Recentemente ficamos sabendo que uma nova adaptação de Orgulho e Preconceito, em formato de série, está sendo produzida pela Netflix, com Emma Corrin no papel de Elizabeth Bennet, Jack Lowden como Mr. Darcy e a poderosíssima Olivia Colman fazendo a Senhora Bennet.
Enquanto aguardamos ansiosos por uma nova versão cinematográfica do livro mais popular de Jane Austen, que tal passearmos por todas as adaptações oficiais da obra?
Neste guia da Justwatch, elencamos, por ordem de qualidade, todos os filmes e séries baseados em Orgulho e Preconceito. Vale pontuar ainda que só levamos em conta as produções que mencionam oficialmente o livro de Austen nos seus créditos.
1. Orgulho e Preconceito (2005)
Existem vários motivos que fazem com que a adaptação de Joe Wright seja considerada a melhor delas. A fiel reconstituição histórica, que faz com que o espectador se sinta na Inglaterra rural do início do século XIX. A admirável atuação de Keira Knightley, que inclusive foi indicada ao Oscar, é apenas uma das muitas performances incríveis. O excelente equilíbrio entre o ponto de vista moderno do diretor e a essência do livro de Jane Austen, nos faz mergulhar de cabeça na história e nos identificar ainda mais com os personagens.
Em outras palavras, para você que é apaixonado por romances de época do tipo Adoráveis Mulheres, Orgulho e Preconceito, de 2005, vai, sem dúvida, satisfazer bastante o seu gosto. É um filme que respeita a obra original, e constrói dois protagonistas (Elizabeth e Mr. Darcy) vivos e humanos, com seus sentimentos e inseguranças transbordando da tela. Com certeza, uma das maiores referências do gênero até hoje.
2. Orgulho e Preconceito (1995)
Para aqueles que querem assistir uma produção à altura (da anterior), mas ainda mais meticulosa no que diz respeito à fidelidade à obra original e a recriação histórica, a minissérie Orgulho e Preconceito, da BBC, é mais do que recomendável.
Nela, presenciamos todos os detalhes do romance entre Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, bem como as expectativas sociais (ou até mesmo os preconceitos) que os dois carregam antes de realmente se conhecerem a fundo. A preocupação em recortar apenas os ‘melhores momentos’ do livro não existe aqui. O que faz com que o ritmo da obra original e todas as suas nuances sejam transportadas para a tela, com muito refinamento.
3. Orgulho e Preconceito (1940)
É claro que não poderíamos deixar passar batido a primeira adaptação cinematográfica do clássico de Jane Austen. Dirigido por Robert Z. Leonard em 1940, Orgulho e Preconceito popularizou ainda mais a história do casal imperfeito e de classes sociais distintas, contando com uma presença de tela forte e uma química ímpar dos atores Greer Garson e Laurence Olivier.
Um dos grandes méritos do filme hollywoodiano foi ter conseguido captar o que há de mais belo no romance e colocá-lo, pela primeira vez, em imagens no cinema, mas sem necessariamente impor um rigor tão grande no que diz respeito à fidelidade da obra original. Um exemplo disso é que no longa são adicionadas algumas cenas que não existem no livro.
4. The Lizzie Bennet Diaries (2012–2013)
Quem disse que o público mais jovem também não pode ter acesso ao clássico de Austen, através de uma adaptação mais moderna e, com um formato, digamos que no mínimo, inovador? Em The Lizzie Bennet Diaries, o foco principal da história passa a ser as irmãs Bennet, e na expectativa de sua mãe em conseguir vê-las casarem.
A websérie é filmada através de um formato de vlog, onde Lizzie (Elizabeth) conta a sua história e das suas irmãs, diretamente para a câmera. O enredo se passa no século XXI, onde os conflitos das personagens passam a ser outros (mas sem deixar de lado a questão das expectativas sociais em relação às mulheres). Uma produção considerada pioneira no gênero, sendo galardoada com um Emmy.
5. Orgulho e Preconceito e Zumbis (2016)
Continuando neste recorte de produções que reinterpretam a história do livro de um ponto de vista completamente original, contemporâneo e, como aqui é o caso, através do gênero terror, chegamos em Orgulho e Preconceito e Zumbis.
Na verdade, quando nos deparamos com a premissa, e também com toda a história reimaginada para um cenário onde os zumbis ameaçam as irmãs Bennet, também conseguimos identificar um lado mais cômico e satírico — que com certeza faz parte das intenções do diretor. É um filme inusitado que entrega uma experiência bastante divertida (e por vezes assustadora), mas que tenta manter os temas mais importantes presentes no livro. Pode ser uma boa opção para quem gosta de misturas de gêneros inventivos como Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros, pois também mistura um contexto histórico com o sobrenatural de modo divertido.
