O ano de 2015 ficou marcado por grandes estreias no cinema, trazendo para o público uma mistura impressionante de blockbusters, dramas emocionantes, animações inovadoras e histórias inspiradoras. De mundos pós-apocalípticos cheios de adrenalina até narrativas profundamente humanas sobre jornalismo, sobrevivência e família, os lançamentos daquele ano mostraram como o cinema pode ser diverso e envolvente. Agora que estes filmes completam 10 anos desde suas estreias, que tal relembrá-los?
Já estamos no último trimestre de 2025 e este é o momento perfeito para reassistir produções que se tornaram clássicos rapidamente, e que vão desde o retorno de grandes franquias, como o épico de ação Mad Max: Estrada da Fúria, até ideias inovadoras, como a delicada e divertida animação Divertida Mente.
Neste guia da JustWatch, relembre 10 filmes que completam 10 anos em 2025 e descubra em quais serviços de streaming assistir a eles de forma online.
Mad Max: Estrada da Fúria (2015)
Uma das maiores estreias de 2015, Mad Max: Estrada da Fúria foi um novo capítulo da saga do diretor George Miller, que se tornou um clássico quase que instantâneamente e ainda mostrou que filmes de ação podiam andar lado a lado com uma ótima história — sendo perfeito para quem curtiu Logan e até mesmo Duna. O longa trouxe Tom Hardy no papel de Max, capturado pelo cruel Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), e que passa a fazer parte de uma guerra perigosa entre ele e a Imperatriz Furiosa, interpretada de forma brilhante por Charlize Theron.
Com uma história emocionante, trilha sonora pulsante e cenas de luta e perseguição muito bem coreografadas em um deserto pós-apocalíptico, Mad Max é direto, visualmente impressionante e desenvolve seus personagens com maestria — mesmo aqueles que não são protagonistas. Vale lembrar inclusive que o filme faturou nada mais, nada menos que seis prêmios no Oscar 2016: Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som, Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem, Melhor Figurino e Melhor Edição/Montagem. Em 2024, Furiosa: Uma Saga Mad Max, foi lançado como uma prequela que conta a história de origem da personagem.
Spotlight: Segredos Revelados (2015)
Se por um lado Mad Max: Estrada da Fúria trouxe efeitos grandiosos, o grande vencedor do Oscar 2016 de Melhor Filme, Spotlight: Segredos Revelados, impressiona justamente pelo oposto, a sobriedade. O filme é ideal para quem gosta de histórias baseadas em fatos reais, como Ela Disse e The Post - A Guerra Secreta, e acompanha a equipe jornalística do The Boston Globe que publicou uma grande reportagem sobre crimes de abuso sexual e pedofilia cometidos por membros da arquidiocese católica de Boston nos anos 1990, que foram encobertos pela Igreja Católica.
Este é um drama investigativo que prende o público não pelo choque, mas pela precisão e humanidade com que revela cada camada da história, valorizando o delicado e sério trabalho jornalístico por trás de um tema complexo como este, por meio das atuações contidas, mas poderosas de Mark Ruffalo, que interpreta o repórter Michael Rezendes; Liev Schreiber, no papel do editor Marty Baron; e até mesmo de Stanley Tucci, que faz o advogado Mitchell Garabedian, uma peça importante da investigação do jornal. Vale lembrar que, na vida real, a reportagem recebeu o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 2003.
Divertida Mente (2015)
Vencedor do Oscar 2016 de Melhor Animação, Divertida Mente é mais uma animação da Disney Pixar que entrou para a lista de filmes favoritos de muita gente. O filme conta a história de Riley, uma pré-adolescente de 11 anos que está passando por uma série de mudanças em sua vida, s suas emoções que comandam o cérebro da garotinha: a Alegria, a Tristeza, o Medo, o Raiva e a Nojinho. O longa transforma a complexidade dos sentimentos humanos, principalmente das crianças, em uma aventura visual encantadora e sensível.
Entre tantos filmes de 2015 que exploraram ação e realismo, Divertida Mente brilhou justamente por olhar para dentro, mostrando que amadurecer também significa fazer as pazes com nossas próprias emoções, já que a produção aborda um tema universal: o crescimento e a aceitação da tristeza como uma parte fundamental da vida — de forma parecida com Viva: A Vida é uma Festa e A Viagem de Chihiro. Com uma narrativa inteligente, mas bastante acessível para crianças e adolescentes, e uma trilha sonora bastante delicada e divertida, o filme ressalta a importância de validar os sentimentos das crianças.
