), o Devorador de Mundos, consumirá o planeta em breve. Em meio ao caos, há ainda uma outra preocupação: Sue está grávida de Reed. O que poucos sabem é que: nos quadrinhos, o filho de Sue e Reed, Franklin Richards, é considerado o mutante mais poderoso da Marvel.

    Quem é Franklin Richards, o Mutante mais poderoso da Marvel?

    Franklin Richards nasceu na HQ Fantastic Four Annual #6, de 1963, escrita por Stan Lee e Jack Kirby. Nascido mutante por conta da radiação cósmica que tomou conta de Sue no momento do parto (a mesma que a fez ganhar poderes), Franklin desenvolveu poderes psíquicos que vão de telecinese, projeção astral e precognição até alteração da realidade, energia e matéria, criação de universos-bolha e geração de vida, o que fez ele ser considerado um mutante de nível Ômega, ou seja, cujo limite de poder é indefinível. Nos quadrinhos, o personagem também foi considerado como “um igual” pelos Celestiais, que são entidades cósmicas. 

    E apesar da HQ Fantastic Four #26 (2020), ter mudado a história de origem de Franklin, afirmando que ele não era um mutante, e que havia reescrito a própria biologia para aparentar ter o gene X, enganando a si mesmo e aos outros e perdendo seus poderes aos poucos, outra história, Fantastic Four #18 (2024), revelou que, na verdade, Franklin nunca perdeu seus poderes de mutante, e que estava apenas escondendo-os para conseguir aproveitar uma infância minimamente normal, e que o personagem acessava suas habilidades uma vez por ano para relembrá-las.

    Franklin é considerado o mutante mais poderoso da Marvel porque seus poderes dependem apenas dele. Jean Grey  já ressuscitou diversas vezes e até mesmo destruiu estrelas, mas seu poder depende da entidade Fênix Negra; Legião, o filho do Professor Xavier, também possui nível Ômega, mas sua natureza extremamente instável o torna mais fraco que Franklin. Magneto e Tempestade são outros mutantes muito fortes, mas seus poderes ainda são limitados ao ambiente e a elementos naturais, enquanto Franklin é capaz de moldar universos inteiros, praticamente assumindo o arquétipo de um deus.

    Como Franklin Richards pode fazer a diferença no MCU?

    No fim de Thunderbolts*, os Novos Vingadores estão reunidos no topo da antiga Torre dos Vingadores, quando sensores espaciais detectam uma nave estranha entrando na Terra. Kevin Feige, diretor da Marvel Studios, deu uma declaração misteriosa que jogou um balde de água fria em muita gente que esperava que a nave fosse levar Quarteto Fantástico diretamente para a Terra-616 (onde aconteceram todos os eventos de Vingadores que o público já conhece): "Bom, o nome da nave é Excelsior e também tem uma nave do Quarteto Fantástico entrando no MCU. Mas eu não tenho certeza de que são a mesma nave".

    Desta forma, sabemos que a nave é do Quarteto Fantástico, mas ainda não é possível saber quem está dentro dela. Muitos fãs acreditam que Doutor Destino, vilão do mesmo universo do quarteto que será interpretado por Robert Downey Jr., possa ter roubado o veículo espacial de alguma forma. No entanto, existe uma teoria interessante, que está de acordo com a afirmação recente do diretor Matt Shakman de que o Doutor Destino não aparecerá em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos.

    Há teorias de que Franklin está diretamente envolvido no enredo de Primeiros Passos e de Vingadores: Doutor Destino mesmo sendo apenas um bebê. Porém, pode ser que no futuro do MCU ele tenha um papel ainda maior, e quem sabe se tornar oficialmente o mutante mais poderoso do universo cinematográfico.

    Também é importante ressaltar que segundo Shakman, Reed Richards será o líder dos Vingadores em Vingadores: Doutor Destino e Vingadores: Guerras Secretas, ou seja, de uma forma ou de outra, o grupo chegará até a Terra-616. Além disso, nos quadrinhos, Franklin Richards foi uma peça fundamental do arco Guerras Secretas, reconstruindo mundos inteiros, o que significa que seus poderes podem ser fundamentais para a nova era do MCU. 

    Onde assistir produções com o Quarteto Fantástico e mais mutantes poderosos?

    Veja abaixo em quais serviços de streaming assistir as melhores produções com o Quarteto Fantástico e com personagens mutantes como os X-Men.

  • Revelação de 'Superman' Pode Explicar Grande Surpresa da 2ª Temporada de 'Pacificador'

    Revelação de 'Superman' Pode Explicar Grande Surpresa da 2ª Temporada de 'Pacificador'

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Superman estreou no início de julho como o pontapé inicial do novo Universo Cinematográfico da DC, comandado pelo diretor James Gunn (Guardiões da Galáxia) e pelo produtor executivo Peter Safran. As críticas positivas ao filme do herói mostram que o projeto começou com o pé direito, preparando o terreno para o futuro do DCU, o que inclui pistas sobre o que esperar da próxima temporada de Pacificador, que estreia em pouco menos de um mês.

    Descubra com a JustWatch qual é o ponto-chave de Superman que explica a grande surpresa no trailer da 2ª temporada de Pacificador.

    Como 'Superman' aborda o universo de bolso no novo DCU?

    No novo Superman (David Corenswet), o vilão Lex Luthor (Nicholas Hoult) tenta acabar com o super-herói de toda e qualquer forma, ultrapassando muitos limites morais e éticos, entre os principais deles: criar um clone do Superman, o Ultraman, feito a partir de um fio de cabelo de Kal-El. O sósia possui os mesmos poderes do herói, mas muitas vezes parece mais forte porque conta com um equipe gigantesca, além do próprio Luthor, lhe dizendo o que fazer — Lex e seus funcionários controlam Ultraman à distância, com a ajuda de um guia de golpes, que eles usam para decidir qual será a próxima ação do clone que derrotará o Super-Homem.

    No entanto, o ponto-chave do filme e a ação mais grave de Luthor é a criação do universo de bolso, uma dimensão à parte da Terra, onde teoricamente não se aplicam as leis do planeta, o que faz com que o vilão acredite que pode usá-la para torturar e ameaçar diferentes pessoas e criaturas sem ser punido. Como se essa sensação de poder causada pelo universo de bolso já não fosse perigosa o suficiente, o Senhor Incrível (Edi Gathegi) ainda explica a Lois Lane (Rachel Brosnahan) que estas dimensões artificiais são extremamente frágeis e instáveis, o que é comprovado no filme quando este mundo paralelo cria uma fenda ao longo de toda a Metrópolis, causando uma série de estragos.

    Apesar de Superman explicar melhor como funcionam e qual é o potencial dos universos de bolsos, o filme não é a primeira produção recente da DC que usou esse conceito em sua narrativa. Isso porque os fãs de Pacificador já viram um desses na série que tem Christopher "Chris" Smith (John Cena) como protagonista — e verão ainda mais na 2ª temporada, na qual essas dimensões artificiais terão um peso ainda maior.

    2ª temporada de 'Peacemaker': sósias e universos de bolso

    Também criada por James Gunn, a série Pacificador acompanha o mercenário de mesmo nome que é um anti-herói em busca da paz a qualquer custo, mesmo que para atingi-la ele decida que precisa matar muita gente pelo caminho. Na primeira temporada, diversos episódios revelaram ao público que o vilão nazista Dragão Branco (Robert Patrick), pai do Pacificador, usou um universo de bolso para expandir seu armário de armas. Na série, ele explica que o “objeto” se trata de uma “Área de Armazenamento de Desdobramento Quântico”, um nódulo dimensional fora do espaço normal.

    O Pacificador é uma extensão do Esquadrão Suicida (2021) de James Gunn, uma produção que há pouco tempo fazia parte do Universo Cinematográfico Estendido da DC (DCEU). E embora na época da primeira temporada ela ainda não fosse uma parte oficial do novo DCU, a produção abriu espaço para que Gunn desenvolvesse melhor o conceito dos universos de bolso que provavelmente ditarão o tom das próximas produções deste universo cinematográfico, algo que o público verá já na própria segunda temporada do Pacificador.

    Isso porque o trailer lançado em 1º de junho mostrou o protagonista entrando no universo de bolso que contém o armário de armas de seu pai, e logo em seguida sendo abordado por uma outra versão de si mesmo, o que pode explicar como o Pacificador que não era do DCU, passará a fazer parte desta nova leva de filmes comandandos por Gunn e Peter Safran.

    Em entrevistas recentes, James Gunn já confirmou que a Área de Armazenamento de Desdobramento Quântico e os universos de bolso são tecnologias similares, e que elas serão o principal tema da segunda temporada de Pacificador. Inclusive, vale lembrar que o anti-herói apareceu em Superman, sendo entrevistado em um talk show sobre sua opinião em relação às ações do herói, e que o trailer da série dele também mostrou a Gangue da Justiça procurando por um novo membro e entrevistando o Pacificador —  que, diga-se de passagem, não gostou muito do processo seletivo.

    Os Pacificadores trocam de lugar? Quem foi parar no universo de quem e como? Todas as teorias e dúvidas sobre o futuro da DC devem ser explicadas ao longo da 2ª temporada de Pacificador, que estreia em 21 de agosto de 2025.

    Onde assistir todas as produções do novo DCU?

    Veja abaixo em quais serviços de streaming assistir a todas as produções do novo DCU, que incluem Superman, Pacificador e mais.

  • O Que Esperar da San Diego Comic Con 2025

    O Que Esperar da San Diego Comic Con 2025

    Mariane Morisawa

    Mariane Morisawa

    Editor JustWatch

    Sim, é aquela época do ano: a San Diego Comic Con 2025 acontece da quinta-feira (24.7) até domingo (27.7), na Califórnia. E, mesmo um tanto desfalcada no lado cinema, com ausências de Marvel Studios, DC Studios, Warner, Paramount e Sony, há atrações de sobra para quem estiver lá, principalmente quando o assunto é televisão. 

    Para quem vai ficar em casa, é só esperar a avalanche de notícias e imagens que vão rolar a partir dos painéis mais disputados da convenção, como Tron: Ares, Predador: Terras Selvagens, a adaptação da obra de Stephen King A Longa Marcha: Caminhe ou Morra, a primeira vez de George Lucas na SDCC e as séries Alien: Earth e a segunda temporada de Pacificador. Saiba mais sobre os painéis mais aguardados do evento.

    Painéis dos filmes e séries mais aguardados da SDCC 2025

    Alien: Earth (2025)

    Com estreia prevista para 12 de agosto no Disney+, Alien: Earth revisita o universo Alien e se passa dois anos antes do longa-metragem Alien, o Oitavo Passageiro (1979), com roteiro de Dan O’Bannon e direção de Ridley Scott e que deu origem à saga. 

    Criada por Noah Hawley, o produtor e roteirista por trás de Legion (2017-2019) e Fargo (2014-2024), a série promete. A trama se passa em 2120, quando a Terra é governada por cinco corporações. Ciborgues (humanos com partes biológicas e artificiais) e sintéticos (robôs humanoides com inteligência artificial) coexistem com humanos. Mas Wendy (Sydney Chandler) é o primeiro protótipo híbrido (robôs humanoides dotados de consciência humana). Quando uma nave da Weyland-Yutani cai na Terra, Wendy e outros híbridos encontram formas de vida misteriosas e aterrorizantes. O painel na SDCC traz Noah Hawley, o produtor-executivo David W. Zucker e o elenco para a première mundial seguida de sessão de perguntas e respostas. 

