Fundado em 15 de junho de 1985 pelos diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata e pelo produtor Toshio Suzuki, o Studio Ghibli é um estúdio de animação japonês que se tornou um fenômeno mundial — inclusive no Brasil, onde conquistou milhões de fãs e tem seus filmes exibidos regularmente em cinemas e festivais.
O estúdio, que surgiu a partir da aquisição dos ativos da Topcraft, estreou com o aclamado O Castelo no Céu (1986), ainda hoje disponível nas principais plataformas de streaming.
O nome "Ghibli" foi escolhido por Hayao Miyazaki a partir do termo italiano usado para designar um vento quente do deserto do Saara. A palavra também é uma homenagem ao avião italiano Caproni Ca.309, conhecido como "Ghibli". Fascinado por aviação, Miyazaki viu um simbolismo perfeito no nome: a ideia de que o estúdio soprasse "novos ventos" na indústria de animação japonesa.
Hoje, o mascote e símbolo mais icônico do estúdio é Totoro, o adorável espírito da floresta de Meu Vizinho Totoro (1988). Inspirado nos tanukis (cães-guaxinim) e em gatos, Totoro se tornou não somente um personagem querido, mas a própria face do Studio Ghibli no mundo todo.
Se você quer conhecer mais sobre o estúdio japonês, conheça todos os filmes abaixo em ordem de lançamento e saiba onde assistir a eles online, em streaming.
O Castelo no Céu (1986)
O Castelo no Céu é o filme de estreia do Studio Ghibli. A trama acompanha os órfãos Pazu e Sheeta em uma fuga emocionante contra piratas e um exército ambicioso, em busca da misteriosa cidade flutuante de Laputa. Considerada uma obra-prima fundacional, o filme exibe a marca registrada de Hayao Miyazaki: animação meticulosa, um profundo humanismo e uma crítica sutil ao belicismo. A narrativa, repleta de aventura e coragem, é elevada pela trilha sonora épica de Joe Hisaishi.
O resultado é uma joia atemporal que continua a cativar gerações de espectadores. Vale dizer que está é uma ótima opção para quem pretende começar a se aventurar no universo do Studio Ghibli, mas corre um “sério risco” que este se torne um de seus filmes favoritos. Depois deste, uma boa opção é ver Meu Amigo Totoro e Ponyo: Uma Amizade Que Veio do Mar, pois é a mesma ideia de animação fofa para se derreter e divertir.
Meu Amigo Totoro (1988)
Meu Amigo Totoro acompanha ambas as irmãs Satsuke e Mei que se mudam para o campo para ficar perto da mãe doente. Lá, elas descobrem um mundo mágico habitado por criaturas adoráveis, incluindo o grande e cativante Totoro. Aclamado como uma obra-prima absoluta, o filme é pura poesia visual. Mais do que uma aventura, é uma terna celebração da infância, da imaginação e da conexão com a natureza, que pode ser uma boa opção para quem gostou de O Rapaz e o Monstro. Totoro se tornou um ícone cultural, personificando o espírito gentil e encantador do Studio Ghibli, em uma narrativa que aquece o coração sem necessidade de vilões.
Este é daqueles longas que você assiste com a sensação de tranquilidade e paz, e pode ser um bom companheiro para a tarde de um domingo chuvoso. Você vai perceber que, ao longo da lista, esse título é muito citado, e é por um bom motivo: ele é extremamente apaixonante e o Totoro é um personagem que com certeza você gostaria de ser amigo.
Túmulo dos Vagalumes (1988)
Túmulo dos Vagalumes é um drama intenso que acompanha a luta desesperada de dois irmãos, Seita e Setsuko, pela sobrevivência no Japão arrasado pela Segunda Guerra Mundial. Dirigido por Isao Takahata, o filme é um retrato cru e comovente dos horrores do conflito pelos olhos das crianças mais inocentes.