Velozes e Furiosos 7 (2015)
Se você já estava sentindo falta da ação de Mad Max, aqui vai mais um filme repleto de perseguições: Velozes e Furiosos 7, que foi tudo o que os fãs poderiam esperar de outros filmes da franquia, mas com um toque emocional inesperado por conta da morte do ator Paul Walker, que interpretava Brian, em um acidente de carro que aconteceu pouco tempo após o início das filmagens do longa.
A produção mostra Dom (Vien Diesel), Brian e Letty (Michelle Rodriguez) lidando com o assassino profissional Deckard Shaw (Jason Statham), que quer vingança pela morte de seu irmão. O diretor do filme, James Wan, decidiu não matar o personagem de Walker durante a produção, mas, sim, fazer com que ele anunciasse uma aposentadoria, o que garantiria a continuação da franquia sem possíveis furos narrativos. Assim, ele criou uma história que mistura cenas de ação de tirar o fôlego, entre saltos impossíveis e perseguições épicas, com momentos emocionantes.
Os irmãos de Walker, Caleb e Cody, foram usados como dublês do ator, cujo rosto foi recriado por meio de componentes faciais dele em cenas inéditas dos filmes anteriores e CGI com captura de movimentos. Até mesmo quem não é fã da franquia conhece a cena em que Brian e Dom estão dirigindo, quando o primeiro toma um rumo diferente na estrada, ao som de See You Again, do artista Wiz Khalifa, o que prova como Velozes e Furiosos 7 se tornou um filme sobre amizade e família.
Perdido em Marte (2015)
Dirigido por Ridley Scott, a mente por trás de filmes como Blade Runner e Alien, o Oitavo Passageiro, Perdido em Marte é uma adaptação do livro homônimo escrito por Andy Weir, e transforma uma história de isolamento extremo em uma jornada surpreendentemente otimista. O longa coloca Matt Damon no papel de Mark Watney, um astronauta enviado pela NASA para uma missão em Marte, dado como morto depois de uma tempestade da qual seus colegas conseguem escapar. Sozinho e com poucos recursos, ele precisa sobreviver e tentar voltar para a Terra, uma missão mais difícil que a que ele deveria cumprir inicialmente.
O filme combina tensão e humor de forma magistral, abordando a resiliência humana em meio a exploração espacial. Damon brilha em um papel solitário, equilibrando momentos dramáticos e esperançosos com muito carisma e realismo. Visualmente impressionante e cientificamente aceitável o suficiente para envolver o público sem causar reações do tipo “Isso seria impossível”, Perdido em Marte mostrou mais uma vez a capacidade de Scott unir espaço, espetáculo e emoção, e vai agradar quem gostou de Náufrago ou Gravidade.
Vingadores: Era de Ultron (2015)
Depois do sucesso do primeiro filme que uniu Homem de Ferro (Robert Downey Jr), Capitão América (Chris Evans), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Thor (Chris Hemsworth) e Hulk (Mark Ruffalo) em um time, Vingadores: Era de Ultron foi uma sequência bem recebida por público e crítica, que ampliou as ambições do grupo de heróis e do MCU — mais um exemplo de ação e narrativa em sintonia, como vimos em Mad Max: Estrada da Fúria e Velozes e Furiosos 7. O filme mostra como a inteligência artificial criada por Tony Stark e Bruce Banner para proteger a Terra, Ultron, cria consciência e decide que a paz só pode ser alcançada mediante a extinção da humanidade.
O filme trouxe uma série de novos personagens que seriam importantes para as fases seguintes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), como Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), Pietro Maximoff (Aaron Taylor-Johnson) e Visão (Paul Bettany), além de ter dado continuação a saga das Joias do Infinito, tema principal das sequências Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. Era de Ultron entrega batalhas grandiosas e ótimos diálogos, além de aprofundar o peso de cada escolha dos heróis, preparando o terreno para os conflitos ainda maiores dos longas seguintes.
Star Wars Episódio VII - O Despertar da Força (2015)
Em 2015, as expectativas eram altas para o primeiro Star Wars da Disney, após a compra da Lucasfilm em 2012, e elas foram atendidas quando quando Star Wars Episódio VII - O Despertar da Força estreou, trazendo uma glória renovada para a saga. A história do filme se passa exatamente 30 anos após a queda de Darth Vader e do Império, quando uma nova ameaça surge: a Primeira Ordem, comandada por Kylo Ren (Adam Driver), filho da Princesa Leia com Han Solo; General Hux (Domhnall Gleeson) e pelo Líder Supremo Snoke (Andy Serkis).