    Pacificador (2022)

    Super-herói, sim. Idiota, também. Pacificador está de volta para sua segunda temporada, que retoma a história cerca de dois anos após a primeira. O personagem interpretado por John Cena continua querendo a paz não importa o preço, mas, agora, também deseja ser reconhecido por seus pares, sem muito sucesso. 

    O criador da série da HBO Max, James Gunn, acaba de iniciar o Universo DC com Superman (2025), e Pacificador é uma parte importante da narrativa que ele vai estabelecer a partir de agora. Como ele vai conciliar o antigo Universo Estendido DC com o atual é uma questão que deixa os fãs para lá de curiosos. O painel da SDCC é uma boa oportunidade para ele explicar como tudo vai funcionar, ao lado do elenco. 

    IT: Bem-Vindos a Derry (2025)

    A série IT: Bem-Vindos a Derry expande o universo dos filmes IT: A Coisa (2017) e IT: Capítulo 2 (2019), ambos dirigidos por Andy Muschietti e baseados no livro IT: A Coisa (1986), de Stephen King, sobre crianças aterrorizadas por uma entidade malévola. 

    A série da HBO Max, criada por Jason Fuchs e Brad Kane, volta aos anos 1960, mais precisamente 27 anos antes dos eventos dos dois longas-metragens. Como o ser maligno se alimenta de crianças antes de hibernar por 27 anos, IT: Bem-Vindos a Derry vai mostrar sua matança anterior. Segundo Muschietti, a série fala do uso do medo como arma, algo bastante relevante para nossos dias. Uma coisa é certa: vai ser aterrorizante como os filmes e os livros. O painel na SDCC vai mostrar imagens inéditas da série.

    Predador: Terras Selvagens (2025)

    Elle Fanning estrela o mais novo título da saga de ficção científica, Predador: Terras Selvagens, o nono no total. No filme dirigido por Dan Trachtenberg, a atriz interpreta Thia, uma andróide criada pela Weyland-Yutani. Isso mesmo, a companhia do universo Alien, estabelecendo uma relação nova e empolgante entre as duas séries. 

    Thia encontra o jovem Predador Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi), que tenta sua primeira caçada no planeta mais perigoso do universo. Dek precisa da ajuda de Thia, e ela, que perdeu a parte de baixo do corpo, necessita dele para se movimentar. A parceria improvável em um mundo cheio de desafios promete cenas de ação imperdíveis.

    No painel da SDCC, o diretor e os dois atores mostram imagens inéditas do filme e discutem detalhes da produção. 

    George Lucas

    Um dos grandes responsáveis pelo domínio da cultura pop nas últimas décadas, George Lucas, criador de Star Wars, nunca participou da San Diego Comic Con. Mas há uma primeira vez para tudo. 

    O diretor e produtor participa de um painel com o cineasta e roteirista Guillermo Del Toro e o artista Doug Chiang, responsável pelo design de filmes como Star Wars: Episódio 1- A Ameaça Fantasma (1999), moderado pela atriz e cantora Queen Latifah, para falar do poder da narração de histórias através dos tempos com ajuda de desenhos, ilustrações e imagens. Lucas também fala um pouco sobre o Lucas Museum, dedicado às histórias contadas visualmente, que abre em Los Angeles no próximo ano. O museu vai ter pinturas, trabalhos de artistas das histórias em quadrinhos e os arquivos da carreira cinematográfica de George Lucas.

    A Longa Marcha: Caminhe ou Morra (2025)

    Uma nova adaptação de uma obra de Stephen King sempre é motivo de empolgação. O mestre do terror assinou o horror distópico A Longa Marcha sob o pseudônimo Richard Bachman, porque, prolífico como sempre foi, queria publicar mais livros sob outros nomes. 

    A história publicada em 1979 é uma espécie de precursora de Jogos Vorazes (2012)–não à toa, o diretor, Francis Lawrence, é responsável por vários filmes da saga, como Jogos Vorazes: Em Chamas (2013) e Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (2023). Nos Estados Unidos distópicos, jovens entram anualmente em uma disputa em que precisam andar 4 milhas por dia sem parar. Quem não conseguir é morto. A competição só acaba quando restar um único sobrevivente. Os atores David Jonsson, Tut Nyuot, Garrett Wareing, Charlie Plummer e Mark Hamill participam do painel na SDCC junto com o produtor Roy Lee e o roteirista JT Mollner. 

    Percy Jackson e os Olimpianos (2023-)

    Antes mesmo da estreia da segunda temporada da série do Disney+, prevista para dezembro, Percy Jackson e os Olimpianos já foi renovada para a terceira, o que é sempre um ótimo sinal. A série baseada nos livros de Rick Riordan é uma criativa reimaginação da mitologia grega para o século 21. Percy Jackson, o protagonista, é filho do deus Poseidon. Ele logo descobre que não é o único semideus andando por aí. Annabeth é filha de Atena, Clarisse, de Ares, e Luke, de Hermes. 

    Entre os painelistas estão os atores Walker Scobell (Percy Jackson), Leah Sava Jeffries (Annabeth Chase), Aryan Simhadri (Grover Underwood), Charlie Bushnell (Luke Castellan), Dior Goodjohn (Clarisse) e Daniel Diemer (Tyson), além dos produtores-executivos Jon Steinberg, Craig Silverstein e Dan Shotz. 

    Devoradores de Estrelas (2026)

    Devoradores de Estrelas é um dos projetos para se prestar atenção no próximo ano. Isso porque a aventura de ficção científica é dirigida por Phil Lord e Christopher Miller, vencedores do Oscar de animação por Homem-Aranha: No Aranhaverso (2018). Baseado no livro de Andy Weir lançado em 2021, o longa traz Ryan Gosling no papel do astronauta Ryland Grace, que  acorda em uma nave espacial sem ter ideia de como foi parar ali. Aos poucos, ele se lembra de sua missão: entender como uma substância está fazendo o Sol morrer. Com suas ideias pouco convencionais, ele precisa tentar salvar a Terra. O elenco conta também com Sandra Hüller, Ken Leung e Lionel Boyce. 

    Na SDCC, Lord, Miller, Gosling, Weir e o roteirista Drew Goddard mostram as primeiras imagens do filme.

    Tron: Ares (2025)

    O terceiro filme da série, Tron: Ares, promete entregar aqueles impressionantes visuais de sempre, embalados por músicas inéditas do Nine Inch Nails, que assina pela primeira vez uma trilha sonora como banda (os seus integrantes Trent Reznor e Atticus Ross já fizeram mais de 20, ganhando dois Oscars, por A Rede Social, de 2010, e Soul, de 2020). 

    No longa-metragem dirigido por Joachim Rønning, Ares (Jared Leto) é um programa sofisticado, enviado como soldado do mundo digital para o mundo real. O elenco também conta com Greta Lee, Evan Peters e Gillian Anderson. O diretor se reúne com alguns de seus atores no painel da SDCC. 

    The Walking Dead: Daryl Dixon (2023-)

    Spin-off com um dos personagens mais queridos desse universo, The Walking Dead: Daryl Dixon volta com sua terceira temporada, depois do esperadíssimo reencontro de Daryl (Norman Reedus) e Carol (Melissa McBride), na França, no ano anterior. 

    A dupla vai continuar a tentar voltar para casa, mas seus caminhos são tortuosos. Em suas perambulações, eles vão parar na Espanha, apresentando novos cenários e personagens para esse apocalipse zumbi, recuperando bons momentos da série original, The Walking Dead (2010-2022). Na SDCC, os fãs vão encontrar Norman Reedus e Melissa McBride, além do showrunner David Zabel, do diretor e produtor-executivo Greg Nicotero e do CCO do universo Walking Dead Scott M. Gimple. 

    O que esperar da San Diego Comic Con: Principais destaques do evento em streaming

    Confira na lista a seguir as principais atrações da San Diego Comic Con, mostrando todas as informações de streaming para cada filme e série. 

  • ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’: O Guia Definitivo do MCU para Entender o Novo Filme

    ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’: O Guia Definitivo do MCU para Entender o Novo Filme

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Antes de mergulhar em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, o aguardado reboot do Quarteto Fantástico do Universo Cinematográfico da Marvel, o MCU, vale a pena revisitar os filmes e séries que podem contextualizar sua chegada ao Universo Cinematográfico da Marvel. 

    No entanto, vale dizer que o diretor Matt Shakman, o filme se passa em seu próprio universo, separado da história do MCU. Por ser um universo independente, não há muitos filmes diretamente ligados, mas os espectadores ainda podem usar nosso guia para encontrar uma lista de filmes da Marvel recomendados para assistir antes e obter um contexto adicional.

    Neste guia, listamos tudo o que você precisa assistir para se preparar para essa nova aventura cósmica!

    Filmes e séries do MCU para assistir antes do novo Quarteto Fantástico

    Vingadores: Ultimato (2019)

    Vingadores: Ultimato é um dos momentos mais marcantes do universo cinematográfico moderno e dos Vingadores, o que pode ser útil para os espectadores de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos — já que o Quarteto Fantástico não deve ficar restrito ao próprio universo e está confirmado para Vingadores: Doomsday. O filme também é potencialmente importante por explicar o destino de Stark no MCU. Apesar de ele não fazer mais parte do futuro do universo, Downey Jr. retornará como o vilão Doutor Destino, e rumores apontam que ele estará no novo filme do Quarteto. Será? 

    Eternos (2021) 

    Eternos é um dos filmes mais relevantes para Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, ao preparar o terreno para a entrada de Galactus no MCU. Dirigido por Chloé Zhao, o filme introduziu os Celestiais — entidades cósmicas que enviaram os imortais Eternos à Terra. Ao longo da trama, os Eternos descobrem verdades chocantes sobre os planos dos Celestiais para eles e para o planeta. O longa abriu caminho para Galactus ao apresentar seres cósmicos no MCU e trazer os Celestiais (inimigos de Galactus) para o universo. 

    Thunderbolts* (2025)

    Thunderbolts* é o filme mais recente do MCU e acompanha Yelena Belova (Florence Pugh) e um grupo improvável de anti-heróis unindo forças para investigar Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) e seus misteriosos experimentos com o Sentry. É o único filme do MCU com uma conexão direta a Quarteto Fantástico: Primeiros Passos por meio de sua cena pós-créditos. Nela, os Thunderbolts recebem um sinal de socorro de uma nave interdimensional com o logo do Quarteto Fantástico — sugerindo a chegada do grupo à linha do tempo do MCU. 

    WandaVision (2021)

    Quarteto Fantástico: Primeiros Passos não é a primeira incursão do diretor Matt Shakman no universo Marvel: ele comandou todos os nove episódios de WandaVision, estrelado por Elizabeth Olsen como Wanda Maximoff/Feiticeira Escarlate e Paul Bettany como Visão, lançado na Disney+ em 2021. Embora não se espere uma conexão narrativa direta entre os projetos, assistir à série dá uma ideia do estilo de direção de Shakman no MCU — especialmente pela vibe retrô da produção, que dialoga com o visual retrofuturista previsto para Quarteto Fantástico. Além disso, nunca é má hora para (re)assistir a WandaVision, um dos experimentos mais ousados do universo Marvel.

