O Super-Homem apareceu pela primeira vez nas histórias em quadrinhos em 1938 e em pouco tempo se tornou um fenômeno. Afinal de contas, como um personagem com uma história tão emocionante — um alienígena poderosíssimo enviado à Terra ainda bebê, que cresce em um planeta totalmente diferente do seu e ainda o protege quando se torna adulto — não cairia nas graças do público?
Extremamente poderoso, o Super-Homem é o ideal de super-herói que habita a imaginação de muita gente, mas esqueça tudo o que ele já fez em filmes como Superman ou Homem de Aço, isso não é nada perto do que o Super-Homem Cósmico, Armadura Cósmica ou Robô do Pensamento, pode fazer.
Se você sentiu uma certa empolgação aí do outro lado da tela, não se anime, você provavelmente nunca verá esta versão praticamente onipotente do personagem em filmes ou séries de TV — ela está limitada aos quadrinhos, onde sua história funciona melhor, não importa o quanto alguns fãs da DC torçam para que isso aconteça.
Quem é o Super-Homem Cósmico, a versão mais poderosa do herói?
Entre 2008 e 2009, o autor Grant Morrison e o ilustrador J. G. Jones publicaram as HQs Crise Final, que encerram duas grandes sagas entre os quadrinhos da DC, Crise nas Infinitas Terras e Crise Infinita, e apresentaram uma história sobre o bem contra o mal. Embora a premissa seja interessante, as HQs receberam algumas críticas por parte dos fãs por conterem muitas narrativas paralelas, o que segundo eles tornou a leitura difícil e confusa.
A história Super Beyond, lançada entre as edições 3 e 6 de Crise Final, mostra o Super-Homem indo além de tudo para salvar a vida de Lois Lane, que está internada em um hospital, quando faz um acordo: Lane será curada caso ele ajude a salvar o mundo da ficção, que Mandrakk, o Monitor Sombrio, está tentando destruir após enlouquecer.
Desta forma, o personagem é guiado ao Limbo, local em que os heróis desaparecem caso sejam esquecidos pelos escritores de HQs e pelo público, com a ajuda dos Monitores — criaturas cósmicas que queriam salvar o universo e manter seu equilíbrio, mas que funcionam justamente como metáforas para os autores das histórias. Os Monitores recrutam o Super-Homem para lutar contra Mandrakk porque sabem que ele representa a ideia de heroísmo e que dará tudo de si para salvar não somente Lois, mas o mundo.
Assim, os Monitores unem Super-Homem e Ultraman, a versão maligna e corrompida do herói, formando o Super-Homem Armadura Cósmica, um robô gigante, controlado pelos pensamentos do Super-Homem. Ele é capaz de se adaptar aos golpes que recebe, aprimorando-se a cada investida, e possui poderes como consciência espacial e transdimensional. Isso permite que ele se defenda de manipulações dimensionais e de enredo que poderiam apagar sua existência, tornando-o um verdadeiro dispositivo narrativo que sabe que está em uma história e assume o controle dela — inclusive quebrando a quarta parede e conversando com o público (algo parecido com a principal característica do Deadpool, da Marvel). Ou seja, não importa o que o inimigo faça, o Super-Homem não vai morrer porque a história precisa continuar.
Sem apresentar fraquezas em uma batalha épica, este robô ultrapoderoso do Super-Homem contém o Limbo e vence Mandrakk retirando-o da história e garantindo o futuro. A versão Armadura Cósmica se desintegra por não ser mais necessária, e o herói retorna ao seu mundo, encontrando assim uma maneira de também salvar Lois. A história ainda termina com uma expressão comum dos quadrinhos, “Continua”, uma forma de mostrar que o Super-Homem, suas histórias e a esperança que ele representa precisam continuar existindo.
Por que é praticamente impossível que o Super-Homem Cósmico seja adaptado para Filme ou Série?
A esta altura, como você já deve ter percebido, Superman Beyond é uma história complexa, ligada a outra narrativa principal que depende do público ter um conhecimento mínimo sobre dois outros grandes arcos já mencionados: Crise nas Infinitas Terras e Crise Infinita.
Levar o Super-Homem Cósmico para as telas do cinema ou para episódios de série, exigiria que diretores e roteiristas apresentassem aos espectadores o conceito de multiverso da DC, além de criaturas como os Monitores, o Vazio, e pelo menos parte do que aconteceu durante as Crises. Tudo isso já torna necessária a criação de um novo universo cinematográfico inteiro, que certamente duraria anos e precisaria de no mínimo cinco filmes para criar uma base sólida. Neste momento em que os filmes da DC ainda não formam um conjunto tão robusto, seria muito caro e arriscado produzir algo tão grandioso, fantasioso e repleto de mensagens sobre escrita, heroísmo e finais felizes como esta.
E se você está se perguntando por qual motivo alguém não poderia simplesmente decidir alterar a história do Super-Homem Cósmico e utilizá-lo sem apresentar sua origem, a resposta é: não é tão simples assim. O personagem é grandioso e poderoso demais, mas além disso, sem sua história e contextos, ele se torna apenas um Super-Homem Robô.
É por esses motivos que não faz sentido adaptar o Super-Homem Cósmico, a versão mais poderosa do herói, para o cinema ou a televisão. No entanto, a grande maioria dos filmes, séries e animações sobre o personagem já cumpre muito bem a missão de entregar narrativas emocionantes, e complexas na medida certa, sobre um dos super-heróis mais amados da cultura pop.
Onde assistir as produções com versões poderosas do Super-Homem?
Confira abaixo quais são as melhores produções com as versões mais poderosas do Super-Homem, passando por filmes, séries e animações, e em quais serviços de streaming assistir a elas.

































































