6. Orgulho e Preconceito (1980)
BBC e Jane Austen, com certeza, é um match perfeito. Antes de lançar a minissérie de 1995 com Colin Firth e Jennifer Ehle, a emissora britânica já havia produzido uma série com David Rintoul e Elizabeth Garvie nos papéis principais, e logicamente, também intitulada Orgulho e Preconceito.
O compromisso com a fidelidade da obra foi levado a um nível incomum, inclusive, praticamente transcrevendo alguns diálogos originais do livro. Para aqueles que apreciam uma adaptação com um rigor formal extraordinário, é a produção mais aconselhável. Por vezes, ao assisti-la, a sensação é de que você realmente está dentro do livro, como uma espécie de personagem coadjuvante ‘observador’, testemunhando a aproximação da impulsiva Elizabeth Bennet e do orgulhoso Mr. Darcy, mas que não tem o apelo tão profundo quando a série de 1995.
7. Lost in Austen (2008)
Podemos dizer que Lost in Austen é uma produção que faz exatamente o contrário, no que diz respeito à fidelidade em relação à obra original. Isto porquê a série usa da fantasia para reimaginar a história e os personagens do livro, no melhor estilo Outlander.
Aqui, a protagonista passa a ser Amanda Price, uma fã de Austen que vive na Londres atual, e que, por acaso, acaba entrando em um portal que faz com que ela seja transportada para a época em que se situa o livro, convivendo com o mesmo universo de personagens, e (literalmente) passando a assumir o papel de Elizabeth Bennet.
Se você é um purista da história original, é melhor passar longe dessa série (pois traz algo novo a trama, assim como Orgulho e Preconceito e Zumbis). Mas se você aprecia o enredo e os temas do livro, e tem a curiosidade de saber como seria se uma pessoa moderna caísse de paraquedas naquele universo, é uma produção mais do que indicada — e por isso, se situa na sétima colocação do ranking.
8. Orgulho e Preconceito (1967)
Lá vamos nós novamente para mais uma adaptação da BBC, dessa vez com Celia Bannerman e Lewis Fiander interpretando o casal. Diferentemente das duas produções já citadas, o período de Regência é retratado aqui, com uma fotografia a preto e branco, o que acaba por prejudicar um pouco a imersão na obra — comparada às outras duas séries.
No entanto, uma das grandes virtudes de Orgulho e Preconceito, de 1967, mora no fato de que seu formato seriado deu a oportunidade ao público de ver, de maneira mais cadenciada, todos os detalhes por trás da história da família Bennet, e das expectativas impostas a todas as filhas. Pela primeira vez, o comentário (e crítica) social tão presente no livro, foi apreciado de maneira mais profunda na tela, mas sem ter o charme das adaptações posteriores da BBC. Vale mencionar ainda que existem outras versões anteriores da BBC, mas que são consideradas ‘perdidas’.
9. Noiva e Preconceito (2004)
Para não ficarmos apenas pelo ocidente, e demonstrarmos também o quão universal a história de Jane Austen pode ser, inclusive sendo representada através de uma cultura diferente, chegamos em Noiva e Preconceito, uma adaptação indiana da obra mais famosa da autora britânica.
O filme de Bollywood propõe uma abordagem completamente nova, moderna, colorida, festiva e musical, tornando-se, verdadeiramente, uma celebração do multiculturalismo. Isto porque a protagonista da história é uma mulher indiana que se envolve com um homem norte-americano.
Além dos temas clássicos do livro, no que diz respeito às diferenças sociais entre o casal, o filme amplia isso de forma bastante interessante, trazendo os personagens com nacionalidades também diferentes. O que o transforma em uma obra ainda mais contemporânea, e consequentemente, identificável, similar a Lost in Austen.
10. Orgulho e Preconceito (2003)
A coragem de adaptar um clássico de maneira moderna, nem sempre é uma receita para o sucesso. Orgulho e Preconceito, de Andrew Black, é um exemplo disso, um filme que tentou revigorar a história de Elizabeth Bennet, transportando-a para o mundo universitário norte-americano (a moda de outras produções da época como A Nova Cinderela), mas que não funcionou tão bem quanto poderia.
Apesar de manter presente uma espécie de jornada de autodescoberta da protagonista, a produção não conseguiu se aprofundar em alguns temas importantes do texto original — algo que outras adaptações alternativas como Orgulho e Preconceito e Zumbis e Lost in Austen conseguiram fazer. Mesmo assim, o longa funciona como uma comédia romântica divertida, mais direcionada a um público adolescente, ao explorar questões da juventude de maneira leve e sem muito comprometimento.




























































