Aclamado universalmente pela crítica, é considerado uma das obras-primas mais poderosas e emocionalmente impactantes da história do cinema. Honestamente, é impossível não chorar. Sua narrativa sombria e realista é um testemunho comovente do custo humano da guerra, deixando uma impressão profunda e duradoura no espectador. Este é, de longe, o filme mais triste desta lista, portanto, caso você seja uma pessoa sensível, vale a pena pensar em pular este e assistir a Meu Amigo Totoro.
O Serviço de Entregas da Kiki (1989)
O Serviço de Entregas da Kiki acompanha a jovem bruxa Kiki que, aos treze anos, parte para uma cidade litorânea conforme a tradição de seu povo. Com seu gato preto Jiji, ela abre um serviço de entregas aéreas enquanto enfrenta os desafios da independência, da autoconfiança e da saudade de casa.
Considerado um clássico absoluto, o filme é uma fábula encantadora e profundamente humana sobre a transição para a vida adulta. A narrativa cativa pela simplicidade, otimismo e pela mensagem universal sobre encontrar o próprio lugar no mundo, bem diferente de Túmulo dos Vagalumes, mas ainda assim se tornando um dos títulos mais queridos do estúdio. Para fãs de narrativas com mulheres poderosas, esta é uma boa opção.
Memórias de Ontem (1991)
A trama de Memórias de Ontem segue Taeko, uma solteira de 27 anos que, durante uma viagem ao campo, se vê inundada por lembranças vívidas de sua infância, refletindo sobre as escolhas que a trouxeram à vida adulta. Aclamado pela crítica, o longa é uma obra introspectiva e poeticamente realista. Não focada em conflitos grandiosos, sua força está na delicadeza com que explora a nostalgia, a passagem do tempo e a universalidade de se revisitar o próprio passado, sendo considerado uma joia sensível e profundamente humana da animação.
Talvez, diferente de O Serviço de Entregas da Kiki e Meu Amigo Totoro, este seja um dos longas do Studio Ghibli que seja mais apropriado ao público adulto pela sua temática mais “séria” e menos chamativa a crianças.
Porco Rosso: O Último Herói Romântico (1992)
Porco Rosso segue Marco Pagot, um ex-gênio da aviação italiano agora metamorfoseado em um homem-porco, que trabalha como caçador de recompensas no Mar Adriático dos anos 1930. Ele enfrenta piratas aéreos e a ameaça do rival americano Curtis, enquanto luta contra seu próprio desencanto pela humanidade.
Aclamado como uma das obras mais charmosas de Miyazaki, o filme é uma fábula madura e melancólica. Misturando aventura sky-punk, romance e humor, explora temas profundos como identidade, honra e redenção, tudo com um visual deslumbrante e um espírito profundamente romântico. Com certeza agrada a todos os públicos, principalmente para quem gostou de Casablanca, que apesar de bem diferente, tem um protagonista durão com características parecidas.
Eu Posso Ouvir o Oceano (1993)
Eu Posso Ouvir o Oceano é um drama adolescente do Studio Ghibli, notável por ser dirigido por Tomomi Mochizuki e não pelos fundadores do estúdio. A narrativa acompanha a complexa relação entre dois melhores amigos, Taku e Yutaka, cuja amizade é testada quando uma nova garota, Rikako, se transfere para sua escola na cidade costeira de Kōchi. Menos conhecido do grande público, o filme é uma joia escondida.
Elogiado por seu retrato realista e sensível das turbulências emocionais, inseguranças e descobertas da adolescência, cativa pela sua simplicidade, personagens genuínos e pela bela atmosfera nostálgica que evoca. Este é mais um do Studio Ghibli, assim como Memórias de Ontem, que não tenha tanto apelo para crianças pequenas, quanto tem para jovens e adolescentes.
PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins (1994)
PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins, dirigido por Isao Takahata, narra a luta de um grupo de tanukis (cães-guaxinins mitológicos japoneses) para salvar sua floresta da destruição causada por um grande projeto de urbanização nos subúrbios de Tóquio. Eles usam seus poderes ancestrais de transformação para assustar os humanos e evitar a devastação de seu habitat.