    Filmes do Multiverso

    Para quem quer entender melhor como o novo filme se passa em um universo próprio, vale a pena assistir aos filmes do MCU que exploram o multiverso, como o caso de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, que foi o primeiro filme do MCU a abordar o multiverso significativamente, mostrando Peter Parker (Tom Holland) abrindo acidentalmente uma brecha dimensional que traz variantes do Homem-Aranha (Andrew Garfield e Tobey Maguire) e seus vilões. Esse filme é uma ótima introdução ao conceito.

    Já Doutor Estranho no Multiverso da Loucura se aprofunda na ideia de universos alternativos, com o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) viajando pelo multiverso em busca de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen).

    Por fim, Deadpool & Wolverine também explora o multiverso, trazendo personagens que antes eram da Fox — como Wolverine (Hugh Jackman) — para o MCU por meio de variantes e universos paralelos. Esses filmes ajudam a entender como o MCU está integrando gradualmente heróis antes pertencentes à Fox e à Sony. 

    Quarteto Fantástico (2005) e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007)

    Apesar de não fazerem parte do MCU, os filmes do Quarteto Fantástico e sua sequência, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, trouxeram os heróis da Marvel para o cinema com um tom leve e efeitos modestos. O primeiro explorou a origem do grupo e o vilão Doutor Destino, enquanto o segundo introduziu o Surfista Prateado e Galactus. Apesar das críticas por roteiros fracos, a química entre os personagens—especialmente Chris Evans como Tocha Humana—se destacou. Esta saga específica foi cancelada após o segundo filme, mas permanece nostálgica. Porém, ela vale a pena por explicar como o Quarteto surgiu, dando um pouco mais de contexto ao grupo. 

    Saiba o que assistir antes de ver 'Quarteto Fantástico: Primeiros Passos'

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  • Galactus no MCU: O Devorador de Mundos é a Entidade Mais Poderosa da Marvel?

    Galactus no MCU: O Devorador de Mundos é a Entidade Mais Poderosa da Marvel?

    Fernanda Caseiro Talarico

    Fernanda Caseiro Talarico

    Editor JustWatch

    Galactus, o Devorador de Mundos, é uma das entidades mais temidas e enigmáticas do Universo Cinematográfico da Marvel, o MCU. Presente nas histórias do Quarteto Fantástico como uma força cósmica além do bem e do mal, ele desafia a definição tradicional de vilão. Agora, ele chega aos cinemas em Quarteto Fantástico: Os Primeiros Passos. Mas será que esse ser primordial, capaz de consumir planetas inteiros, é realmente o deus mais poderoso da Marvel? 

    Galactus não é um vilão tradicional—ele é uma força da natureza. Enquanto outros antagonistas têm motivações pessoais, Galactus é um evento inevitável, como um buraco negro ou supernova. Isso o torna único: ele não é mau, mas ainda assim é uma das maiores ameaças do universo Marvel.

    Ele é poderoso, mas não é único. Mas será que ele é o mais poderoso? Te daremos motivos e você poderá decidir por si. 

    Thanos (Os Vingadores: Guerra Infinita 2012)

    Galactus é uma força cósmica inevitável, um devorador de mundos cuja existência mantém o equilíbrio do multiverso. Ele não é mal por natureza, mas sim uma necessidade universal, como um furacão ou terremoto. Sua fome é insaciável, e planetas são somente alimento. Já Thanos é movido por obsessão e uma filosofia distorcida, como vemos em Guerra Infinita. Enquanto Galactus age por instinto cósmico, Thanos busca poder para impor sua vontade, seja com o Manopla do Infinito ou genocídios calculados. Ao mesmo tempo, tem algo carismático e maligno em Thanos que faz com que tenha muitos seguidores. Essa dualidade torna Thanos tão perigoso, já que sem as jóias do infinito seu poder bruto não chega aos pés de Galactus. Ambos são ameaças existenciais, mas um é um desastre natural; o outro, um tirano com ambição.

    Dormammu (Doutor Estranho, 2016)

    Galactus opera nas leis fundamentais do universo Marvel - sua destruição, por mais terrível que seja, é parte do equilíbrio cósmico. Como força natural personificada, ele pode ser barganhado e até adiado, como provam os Surfistas Prateados que serviram como seus arautos. Como visto em Doutor Estranho, Dormammu, senhor da Dimensão Negra, representa uma ameaça muito mais insidiosa: não contente em destruir, ele busca distorcer a própria realidade com sua magia ancestral. Enquanto Galactus consome mundos de forma quase mecânica, Dormammu corrompe dimensões inteiras, transformando tudo em extensão de seu reino tenebroso. Um é um fenômeno cósmico necessário; o outro, uma anomalia existencial que desafia todas as leis da criação. Dormammu e Galactus acabam em um patamar de poder com diversas similaridades e diferenças, que faz desta uma comparação difícil. 

    Kang, o Conquistador (Loki, 2021)

    Galactus é uma força cósmica inevitável, um fenômeno primordial que transcende a mera vilania. Enquanto Kang, o Conquistador, domina o tempo e manipula realidades com tecnologia, Galactus personifica a fome do universo—um poder bruto que não depende de estratégia, somente de existir. Kang pode ser enganado, derrotado ou até mesmo preso; Galactus só pode ser contido, nunca destruído. Ele não conquista: ele consome. Sua ameaça não é calculada, é natural como uma supernova. Kang é um tirano genial como visto em Loki, mas Galactus é o fim em forma de entidade—e contra ele, nem o tempo oferece escapatória.

    Apocalypse (X-Men: Apocalipse, 2016)

    Galactus é uma força da natureza cósmica, tão inevitável quanto a morte. Enquanto Apocalipse é um tirano genético poderoso, limitado à escala planetária, Galactus transcende a própria ideia de vilania - ele é uma necessidade universal. Sua fome devora planetas inteiros, e seu poder rivaliza com entidades cósmicas como os Celestiais. Apocalipse pode ser derrotado por mutantes poderosos ou armadilhas temporais, mas Galactus só pode ser contido temporariamente, nunca destruído. Um é o maior predador da Terra; o outro é o equilíbrio (e ruína) do próprio universo. Galactus não é um vilão - é o apocalipse em pessoa, enquanto Apocalipse se convenceu de seu status como um deus, sendo até derrotado pelos mutantes em X-Men: Apocalipse.

    Doutor Destino (Quarteto Fantástico, 2005)

    Galactus transcende a mera vilania - ele é uma força cósmica tão essencial quanto destrutiva. Enquanto o Doutor Destino, com todo seu gênio e magia, opera no âmbito planetário, Galactus personifica um princípio universal que mantém o equilíbrio cósmico. Destino já manipulou realidades e derrotou deuses, mas sempre por meio de estratégia e artifícios. Galactus não precisa de planos, pois sua mera existência é uma ameaça. Como em Quarteto Fantástico, O Lorde de Latvéria pode ser enganado, derrotado temporariamente ou até mesmo redimido; o Devorador de Mundos é eterno, insaciável e, no fim, inegociável. Um é o maior vilão da Terra; o outro é o fim de todos os mundos. Porém, nunca se sabe o que o Doutor Destino é capaz de fazer para alcançar seus objetivos, algo que veremos em Vingadores: Doomsday.

    Sentinela (Thunderbolts, 2025)

    Galactus é uma entidade cósmica primordial, parte fundamental do equilíbrio do universo Marvel. Enquanto o Void representa a escuridão interior do Sentinela, limitando-se a uma manifestação de caos e destruição pessoal, Galactus transcende esse conceito - ele é a própria encarnação da fome cósmica. O Void destrói por ódio e instinto; Galactus devora por necessidade existencial, com poder que rivaliza os Celestiais. Enquanto O Void pode ser contido ou dissipado, Galactus é eterno - nem a morte permanente o atinge. Um é a sombra de um homem; o outro, a escuridão entre as galáxias. Em Thunderbolts* ainda não vimos tudo que o Sentinela e seu alter-ego Void são capazes, então é difícil saber se ele chega aos pés da inevitabilidade de Galactus. 

    Celestiais (Eternos, 2021) 

    Galactus, em seu pleno poder, já derrotou Celestiais no cânone Marvel nas HQs (como em Thor #300). Seu status de força primordial e a arma Ultimate Nullifier lhe dão vantagem contra seres cósmicos. Porém, os Celestiais agem em grupos e possuem tecnologia avançadíssima, capazes de reescrever realidades. Um exército deles, como o Host Celestial, poderia sobrepujá-lo. Individualmente, Galactus vence. Contra vários, a balança penderia para os Celestiais – a menos que ele estivesse alimentado por um Power Cosmic amplificado, tornando-o imparável. Chegamos a ver um pouco da ameaça dos celestiais em Eternos. 

    Filmes e séries com as entidades e vilões mais poderosos da Marvel

    Veja todas as opções de streaming para assistir a filme e séries com os antagonistas mais poderosos da Marvel. 

  • ‘Attack on Titan’ Vs. ‘Kaiju No. 8’: Qual é o melhor Anime de Monstros (Kaiju) do Século XXI?

    ‘Attack on Titan’ Vs. ‘Kaiju No. 8’: Qual é o melhor Anime de Monstros (Kaiju) do Século XXI?

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Após o lançamento de Kaiju No. 8, que já está na sua 2ª temporada, uma discussão ganhou vida entre os fãs de anime: será esta a melhor série Kaiju do século XXI? Vale lembrar que Kaiju se refere a um gênero de produções com monstros, popularizado primordialmente pelo lendário personagem Godzilla. 

    A resposta é subjetiva, mas uma coisa é fato: para refletirmos sobre as virtudes de Kaiju No. 8, é necessário recapitularmos uma das séries mais populares do gênero nos últimos anos: Attack on Titan (também conhecida como Ataque dos Titãs). Apesar da similaridade entre os dois animes, podemos levantar alguns aspectos que os diferenciam, para te ajudar a eleger qual série é a mais impactante (ou qual conversa mais com o seu gosto).

    Saiba também onde assistir online, em streaming, às séries e aos filmes de Attack on Titan e Kaiju No. 8.

    Protagonistas (Eren Yeager Vs. Kafka Hibino)

    Em ambas as produções, os dois protagonistas são transformados em monstros. E o mais interessante, é que ambos vivem em um mundo dominado por essas criaturas, as quais os dois querem derrotar. Sejamos justos, um dilema complexo e bastante intrigante.

    No entanto, algumas características e motivações diferem bastante os dois personagens principais. Em Attack on Titan, Eren Yeager é motivado por um sentimento de raiva imenso contra os Titãs (criaturas gigantes) que destruíram a sua família, e quase toda a espécie humana. É, primeiramente, retratado como um personagem impulsivo e vingativo, mas bastante protetor daqueles que ele ama, principalmente sua irmã adotiva Mikasa — que muitas vezes é até mais superprotetora que ele. 

    Depois de se tornar um Titã, Eren é frequentemente dominado por uma força sombria e bastante destrutiva, que não necessariamente reflete o que o personagem é e sente como ser humano. Na série, seu objetivo de destruir todos os Titãs muda gradualmente à medida que ele descobre a verdade sobre a origem desses monstros. 