O longa equilibra nostalgia e novidade, apresentando também novos protagonistas: o piloto da Resistência Poe Dameron (Oscar Isaac), a jovem sucateira Rey (Daisy Ridley), cuja jornada repleta de descobertas relacionadas à Força, e Finn (John Boyega), um stormtrooper desertor. Com cenários e efeitos visuais impressionantes, batalhas espaciais frenéticas e um ótimo ritmo, a produção renovou o espírito da franquia, conquistando antigos e novos fãs. Todo esse sucesso também resultou nas sequências Star Wars Episódio VIII: Os Últimos Jedi e Star Wars Episódio IX: A Ascensão Skywalker.
O Regresso (2015)
Com direção de Alejandro González Iñárritu, O Regresso foi o espetáculo visual responsável por Leonardo DiCaprio finalmente vencer seu primeiro (e até o momento, único) Oscar de Melhor Ator. Na mesma pegada de Apocalypto e No Limite, e inspirado em fatos reais, o filme acompanha a história de Hugh Glass, personagem de DiCaprio, um explorador que parte para o oeste dos Estados Unidos para trabalhar como caçador. No entanto, a vida do homem muda quando ele é atacado por um urso e abandonado por seu colega John Fitzgerald (Tom Hardy), que rouba seus pertences, obrigando-o a se virar ferido em uma floresta no auge do inverno.
De forma parecida com Perdido em Marte, o filme mostra um homem tentando sobreviver em um meio hostil, mas aqui é o sentimento de vingança que se mostra como o combustível necessário para resistir. Filmado quase inteiramente com luz natural, o longa transforma seu cenário selvagem em um personagem por si só, belo, mas cruel. DiCaprio, de fato, entrega uma atuação forte e física, que demonstra a forma profunda a qual o ator se entregou ao papel, enquanto Hardy e sua intensidade também tornam a narrativa em algo visceral.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015)
Assim como Star Wars com O Despertar da Força, a franquia Jurassic Park também ganhou uma nova era em 2015, com o lançamento de Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, cuja história cheia de suspense e caos acontece exatamente 20 anos após o primeiro filme. O longa mostra que o parque dos dinossauros na ilha Nublar está aberto ao público, revelando que a ideia de John Hammond deu certo: agora as pessoas podem conferir diferentes atrações envolvendo as criaturas pré-históricas. No entanto, a estreia de uma nova atração acaba saindo do controle, fazendo com que os visitantes precisem lutar por suas vidas.
O filme é dirigido por Colin Trevorrow, mas teve a participação de Steven Spielberg, diretor do original, na produção, com Chris Pratt e Bryce Dallas Howard liderando o elenco, equilibrando humor e tensão de forma interessante. Embora não tenha a originalidade revolucionária do primeiro Jurassic Park, o longa apresenta um nível bastante grandioso, entregando bons efeitos, divertindo e cumprindo seu papel como thriller, sendo capaz de despertar o fascínio e o medo que dinossauros podem causar em pessoas de todas as idades em um cenário moderno.
Que Horas Ela Volta (2015)
Que Horas Ela Volta?, da diretora Anna Muylaert, rapidamente ganhou o posto de clássico do cinema brasileiro, combinando crítica social com uma narrativa emocionante. Entre humor e muitas outras camadas, o filme conta a história de Val (Regina Casé), que se muda para São Paulo com o objetivo de oferecer uma vida melhor para sua filha Jéssica (Camila Márdila). Ela passa 13 anos na capital, trabalhando para os mesmos patrões, quando é surpreendida pela visita da filha, que verá pela primeira vez em mais de uma década.
Quando Jéssica chega e seu comportamento não corresponde ao que os patrões de Val esperavam, toda a dinâmica da casa muda, expondo a separação e a exploração de classes, além de todas as imposições que permeiam aquele lar, e abrindo debates sobre privilégio, hipocrisia, atitudes que são herança do passado escravocrata brasileiro, entre outros assuntos — se você gostou de Parasita, achará interessante, e revoltante, esse olhar nacional sobre estes temas.
Com muito mérito, o longa venceu o Prêmio do Público de Melhor Ficção na Mostra Panorama no Festival de Berlim, assim como o prêmio de Melhor Roteiro do RiverRun International Film Festival. Além disso, as atuações poderosas e envolventes de Regina Casé e Camila Márdila também receberam o Prêmio Especial do Júri Pela Atuação do Festival Sundance de Cinema.
Outros grandes filmes e estreias populares de 2015 incluem: A Bruxa, Jogos Vorazes: A Esperança - O Final, Minions, 007 - Contra Spectre, Creed: Nascido Para Lutar, Os Oito Odiados, 50 Tons de Cinza, O Lagosta, Cinderela, Missão Impossível - Nação Secreta e O Quarto de Jack.




























































