O filme aclamado pela crítica é uma fábula ecológica poderosa e inventiva. Misturando comédia, folclore e tragédia, oferece uma reflexão profunda e melancólica sobre o progresso, a perda de tradições e o impacto ambiental da expansão humana, tornando-se uma obra única e tocante. Mesmo sendo um filme mais infantil, ele faz com que espectadores de todas as idades sejam impactados.
Sussurros do Coração (1995)
Sussurros do Coração é um filme dirigido por Yoshifumi Kondō, com roteiro de Hayao Miyazaki. A narrativa acompanha Shizuku, uma jovem estudante e ávida leitora, que sonha em se tornar escritora. Seu caminho cruza com o de Seiji, um jovem determinado a se tornar um mestre lutier, e com um misterioso gato chamado Baron.
Outro título que também foi aclamado pela crítica, pode ser considerado uma joia delicada e realista. É uma celebração terna da adolescência, que explora com sensibilidade a descoberta de talentos, a inspiração criativa, a ambição e os primeiros amores, tornando-se um retrato cativante e nostálgico do amadurecimento.
Princesa Mononoke (1997)
Princesa Mononoke é um épico de fantasia ambientado no Período Muromachi do Japão. A história segue Ashitaka, um príncipe amaldiçoado, em sua jornada para encontrar uma cura. Ele se vê no centro de uma guerra feroz entre os deuses-animais da floresta, liderados pela selvagem Princesa Mononoke, e os humanos de Vila do Ferro, que consomem os recursos naturais.
Honestamente, é uma obra-prima absoluta, perfeita para fãs de Nausicaä do Vale do Vento. O longa é uma narrativa complexa e madura. É uma poderosa reflexão sobre o conflito entre natureza e civilização, sem vilões simplistas, explorando nuances sobre destruição, coexistência e redenção com uma animação deslumbrante. Assim como Meu Amigo Totoro, é um dos filmes favoritos dos fãs, angariando novos admiradores até hoje, a quase 30 anos de seu lançamento.
Meus Vizinhos os Yamadas (1999)
Meus Vizinhos os Yamadas é uma comédia familiar dirigida por Isao Takahata que se destaca radicalmente no catálogo do Ghibli por seu estilo visual único, semelhante a tiras de jornal em aquarela. A narrativa apresenta histórias descontraídas e cotidianas da família Yamada, capturando com humor e ternura suas pequenas confusões, conquistas e relacionamentos.
Aclamado pelo público por sua abordagem minimalista e poética, o filme é uma celebração singela das imperfeições e alegrias da vida doméstica. Sua profundidade está em encontrar o extraordinário no ordinário, oferecendo uma reflexão delicada e bem-humorada sobre os laços familiares, como A Viagem de Chihiro.
A Viagem de Chihiro (2001)
A Viagem de Chihiro conta a história de Chihiro, uma menina que, ao se mudar com os pais, entra em um mundo espiritual dominado por deuses, bruxas e criaturas fantásticas. Após seus pais serem transformados em porcos, ela precisa trabalhar em uma casa de banhos para libertá-los e encontrar um caminho de volta para o mundo humano.
Consagrado com o Oscar de Melhor Animação, a produção é uma obra-prima aclamada pela crítica mundial — considerado um dos melhores do estúdio. É uma rica alegoria sobre amadurecimento, resiliência e identidade, celebrada por sua imaginação transbordante, profundidade temática e pela meticulosa direção de arte de Hayao Miyazaki. Este filme é um daqueles que todos vão amar, independente da idade ou gênero, ou para quem gostou dos elementos folclóricos em Child of Kaminari Month.
O Reino dos Gatos (2002)
O Reino dos Gatos é um derivado ambientado no universo de O Serviço de Entregas da Kiki. A curta aventura acompanha Haru, uma estudante desastrada que salva um gato de ser atropelado e descobre que ele é o príncipe Lune do Reino dos Gatos. Como recompensa, ela é levada para esse mundo mágico e envolvida em um complicado acordo matrimonial.
Embora menos aclamado que os grandes clássicos do estúdio, como A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, o filme é um conto encantador e leve. Dirigido por Hiroyuki Morita, cativa pela sua inventividade, atmosfera lúdica e pela cativante premissa de explorar um reino fantástico povoado por felinos falantes.