    Em contrapartida, em Kaiju No. 8, Kafka Hibino é um personagem que, apesar de ter prometido se tornar membro da Força de Defesa contra os Kaijus quando era mais jovem, leva uma vida conformada como varredor de destroços. Seu chamado acontece quando faz um amigo que reaviva seu antigo sonho, e também quando ganha uma força descomunal ao se tornar um Kaiju. 

    Ao contrário de Eren, Kafka é um ser humano muito mais frágil, mas motivado por um sentimento genuíno de ajudar a humanidade. Sua jornada de autodescoberta acontece muito mais no sentido dele conseguir provar o seu valor (a si próprio e à sua amiga Mina) como membro da Força de Defesa, do que propriamente uma busca por vingança — apesar dele também querer destruir os Kaijus. Kafka é uma pessoa mais comedida, e muito mais prudente em relação à sua força monstruosa, e tenta, aos poucos, aprender a conviver com ela, na tentativa de usá-la de forma digna.

    Monstros 

    Os monstros são um aspecto elementar para a construção das duas histórias. Vale recordar que ambos protagonistas se tornam um deles, ao mesmo tempo que tentam destruí-los — o que complexifica ainda mais o mistério por trás da origem dessas criaturas.

    Em Attack on Titan, esses monstros (os Titãs) são representados através de seres humanoides gigantescos, bípedes, e que devoram os próprios humanos, de uma maneira devastadora, sem nenhum propósito aparente. Além disso, são criaturas extremamente fortes e com habilidades regenerativas — exceto a nuca, seu ponto fraco. Alguns deles, são humanos que podem se transformar em Titã, como é o caso de Eren, que ingeriu uma espécie de soro de Titã.

    Já em Kaiju No. 8, as criaturas refletem por definição o que se espera de um Kaiju: seres monstruosos que atacam a humanidade. Eles variam bastante em relação ao tamanho e poder (o que os leva a diferentes classificações, sendo que o protagonista Kafka faz parte da espécie mais forte), mas todos compartilham de um mesmo núcleo (uma espécie de órgão vital), chamado Kaku, que é o responsável por dar um determinado poder ao monstro. 

    Os Kaijus podem diferir na aparência, sendo alguns deles criaturas absolutamente gigantescas (mais numa pegada Godzilla), e outros menores (com características que lembram alguns animais, como lagartos e insetos). E também podem divergir nas suas habilidades (alguns têm uma força descomunal, outros conseguem voar, ou até mesmo se multiplicar). 

    Tom e estética da série

    Apesar de compartilharem do tema que permeia a trama principal da série, Attack on Titan e Kaiju No. 8 se distinguem bastante no que diz respeito ao tom e estética do anime. Começando por Attack on Titan, o anime tem um tom muito sério (para dizer o mínimo), que explora de forma profunda a catástrofe que assola a humanidade com a presença dos Titãs, e a luta pela sobrevivência e liberdade daqueles que ficaram. Sua atmosfera sombria e opressora, suas cores mais frias, e seu traço de animação mais realista, são alguns exemplos estéticos que contribuem para uma apreciação muito mais melancólica de toda a história.

    Em contraste, Kaiju No. 8, digamos que é uma série muito mais inclusiva, que consegue captar um espectro maior de pessoas, não necessariamente só aquelas que buscam um anime mais ‘dark’. Um exemplo disso são algumas passagens mais cômicas, que por vezes servem como uma espécie de alívio para a temática séria. O fato de colocar o seu protagonista em busca de um sonho, e não necessariamente vingança, também contribui para isso. Além do mais, o anime tem uma estética moderna e estilizada, com cores um pouco mais vibrantes, o que acaba contribuindo também para que você torça pelo protagonista, e tenha um sentimento mais otimista em relação à história como um todo.

    Outros animes Kaiju 

    Aos amantes do gênero, e àqueles que pretendem explorar à fundo o vasto conjunto de séries similares à Attack on Titan e Kaiju No. 8, vale mencionar outros animes Kaiju, que também têm o seu grau de importância na categoria. Alguns exemplos são as séries Neon Genesis Evangelion, que se passa em um mundo pós-apocalíptico onde monstros e máquinas se enfrentam, SSSS.Gridman, que relata a história de um jovem que tenta derrotar os Kaijus, Darling in the FranXX, que tem como enredo uma força de ataque que tenta conter os avanços dos monstros, e Círculo de Fogo: The Black, que se situa em um futuro distópico onde os Kaijus destruíram boa parte do mundo.

    Onde assistir ‘Attack on Titan’, 'Kaiju No. 8' e mais animes Kaiju em streaming?

    Saiba abaixo onde assistir online, em streaming, a todas as produções dos dois universos. Vale pontuar que Attack on Titan, além de ser uma série já encerrada após 10 anos no ar, conta também com diversos filmes e spin-offs. Já Kaiju No. 8, ainda no seu começo, segue para a sua segunda temporada, além de ter também um filme compilatório da primeira parte.

  • Descubra Por Que a Versão Mais Poderosa do Super-Homem Não Pode Existir no Cinema ou na TV

    Descubra Por Que a Versão Mais Poderosa do Super-Homem Não Pode Existir no Cinema ou na TV

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    O Super-Homem apareceu pela primeira vez nas histórias em quadrinhos em 1938 e em pouco tempo se tornou um fenômeno. Afinal de contas, como um personagem com uma história tão emocionante — um alienígena poderosíssimo enviado à Terra ainda bebê, que cresce em um planeta totalmente diferente do seu e ainda o protege quando se torna adulto — não cairia nas graças do público?

    Extremamente poderoso, o Super-Homem é o ideal de super-herói que habita a imaginação de muita gente, mas esqueça tudo o que ele já fez em filmes como Superman ou Homem de Aço, isso não é nada perto do que o Super-Homem Cósmico, Armadura Cósmica ou Robô do Pensamento, pode fazer. 

    Se você sentiu uma certa empolgação aí do outro lado da tela, não se anime, você provavelmente nunca verá esta versão praticamente onipotente do personagem em filmes ou séries de TV — ela está limitada aos quadrinhos, onde sua história funciona melhor, não importa o quanto alguns fãs da DC torçam para que isso aconteça.

    Quem é o Super-Homem Cósmico, a versão mais poderosa do herói?

    Entre 2008 e 2009, o autor Grant Morrison e o ilustrador J. G. Jones publicaram as HQs Crise Final, que encerram duas grandes sagas entre os quadrinhos da DC, Crise nas Infinitas Terras e Crise Infinita, e apresentaram uma história sobre o bem contra o mal. Embora a premissa seja interessante, as HQs receberam algumas críticas por parte dos fãs por conterem muitas narrativas paralelas, o que segundo eles tornou a leitura difícil e confusa.

    A história Super Beyond, lançada entre as edições 3 e 6 de Crise Final, mostra o Super-Homem indo além de tudo para salvar a vida de Lois Lane, que está internada em um hospital, quando faz um acordo: Lane será curada caso ele ajude a salvar o mundo da ficção, que Mandrakk, o Monitor Sombrio, está tentando destruir após enlouquecer. 

    Desta forma, o personagem é guiado ao Limbo, local em que os heróis desaparecem caso sejam esquecidos pelos escritores de HQs e pelo público, com a ajuda dos Monitores — criaturas cósmicas que queriam salvar o universo e manter seu equilíbrio, mas que funcionam justamente como metáforas para os autores das histórias. Os Monitores recrutam o Super-Homem para lutar contra Mandrakk porque sabem que ele representa a ideia de heroísmo e que dará tudo de si para salvar não somente Lois, mas o mundo.

    Assim, os Monitores unem Super-Homem e Ultraman, a versão maligna e corrompida do herói, formando o Super-Homem Armadura Cósmica, um robô gigante, controlado pelos pensamentos do Super-Homem. Ele é capaz de se adaptar aos golpes que recebe, aprimorando-se a cada investida, e possui poderes como consciência espacial e transdimensional. Isso permite que ele se defenda de manipulações dimensionais e de enredo que poderiam apagar sua existência, tornando-o um verdadeiro dispositivo narrativo que sabe que está em uma história e assume o controle dela — inclusive quebrando a quarta parede e conversando com o público (algo parecido com a principal característica do Deadpool, da Marvel). Ou seja, não importa o que o inimigo faça, o Super-Homem não vai morrer porque a história precisa continuar.

    Sem apresentar fraquezas em uma batalha épica, este robô ultrapoderoso do Super-Homem contém o Limbo e vence Mandrakk retirando-o da história e garantindo o futuro. A versão Armadura Cósmica se desintegra por não ser mais necessária, e o herói retorna ao seu mundo, encontrando assim uma maneira de também salvar Lois. A história ainda termina com uma expressão comum dos quadrinhos, “Continua”, uma forma de mostrar que o Super-Homem, suas histórias e a esperança que ele representa precisam continuar existindo.

    Por que é praticamente impossível que o Super-Homem Cósmico seja adaptado para Filme ou Série?

    A esta altura, como você já deve ter percebido, Superman Beyond é uma história complexa, ligada a outra narrativa principal que depende do público ter um conhecimento mínimo sobre dois outros grandes arcos já mencionados: Crise nas Infinitas Terras e Crise Infinita.

    Levar o Super-Homem Cósmico para as telas do cinema ou para episódios de série, exigiria que diretores e roteiristas apresentassem aos espectadores o conceito de multiverso da DC, além de criaturas como os Monitores, o Vazio, e pelo menos parte do que aconteceu durante as Crises. Tudo isso já torna necessária a criação de um novo universo cinematográfico inteiro, que certamente duraria anos e precisaria de no mínimo cinco filmes para criar uma base sólida. Neste momento em que os filmes da DC ainda não formam um conjunto tão robusto, seria muito caro e arriscado produzir algo tão grandioso, fantasioso e repleto de mensagens sobre escrita, heroísmo e finais felizes como esta.

    E se você está se perguntando por qual motivo alguém não poderia simplesmente decidir alterar a história do Super-Homem Cósmico e utilizá-lo sem apresentar sua origem, a resposta é: não é tão simples assim. O personagem é grandioso e poderoso demais, mas além disso, sem sua história e contextos, ele se torna apenas um Super-Homem Robô.

    É por esses motivos que não faz sentido adaptar o Super-Homem Cósmico, a versão mais poderosa do herói, para o cinema ou a televisão. No entanto, a grande maioria dos filmes, séries e animações sobre o personagem já cumpre muito bem a missão de entregar narrativas emocionantes, e complexas na medida certa, sobre um dos super-heróis mais amados da cultura pop.

    Onde assistir as produções com versões poderosas do Super-Homem?

    Confira abaixo quais são as melhores produções com as versões mais poderosas do Super-Homem, passando por filmes, séries e animações, e em quais serviços de streaming assistir a elas.

  • 'Kaiju No. 8': Saiba a Ordem Certa e Onde Assistir à Série e ao Filme Online

    'Kaiju No. 8': Saiba a Ordem Certa e Onde Assistir à Série e ao Filme Online

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    ‘Kaiju’ é um termo popular japonês que pode ser utilizado tanto para se referir a um subgênero de filmes de monstros — sendo o Godzilla de 1954 o seu grande marco de referência — quanto para se referir às próprias criaturas gigantes, como é o caso dos monstros de Kaiju No. 8. 