O Castelo Animado (2004)
O Castelo Animado acompanha Sophie, uma jovem transformada em uma anciã por uma maldição. Em sua jornada para reverter o feitiço, ela encontra Howl, um misterioso feiticeiro que vive em um castelo ambulante, e se envolve em um conflito entre reinos em guerra.
Novamente, um dos filmes mais aclamados de Hayao Miyazaki, sendo uma ótima fantasia poética e complexa. Explora temas profundos como a valorização interior acima da beleza física, os horrores da guerra e a redenção por meio do amor e da coragem, tudo narrado com uma imagem deslumbrante e personagens inesquecíveis, que pode ser perfeito para quem se emocionou com o romance em Your Name. Assim como Castelo no Céu, este é uma ótima pedida para os novos aventureiros no Studio Ghibli, pois os introduz da melhor maneira possível: de forma divertida e que faz você ficar morrendo de fofura.
Contos de Terramar (2006)
Contos de Terramar é uma fantasia épica dirigida por Gorō Miyazaki, baseada na obra de Ursula K. Le Guin. A trama acompanha o arquimago Ged, que precisa investigar uma perturbação no equilíbrio do mundo enquanto protege o jovem príncipe Arren, atormentado por sua própria sombra.
Recebido com críticas mistas, o filme é notável por sua atmosfera sombria e temas filosóficos complexos. A narrativa explora dualidade, redenção e a relação do homem com a natureza, porém é frequentemente comparada – e considerada inferior – à profundidade dos romances originais, destacando-se visualmente, mas enfrentando desafios em condensar a riqueza da fonte literária.
Ponyo: Uma Amizade Que Veio do Mar (2008)
Ponyo: Uma Amizade Que Veio do Mar conta a história de Brunhilde, uma peixe-dourado que sonha em se tornar humana. Após fugir do oceano e ser encontrada pelo menino Sōsuke, ela usa sua magia para se transformar em uma garota, causando um desequilíbrio catastrófico na natureza.
Este é uma fábula encantadora; uma celebração pura da inocência infantil e da maravilha do mundo natural. Com sua animação deslumbrante e estilo inspirado em pinturas, Miyazaki oferece uma narrativa simples, mas profundamente tocante sobre amor, lealdade e a harmonia entre o homem e o mar. Este é como Meu Amigo Totoro e é perfeito para quem já é fã porque, mais uma vez, é um daqueles que agrada crianças, mas adultos também amam.
O Mundo dos Pequeninos (2010)
O Mundo dos Pequeninos acompanha a jovem Arrietty e sua família, minúsculos seres que vivem escondidos sob o assoalho de uma casa humana. Sua vida tranquila é abalada quando ela é descoberta por Sho, um menino doente que se muda para a residência, dando início a uma amizade proibida que desafia todas as regras de sua cultura.
A produção é mais uma que foi muito bem recebida pela crítica e pode ser considerada mestre quando o assunto é delicadeza e encantamento. Dirigida por Hiromasa Yonebayashi, cativa pela sua meticulosa direção de arte, que amplia a beleza do mundo cotidiano, e por sua narrativa terna sobre coragem, amizade e a nostalgia de coisas que estão desaparecendo.
Da Colina Kokuriko (2011)
Da Colina Kokuriko se passa no Japão dos anos 1960 e acompanha Umi, uma estudante que administra uma pensão familiar. Ela se une a Shun, um membro do clube de jornalismo, em uma campanha para salvar o Clube Latino, um prédio histórico de seu colégio ameaçado de demolição.
A narrativa nostálgica e comovente é uma linda celebração da juventude, do patrimônio cultural e da reconstrução do Japão no pós-guerra. Dirigido por Gorō Miyazaki, tem uma atmosfera serena, personagens genuínos e retrata de maneira sutil o despertar do primeiro amor e a importância de preservar a história de um país.