    Seja pelos monstros assustadores, pelos personagens extremamente bem construídos, sua estética impressionante, sua história de ficção científica, pelas inúmeras sequências de ação, ou pelo tom cômico aguçado, desde quando lançado em 2024, o anime Kaiju No. 8, baseado no mangá homônimo de Naoya Matsumoto, não para de conquistar fãs e admiradores ao redor do mundo. Principalmente agora, com a estreia da 2ª temporada que está trazendo episódios inéditos incríveis. 

    Aos que chegaram neste momento, ou àqueles que já conhecem a história, utilize este guia da JustWatch para saber a melhor ordem para assistir às produções de Kaiju No. 8, todas disponíveis na Crunchyroll.

    Kaiju No. 8 (2024–2025)  

    Na série Kaiju No. 8, o mundo é habitado por criaturas monstruosas e bastante sinistras, à semelhança de animes clássicos como Attack on Titan e Neon Genesis Evangelion. No entanto, sua história pega elementos mais tradicionais de produções kaiju, colocando frente a frente os monstros versus uma equipe de defesa formada por humanos. O que não acontece nos outros dois animes citados, onde o primeiro conta com diversos tipos de seres fantásticos (além de monstros), e o segundo traz ciborgues na luta contra as criaturas gigantes.

    Porém, Kaiju No. 8 vai além de só recuperar elementos mais tradicionais, construindo uma história que dialoga também com um público mais contemporâneo (e jovem). Isto porque o anime tem uma vibe mais cômica (do tipo My Hero Academia), e traz um protagonista muito identificável: Kafka, um garoto comum, que sonha em entrar para a Força de Defesa contra os kaijus, ao mesmo tempo que se torna um híbrido de humano/monstro.

    A 1ª temporada se aprofunda no dilema identitário e ético de Kafka, com o seu segredo de ser metade homem e metade kaiju. Já a 2ª temporada, foca ainda mais no mistério por trás da transformação do protagonista. Se a palavra ‘equilíbrio’ for o que você está procurando, você não ficará desapontado. Isto porque a série mescla perfeitamente momentos com mais sequências de ação, com outros que centram mais no desenvolvimento dos personagens e os seus conflitos, de maneira mais cadenciada. 

    Falando agora do seu estilo visual, Kaiju No. 8 traz um design mais arrojado, com linhas mais marcadas e uma animação mais dinâmica (principalmente nas cenas de ação), parecido um pouco com One Punch Man.

    Kaiju No. 8: Missão de Reconhecimento (2025)

    Kaiju No. 8: Missão de Reconhecimento é um filme compilatório que, para mim, pode ser interpretado de duas maneiras. Como uma espécie de recapitulação da 1ª temporada da série e preparação para a 2ª — vale pontuar que o longa-metragem conta com o episódio inédito “Hoshina's Day Off”, que inaugura também a 2ª temporada da série. Ou, também, como uma ‘porta de entrada’ para quem quer conhecer o universo de Kaiju No. 8 de forma mais compacta e independente.

    Mantendo os principais eventos da 1ª temporada, com uma pegada ainda mais dinâmica, compilando as melhores cenas de ação da série, o filme conta a história resumida do sonho de Kafka Hibino de se tornar membro da Força de Defesa, ao mesmo tempo que ele tenta lidar com o fato (e o peso) de ter se tornado um kaiju. Sinceramente, para quem tem interesse em se aprofundar narrativamente no arco do protagonista e dos personagens que o circundam, assistir apenas ao filme não é suficiente, e sim, um extra divertido. 

    Como assistir a ‘Kaiju No. 8’ em ordem cronológica?

    Tendo em vista que o filme faz uma compilação da temporada inicial, mas adiciona novos acontecimentos que serão explorados na 2ª temporada, o mais recomendado é que você inicie essa aventura assistindo à 1ª temporada da série Kaiju No. 8. 

    Em seguida, assista ao filme compilatório Kaiju No. 8: Missão de Reconhecimento, que também conta com a adição do episódio “Hoshina's Day Off”. E, para concluir, continue com a 2ª temporada da série. Essa, com certeza, é a melhor ordem a se seguir, ou seja: 

    • Kaiju No. 8 - 1ª temporada
    • Kaiju No. 8: Missão de Reconhecimento
    • Kaiju No. 8 - 2ª temporada
  • Séries de TV para Você Assistir Depois de ‘Too Much’

    Séries de TV para Você Assistir Depois de ‘Too Much’

    Mariane Morisawa

    Mariane Morisawa

    Editor JustWatch

    Com Too Much (2025), Lena Dunham retoma sua capacidade de colocar na tela diálogos e situações tão realistas que chegam a doer, misturados com uma boa dose de humor autodepreciativo. Ela se inspirou na sua mudança de Nova York para Londres e o encontro com seu marido, o músico Luis Felber, que assina a criação com Dunham. 

    Na trama, Megan Stalter interpreta Jessica, que vai fazer um trabalho de produção temporário em Londres depois de se separar do namorado. Em sua primeira noite na cidade, encontra o músico Felix (Will Sharpe) e enxerga a possibilidade de amar novamente. 

    Para quem ficou com vontade de ver outros romances interculturais e histórias de como navegar os relacionamentos após os 30 e conhecer personagens complexos, caóticos e apaixonantes tentando se recuperar de seus traumas e viver o amor novamente, temos uma lista de séries imperdíveis que você vai gostar se curtiu Too Much. 

    Girls (2012-2017)

    Lena Dunham criou sua primeira série, Girls, quando tinha 20 e poucos anos. Virou estrela mundial e, como sua personagem, Hannah, passou a ser chamada de “a voz de sua geração”. Um certo exagero que a Lena Dunham de hoje prefere recusar. 

    Mas a comédia sobre as amigas Hannah, Marnie (Allison Williams), Jessa (Jemima Kirke) e Shoshanna (Zosia Mamet), às voltas com rapazes como Adam (Adam Driver) e as incertezas do começo da vida adulta da geração millennial em Nova York, certamente marcou época. A falta de filtro e destemor de Lena Dunham em mostrar seres humanos em geral e mulheres em particular em situações desconfortáveis foi, sim, uma pequena revolução. 

    Insecure (2016-2021)

    Como Lena Dunham, Issa Rae também escreveu, dirigiu e protagonizou a comédia Insecure. Na série, Issa (Issa Rae) é uma mulher de 30 e poucos anos, solteira, que está tentando se afirmar profissionalmente e viver suas paixões e sexualidade em Los Angeles. Ao mesmo tempo, lida com suas inseguranças e esquisitices e enfrenta com humor as várias faces do racismo. 

    Enquanto homens entram e saem de sua vida, a única constante é Molly (Yvonne Orji). A série faz um retrato sincero, comovente e engraçado da amizade feminina e mostra a importância de expor na tela a relação entre duas mulheres negras. 

    You’re the Worst (2014-2019)

    Em You’re the Worst, em vez de uma norte-americana ir para a Inglaterra e enfrentar diferenças culturais com o namorado como em Too Much, é um inglês que vai para os Estados Unidos e engata um romance com uma norte-americana. 

    Na série criada por Stephen Falk, o roteirista Jimmy (Chris Geere) conhece em Los Angeles a executiva de relações públicas Gretchen (Aya Cash). Ele é egoísta e tem pouco tato ao expor seus pensamentos. Ela é cínica e autodestrutiva. Essas duas pessoas tóxicas e com questões de saúde mental vão tentar um relacionamento, com todos os percalços imagináveis no caminho. Mas, ainda que nem sempre seus protagonistas sejam pessoas fáceis, a série emociona.

    Fleabag (2016-2019)

    Tanto a Jessica de Too Much quanto a Fleabag (Phoebe Waller-Bridge) de Fleabag estão enfrentando problemas amorosos e as dores do crescimento enquanto lidam com perdas graves e irreparáveis. As duas são sinceras ao extremo, vivem situações no mínimo constrangedoras com frequência e tentam navegar as dificuldades amorosas, sexuais, comportamentais e trabalhistas da mulher contemporânea. E, claro, ambas estão em Londres, embora Jessica seja transplantada de Nova York para lá. 

    Como Lena Dunham, Waller-Bridge também criou, escreveu e protagonizou a hilária série, que é fundamental para entender nossos tempos. Não à toa, está sempre nas listas de melhores do século 21.

    Alguém em Algum Lugar (2022-2024)

    Como Too Much, Alguém em Algum Lugar faz rir e chorar, às vezes simultaneamente. A série criada por Hannah Bos e Paul Thureen tem como protagonista Sam (Bridget Everett), uma mulher com corpo e comportamento fora dos padrões que sofre para se encaixar novamente na pequena cidade onde cresceu, em meio ao luto e à dificuldade de se aceitar. 

    Mas tudo vai aos poucos entrando nos eixos quando ela conhece Joel (Jeff Hiller) e outros “desajustados” que não são aceitos plenamente pela comunidade conservadora. A amizade de Sam com Joel é tão reparadora que ela consegue retomar relacionamentos que julgava perdidos e até começar outros. 

    A Diplomata (2023-)

    Protagonista de A Diplomata, criada por Debora Cahn, Kate Wyler (Keri Russell) é um pouquinho mais velha do que a Jessica de Too Much. Mas, como a personagem da série de Lena Dunham, ela também é uma norte-americana tentando entender os códigos de comportamento em Londres enquanto precisa provar seu valor no trabalho e lidar com seus relacionamentos amorosos e sexuais. 

    A série é cheia de ação. Wyler é uma diplomata de carreira transformada em embaixadora dos Estados Unidos na Inglaterra para lidar com uma grave ameaça. Mas ela precisa sair da sombra do marido, Hal (Rufus Sewell), uma estrela da diplomacia com quem basicamente vive um casamento de fachada, além de atender às expectativas do cargo, inclusive na maneira como se veste. No fundo, a ação serve só de pretexto para explorar de forma esperta os desafios de ser mulher no ambiente de trabalho e as dificuldades de um relacionamento.

    Catastrophe (2015-2019)

    Criada, escrita e protagonizada por Sharon Horgan e Rob Delaney, Catastrophe também tem um relacionamento efêmero que de repente ganha promessa de futuro entre uma pessoa dos Estados Unidos e outra do Reino Unido. A irlandesa Sharon (Sharon Horgan) e Rob (Rob Delaney) vivem um caso de seis dias quando o norte-americano de Boston está em Londres a negócios. Mas ela fica grávida, e os dois decidem tentar um relacionamento. 

    Os empecilhos não são poucos, do pouco tempo que se conhecem às diferenças culturais. Mas, entre momentos de embaraço e outros muito engraçados, e com o enorme carisma de seu casal, Catastrophe conquista rapidinho.

    Ted Lasso (2020-)

    Ted Lasso é a série sobre um americano em Londres de maior sucesso dos últimos tempos. Vencedora de 13 Emmys, com uma quarta temporada a caminho, ela não trata, como Too Much, de alguém dos Estados Unidos encontrando o amor na Inglaterra (pelo menos não até agora). Mas as duas séries mostram como uma mudança drástica pode ser tanto uma fuga quanto a melhor coisa que poderia acontecer a alguém.

    Em Ted Lasso, o personagem do título, interpretado por Jason Sudeikis, é um treinador de futebol americano contratado por uma equipe inglesa de futebol. Ingênuo, bom coração, Ted aos poucos vai conquistando o coração de cada pessoa que encontra, e o efeito é o mesmo no espectador. A série provoca risos e lágrimas com seus diálogos espertos, personagens que dão vontade de abraçar e crença na humanidade. 

    Ninguém Quer (2024-)

    Em Ninguém Quer, Joanne (Kristen Bell) e Noah (Adam Brody) não precisam viajar para fora de Los Angeles para deparar com diferenças culturais capazes de impactar uma relação. Ela é agnóstica e faz um podcast de relacionamento e sexo com a irmã, Morgan (Justine Lupe), o que a tornou um pouco cínica quando o assunto é amor. Noah é um jovem rabino. 

    Os dois têm vidas muito diferentes, mas se apaixonam. O problema vai ser lidar com as expectativas de seus círculos familiares, de amigos e até profissionais. Ninguém Quer tem menos arestas do que Too Much, investindo mais nas receitas infalíveis da comédia romântica: cenários charmosos, figurinos bacanas, protagonistas obviamente atraentes e carismáticos. Mas quem vai reclamar disso? 

    Amor Platônico (2023-)

    Como o título indica, Amor Platônico não fala de um relacionamento amoroso. Mas, como em Too Much, seus personagens são muitas vezes caóticos e constrangedores e nem sempre geram simpatia. E, ainda assim, é uma balbúrdia divertida de acompanhar. 

    Criada por Francesca Delbanco e Nicholas Stoller, a série tem como protagonistas Sylvia (Rose Byrne) e Will (Seth Rogen). Ela é uma ex-advogada que virou dona de casa e cuida dos três filhos. Ele tem um bar e acabou de se divorciar. Os dois foram unha e carne no passado, mas há décadas se afastaram. Incentivada pelo marido Charlie (Luke Macfarlane), Sylvia retoma o contato. Os dois, assim como Jessica e Felix na série de Lena Dunham, têm aquele tipo de relação invejável, porque podem ser 100% quem são um com o outro. 

    Onde assistir a séries como 'Too Much' em streaming?

    Veja onde encontrar às nossas indicações de séries para quem curtiu a nova produção de Lena Dunham:

  • Saiba Onde Assistir as 10 Melhores Adaptações de Stephen King em Streaming

    Saiba Onde Assistir as 10 Melhores Adaptações de Stephen King em Streaming

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Os fãs das obras de Stephen King estão tendo um ano e tanto em 2025, já que várias adaptações de livros do autor estão sendo lançadas ao longo do ano, começando por O Macaco e O Instituto que foram lançadas recentemente. Até dezembro também estão por estrear: A Longa Marcha - Caminhe ou Morra, A Vida de Chuck, IT: Bem-Vindos a Derry e The Running Man. 

    Se você quer conhecer melhor ou relembrar histórias de King que viraram filmes, confira neste guia da JustWatch as 10 melhores adaptações de livros do Stephen King e onde assistir a elas.

    Christine, o Carro Assassino (2020)

    Dirigido por John Carpenter, o mesmo responsável por O Enigma de Outro Mundo, Christine, o Carro Assassino é um filme divertido e um tanto macabro,  como qualquer filme de terror que envolve um objeto possuído e completamente fora de controle.

    A narrativa é simples: Arnie (Keith Gordon) não é exatamente o cara mais popular de seu colégio, e em seu tempo livre decide reformar Christine, um carro vermelho do modelo 1958 Plymouth Fury. Quanto mais tempo Arnie dedica à Christine, mais ele se sente confiante e atraente, entrando em uma realidade própria em que apenas ele e o carro importam, o que começa a preocupar as pessoas ao redor do garoto, pois parece que Christine não é apenas um carro comum, mas sim uma máquina com um histórico bastante suspeito.

    O Nevoeiro (2007)

    Em 2007, o diretor Frank Darabont lançou mais um filme que adaptava uma história de Stephen King, desta vez, o conto O Nevoeiro. Depois de uma tempestade violenta no Maine, um nevoeiro estranho parece surgir, o que faz com que o pintor David Drayton (Thomas Jane) vá até o supermercado com seu filho de oito anos, Billy (Nathan Gamble) para estocar alguns suprimentos. 

    Chegando lá, o fenômeno piora e um consumidor desesperado entra no local afirmando que o nevoeiro contém diversos perigos, o que faz com que muitos tentem escapar, resultando em mortes e na aparição de criaturas monstruosas e assustadoras. No entanto, Darabont disse em entrevista que O Nevoeiro é “menos sobre os monstros lá fora do que os que estão aqui dentro: as pessoas com quem você está preso, seus amigos e vizinhos, todos sucumbindo à pressão”. Com um final chocante, que deixará qualquer um impactado, O Nevoeiro é uma ótima adaptação de King. 

    Na Hora da Zona Morta (1983)

    Dirigida por David Cronenberg, Na Hora da Zona Morta, é considerada uma das melhores adaptações de Stephen King, na qual Cronenberg conseguiu deixar sua marca surrealista. O filme conta a história do professor de literatura Johnny Smith (Christopher Walken), que sofre um acidente de carro e fica em coma por cinco anos.

    Ao acordar, Johnny percebe que tudo em sua vida mudou completamente, mas que não ser mais namorado de Sarah e o fato de que ela tem um filho são algumas das menores mudanças: agora Johnny consegue prever o futuro ao tocar em alguém e terá que decidir se usa esse poder para interferir em diferentes acontecimentos, que vão de crimes até catástrofes terríveis, ou se deixa o destino se concretizar diante de seus olhos. 

    Carrie, a Estranha (1977)

    O que acontece quando alguém mistura terror e dilemas adolescentes? O primeiro romance publicado de Stephen King, Carrie, a Estranha, também rendeu uma adaptação para filme que marcou gerações e é considerado um clássico do gênero.

    Dirigido por Brian De Palma, o filme mostra a história da jovem Carrie, cuja mãe é uma terrível fanática religiosa que coloca a vida da filha dentro de uma redoma de ignorância. Sem amigos no colégio, onde sempre é ridicularizada, Carrie descobre que possui poderes psicocinéticos que podem causar sérios danos quando a garota sente medo ou raiva. Quando ela se torna vítima de uma nova humilhação, são os presentes no baile da escola que sofrerão com as consequências.

    It - A Coisa (2017)

    Inspiração de uma das séries mais amadas da Netflix, Stranger Things, It - A Coisa é um clássico que dá medo, ao mesmo tempo que encanta pela genialidade com que consegue fazer o espectador (e o leitor!) se apegar a um grupo de adolescentes lutando contra o desconhecido. Em Derry, uma pequena cidade no Maine, um grupo de jovens se vê diante de crimes aterrorizantes: crianças estão sumindo e apenas partes de seus corpos vêm sendo encontradas. Quem será o responsável por trás de algo tão cruel?

    Com uma atuação impressionante de Bill Skarsgård no papel do palhaço Pennywise, que pode mudar de forma para se alimentar do medo de diferentes pessoas, e sustos que arrepiam até a alma do público, It sempre será lembrada como uma história icônica, que envolve por completo quem a assiste ou lê.

    À Espera de Um Milagre (1999)

    Mais uma adaptação de King com Frank Darabont na direção, À Espera de Um Milagre pode ser considerado mais fantasioso e menos aterrorizante por muitos, mas a verdade é que a história do gigante, em tamanho e gentileza, John Coffey (Michael Clarke Duncam), é um verdadeiro pesadelo. Condenado à morte por um crime que não cometeu, Coffey é mandado para uma prisão sulista em meio a segregação racial dos Estados Unidos, onde conhece Paul Edgecomb (Tom Hanks), o chefe da guarda que aos poucos descobre não só a inocência, mas os poderes de cura que o preso possui.

    Esta é uma história triste e emocionante, com toques de humor que aparecem nos momentos certos, além de longa — provável herança da forma como King a publicou pela primeira vez: dividida em seis partes.

    Conta Comigo (1986)

    Uma verdadeira viagem nostálgica sobre amizades, crescimento e a forma como algumas coisas parecem mais fáceis na infância, Conta Comigo é outro clássico de King que foi adaptado para filme nos anos 1980. Dirigido por Rob Reiner, o filme conta a história de um grupo de quatro garotos: Gordie Lachance (Wil Wheaton/Richard Dreyfuss), Chris Chambers (River Phoenix), Teddy Duchamp (Corey Feldman) e Vern Tessio (Jerry O'Connell), que ouvem um boato e partem para a floresta de Castle Rock em busca de uma aventura um tanto mórbida: encontrar o corpo de um jovem que morreu anos antes deles.

    Ao melhor estilo “O que importa é a jornada, e não o destino final”, eles enfrentam juntos uma série de perigos e desafios, além de seus próprios medos, que aparecem entre confissões carregadas de mágoa, histórias sobre pais que certamente não estavam preparados para criar aquelas crianças, e pitadas de esperança acompanhadas dos sonhos de cada um deles, que em um futuro próximo deixarão de ser adolescentes para se tornarem adultos.

    Um Sonho de Liberdade (1994)

    Também dirigido por Darabont, Um Sonho de Liberdade é outra história de King que retrata um preso que foi parar na cadeira de forma injusta: o condenado da vez é Andy Dufresne (Tim Robbins), um jovem e bem sucedido banqueiro que é acusado de matar sua ex-mulher e o amante dela, e então punido com prisão perpétua. Na penitenciária, em meio a guardas, diretores e detentos agressivos e corruptos, o único ombro amigo que Dufresne encontra é o de Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), que já cumpre pena há 20 anos. 

    Retratando a história de um homem que se recusa a perder a esperança mesmo em meio ao caos, o filme foi bem recebido pela crítica na época do lançamento, mas certamente cresceu ao longo dos anos. Grande parte do sucesso é atribuída à atuação de Freeman — público e crítica afirmavam inclusive que o ator deveria ter recebido mais tempo de tela no longa.

    Louca Obsessão (1990)

    Também dirigido por Rob Reiner, Louca Obsessão é uma das melhores adaptações de King. Os dois formatos, livro e filme, brilham ao explorar uma história que acontece, na maior parte do tempo, entre apenas duas pessoas sob uma pequena casa isolada de regiões de maior movimento. Tudo começa quando o famoso escritor Paul Sheldon (James Caan) sofre um acidente de carro e é socorrido pela enfermeira Annie Wilkes (Kathy Bates). Que sorte a dele, não é mesmo? Ser encontrado por uma profissional da saúde que ainda por cima é fã de seu trabalho, ou seja, cuidará dele muito bem.

    No entanto, quando Annie descobre qual destino Paul está preparando para sua personagem preferida de um dos livros dele, tudo muda e a fã se torna completamente maníaca, exigindo que o autor mude a história e transformando a vida dele em um verdadeiro pesadelo. A cena final do filme é capaz de arrepiar espinhas e plantar uma dúvida, mesmo que por poucos segundos, na cabeça de qualquer um.

    O Iluminado (1980)

    Inspirado na parte menos macabra de uma viagem que King fez com sua esposa para um hotel no qual eles eram os únicos hóspedes, O Iluminado, dirigido por Stanley Kubrick, conta a história de Jack Torrance (Jack Nicholson), um escritor que, em busca de um emprego, une o útil ao agradável ao garantir uma vaga como zelador de um gigantesco hotel que fecha durante o inverno: dinheiro e paz para escrever.