Vidas ao Vento (2013)
Vidas ao Vento é um drama biográfico que traça a vida de Jiro Horikoshi, o engenheiro aeronáutico que projetou caças japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. A narrativa acompanha seus sonhos, paixões, obstáculos e os conflitos morais de criar máquinas beligerantes em um período de grande agitação nacional.
Aclamado como uma obra-prima madura e visualmente deslumbrante, o filme é uma reflexão profundamente pessoal de Hayao Miyazaki. Explora temas como a paixão criativa, os custos humanos da guerra, a ética do trabalho e a perseverança, oferecendo um retrato íntimo e melancólico de um artista obrigado a confrontar o legado ambíguo de seu próprio gênio.
O Conto da Princesa Kaguya (2013)
O Conto da Princesa Kaguya, dirigido por Isao Takahata, é uma adaptação do conto folclórico japonês O Corte do Bambu. A narrativa acompanha uma misteriosa princesa encontrada em um bambu, criada por um humilde cortador para se tornar uma nobre, enquanto anseia pela simplicidade e liberdade de sua vida rural.
O filme é muito elogiado, principalmente por seu notável estilo visual único, que lembra pinturas tradicionais japonesas. É uma meditação profundamente poética e comovente sobre a mortalidade, a beleza efêmera da vida, a natureza e o custo de se conformar com as expectativas da sociedade.
As Memórias de Marnie (2014)
As Memórias de Marnie acompanha Anna, uma garota asmática e introspectiva enviada para passar o verão com parentes no litoral. Lá, ela se envolve em uma misteriosa amizade com Marnie, uma garota loira e vivaz que habita uma mansão abandonada, desvendando lentamente uma conexão familiar escondida no passado.
Aclamado pela crítica como um filme sensível e visualmente deslumbrante, a obra é uma exploração profunda e melancólica de temas como solidão, autoaceitação e perda, como O Menino e a Garça. Com uma narrativa introspectiva e atmosfera onírica, conclui a era de produções do Studio Ghibli com uma reflexão emocionante e terna sobre cura emocional e memória.
Aya e a Bruxa (2020)
Aya e a Bruxa é um filme de animação digital do Studio Ghibli, dirigido por Gorō Miyazaki. A história acompanha Aya, uma jovem criativa e determinada que foi adotada e agora vive com uma bruxa excêntrica e seu familiar mágico. Ela precisa usar sua astúcia para lidar com situações mágicas imprevisíveis enquanto descobre mais sobre seu próprio passado.
Recebido com críticas mistas, o filme se destaca por ser a primeira animação totalmente em CG do estúdio, marcando uma mudança técnica significativa em relação aos filmes anteriores. A narrativa mescla elementos de fantasia e amadurecimento, explorando temas de independência e autodescoberta, mas foi considerado por alguns como menos impactante em comparação com os clássicos tradicionais do Ghibli. Este vale a pena para quem gosta de novidades.
O Menino e a Garça (2023)
O Menino e a Garça é uma obra autobiográfica e fantástica de Hayao Miyazaki, que se baseou em sua infância. A história acompanha Mahito, um jovem que, após a perda da mãe durante a guerra, se muda para o interior. Lá, ele descobre uma torre misteriosa e entra em um mundo surreal governado por uma lógica onírica, guiado por uma garça cinzenta falante.
Aclamado como uma obra-prima triunfante e vencedor do Oscar, o filme – um dos mais caros já feitos no Japão, com um orçamento de US$ 53,3 milhões – é uma meditação profundamente pessoal sobre luto, crescimento e criação. Sua narrativa simbólica e não linear, repleta de imagens deslumbrantes, convida a múltiplas interpretações, funcionando como um testamento artístico e uma jornada emocional catártica sobre encontrar esperança após a dor com elementos parecidos com Suzume. Uma ótima opção para os fãs de histórias clássicas como A Viagem de Chihiro, Meu Amigo Totoro e O Castelo Animado.




























































