    O autor se muda para o local com sua família, mas os quartos e corredores misteriosos do local logo mexem com sua mente, que fica completamente perturbada, e se torna um risco para sua mulher, Winifred  (Shelley Duvall), e o filho pequeno do casal, Danny (Danny Lloyd), que possui uma estranha ligação com o hotel. Com cenas que se tornaram objeto de estudo em muitos cursos sobre cinema e uma história repleta de tensão, O Iluminado é frequentemente considerada a melhor adaptação de uma obra de Stephen King, embora Kubrick tenha adicionado seus próprios toques e conceitos ao filme se distanciando da obra original com sua atmosfera aterrorizante própria. 

    Onde assistir as melhores adaptações de Stephen King?

    Veja abaixo em quais serviços de streaming assistir aos melhores filmes que são adaptações de histórias escritas por Stephen King.

  • Como Superman Prepara o Novo Universo Cinematográfico da DC (DCU)?

    Como Superman Prepara o Novo Universo Cinematográfico da DC (DCU)?

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    O filme Superman, a principal produção que dá o pontapé inicial no novo Universo Cinematográfico da DC Comics (DCU), finalmente estreou e trouxe com ele uma série de pistas sobre o futuro desta nova fase do selo de quadrinhos no cinema e na televisão. A história de Clark Kent/Superman (David Corenswet) e Lois Lane (Rachel Brosnahan) conta com diversos outros personagens que também ajudarão a moldar o DCU do diretor James Gunn, que comanda o projeto ao lado do produtor Peter Safran.

    Neste guia da JustWatch, confira como Superman prepara o público para os próximos passos do DCU, para além de filmes menos sombrios e sem grandes produções apresentando histórias de origem dos personagens, e em quais serviços de streaming encontrar as produções deste recomeço da DC.

    Para quem não ainda não assistiu: cuidado, spoilers de Superman abaixo!

    Supergirl

    A pista mais evidente que Superman traz é sobre a prima do personagem, Kara Zor-El, que ganhará seu próprio filme, Supergirl, em 26 de junho de 2026, ou seja, em menos de um ano. Ela teve uma curta aparição no final de Superman, quando o herói está descansando na Fortaleza da Solidão e Supergirl (Milly Alcock) aparece bêbada, interrompendo-o e informando que está ali para buscar Krypto antes de partir para mais uma festa pelo espaço — segundo Superman, Kara voa para planetas com sóis vermelhos, cuja luz diminui os poderes kryptonianos, com o objetivo de ficar bêbada. 

    É exatamente assim, levemente alterada, que a personagem aparece em Supergirl: A Mulher do Amanhã. A HQ de Tom King e Bilquis Evely (artista brasileira) foi a grande inspiração para o filme da super-heroína, cujo diretor é Craig Gillespie, conhecido por trabalhos como A Hora do Espanto e Cruella. Desta forma, podemos esperar por mais Krypto no longa de Kara, que também terá a participação do Lobo, interpretado por Jason Momoa (que já fez parte da DC como Aquaman, mas foi escalado novamente; lembrando que os filmes do DCEU não fazem parte do novo DCU, o que permite que o público separe um personagem do outro).

    É provável que o filme, trazendo uma atmosfera mais sombria, explore as diferenças entre a Supergirl e o Super-Homem, já que ela viveu 14 anos em Krypton antes de fugir para a Terra, e forneça mais detalhes sobre o fato de que os kryptonianos enviaram Superman ao nosso planeta para conquistá-lo.

    Liga da Justiça

    Embora o nome ainda não pareça ser um consenso entre o grupo, a Gangue da Justiça, formada por Sr. Incrível (Edi Gathegi), Guy Gardner/Lanterna Verde (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced) e Rex Mason/Metamorfo, deve se tornar a Liga da Justiça no futuro. No filme o grupo adquire o local que será conhecido como Hall da Justiça, onde inclusive aparece um mural em que podem ser vistos os personagens Cavaleiro Silencioso, Pirata Negro, Pantera e Flash (Jay Garrick, o Flash original) — os dois últimos já foram assumidos por diferentes meta-humanos, o que oferece certa liberdade para James Gunn decidir qual versão aparecerá no DCU.

    Além disso, é mostrado que a Gangue da Justiça é financiada pelo bilionário Maxwell Lord (Sean Gunn), dono da LordTech, que aparece rapidamente no filme e deixa bastante explícito que não gosta nem um pouco de Lex Luthor (Nicholas Hoult). O logo da LordTech também aparece de forma breve em um gravador de Lois Lane, mostrando mais do tamanho da presença da empresa.

    É importante ressaltar também que a série Lanternas, que também faz parte do novo DCU, apresentará mais dois Lanternas Verdes: Hal Jordan (Kyle Chandler), um dos fundadores da Liga da Justiça nas histórias em quadrinhos, e e John Stewart (Aaron Pierre), já conhecido do público por ter feito parte das séries animadas Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. 

    Ultraman, o Bizarro?

    Uma forte teoria indica também que Ultraman, o clone do Superman criado por Luthor, na verdade seja o Bizarro, embora ele não apareça com o rosto desfigurado como geralmente é visto nos quadrinhos. Este personagem é um clone imperfeito do Superman, que tem poderes contrários ao do herói, e que já teve sua origem sendo apresentada de diversas formas nos quadrinhos, o que certamente deu certa liberdade para que Gunn o trouxesse dessa forma. 

    Outra evidência de que o clone se trata de Bizarro é o momento em que  Superman joga o Ultraman na frente de um ônibus que o envia para um buraco negro em outra dimensão, o mesmo em que está o rio antiprótons do universo compacto de Luthor, que tinham o formato de cubos, a mesma forma do Mundo Bizarro, um planeta fictício da DC em que tudo funciona de forma contrária a da Terra. Desta forma, muitos fãs vêm se perguntando se voltarão a ver o Ultraman no futuro, caso seja confirmado que ele realmente é o Bizarro.

    2ª Temporada do Pacificador

    Em Superman, também temos John Cena em seu icônico papel como Christopher Smith/Pacificador, e o filme deu diversas dicas sobre o que esperar da 2ª temporada de Pacificador, que estreia em 21 de agosto de 2025. Vale lembrar, inclusive, que Gunn revelou que os eventos de Superman serão relevantes nesta nova temporada, cujo trailer mostra o Pacificador fazendo uma entrevista para entrar na Gangue da Justiça e sendo rejeitado. Em breve o público terá mais contexto para assistir a cena, que talvez seja uma indicação de que novos integrantes chegarão ao grupo no futuro.

    Outro personagem que estará na 2ª temporada do Pacificador e que deve se tornar mais importante no futuro do DCU é Rick Flag Sr. (Frank Grillo), que já havia aparecido em Comando das Criaturas, animação que pode ter passado despercebida por muita gente, mas foi, em teoria, o primeiro projeto oficial desta nova fase da DC.

    Em Superman, o personagem se torna Secretário de Defesa dos Estados Unidos, mas a animação já havia mostrado que Flag Sr. trabalhava com Amanda Waller (Viola Davis), conhecida por querer controlar os meta humanos nos quadrinhos, algo que o Secretário provavelmente também deseja. Já em Pacificador, Flag Sr. deve aparecer buscando vingança pela morte de seu filho, Rick Flag, que aconteceu no filme O Esquadrão Suicida.

    Onde assistir 'Superman' e outras produções do novo DCU?

    Confira abaixo em quais serviços de streaming assistir Superman e outros filmes, séries e animações do novo Universo Cinematográfico da DC online.

  • Os 10 Melhores Filmes e Séries com Nicholas Hoult

    Os 10 Melhores Filmes e Séries com Nicholas Hoult

    Bruno Pinheiro Melim

    Bruno Pinheiro Melim

    Editor JustWatch

    Com uma carreira no cinema iniciada com apenas 11 anos, quando interpretou uma criança que ensina um homem como ser um adulto maduro, em Um Grande Garoto, o versátil Nicholas Hoult chega à sua ‘era de ouro’ acumulando importantes papéis e se desafiando cada vez mais, ao viver personagens complexos e ambíguos.

    Sua nova empreitada no universo dos super-heróis, apresentará o ator na pele de um dos vilões mais conhecidos da DC, o Lex Luthor. Incluindo o novo Superman, de James Gunn, preparamos este guia para que você possa conhecer mais a fundo a filmografia de Nicholas Hoult, e mergulhar nos melhores filmes do ator. 

    Mad Max: Estrada da Fúria (2015) 

    O que dizer da interpretação de Nicholas Hoult em Mad Max: Estrada da Fúria? Mesmo sendo um filme protagonizado pelos dois pesos pesados, Tom Hardy (Max) e Charlize Theron (Furiosa), o ator consegue estar à altura da dupla ao brilhar na pele do insano e eufórico Nux, um jovem War Boy que, de início, é um devoto de Immortan Joe, mas que acaba por virar a casaca e ajudar Max e Furiosa na sua vertiginosa fuga pelo deserto.

    Para muitos, é o personagem mais interessante e complexo do filme, já que é um homem que vive no limite e acredita religiosamente que, ao morrer na Estrada da Fúria, alcançará o Valhalla. Algumas das melhores cenas dessa intensa e alucinante obra, acontece com a presença de Nux em tela, e uma das frases mais marcantes do longa, também é de sua autoria: "What a lovely day!" ("Que dia lindo!").

    Jurado Nº 2 (2024)

    O longa mais recente de Clint Eastwood tem qualquer coisa de especial, principalmente por conta da atuação de Nicholas Hoult. Jurado Nº 2 é um daqueles filmes os quais, durante toda a sua duração, nos perguntamos o que faríamos se estivéssemos na pele do protagonista. É uma obra que recupera a melhor fase de Clint, onde o diretor coloca o seu protagonista em um dilema moral bastante complexo.

    Ao dar vida a Justin Kemp, um homem que participa do júri no julgamento de um caso que ele mesmo está envolvido, Nicholas entrega uma interpretação repleta de nuances de um personagem alcoólatra consumido pela culpa, mas que ao mesmo tempo tenta se reinventar na vida.

    Nosferatu (2024) 

    Nesta adaptação de Robert Eggers, do clássico expressionista Nosferatu, de F.W. Murnau, que por sua vez adaptou (de forma não autorizada) o livro Drácula, de Bram Stoker, Nicholas Hoult dá vida ao azarado Thomas Hutter. Ele é o responsável por conduzir a parte burocrática da compra do novo imóvel de… Conde Drácula! Ou melhor, Conde Orlok, no filme de Eggers.

    Com uma atmosfera gótica e um visual bastante gráfico, o novo Nosferatu explora a perturbadora relação entre Ellen (esposa de Thomas) e Orlok, que se comunicam através dos sonhos, além de se aprofundar nos transtornos e paranoias de Thomas, que fica preso no castelo de Orlok, na Transilvânia. É uma atuação que exige do ator uma amplitude emocional gigantesca, ao dar vida a um homem cético que, aos poucos, se vê tomado pelo medo do sobrenatural.

    Skins (2007-2013)

    Talvez o trabalho que mais tenha popularizado Nicholas Hoult, antes dele iniciar a sua ‘fase de ouro’ atuando em grandes filmes de diretores respeitadíssimos, seja na série Skins. Famosa por ter conquistado uma legião de fãs durante o início do século, a produção britânica acompanha um grupo de adolescentes de Bristol, que vivenciam intensamente essa fase de experimentação, através da sexualidade, de relacionamentos complexos e de desafios às autoridades.

    Com personagens extremamente bem trabalhados, a série foi responsável por ter revelado muitos jovens que se tornaram atores consolidados no meio, como por exemplo Jack O’Connell, Dev Patel, Kaya Scodelario, Daniel Kaluuya e, obviamente, Nicholas Hoult, que interpreta Tony, um jovem charmoso, manipulador e narcisista, que é irmão mais velho de uma das protagonistas, Effy.

    A Favorita (2018)

    O indicado a 8 Oscars da Academia, A Favorita, trouxe Nicholas Hoult em um personagem mais burlesco e exagerado. O ator interpreta Harley, um político da corte da Inglaterra do século XVIII, que exagera na peruca e no jeito como se comporta, tudo isso para impressionar a Rainha Anne em busca de ascensão e influência.

    Utilizando todo o seu jogo de cintura, sua simpatia e poder de manipulação, o personagem exerce uma função importante na trama, já que é ele quem coloca Abigail próxima à Rainha, na tentativa de espionar Sarah - a influente amiga de Anne. É, sem dúvida, um papel marcante na carreira de Nicholas, que demonstra sua versatilidade ao representar impecavelmente uma figura de época.

    X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)

    Entre os vários filmes de X-Men em que Nicholas Hoult trabalhou, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido talvez seja o mais memorável de todos, muito por conta da complexa trama de viagem no tempo, como também das atuações memoráveis. 

    Interpretando o cientista Hank McCoy, que também pode ser chamado de Fera, Nicholas dá vida a uma figura que lida com um dilema interior muito grande, uma vez que sua mutação foi potencializada pelas suas próprias experiências. Seu personagem desempenha um papel essencial, tanto no arco narrativo que se passa no passado, quanto no que se desenrola no futuro. Vale recordar que a história se situa em dois períodos, já que Wolverine é obrigado a voltar no tempo para evitar que os mutantes sejam permanentemente eliminados.

    O Menu (2022)

    Que tal uma viagem à uma ilha para experimentar um menu exclusivo de um prestigiado chef?  Esse é o objetivo do casal formado por Tyler e Margot, interpretados por Nicholas Hoult e Anya Taylor-Joy que, durante uma viagem gastronômica, acabam se envolvendo em uma série de surpresas macabras.

    Tyler, ao contrário dos outros convidados da ilha, não representa propriamente a elite, sendo um entusiasta da alta gastronomia, que frequentemente age com uma postura bastante ‘hyper’. Em O Menu, à medida que as surpresas perturbadoras do Chef Slowik vão sendo reveladas, fica a pergunta se Tyler, mesmo idolatrando o cozinheiro, está disposto a vivenciar a experiência até o seu limite. É, sem dúvida, uma performance imersiva e bastante aficionada do ator britânico.

    The Great (2020-2023)

    A habilidade de Nicholas Hoult em dar vida a personagens em produções de época é demonstrada também em The Great. Na série, acompanhamos a - no mínimo - ‘complicada’ relação entre a imperatriz mais longeva do império russo, Catarina II, a Grande, e seu problemático marido, o czar Pedro III, durante o século XVIII. 

    Através de um relacionamento extremamente conturbado, presenciamos, de forma cômica, toda a ascensão de Catarina até se tornar imperatriz, fato consolidado com um golpe - acredite se quiser - no próprio marido. A série entrega uma reconstrução histórica belíssima, além de uma atuação notável dos dois protagonistas, Elle Fanning e Nicholas Hoult.

    Um Grande Garoto (2002)

    O filme que apresentou ao mundo o talento do - na época ainda criança - Nicholas Hoult, foi Um Grande Garoto. Nesta comédia sensível, que explora os meandros de uma relação entre um homem e uma criança, o ator dá um show à parte ao interpretar um garoto que mostra a um sujeito mulherengo e irresponsável, como se comportar como um verdadeiro adulto. Em contrapartida, o homem o ajuda a lidar melhor com o seu isolamento na escola.

    É um filme que depende da atuação de Nicholas para o seu sucesso, já que seu personagem é um dos protagonistas da trama. Mesmo com apenas 11 anos de idade, o ator demonstrou uma técnica e ternura fora do comum, ao interpretar uma criança rodeada de problemas pessoais e questões de identidade, mas que ainda assim nos ensina muito.

    Superman (2025)

    Nicholas Hoult, inicialmente, tinha feito o teste para ser o novo Super-Homem no filme Superman. No entanto, o diretor James Gunn contactou o ator, para saber se ele topava dar vida a um dos mais conhecidos vilões do herói, Lex Luthor.

    No novo filme do Homem de Aço, interpretado por David Corenswet, o ético e bondoso herói tenta conciliar a sua vida de super-poderes com a sua vida humana como Clark Kent, ao lado de Lois Lane. Lex, o megaempresário que, como sempre, está na cola do último filho de Krypton, tenta bolar um plano - mais do que sofisticado - para deter Superman, o que pode acabar gerando a destruição completa de Metrópolis. É um filme que promete recuperar o prestígio do herói no cinema, e apresentar um leque de atores, incluindo Nicholas, que podem perdurar no universo durante os próximos anos.

    Onde assistir aos melhores filmes e séries com Nicholas Hoult em streaming?

    Abaixo, saiba onde encontrar os melhores filmes e séries com o ator Nicholas Hoult, todos disponíveis online, em streaming!

  • 6 Episódios Mais Sombrios de ‘Os Smurfs’ Que Você Não Se Lembra

    6 Episódios Mais Sombrios de ‘Os Smurfs’ Que Você Não Se Lembra

    Beatriz Coutinho

    Beatriz Coutinho

    Editor JustWatch

    Criados no fim dos anos 1950, os Smurfs se tornaram muito populares graças à primeira série animada sobre os personagens, lançada em 1981, que em 2021 ganhou uma versão mais moderna. Juntos, os desenhos acumulam centenas de episódios, que embora tenham crianças como público alvo, contam com algumas histórias mais sombrias. Nesta lista da JustWatch, confira episódios assustadores de Os Smurfs, dos quais você provavelmente se esqueceu, mas que podem ser uma ótima opção para assistir em família neste Halloween.

    Vale lembrar que a franquia ganhou um novo filme recentemente. Smurfs estreou no Brasil em 17 de julho, e mostra o momento em que Papai Smurf é raptado pelos irmãos e bruxos malvados Gargamel e Razamel, enquanto Smurfette lidera uma missão de resgate pelo líder dos Smurfs no mundo real. Porém, a franquia conhecida por seu humor e alegria contagiante tem alguns episódios mais sombrios que podem ser perfeitos para essa época do ano.

    1. Os Smurfs Roxos - Os Smurfs (1981)

    No 16º episódio da primeira temporada da animação original de Os Smurfs, temos uma das histórias mais assustadoras envolvendo as criaturinhas, quando uma simples picada de inseto se transforma em um verdadeiro apocalipse zumbi na vila azul. 

    Tudo começa quando Preguiçoso é picado por uma mosca roxa e fica completamente maluco e agressivo, comportamento que logo se espalha entre os Smurfs, atingindo até mesmo o Papai Smurf. No maior clima de Thriller, do Michael Jackson, o episódio é até mesmo um pouquinho desesperador, mas ainda assim divertido e equilibrado para não dar tanto medo assim nas crianças, além de obviamente trazer um final feliz para o caos.

    2. Do que os Sonhos são Smurfeitos - Os Smurfs (1981)

    Enquanto a história dos Smurfs roxos brinca com a ideia de infecção, o episódio 34 da 2ª temporada de Os Smurfs mergulha na mente de cada criatura e mostra seus medos mais profundos. Tudo começa quando Smurfette acredita estar sendo perseguida por flores lindas, mas cruéis, e Habilidoso parece ser comido pela mandíbula enorme de uma de suas invenções, mas então eles acordam e percebem que tiveram pesadelos, que começam a se alastrar por todos da vila. 

    Entregando tensão psicológica digna de suspense ao mesmo tempo em que envolve muito humor, o episódio também tem a participação do bruxo Gargamel e de seu gato Cruel, e aborda a importância de entendermos que pesadelos não são reais, portanto, podemos vencê-los, não importando o tamanho de nosso medo — além de trazer um visual retrô super charmoso, a cara de quem curtiu Cuphead - A Série.

    3. Lobo em Pele de Peewit - Os Smurfs (1981)

    No 26º episódio da 3ª temporada, Gargamel não dá as caras, mas isso não significa que os Smurfs ficariam livres da presença de algum feiticeiro malvado e maluco. Quando o bruxo maligno Radna transforma Peewit em um lobisomem e o pobre artista ataca a vila dos Smurfs, uma confusão enorme se inicia.

    Embora seja menos apocalíptico que outros episódios assustadores, Lobo em Pele de Peewit explora a sensação de quando o perigo vem de dentro, mas também conta com um final feliz para amenizar o pânico e transmitir as clássicas mensagens sobre coragem e trabalho em equipe dos Smurfs. Para seguir na mesma linha, mas de forma mais encantadora, o filme Alfie, o Pequeno Lobisomem é uma ótima sugestão.

    4. O Feitiço do Tesouro dos Smurfs - Smurfs (2021)

    No 16ª episódio da 1ª temporada da nova animação Smurfs, uma saga como a dos anões em O Hobbit: Uma Jornada Inesperada se inicia, e apesar de infantil, deixará qualquer um bastante tenso. 

    Aqui, Vaidoso fica enfeitiçado de forma obsessiva e perigosa por uma pedra preciosa, o que é perturbador de ser assistido, pois de repente um personagem super simpático fica assustador e ainda coloca toda a sua família em risco, mesmo sem ter total consciência disso. Comparado com episódios assustadores mais clássicos, esse parece inofensivo, mas traz até mesmo reflexões sobre ganância.

    5. Smurfs Assustadores - Os Smurfs (1981)

    O 13º episódio da 9º temporada da animação original, Smurfs Assustadores, conta a estranha história do dia em que um redemoinho do tempo levou vários Smurfs para uma terra desconhecida e assustadora. Lá árvores e esquilos não pareciam ser exatamente o que eram, revelando versões apavorantes delas mesmas, o que apavora os Smurfs, que com fome em meio a confusão, acabam comendo o que não deviam, se transformando em monstros horríveis. 

    Ao melhor estilo do clássico conto infantil João e Maria, este episódio pode até ser menos amedrontador que outros, mas ainda assim dá uma sensação de estranheza que traz certo desconforto até o final enfim trazer alívio e felicidade, dando aquele gostinho de: “Ufa, superamos esse caos!”.

    6. Curta especial - Os Smurfs: O Conto de Halloween (2013)

    Encerrando a lista, temos Os Smurfs: O Conto do Halloween, um curta especial de Dia das Bruxas, que abraça de vez o clima de terror, mas ainda assim de forma leve e divertida. Na mesma pegada do filme O Cavaleiro sem Cabeça e a Abóbora Assombrada, como uma espécie de episódio independente, ele conta a história do Cavaleiro Sem Cabeça que mora em Smurfy Hollow, e surpreende os Smurfs entre sustos e humor. 

    Enquanto os outros episódios são mais tradicionais, este brinca com elementos assustadores desde o início, como florestas misteriosas e fantasmas, rendendo momentos de arrepiar, mas sem deixar o bom-humor de lado, entretendo e gerando curiosidade ao mesmo tempo.

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